Finalmente Juntos?



Cap 42 – Finalmente juntos? 


(...)


- Por isso, eu vou te dar um conselho. Alta sociedade que se foda, seja feliz. Apesar de muita coisa, você é um bom homem, Jonathan. Então, seja feliz, porque eu também vou tentar ser.


E com isso, ela ficou na ponta dos pés e lhe beijou o rosto.  E numa virada que fez sua grinalda balançar, ela caminhou com passos decididos até seu irmão mais novo e esticou a mão, como se esperasse receber algo.  


- Pois não? – ele perguntou comicamente, arqueando as sobrancelhas para a mão Dela.


- Não fale nada, simplesmente me dê a sua maldita chave de portal, Ronald. – ela disse pausadamente, fazendo questão de mostrar que não estava com muita paciência.


O ruivo respirou para lhe dizer algo, mas foi interrompido novamente.


- Ele estava com a chave do Harry, então pare de ser um idiota e me dê a sua antes que eu mesma as tire de você.


O irmão bufou, e enfiou a mão no bolso de seu terno, murmurando algo sobre “irmãs mandonas” “doninhas quicantes” e “amigos traidores” e finalmente produzindo uma chave de aparência antiga.


- Gire ela pra direita, como se estivesse abrindo uma porta. – ele instruiu, depositando o objeto na mão da ruiva. – Gin, só me prometa que você não vai ter outro filho dele.


- Por quê? – perguntou confusa, mas tendo uma leve intuição do que ele insinuava.


- Daphné conseguiu se salvar, Emmy nem tanto, então o próximo estaria condenado a ser a imagem e semelhança daquele lá. – ele explicou como se fizesse todo o sentido do mundo e pondo uma pita da extra de nojo ao se referir ao Malfoy.


Gina revirou os olhos, mas não deixou de sorrir. E antes de desaparecer no ar, sua voz ecoou no salão. – Não faço promessas, Ron.


--


Draco passou a mão em seu cabelo pela milionésima vez nos últimos minutos e tentou se sentar em uma das grandes pedras ao redor do Lago. Mas Céus, ele estava tão nervoso que mal se continha parado. E se ela não tivesse entendido o que ele dissera? Ou pior, e se ela tivesse entendido, mas não quisesse vir?


Deus, a espera estava o matando-o.


Custava ela simplesmente, sei lá, APARECER?


E foi enquanto, ele quase planeja voltar lá e soletrar onde ela devia encontrá-lo que ele a ouviu.  -  “Te espero onde nunca é inverno, onde nossos corações não podem mentir e nosso amor nunca foi omitido.”  Podia ser mais clichê, loiro? – ele ouviu o sorriso dela antes de mesmo de vê-lo e ele também se viu sorrindo estupidamente e virando-se para encará-la. Seu sorriso aumentando mais ainda, se possível, ao tomar toda a imagem na sua frente.


Gina tinha os cabelos soltos, e seus caracóis balançavam loucamente com o vento do Lago. Ela segurava todas as camadas de seu vestido branco e muito longo para não tropeçar enquanto caminhava até ele, e pelo que o loiro pode perceber ela havia abandonado seus sapatos a muito tempo. Ali, naquele lugar, ela parecia uma aparição divina na escuridão que Hogwarts se encontrava.


- Você ama clichês, ruiva. – ele disse com um sorriso de lado, também caminhando até ela, os braços esticados para abraçá-la.


Porém, a dois passos dele, ela parou abruptamente e levantou a mão como se pedisse tempo. 


- Antes de tudo, eu quero te dizer uma coisa. – ela disse seriamente, mas ignorando-a completamente ele a puxou para seus braços, levantando-a do chão, até seus olhos estarem no mesmo nível. – Sério, Draco, depois de tudo que você falou, eu também tenho algo a dizer.


- Eu posso te ouvir muito melhor de onde você está agora, ruiva. Então, simplesmente, desembuche.


Mesmo tendo revirado os olhos, ela sorriu, pra depois respirar profundamente e encará-lo. Morgana, ele era lindo. Só Merlin sabia como ela resistiu tanto tempo sem bater na porta dele nos últimos 15 anos. Pensando assim, ela suspirou novamente.


- Olá, ruiva. Vai falar ainda hoje? –  chamou, seus lábios curvando num sorriso de lado. – Eu sei que sou lindo, mas babe em outro momento, sim?!


Com uma revirada de olhos, ela estapeou as mãos dele, indicando que queria ficar no chão. Relutante, ele o fez.


- Primeiro, eu gostaria de deixar claro algumas coisas. – ela começou, olhando-o nos olhos. -  Aquelas coisas que você disse lá na igreja são pura e absoluta verdade, mas isso não quer dizer que eu odeio minha profissão, ou tudo que conquistei. Draco, eu amo aquela empresa e eu jamais vou abandoná-la. – afirmou, tentando ter certeza que ele entendia isso.


- Eu nunca falei ao contrário.. – o loiro tentou dizer, mas ela o interrompeu, continuando o discurso, ignorando-o completamente.


- Segundo, por mais que você e sua mãe pensem ao contrário, você também não é o Sr. Perfeição e você também não levou muito bem nossa separação. E quem sofreu com sua frieza e distância, foi a Daphne. Eu não posso dizer muito, mas eu sei que também errei mais do que pode ser consertado com a Emmy. E eu sofro todo dia porque algo me diz que a minha França fez isso com o meu bebê.


Quando Gina deu uma pequena pausa, secando secar as lágrimas que lhe escorriam, Draco jurou a si mesmo naquele instante que jamais lhe contaria o que Beauxbatons tinha feito com Emmy, a mãe jamais se perdoaria e a filha não iria querer isso.


- Entre a minha e a sua criação, parece que foi intervenção divina, nossas filhas terem saído quase normais. E eu também sei que as duas seriam muito diferentes se nós dois tivéssemos as criado juntos, mas então, elas não seriam quem são e o mundo não seria o mesmo. – ela continuou com um pequeno sorriso.


- Eu sei querida, eu as amo demais apesar de todas as loucuras e temperamentos quentes. – ele também sorriu, seus dedos coçando para tocar-lhe a face, mas esperando que ela terminasse de falar.


- E por último, Draco, eu te amo. Mesmo com seu complexo de superioridade e ego infinito. Eu amo seu sorriso de lado, seu queixo pontudo e sua pele branca demais. Eu amo o quanto você se aproximou de Emmy no pouco tempo que a conhece, e amo como nossas filhas olham pra você como uma espécie de herói particular delas. – ela disse sorrindo, e se aproximando mais ainda dele, suas mãos acariciando seu peito até se encontrarem atrás de sua nuca, ela se pôs nas pontas dos pés para ficar mais perto, suas sandálias de salto perdidas estavam em algum lugar do jardim.


- E sabe o que eu mais amo?!  É o fato de que você me ame o suficiente pra saber que eu não sou perfeita. – ela completou a centímetros de seus lábios, pra logo em seguida beijá-lo languidamente, como quem tem todo o tempo do mundo, sendo respondida prontamente.


Minutos ou horas depois, ela que já se encontrava novamente suspensa no ar, cessou o beijo abruptamente.


- Mas não vai achando que só porque eu te amo, tudo vai ser fácil, viu?! Eu ainda vou chutar teu traseiro quando você merecer e ainda vou fazer o que bem entender, porque Gina Weasley não recebe ordens e eu também..


Draco a cortou, com um leve peteleco na testa.


- Eu não te teria de outra maneira, ruiva. Agora, cale a boca e vamos ir embora daqui, temos quase 16 anos de atraso que precisam ser recompensados.


E sem tempo pra respostas, ele tirou a chave de Harry de seu bolso e os fez desaparecer no ar, os jardins de Hogwarts mais uma vez se encontrando vazios e silenciosos. Uma árvore muito especial, naquele momento, brilhava um curioso tom dourado, parecendo prestes a crescer mais ainda.


--


No salão de festas nos arredores de Paris, os convidados já haviam ido embora, restando apenas alguns familiares de ambos os lados.


- Eu não acredito que você realmente conseguiu atrasar a cerimônia o suficiente para o papai chegar. – Emmy comentou impressionada, passando um braço sobre o ombro da irmã. – Meus parabéns, Daph.


- Não foi nada. – a loira agradeceu meio distraída, olhando para o outro lado do salão.


- Eu não acredito que seu pai conseguiu chegar a tempo mesmo vindo de cavalo, isso sim.. – Bernard palpitou, com uma risada. – O Tio Draco é tão ultrapassado, cara.


Antes que a ruiva pudesse defender a honra de seu pai contra seu próprio namorado, a irmã levantou-se abruptamente da mesa onde eles, James e Alethia estavam acomodados, seu rosto não muito amigável.


- Me dêem licença por um instante, pessoal. – e com isso, ela caminhou com passos decididos até uma roda de mulheres que davam risinhos, e no centro encontrava-se ninguém menos que a mãe do noivo.


- Eu sei que meu filho está fazendo um pequeno drama, porque o casamento não aconteceu. Mas eu agradeço a Morgana, por ele não ter unido nossa família a aquele bando de porcos. – ela ia dizendo, arrancando algumas gargalhadas.


Um clarear de garganta chamou a atenção delas, fazendo a mulher se calar e levantar, encarando Daphne nos olhos.


- O que você quer, garotinha? – a velha perguntou, com as mãos na cintura e um sorriso malicioso.


A garota loira estreitou os olhos, soltou um não delicado grunhido e apontou lhe um dedo bem no meio da cara.


- Olha, sua velha nojenta, eu fui ensinada a minha vida inteira a respeitar os mais velhos e sempre agir como uma dama, mas se tem uma coisa que eu aprendi com a minha família Weasley é que existem algumas pessoas que simplesmente estão pedindo pra levarem uma boa azaração em seus traseiros esnobes. – ela disse solenemente, puxando a varinha de um suporte em sua canela. – Então, que Merlin me ajude, porque eu vou te azarar até a senhora aprender a não mexer comigo ou com a minha família.


Entretanto, seu feitiço foi interrompido, por uma mão pousando em seu antebraço gentilmente o abaixando. Meio assustada, Daphne olhou para o lado e se deparou com sua avó Molly.


- Querida, a vovó entende que você está nervosa, mas não faça isso, sim?! Nenhum neto meu irá desrespeitar alguém mais velho. – ela disse calma, porém firme em sua ordem.


A senhora Cotry que parecia ligeiramente amedrontada até a chegada da ruiva, voltou a exibir sua feição esnobe.


- Sua garotinha insolente, eu sempre soube que a sua irmã era uma selvagem, mas eu acreditava que era culpa da má criação daquelazinha. Mas agora eu sei que isso está no sangue pobretão de vocês. – ela disse, quase cuspindo as palavras.


Daphne foi impedida de pular na velha, pela mão de sua avó empurrando-lhe para o lado, para em seguida se virar para a outra senhora.


- Meus netos não podem lhe atacar, porque isso seria desrespeitoso e eu não permito isso na minha família. – ela disse calmamente, um pequeno sorriso no rosto, enquanto retirava suas jóias dos dedos e braços e entregava-as a uma Daphne muito surpresa. -Agora, uma mãe azarar uma velha diabólica que insiste em chamar sua filhinha de “aquelazinha”, isso eu chamo de justiça. – e com isso, a senhora Weasley tirou sua varinha só Merlin sabe de onde e começou uma chuva de feitiços que  poucos ali entendiam.


Cinco minutos mais tarde, quando todos se encontravam chocados demais com a atual aparência da mãe de Jonathan, um assovio animado cortou o silêncio do salão.


- ESSA É A NOSSA MÃE!!! – berraram os gêmeos Weasley, rindo e apontando. Sendo seguidos por seus irmãos, sobrinhos e filhos na risada e aplausos.


Daphné observou às faces sorridentes de seus tios, o sorriso orgulhoso de seu avô, a face afogueada de sua avó e por último encarou o rosto tão parecido ao seu. Olhos cinza a encararam de volta, com uma pequena piscadela.


A loira Malfoy sorriu largamente, se lembrando o quanto sua vida parecia vazia quando ela não conhecia essa parte de sua vida.


--


Três meses depois..


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A Praia Luna estava enfeitada com cadeiras de ferro douradas com almofadas vermelhas, um altar também em dourado e dois portais de rosas brancas, um atrás do altar e o outro na ponta da passarela. Era um dia de casamento e, mais nervoso do que qualquer um, o noivo esperava pela noiva.


Draco deu uma leve risada quando viu Blaise bagunçar seu cabelo, antes impecavelmente arrumado, pela milionésima vez naquele minuto. Ali do seu lado, ele viu seu afilhado e Joshua, os outros dois padrinhos, tentando fazer suas próprias risadas parecerem ataques de tosse. Todos eles vestidos em smoking pretos, com camisa branca e gravatas rosa avermelhado.


- Riam da desgraça alheia, bastardos. – o moreno grunhiu, olhando para o melhor amigo meio de lado e depois voltando a encarar a ponta da passarela feita entre as fileiras de cadeira, decorada com milhares de pétalas de rosas brancas e vermelhas. O noivo por sua vez, trajava um smoking completamente branco. – Draco, ela vai vir, certo?! – ele perguntou, quase sussurrando, seus olhos fixos no mesmo ponto.


- Zabine, é mais fácil aquela mulher voar até aqui do que ela perder o casamento. – ele retrucou revirando os olhos.


- Mas e se.. – e qualquer que  fosse o pensamento negativo dele, foi interrompido pelo barulho de asas se aproximando.


A carruagem tinha uma aparência muito antiga e valiosa, com detalhes em dourado que pareciam ouro, e era puxada por dois cavalos alados muito brancos que pararam perfeitamente na outra ponta da passarela.


 O silêncio entre os convidados já era palpável quando a portinhola se abriu e as gêmeas Malfoy desceram.


As duas usavam vestidos idênticos num tom rosa escuro, quase vermelho, sem alça, justos até a cintura, modelando-a, e um pouco mais solto até acabar um palmo acima de seu joelho. Nos pés tinham sandálias de salto fino da cor da pele, os cabelos presos em coques estilizados para parecerem desleixados e cada uma com uma flor de aparência exótica nos cabelos(a de Emmy sendo branca e a de Daph da cor de seus vestidos) e buques de rosas brancas nas mãos.


Assim que as duas fizeram seu caminho até o fim da passarela, Gina também desceu, seu vestido idêntico ao das filhas, mudando apenas o comprimento, o seu indo até os joelhos e o fato de ser levemente mais solto na cintura e seus cabelos estavam soltos e ondulados, com a mesma flor de Emmy neles. Ela parou por um instante na porta da carruagem, e estendeu a mão para ajudar a melhor amiga descer, por ser órfã, Luna insistiu que a ruiva fosse quem caminhasse com ela até o altar, já que os Weasley eram a família que ela teve nos últimos anos.


Blaise sorriu assim que colocou seus olhos em sua futura esposa e em sua barriga já proeminente, grávida de quatro meses e pouco mais. Luna parecia uma deusa da mitologia grega, e para o homem aquela imagem estaria registrada em seu cérebro até o dia em que ele morresse.


  Luna de noiva


Luna e Gina interligaram seus braços um no outro e caminharam até Blaise, sorrindo radiantes.


Enquanto a cerimônia acontecia, as mulheres choravam com os votos e as palavras de amor trocadas entre os noivos, Emmy ponderou tudo que acontecera desde o casamento fracassado de sua mãe.


Ela e Daph haviam voltado pra Hogwarts depois de passarem o final de semana na casa dos avôs, enquanto deixavam os pais se curtirem à vontade e resolverem a situação deles. Mas, ela não pode negar que ficou muito surpresa quando eles anunciaram, por carta, que se casariam assim que elas entrassem de férias. O casamento foi no início de Maio, nos jardins da mansão Malfoy, uma cerimônia elegante e simples, apenas para a família e poucos amigos. Ela e Daphné foram as madrinhas, juntamente com Luna. E depois de muitas discussões entre os pais, ficou decidido que todos morariam em Whiltshire e Gina usaria a chave de portal quando precisasse ir a Paris à trabalho.


Daphné e James estavam mais juntos do que nunca (Draco havia sido obrigado a aceitar o namoro por uma Gina muito brava), se amando tanto que fazia Emmy querer vomitar. Os dois provavelmente jamais se separariam novamente. Sobre ela e Bernard, só Morgana poderia imaginar, já que um dia ela queria esganá-lo com a gravata sonserina, e no outro ela queria beijá-lo até perder o ar.


Quanto a seu melhor amigo Fou, ele seria pai ainda em Julho. Emmy sorriu ao pensar na sua pequena afilhada que nasceria no final daquele mês ou no início de Agosto. Ele e Vivian haviam decidido serem apenas amigos e criar o bebê em solo francês, e, ao contrário do previsto por Fou,  o Sr.e a Sra. Shmtson estavam exultantes com a chegada da nova herdeira, o senhor Shmtson Pai vivia resmungando que ela era a única esperança para seguir seus passos e controlar a herança da família.


Doux, Fou e Vail começariam o treinamento na Escola de Aurores Francesa em Setembro, enquanto Fras iria começar a estudar Política no mundo trouxa e Uyer a acompanharia para se formar em História e se tornar o professor que ele sempre almejou ser.


- O noivo já pode beijar a noiva. – o homem do ministério proclamou, tirando-a de seus devaneios.


Blaise se abaixou e beijou a barriga da loira, pra depois segurar seu rosto e beijá-la até perder o ar, sob aplausos dos convidados.


--


A festa foi realizada nos jardins da casa de praia, e os convidados se divertiram até a madrugada, quando eles deixaram o local. No final, apenas os Malfoys e os namorados das gêmeas haviam sobrado, já que passariam a noite na casa e voltariam para Whiltshire no outro dia pela manhã. Blaise e Luna haviam deixado a festa na metade, com destino a sua Lua de Mel na Itália, país de origem dos Zabines.


- Onde estão as suas filhas e aqueles garotos cheios de dedos? – perguntou  Draco se juntando a ruiva na rede da varanda, ela sorriu, de olhos fechados, quando o sentiu por perto, aproveitando se para escorar nele.


- Foram dar uma volta na praia. – ela comentou, os olhos fechados, se aconchegando mais ainda, quando ele a envolvia em seus grandes braços.


- Se aqueles dois pervertidos tentarem algo, eu vou arrancar as unhas deles uma a uma, sem magia, e depois eles terão de comê-las e aí.. – ele ameaçou, estreitando os olhos como suas duas filhas faziam quando estavam com raiva.


A leve risada da ruiva o interrompeu. – Malfoy, minhas filhas sabem se defender sozinhas muito bem, obrigada.  Com ou sem varinha aquelas gêmeas são letais, você devia temer pela saúde daqueles garotos, isso sim. – comentou rindo, e ele acabou se juntando a ela nas risadas.


- Eu sei, só estou preocupado, elas já vão para o sexto ano, ruiva. Nós estamos ficando velhos. – comentou, observando as ondas se quebrarem lá na praia.


- Não dê uma de velho pra cima de mim, Malfoy. – ela caçoou o empurrando de leve. – E se for pra se preocupar com alguém se preocupe com seu terceiro filho que acha que é divertido ver a mãe colocar pra fora toda a comida que ela se dá o trabalho de engolir.


E com essa deixa, a mulher se levantou e caminhou calmamente pra longe dali, mentalmente contando até cinco.


Cinco...


Quatro..


Três..


Dois..


Um!


- Terceiro Filho? – o loiro berrou, correndo atrás dela. – Você ta grávida, ruiva? – ele perguntou entrando em seu caminho e agarrando-a pelos braços.


Com um sorrisinho, ela colocou a mão no ventre. – Ele tem um pouco mais de dois meses.


E parecendo ter sido possuído, Draco a pegou no colo numa risada maníaca e a rodopiou pelo gramado. – Eu vou  ser Pai! De novo! Pai!


Gina rapidamente se juntou a risada dele, enquanto o loiro gritava e a rodava pela casa toda.  


E foram essas risadas que os quatro adolescentes escutaram lá das pedras onde eles se encontravam sentados.


- Os dois estão tão absurdamente felizes que parece piada dizer que queriam se casar com outras pessoas. – James comentou, enquanto abraçava a namorada que se encontrava sentada entre as suas pernas.


- Mas graças a Barbie e eu, tudo se arranjou, certo loira?! – a gêmea ruiva se gabou, ela e Bernard estavam na mesma posição que o outro casal.


Os sonserinos, por sua vez, pareciam anormalmente calados, Bernard brincava distraidamente com o cabelo vermelho de Emmy que havia sido solto a muito tempo e Daphné lia pela milionésima vez a frase em italiano que Blaise havia incrustado pra sempre na lateral das grandes pedras da praia “Luna della mia vita, la Luna di tutte le mie notti.”


- Seu pai é assombrosamente romântico pra um cara que foi um playboy a vida inteira, Bê. – ela comentou num suspiro, ignorando a fala da irmã.


- Sabe o que eu acho? – o grifinório disse com um sorriso de lado. – Que todos esses caras que se dizem playboys estão simplesmente esperando a garota certa aparecer pra lhe der um chute na direção certa.


Daphne gargalhou e se aconchegou mais ainda contra o corpo do namorado, enquanto Emmy encarava o oceano vagamente, sua expressão serena como a de alguém que sabe um segredo e não quer contar. Todos alheios ao fato de que assim que aquelas palavras foram ditas, o sonserino parou sua brincadeira e arregalou os olhos, muito assustado, parecendo ter subitamente descoberto algo.


  ---#---


 


N/A: Eis que o final finalmente bate na porta, depois de quase quatros longos anos,  não?!


Espero que vocês tenham gostado de Duas é Demais e gostaria de agradecer pela super paciência com a demora na postagem desses últimos capítulos.


Obrigada pelos comentários e pelos votos!!


Amo vocês, minhas garotas queridas.


Agora, esperem o cap. Final, o bônus e finalmente o epílogo.


Pretendo postar todos antes de Março, quando começam as minhas aulas.


Beeeijos!

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