Minha última estupidez

Minha última estupidez



Cap. 41 – Minha última estupidez.


  Sem música, silenciosa demais.  Foi a primeira coisa que veio a mente de Draco assim que ele chegou a entrada principal do castelo, sua testa enrugando com esse pensamento.  E se a festa tivesse acabado? E se Gina a essa hora estivesse... Ele chacoalhou a cabeça para tirar a imagem da ruiva toda sorridente sendo rodopiada por  aquele cara e começou a andar rapidamente, não que ele estivesse correndo, obviamente não, porque Malfoys não correm. JAMAIS. DE MANEIRA ALGUMA. NEVER. Entendeu?


Porém, seu percurso foi interrompido por uma barreira invisível que surgiu do nada e lhe jogou quatro metros pra trás para ele cair nada graciosamente em seu traseiro aristocrático.  Enquanto o loiro já se preparava para soltar todos os seus palavrões de uma longa e bem feita lista, uma voz o interrompeu:


- Eu não sei como você se livrou dos seguranças no perímetro externo, mas você definitivamente não vai passar por nós, Malfoy. – disse um homem quem Draco poderia apostar a vida de Blaise que se chamava Michael Corner. Um corvinal um ano mais velho que ele, já que não havia maneira possível de existirem dois homens no mundo com a mesma voz de marreco.


- Seguranças? – perguntou num tom de voz inocente, vendo a cara do auror ficar vermelha de raiva. - Ó sim, aqueles gentis cavalheiros estão, como posso dizer, sonhando com Merlin nesse momento. -  complementou com um sorrisinho irritante só pra efeito dramático.


- Isso não vai acontecer conosco. – o moreno respondeu e puxou a varinha de dentro de suas vestes, sendo seguido imediatamente por todo o esquadrão ás suas costas, todos apontando para o mesmo alvo.


- Vocês e mais quantos vão me impedir? – Draco zombou enquanto aclamava, pra qualquer entidade superior disponível no momento, por um milagre.


Os jatos já quase podiam ser sentidos, a intenção de todos os bruxos ali presente muito óbvia.  Draco, como bom sonserino, fechou os olhos e esperou pelo impacto.


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Juliette Style gosta de se imaginar como uma mulher muito calma, compreensível e bastante pacífica. Porém, em toda a sua carreira com Juíza de casamento Bruxo ela nunca esteve tão tentada a mudar sua opinião sobre si mesma e partir para a agressão. Quero dizer, entendam o caso da pobre celebrante, já eram dez e meia da noite e para um casamento que estava marcado para iniciar ás oito horas da noite, seria um eufemismo meigo dizer que aquilo - como ela começara a chamar o casamento depois da quarta interrupção - estava um pouco atrasado. 


Primeiro havia sido a dama de honra que desmaiara e depois, quando a cerimônia começara novamente, a madrinha da noiva saíra correndo para o banheiro mais perto, parecendo muito esverdeada. Só para seu noivo, um moreno muito bonito de nome Blaise Zabine, começar um ataque digno de uma adolescente, gritando coisas sobre “sua loira” e seu “segundo herdeiro” que serviram de distração por um bom tempo. Logo em seguida, quando tudo havia voltado a sua santa paz, um bebê irritante começou a chorar incessantemente.


"Por Merlin, quem em sã consciência leva um bebê de um mês de vida para um casamento?!" Essa pergunta foi respondida quando o Garoto-Que-Sobreviveu e/ou o Homem-Que-Matou se levantou com um embrulho rosa nos braços e saiu para os jardins do castelo, tentando acalmar a filha. Porém, tudo isso havia acontecido há felizes quarenta minutos atrás, mas agora o problema que Juliette enfrentava era a noiva que há bons dez minutos havia empacado na hora de responder o MALDITO “sim”.  Com um sorriso amarelo, a juíza tentou apressar a ruiva com os olhos.


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- Cessar fogo AGORA! – Draco ouviu uma voz grossa e autoritária dizer e resolveu que talvez fosse seguro abrir os olhos e descobrir quem era seu salvador, por mais que tivesse uma ligeira impressão que já sabia quem era. 


E ele estava certo, lá estava Harry Quatro-Olhos Potter em toda a sua glória segurando um bebê adormecido enrolado numa manta rosa com pequenos dragões adornando-a. 


- Mas Harry, ele é Draco Malfoy.. – Corner choramingou, enfatizando o sobrenome do loiro como se ele fosse algo nojento de até ser pronunciado.  –...o maior babaca existente...


- Eu realmente não me importo com a sua opinião a respeito dele, Auror Corner. Eu estou dizendo para deixarem o homem passar, compreende-me?  - o bruxo de óculos retorquiu, não deixando brecha para reclamações.


E assim, o esquadrão inteiro recolheu suas varinhas e deu um passo para o lado, dando passagem a Draco Malfoy, que dirigiu um sorriso especialmente sarcástico ao líder deles.  Michael Corner decidiu naquele momento que se Malfoy não fosse o homem mais sortudo do mundo, estava muito perto de ser. E isso o fez odiá-lo mais ainda.


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Enquanto isso, os dois inimigos de escola caminhavam lado a lado em direção as portas do castelo. Um silêncio quase doloroso pairando no ar que só foi cortado quando a pequena Potter choramingou em seu sono, sendo rapidamente confortada pelo pai.


- Está tudo bem, querida. Papai está aqui. – ele sussurrou enquanto acariciava os cabelos negros dela.


E antes que o silêncio fosse restaurado novamente, o loiro se pronunciou.


- Você sabe que eu não vou te agradecer, certo?! –disse de súbito, parecendo uma criança emburrada, não chegando a encarar o outro homem, seus olhos fixos no caminho que percorriam.


- Ótimo, porque você me assustaria se o fizesse. – Harry respondeu com um meio sorriso. – De qualquer maneira, não fiz isso por você. Pansy teria minha cabeça numa bandeja de prata se soubesse que deixei meus subalternos relarem nesse seu cabeção loiro. 


A imagem fez um sorriso de lado se formar no rosto de Draco.


- Você não passa de um escravo do amor, Potter. – disse em tom de zombaria, balançando seu cabeção, digo, sua cabeça loira.


- Malfoy, você, de todas as pessoas no mundo, realmente acha que é tão diferente de mim? – retrucou acenando com seu braço livre para o lugar que os dois se encontravam, bem em frente às portas de madeira que davam para o salão de festas - o salão do casamento.


Ao contrário do que o moreno esperava aquilo fez Draco parar seu caminhar e olhá-lo seriamente.


- Eu sei disso, Potter. Por isso que preciso de um último favor seu.


E enquanto Harry ouvia o plano do sonserino, ele pensava no quanto sua vida seria muito mais fácil se ele tivesse se apaixonado por uma lufa-lufa..


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Gina estava, por falta de melhores palavras, engasgada psicologicamente. Ela não conseguia dizer o tão esperado sim que ela sabia que precisava ser dito. Aparentemente, seu cérebro e seu corpo estavam em guerra naquele momento. Evitando o olhar maligno que recebia da juíza, ela tentou entender o porquê daquela greve de sua língua.


Tudo bem, ela admitia que não era apaixonaaaada por Jonathan, mas gostava dele. Um pouquinho, mas gostava. Ele a entendia e o mais importante, ele era um porto seguro. Ela gostava de segurança e paz. E era isso que ele lhe daria. Nada de conflitos e dificuldades. Apenas a calma e doce paz. Nada de loiros metidos que a faziam sair de si e perder o equilíbrio. Jonathan não a deixava com ganas de arrancar cada fio de seu cabelo na unha, enquanto ria maniacamente..


Pra dizer a verdade, Jonathan não a fazia sentir nada. Ele não preenchia o vazio que ela sentia e muito menos pressionava o dedo em suas cicatrizes mal curadas. Ele era um grande nada, algo que ela havia se acostumado..  Mas isso, era bom, certo?!


Se bem que ela também admitia que os poucos encontros que teve com Draco naquele ano haviam sido as únicas vezes em 15 anos que ela se sentira viva de verdade. Sim, eles não foram flores e sorrisos, mas foi algo REAL. Vida. Parecia que só Malfoy, podia fazê-la ser a verdadeira Gina, aquela que ela havia sido por toda a sua vida. Aquela velha Gina que ainda morava dentro de si e que quase morrera para dar vida à Virgínia, aquela que era moldada aos costumes do mundo francês. O mundo de Jonathan. Num mundo onde ser perfeito não era o bastante.


Ela gostava da Gina e não da Virgínia. Gina era jovem, sorria e entrava em lutas físicas por pouco mais que um olhar torto. Virgínia era cansada e oca, com sorrisos treinados e seguranças que a protegiam do mundo.


Talvez, fosse melhor..


 


- Jonathan.. – ela sussurrou, finalmente encontrando sua antes perdida voz. O homem a encarou com um olhar suplicante. – Eu.. eu.. acho.. que... não sou boa o suficiente pra você...  – confessou, abaixando seus olhos.


Ignorando o resmungo de sua mãe ali ao lado “Pelo menos ela se deu conta disso.”,  o noivo sorriu para a ruiva e segurou suas mãos delicadamente.


- Não seja tola, Vírginia. Você é perfeita, simplesmente perfeita. Em tudo. E eu jamais encontraria uma mulher tão linda como você.


Algumas mulheres da platéia suspiraram ao ouvir isso, enquanto Daphné parecia prestes a deixar todos saberem o que havia comido de café da manhã, Luna revirava os olhos, impaciente, e Gina parecia mais transtornada ainda.


E antes que qualquer um ali dentro pudesse dizer algo mais, palmas ecoaram pelo salão e todos se viraram para as portas, por onde um loiro passava naquele momento. Com um sorriso sarcástico no rosto, ele caminhava até o altar.


- Belo espetáculo, não?! - ele comentou com alguns, num sorriso de lado.

E o que poucos perceberam naquele momento foram seis pessoas puxando suas varinhas naquele instante, três delas eram seguranças contratados pelo noivo, mirando seus feitiços em Draco. Um deles foi derrubado por um simples “Estupefaça” lançado, pelas costas, por James lá de seu banco. E os outros dois caíram com dois feitiços conjurados por Emmy e Bernard que haviam acabado de serem transportados por suas chaves-de-portal pessoais.  


Mas tudo isso passou despercebido por muitos, já que naquele instante Draco cessara suas palmas e encarava Gina como se ela fosse a única pessoa no salão.


- O que você está fazendo aqui, Draco? – a ruiva perguntou com uma voz sussurrada, seu rosto contorcido, parecia uma boneca quebrada.


- Eu poderia fazer a mesma pergunta a você, ruiva. – ele retorquiu, mas sua voz não era sarcástica e nem zombeteira. Ele estava sério, seus olhos cinza nunca deixando os dela.


- Você sabe o que eu estou fazendo aqui, Draco. – disse, num sorriso fraco. – Esse é o meu casamento, meu noivo, meus amigos. Meu mundo, Draco.


O homem passou uma mão nervosa em seus fios loiros, sem quebrar contato visual.


– Olha ao seu redor. – pediu, gesticulando desnecessariamente, seus braços balançando em volta de seu corpo. Ela não conseguia classificar o tom de voz dele, era algo entre exasperado e frustrado. - Você não é isso, Gina. Você não é essa mulher com um coque tão apertado que faz sua cabeça parecer triangular e que vai casar com um cara só porque ele é o que você deveria desejar, um boneco sem defeitos e por quem você não sente nada. – nesse instante, ele acenou sua mão bem em frente o rosto do noivo que encarava a cena, meio confuso e meio surpreso.


- Aliás, você é muito mais que isso. A Gina que eu amo já teria chutado aquela velha- nisso ele apontou um dedo para a mãe do noivo, que parecia estupefata com a sua audácia- até a próxima dimensão desde o primeiro insulto que ela lhe direcionou. E eu sei que a cada minuto você tenta se segurar pra não fazer algo assim, algo que você acredita ou que lhe fizeram acreditar que lhe faria menos perfeita. Você despreza gente assim, Gina. E me ensinou a desprezar também.


 A ruiva nem ao menos piscou, ficando vermelha de raiva e apontando um dedo para o loiro, ela deu passadas em sua direção. "Ele havia vindo até aqui só pra jogar na cara o quanto a desprezava?"


- Draco você não tem o direito de entrar no meu casamento, e dizer essas coisas sobre-


- Cale a boca, Virgínia. – ele cortou. Não era de uma forma grosseira, o loiro parecia era cansado de tudo aquilo.  - Você odeia essa boneca que você mesma inventou tanto quanto eu. E se continuar vivendo como ela, você odiará a si mesma, e fará todos infelizes. Você, o idiota aí, sua família, nossas filhas e eu. E esse não é o tipo de futuro que você quer.


Isso fez a mulher se calar e olhar para baixo tão concentrada em seus próprios pensamentos que não viu ou ouviu Draco se aproximar até sentir dedos em seu queixo, forçando-a a encará-lo.  Seus rostos a pouco mais de cinco centímetros um do outro.


- Você não é perfeita, querida. – ele sussurrou carinhosamente, pra em seguida alcançar a sua orelha e completar: –  Quando você perceber isso, "eu te espero onde nunca é inverno, onde nossos corações não podem mentir e nosso amor nunca foi omitido.”

E com isso, ele desapareceu no ar.


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Bernard  que agora se encontrava perto do altar, não conseguiu conter uma face comicamente raivosa.


- Emmy, me diz, por Salazar Sonserina, que seu pai simplesmente não evaporou no ar? – ele choramingou, batendo a cabeça na parede. – Depois de tudo que a gente fez, ele simplesmente resolveu ir embora na hora H? Por que, Merlin? Por quê?


- Ele cansou de ser o único que vai atrás dela, Bernard. – a ruiva explicou  pacientemente, observando sua mãe tentar entender tudo que havia acabado de acontecer.  – Agora, é a vez de ela dar o próximo passo.


- Eu gostava mais do plano “Acabe com o casamento. Pegue a noiva. Leve-a para a casa.” – replicou, finalmente parando de se torturar.


- E é isso que distingue Neandertais, como você, de seres como meu pai. – ela disse num sorriso, sentindo-o abraçá-la por trás.


- Foram elogios meigos como esse que conquistaram meu coração, Emmy. – ele comentou, rindo. Levando um tapa de brincadeira no braço que apertava-a pela cintura. 


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Eu não sou perfeita.  - Gina sussurrou consigo mesma, olhando para a barra de seu vestido. – Eu não sou perfeita. – repetiu, dessa vez um pouco mais alto e um pequeno sorriso nascendo em seu rosto.


A juíza e Jonathan eram os únicos próximos o suficiente para lhe escutarem, e enquanto a primeira parecia ter desistido de entender qualquer um naquele casamento, o segundo apresentava uma face sábia, de alguém que acaba de entender uma coisa.


- Você não quer se casar. – ele sussurrou, e não havia sido uma pergunta. Os olhos castanhos dele estavam praticamente furando buracos em sua cabeça, então a ruiva decidiu levantar a cabeça e encará-lo.   


- Não. – ela confirmou, acenando com a cabeça.


- Mas você ama Malfoy mesmo depois de tudo que ele te fez? – o homem perguntou, parecendo confuso. - Depois de tantas cicatrizes que ele te deu? E só com esse discurso ridículo tudo ficou lindo e cor-de-rosa novamente?


Gina balançou a cabeça, tudo parecia tão leve agora que ela tinha tomado uma decisão. Quero dizer, tudo iria estar muito leve assim que ela desfizesse aquele coque infernal de seu cabelo. E sem nem ao menos pensar, ela levantou a varinha e num leve gesto, cachos vermelhos caíram em suas costas. A platéia suspirou em uníssono, ninguém conseguia ouvir o que estava acontecendo ali na frente.  


- Sim, Jonathan. E por mais estúpido que pareça, ele me machucou mais que qualquer um e as cicatrizes podem nunca sarar, mas ele está disposto a passar o resto da vida tentando curá-las e é isso que faz toda a diferença.


Ele balançou a cabeça, parecendo tentar registrar tudo.


- Mas, e nós? Eu te amo, Vírginia. – perguntou num sussurro, sua cabeça meio baixa. – Eu faria qualquer coisa por você.


A ruiva sorriu e levantou o rosto do noivo, ele era tão bonito e mesmo assim ela não sentia nada além de carinho.


- Você não me conhece, querido. – confessou gentilmente, um sorriso verdadeiro em seu rosto, algo que ele havia visto poucas vezes em todo o tempo deles juntos. - Tudo que você gosta em mim é uma personagem que eu inventei pra tentar ser perfeita. E você quer saber de uma coisa? Ser perfeita é uma merda.


Isso fez um sorriso fraco se formar no rosto do moreno.  


- Por isso, eu vou te dar um conselho. Alta sociedade que se foda, seja feliz. Apesar de tudo, você é um bom homem, Jonathan. Então, seja feliz, porque eu também vou tentar ser.


E com isso, ela ficou na ponta dos pés e lhe beijou o rosto.  E numa virada que fez sua grinalda balançar dramaticamente, ela caminhou com passos decididos até seu irmão mais novo e esticou a mão, como se esperasse receber algo.  

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N/a: Thanthantharã..
O que a Gina quer de Rony? Alguém ai sabe o lugar no qual o Draco vai estar esperando por ela??
Ganha um abraço metafórico quem descobrir!
Então, eu sou uma vaca maligna por postar somente depois de duzentos anos e ainda ter a cara de pau de não fazê-lo ser o cap. final..
Mas, o próximo capitulo vai ser o último.. promessa de escoteira!
Ai vai ter o epilogo, o especial da Emmy com o Jack, o vampiro mais odiado depos dos Volturi..
e talvez, se eu estiver animada o bastante algo alguns anos no futuro só pra vocês verem o bebê da Luna e do Blaise.. ;DDD

Mas, então, minhas adoradas e amadas leitoras, espero que gostem do cap, apesar de ser bem menor que os últimos..
Espero que vocês tenham entendido o porquê da Gina ter tanto receio de ficar com o Draco de novo, sabe, pra viver na França, ela teve que se adaptar muito pra poder sobriviver na alta sociedade.(Eu não sei na realidade, mas aqui nessa fanfic eles são um bando de esnobes nojentos..) Ai é como se ela fosse uma pessoa completamente diferente agora, e só o Draco consiga fazê-la ser o que era antes, a velha Gina. Mas ela ainda é muito ressentida pela separação dos dois, ai fica com medo de se machucar de novo.. Por isso, ela escolhe o Jonathan pra casar, porque ele é um nada.


Comentem, okaaay?! Eu leio todos os comentários e fico muito feliz de saber que ainda tem gente lendo isso aqui..
beeeijos!

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