Medidas desesperadas!



39º - Coisas absurdas.. medidas desesperadas.

- Uou! Lembre-me de nunca irritar a sua mãe durante toda a minha vida, ok?! – James pediu, olhando com uma careta de assombro/admiração para o Semanário Das Bruxas.
Ele e a namorada encontravam-se nos jardins do castelo aproveitando o sol fraco de primavera. A garota, muito bem acomodada entre as pernas dele, lia a reportagem de capa da revista que, nada surpreendentemente, era sobre o desastroso casamento de seu pai, e o grifinório observava as fotos por cima da cabeça dela. Nelas, a figura de Gina esganava a loira falsa, depois batia com a cabeça dela no chão, sucessivamente, em um ciclo quase vicioso, mas sem deixar de sorrir satisfeita.
- Preocupe-se em não me irritar, querido. – retrucou monotonamente, sem tirar os olhos do papel. -Aparentemente eu herdei mais genes de Vírginia Weasley do que o esperado pelo meu pai. – contou com uma leve pontada de tristeza em relação ao pai
- Eu não me importo com os genes Weasley. – falou o garoto solenemente, e, sem delicadezas, arrancou a revista das mãos dela, jogando-a longe. – O que me preocupa é saber se você herdou o cruzado de direita deles. – sussurrou essa última parte no pescoço dela, fazendo Daphné sorrir e se virar de frente pra ele.
- Quer experimentar? – desafiou com as sobrancelhas levantadas, enlaçando ele pelo pescoço.
- Nah. – falou com pouco caso, puxando-a mais pra perto. – Prefiro experimentar outra coisa.
Delicadamente, ele tocou os lábios dela com os dele, distribuindo pequenos selinhos amorosos lá. E, devagar, pediu passagem com a língua, o que lhe foi rapidamente cedida pela loira, o puxando mais pra perto pela nuca e aumentando a pressão do beijo. Achando a posição que estava muito desconfortável, James, num gesto rápido e súbito, colocou-a sobre seu colo, uma perna de cada lado. E, contentes com a maior aproximação, beijaram-se mais fogosamente. Ela desceu a mão para o peito dele, acariciando levemente a região, fazendo-o a arrepiar.
- He-hem. – alguém pigarreou levemente, eles não se separaram e não pareciam intencionado em fazê-lo. – He-hem. – tentou novamente, dessa vez, mais alto e forte. Daphné subiu a mão no peito de James, para o pescoço e daí para nuca. O moreno sorriu e fez um barulho de aprovação, semelhante a um gemido. – He-hem. – outro pigarro, esse mais desesperado e quase um ataque forçado de tosse. A mão do grifinório, brincava agora com a barra da blusa dela e, sutilmente, iria tocar-lhe a pele quente da barriga. – Por tudo que é mais sagrado nesse mundo, não coloque essa mão aí. – berrou um Bernard Zabine desesperado, fazendo Daphné sair do colo do namorado abruptamente, muito corada, e sentar-se na grama.
- O-o-olá Bernard. – cumprimentou num sussurro, encarando os próprios sapatos.
– Por Salazar, ó imagem de degeneração mórbida fixa num lugar atrás da minha retina. – dramatizou o garoto, tampando os olhos e balançando a cabeça para os lados exageradamente.
Potter rosnou algo inteligível e fez um gesto muito mal educado na direção do amigo sonserino, que ainda fazia uma interpretação digna de dramalhão mexicano.
- Pobre Zabine, pobre garoto. Tão bonito, tão novo, tão sexy, tão lindo e já traumatizado. – lamentava-se alto o bastante, para começar a atrair olhares de todo o jardim.
- Bernard. - suplicou a loira, da cor de um tomate fresco, olhando para os lados. – Pára de fazer cena.
- Eu estou fazendo cena? – indignou-se, colocando a mão no peito. – Vocês que estavam fazendo cena antes de eu chegar, uma cena digna de censura para menores de 17 anos, diga-se de passagem. – esbravejou comicamente acusador, apontando um dedo pra eles.
- Droga, Bernard, pára de fazer graça. O jardim inteiro está olhando para cá. – ordenou o moreno, já perdendo a paciência.
Parecendo acordar para a situação, Bernard se virou de costas para os amigos e sorriu para todos os espectadores de seu drama.
- Senhores e senhoritas, muito obrigado por acompanharem o espetáculo desse que vos fala. - agradeceu fazendo uma mesura de teatro. – Ladies, para espetáculos particulares entrem em contato com a lareira do meu empresário. – falou, sorrindo e piscando para as garotas do local. – Obrigada pela atenção. – e com outra mesura, ele se virou para encarar os amigos boquiabertos.
- Eu vou fingir que não vi isso, porque é bobo demais até pra você. – disse a loira, desfazendo primeiro sua face de descrença.
Dando de ombros, o sonserino sentou-se estrategicamente no meio deles.
- Viram a Emmy por aí? – perguntou fazendo parecer casual.
- Biblioteca. – respondeu James prontamente. – Sozinha. – complementou propositalmente, vendo um mal disfarçado sorriso malicioso brotar no rosto do outro.
- Ahh certo. – falou lentamente, porém levantando-se num pulo ágil. – Eu já vou indo.
E dizendo isso, saiu andando para o castelo.
O grifinório sorriu malicioso e puxou a namorada mais pra perto, levando um tapa bem dado no ombro.
- Que foi? – perguntou inocentemente.
- Emmy não está sozinha. – falou com a voz estridente. Ele arqueou a sobrancelha, claramente perguntando. “E daí?” - Ela está com Evan. – contou revirando os olhos perante a estupidez do amado.
Encolhendo os ombros e abrindo um pequeno sorriso culpado, ele focou seus olhos verdes no ponto onde Bernard havia sumido castelo adentro. – Hmm..Er.. Ferrou?
Daphné suspirou pesadamente e se aconchegou contra ele. – È.. eu acho que ferrou. – admitiu, enquanto pegava sua revista e voltava a lê-la.
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Já na Biblioteca, na mesa mais ao fundo, perto da sessão de Transfiguração, vários livros jaziam sobre ela, pergaminhos e penas faziam companhia a eles. Os dois estudantes responsáveis por aquela bagunça encontravam-se ali também. A garota estava sentada na mesa e ensinava o garoto a sua frente. Ele, por sua vez, estava de pé tentando transfigurar uma cadeira.
- Mexa essa varinha corretamente, bruxo. – manda Emmy já perdendo a paciência.
- Não diga como eu devo manusear a minha varinha, bruxa. – retrucou o loiro, com um sorriso pervertido para a amiga.
- Então, se essa sua coisinha aí não funcionar amanhã a culpa não é minha, viu?! – falou novamente, mas dessa vez com malícia.
- Você está duvidando do potencial dela? – perguntou, arqueando a sobrancelha e se aproximando da garota.
- È, eu acho que estou. – respondeu fazendo pouco caso e tentando esconder o riso.
- Então, terei que transfigurar numa lesma vermelha. – ameaçou seriamente, apontando lhe o pedaço de madeira.
- Ò pobre de mim! – dramatizou, colocando a mão na testa. - Dama ruiva em perigo, alguém poderá ajudar? – pediu em tom de lástima.
- Eu lhe salvarei, belo dragão ruivo. – informou Evan, colocando as mãos na cintura, pomposo, em pose de herói do século XV.
- Mas não era você quem ia me machucar? – perguntou a garota arqueando a sobrancelha esquerda.
O sonserino deu de ombros e girou a varinha entre os dedos despreocupadamente.
- Contenção de gastos. O mesmo ator faz mais de dois papéis. – contou, recostando-se na mesa..
Emmy riu da bobeira dele lhe dando um tapa no braço.
- Idiota! Vamos voltar a Transfiguração, certo?! – pediu, acenando em direção à cadeira que deveria ser transfigurada.
Porém, o garoto tinha os olhos arregalados para o local estapeado.
- Você me bateu. – indignou-se.
- E daí?! – perguntou sem entender.
- Não bate que eu apaixono. – completou em tom duvidoso, fazendo os dois rirem mais ainda. – Ou então, me joga na parede e me chama de lagartixa de uma vez.
A garota riu novamente, até que parou de repente e levantou as sobrancelhas para o amigo.
- Ei, espera.Você me chamou de “dragão”? – perguntou perplexa, palpavelmente atrasada, levantando-se da mesa. Fazendo o garoto, automaticamente, levantar-se também e recuar um passo com um sorriso amarelo.
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Certo.. ele não estava vendo aquilo. Era só uma ilusão de ótica, e assim que piscasse aquela cena dissolveria da mente dele. E Emmy estaria ali sozinha, resmungando e praguejando contra o inventor de poções. - Pensava Bernard, imóvel a muitas mesas de distância da onde a grifinória e seu primo estudavam. Estando longe, e não tendo coragem de se aproximar para escutar o que falavam, optou por apenas olhar.
Nesse instante eles estavam bem próximos um do outro. Se fosse honesto consigo mesmo, perceberia que eles estavam a pelo menos quatro palmos de distância um do outro. Mas na visão enciumado do sonserino os dois “amiguinhos” estavam a alguns centímetros de distância, e a qualquer momento Rossier daria o bote.
Cerrou os punhos vendo os dois rirem juntos, e já se preparava para virar de costas e sair dali, quando uma massa de cabelos castanhos tampou todo o seu campo de visão e agarrou-lhe o pescoço.
- Bêê. – cantarolou Lisy Tahan apertando os braços ao redor do pescoço dele, falando alto o suficiente para todos na biblioteca ouvirem. – O que você está fazendo sozinho e parado aqui? – perguntou, enquanto ele gentilmente tirava as mãos dela de seu pescoço.
Bernard levantou seus olhos para a cena que presenciava há alguns instantes atrás e observou, com uma satisfação cruel, que os dois amigos haviam se separado e o encaravam sem reação alguma.
- Apenas observando a paisagem, Lisy. – respondeu lentamente com um meio sorriso frio, encarando os outros dois. E com um arquear de sobrancelha direcionado, ele saiu da biblioteca.
Emmy e Evan se entreolharam e observaram-no sair, sendo seguido pela castanha que tagarelava alto.
- Deixa comigo, eu vou atrás dele. – prontificou-se Rossier, enfiando os livros na mochila rapidamente.
- Vá em frente. Eu não me importo.– falou a garota desdenhosamente, acenando com descaso e voltando sua atenção aos livros.
- Iluda-se com isso, ruiva. – dizendo isso, ele jogou a mochila nas costas e caminhou pra fora da biblioteca.
Emmy abriu a boca pra dizer algo, mas desistiu na metade do processo. Contentou-se em dar de ombros e tentar convencer a si mesma que não se importava.
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Ele tinha uma meta. E pra falar a verdade, era uma meta muito simples. E quando Blaise Zabine tem uma meta, ele chuta traseiro de tragos montanheses para realizá-la. Então, não seriam dois seguranças munidos de varinha que o impediriam de chegar até a sala de Luna, no final daquele corredor super protegido, certo?!
Ele iria lutar bravamente, mas morreria lutando. - decidiu-se o homem, chegando perto dos armários duplex encapados com roupas humanas.
Seria uma morte sangrenta, porque ele não desistiria sem luta. - pensou, apertando a varinha entre os dedos, dentro do bolso interno de seu sobretudo caríssimo e parando em frente ao inimigo.
- Com quem você quer falar, tampinha? – rosnou o da direita, fazendo-o se lembrar nada saudosamente de Crabble e Goyle esfolando primeiranistas lufa-lufas sob seu comando.
- Er.. olá, companheiros. – cumprimentou sorrindo, e com dois gestos de mão, praticamente imperceptíveis, ele colocou dois saquinhos de galeões na mãozorra de cada.
Rasgando os lábios, numa tentativa de sorriso, as montanhas de músculo deram um passo para o lado, desbloqueando o caminho.
E quem ousar dizer que Blaise Zabine não lutou bravamente, cairá duro no chão.
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Hogwarts, masmorras.
- Ei, Bernard. Espera. – berrou Evan, entrando no seu salão comunal bem atrás do moreno, que claramente o ignorava. – Eu preciso falar com você. – pediu, seguindo o colega que agora descia as escadas com destino ao dormitório deles.
Os dois desceram a escadaria escura, seguiram o pequeno corredor e chegaram ao dormitório dos quintanistas sonserinos. Bernard entrou, e fechou a porta com um baque forte que teria pegado no rosto do primo, se ele não estivesse a alguns passos a mais atrás dele.
- Ninguém entra aqui. – rosnou o loiro em tom de ordem para um terceranista corpulento que imediatamente parou seu caminho, assentiu com a cabeça e recostou na parede ao lado da porta. – Certo. – murmurou pra si mesmo, antes de respirar fundo e adentrar o aposento completamente imerso na escuridão.
Com um aceno de varinha ele ligou o feitiço iluminador. Andou determinado até a única cama com o cortinado fechado e abriu-o sem cerimônias.
- Você vai me escutar nem que eu tenha que enfiar as palavras dentro dos seus ouvidos.
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Luna assobiava distraidamente uma música d’As Esquisitonas enquanto regava uma planta de aspecto duvidoso sobre o batente da sua lareira particular do ministério.
- Vejo que os seguranças contratados pela Ginny não são tão bons assim. – comentou com azedume para o homem que acabara de entrar na sua sala. – Você os subornou, Blaise?
- Talvez sim, talvez não. – comentou distraidamente, recostando-se na porta. – Como sabia que era eu? - perguntou curioso.
- Você faz um barulho engraçado enquanto respira com nervosismo. – respondeu guardando a água arroxeada com que molhava a planta. – Vamos direto ao assunto.– disse sentando-se em posição de lótus na poltrona atrás da mesa, após alguns minutos de silêncio. - Qualquer coisa que você diga não me fará abortar meu filho. – completou em tom definitivo.
O homem que até agora estivera olhando para os próprios sapatos, tentando pensar num meio de começar aquela conversa, levantou a cabeça rapidamente de olhos arregalados.
- Por Salazar, Luna. Eu jamais lhe pediria isso. – exasperou-se passando a mão nos cabelos, nervosamente. – Eu vim aqui pra te falar uma coisa totalmente diferente disso.
Com um gesto impaciente a mulher jogou os cachos loiros para longe do rosto, e focou seus olhos azuis nele.
- Então diga logo. – pediu sem delicadezas.
- Bem, eu queria que você fosse comigo a um outro lugar, antes de dizer tudo. – falou humildemente, os olhos baixos, sem coragem de olhá-la.
Luna analisou-o por alguns segundos: as mãos nos bolsos do sobretudo, os cabelos negros caindo sobre os olhos por estar de cabeça baixa, as feições sérias e sem a costumeira expressão de deboche. Seu coração de grávida apertou dentro do peito e ela levantou-se da poltrona.
- Eu vou com você, mas gostaria de deixar claro que a qualquer momento eu posso te castrar, se me der vontade, entendeu?! – concedeu a loira, colocando a capa púrpura sob os ombros e fazendo Blaise sorrir pra depois engolir em seco sob a ameaça.
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Biblioteca, Hogwarts
Emmy ainda estava na biblioteca quando foi abordada por um pássaro conhecido. Um falcão roxo, o falcão de Fou.
- Hey garoto! – cumprimentou a ruiva, acariciando as penas da cabeça do animal, pousado no seu braço. Ele respondeu com um pio meio melancólico. – Que foi? O Porco espinho está com problemas? – em resposta, Shrek esticou a pata mostrando um pergaminho.

Hey Pen..

Primeiro eu gostaria de pedir desculpas por ter sumido do casamento do seu pai sem nem ir falar com você. Tive assuntos irremediavelmente marcados para serem resolvidos naquela hora. E ele não era nada animadores, ruiva.
Bom talvez seja bom eu te explicar primeiro o que está acontecendo por aqui, não é?! Bem er.. isso vai ser bem chocante de se entender e eu quero te explicar da melhor forma possível. Lá vamos nós, então.
Tudo começou na Mansão Malfoy quando eu, sua mãe e sua elfa doméstica aparatamos na entrada. Por falar nisso, sugiro que tente descobrir um pouco sobre ela. O ser sabia exatamente para aonde ia quando nos transportou, sem falar que outro elfo da família chegou a tratar sua mãe por “Sra. Malfoy.”
Voltando ao assunto, enquanto sua mãe brigava com as gárgulas, eu vi que aquela fulaninha( conhecida como Magen) tinha passado dos limites e tinha que ser detida. Decidido a acabar com a oxigenada, aparatei direto na Alemanha na casa de uma “amiga”. Essa “amiga” era quem havia me fornecido, não muito consciente, muitos dados importantes para montar o “Dossiê Dor de Estomago”. Ela trabalhava no Ministério Alemão, mas era uma aurora francesa emprestada ao país. Lembra-se daquela aurora que prendeu a Araminda e o Carlos? Pois é, a própria.
Quase morri no processo de aparatação de um país para outro, mas consegui realizá-lo por completo. Qual não foi minha agradável surpresa, descubro que Vivian, a dita cuja, está grávida. Num primeiro momento, me apeguei a idéia do filho não ser meu, porém essa minha última esperança foi cruelmente esmagada. Ela me apresentou uma espécie de exame de paternidade, onde o nome “Brendan Shmtson” aparece quase em um letreiro luminoso.
Eu sei o que você deve estar pensando e a resposta é “Não”, o documento não é falso. Porque comodamente eu havia me apresentado a ela, nos nossos encontros durante minha estadia na Alemanha, como “Doug Cubber”.
E essa é a dura realidade na qual eu me encontro agora: Eu vou ser PAI.
Merda! Mil vezes Merda! Eu ainda posso sentir o cheiro de talco, que minha mãe passava, saindo do meu traseiro e agora tenho que me preocupar em comprar talco pra colocar no traseiro de outro alguém. Alguém que coincidentemente é metade MEU.
Por Todos Os Magos, Pen. Isso é um grande problema.
Eu já posso ver o vulto da morte se aproximando de mim assim que o velho Shmtson souber dessa história. Foi bom te conhecer, Emm. Quero ser enterrado, por motivos óbvios, num caixão negro e vermelho. Uma foto da nossa turma e uma pena do Shrek me acompanharão no leito eterno.
Certo, eu sei que exagerei, mas não posso evitar.
Estou rindo pra não chorar. Dramatizando por cartas pra não sair por aí arrancando os olhos de qualquer um. Agora tenho que acabar por aqui, Vivian acabou de chegar e nós ainda temos que conversar muito sobre o futuro do nosso filho. (Arghh, grande merda de salamandra, isso soou tão Senhor Shmtson Pai que tenho vontade de bater na minha cabeça com uma viga de aço bem pesada.)

Beijos.

Fou.

PS: Seria pedir muito, pedir que me envie o par de Daphné do seu espelho de duas faces? Ultimamente só saber que você está aí não anda me ajudando muito, preciso olhar seu arquear de sobrancelha engraçado e seus olhos cinza pra sentir que você ainda está comigo.


A ruiva leu as últimas palavras da carta, abrindo um sorriso meio de lado, contido, meio debochado, meio preocupado.
- Parece que seu dono está desesperado e incrivelmente sentimental, não é Shrek? – perguntou olhando o animal, que apenas piou, claramente concordando com ela. – Não vamos deixá-lo esperando, então.
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- O que nós estamos fazendo aqui? – perguntou Luna, assim que reconheceu um corredor da Mansão Zabine, o corredor dos quartos principais.
- Antes de tudo eu tenho que te mostrar uma coisa. – falou o moreno, estranhamente, mais sério que o normal.
Delicadamente, ele pegou uma mão dela e a guiou pelo corredor. Passaram por uma porta negra, em cima uma pequena placa com letras cursivas brancas lia-se. Bernard Zabine, em baixo disso vinha uma placa amarela com preto, semelhante às do transito trouxa. Cuidado! Sonserino enjaulado! Manter distância
A loira riu.
- Obra de Emmy, Bernard ficou ‘furioso’. – contou ele apontando. – Mas estranhamente não quis retirá-la. – contou com um sorriso, fazendo-a, involuntariamente, sorrir também. – Chegamos! – anunciou solenemente, apontando para uma porta, idêntica a de Bernard, mas nessa podia-se ler apenas .... Zabine.
- Porque não tem nome? – estranhou à mulher, olhando interrogativa para ele.
- Porque o dono ainda não nasceu. –contou com um sorriso, abrindo-a para ela poder olhar lá dentro. – Esse é o primeiro presente dele. – disse apontando para o ventre liso da mulher.
Era um quarto de padrões muito maiores do que a loira estava acostumada, e ela tinha certeza que seu próprio apartamento era daquele tamanho. O chão era todo coberto por um fofo tapete, verde bem claro, que a fazia querer descalçar os sapatos e afundar seus pés ali.
Bem ao centro um grande berço de madeira cinza, quase prateada, chamava toda a atenção do ambiente com seus lençóis verdes claro, cobertores de um verde mais escuro, almofadas em forma de goles e balaços. Sobre ele um móbile de pequenas vassourinhas que giravam nos mais diversos graus só com um toque de dedo.
Mais perto da sacada havia uma grande cadeira de balanço de aparência confortável, um pouco longe dela, uma espécie de bancada alta, toda acolchoada em verde e cinza, quase prata, praticamente dizia à mulher que um bebê seria trocado ali.
E no outro canto, tinha um baú, cheio de brinquedos, agora, sistematicamente organizados. Pareciam clamar por uma criança para desarrumá-los.
Duas portas, da mesma cor do berço, davam uma para o banheiro particular e a outra para o closet, ainda vazio.
- Como você sabe que é um menino? – perguntou olhando para o papel de parede cheio de vassouras, balaços e pomos de ouro. – Eu soube disso essa semana ainda.
- Intuição paterna. – falou com um sorrisinho, vendo nitidamente a muralha envolta dela cair.
- Sério? – perguntou com os olhos azuis brilhando com lágrimas de emoção.
- Sério. – confirmou, aproximando-se perigosamente da mulher, suas mãos quase coçando de vontade de tocá-la. - Ela não precisa saber que eu fui à médio-bruxa dela, certo?! - comentou pra si mesmo, recebendo pleno apoio de sua consciência.
- Isso foi tão lindo da sua parte. – fungou, indo abraçá-lo forte.
Blaise a abraçou de volta, enrolando seus braços em volta da cintura dela fortemente, fechando os olhos em êxtase por tê-la ali novamente.
- Você vem a outro lugar comigo? – murmurou no ouvido dela, que apenas concordou com a cabeça, sem se separar dele.
Ainda sorrindo, o Zabine aparatou.
- Oh! – foi a única coisa que Luna conseguiu dizer assim que percebeu onde estava.
Era a mesma ilha onde os dois tinham ficado juntos pela primeira vez, mas agora à luz do dia, ela parecia infinitas vezes mais bonita, com sua areia branca, e águas muito azuis, as palmeiras bem mais ao fundo, e o mais interessante, alguns homens pareciam construir uma casa, bem em frente as areias.
- Blaise, você acabou de aparatar numa praia desconhecida, possivelmente na frente de trouxas. – repreendeu a mulher, pensando na burocracia que teriam de enfrentar por causa disso.
- Eles não são trouxas. – apressou-se em explicar.
- Como você sabe? – perguntou ainda observando temerosa a quantidade de gente ali presente.
- Eu os contratei, estão fazendo aquela casa pra mim, quero dizer, pra nós. – contou quase timidamente, puxando a mulher pra mais longe das pessoas.
- Pra nós? – perguntou alarmada, mas esboçando um sorriso.
- Sim, sim. Isso me leva ao outro assunto. – lembrou-se, meio atrapalhado. - Droga! Eu não devia ter te dito isso agora, deixa me achar uma coisa primeiro. – pediu um tempo, quase dando pulinhos, enquanto procurava o que quer que fosse dentro de sua camisa, nos bolsos da calça, do sobretudo. Até que finalmente parou, voltando-se pra ela, sorrindo. – Ahá! Achei! – comemorou, fazendo uma espécie de dança da vitória, causando uma risada involuntária na mulher. – Se você quiser se sentar, isso vai ser meio longo, e grávidas não podem ficar muito tempo em pé. – pediu, apontando para umas pedras grandes.
Ela obedeceu e pôs se a encará-lo, curiosamente.
- Bem, er, Luna. Eu sei que fui o cara mais idiota que você provavelmente conheceu em toda sua vida. – começou, meio hesitante, olhando-a no fundo dos olhos. – Eu fiz da sua vida um inferno na escola, desde o seu primeiro ano. Eu persegui e zombei todos os caras que saíram com você naqueles tempos. Eu te traí uma vez e dei uma de covarde quando eu descobri que você estava grávida.
Ela não falou nada, somente o encarava de volta, os grandes olhos azuis brilhando.
- “Mas, Luna, eu queria que você soubesse que eu te amei desde que coloquei meus olhos em você pela primeira vez, naquele trem indo pra escola, quando você disse que a minha áurea era escurecida e atraia ‘Nárgaros Vampíricos’ e me entregou um anel para me proteger”.
“Eu amei a sua fantasia e sua inocência de uma maneira tão profunda que eu te odiei, te odiei por ser tão diferente das outras garotas e não se importar com isso. Eu me contentei em te fazer infeliz, em te mostrar que você devia ser igual a todo mundo, eu tentei te tirar da bolha de inocência e alegria que você vivia. Mas eu nunca te atingia, nunca mesmo, eu falei para os outros que seria legal esconder suas coisas, e todos fizeram isso. Eu coloquei um apelido odioso em você, e no outro dia, toda a Sonserina te chamava assim.”
“E no dia que você fraquejou, eu me senti vitorioso. No único dia que você cedeu ao mundo, eu não tirei meus olhos de você. Eu queria que você fizesse algo pra eu rir, mas você permanecia vazia, fraca. E eu senti raiva quando nenhum dos seus poucos amigos percebeu isso, mas eu dei meu jeito e fiz a Weasley perceber, e correr pra te ajudar. Foi um dia muito feliz, o dia em que você sentou-se a mesa da Corvinal novamente com seu colar estranho, e a varinha atrás da orelha. E, assim, eu pude voltar a minha rotina infeliz de te perturbar, o que eu fiz até me formar e nunca mais te ver.”
“No dia que eu te vi novamente, naquela boate, desejei todos os minutos que aquela loira engraçada fosse você, e quando eu soube que realmente, quase me contive de emoção. Você estava mais velha, mas era fantasiosa e inocente como antes, e meu coração dançou lambada com o meu rim, assim que você aceitou sair comigo.”
“E eu fui muito feliz com você, nunca duvide disso, eu só não conseguia admitir que te amava. Toda a minha insegurança, fez aquele garoto mimado sonserino que vive dentro de mim dar o ar de sua graça, e eu fiz aquela burrada. Nunca me arrependi tanto de algo. Na hora que eu te olhei, e vi dor e raiva nos seus olhos eu percebi que te amei desde sempre. E que você sempre seria a única que me faria feliz como você faz, apenas me olhando. Eu gritei aos quatro ventos o que sentia, até te ter de volta.”
“E eu fui feliz novamente, como nunca. Eu te tinha de volta. Eu acordei todas as noites só pra contemplar como a lua iluminava seus cabelos, deixando os quase brancos, como suas mãos pareciam sempre encaixar-se nas minhas, e como você conseguia achar o lugar certo para recostar a cabeça no meu peito.”
“Aquela minha reação com o bebê foi porque eu tenho alguns receios a respeito disso, um trauma de infância idiota e completamente besta. Mas eu o superei indo de loja em loja, contratando arquitetos, dando ordens, escolhendo brinquedos e cores para fazer o quarto do meu, do nosso filho.”
Ele passou a mão nos cabelos, nervoso. E sorriu tentativamente pra ela, que tinha os olhos brilhando.
- Eu te amo tanto, Luna. Que eu fiquei mil anos pra escrever a porcaria de um discurso pra te pedir em casamento e o acabei esquecendo na minha mesa do escritório. Mas, ainda assim, você aceita se casar comigo? E eu não quero que você pense que é por causa do bebê, porque eu te amo e te amo muito mesmo. – completou com nervosismo, mostrando a caixinha ainda fechada, onde, provavelmente, estava a aliança. – Nada de pressão, não é só porque eu comprei essa praia, fiz um feitiço estufa aqui pra nunca ser inverno, mandei construir uma casa.....
Luna sorriu em meio às lágrimas que, finalmente, haviam caído de seus olhos e levantou-se indo até Blaise (que ainda enumerava as coisas que tinha feito por ela.).
- Eu aceito. – murmurou num sorriso.
- .. não é só porque eu dei o seu nome pra essa praia que.. – parou de súbito, abrindo um enorme sorriso. – Você aceitou?? Sério?? De verdade verdadeira? – perguntou radiante, recebendo um tímido aceno de cabeça, o suficiente para fazê-lo a pegar no colo e rodar, feliz, com ela nos braços. – Eu te amo, Luna Lovegood! – berrou, já atraindo a atenção de todos os trabalhadores da obra.
- Eu também te amo, Blaise Zabine. – ela também gritou sorridente, o vendo colocá-la delicadamente no chão e se ajoelhar a seus pés, abrindo a caixa com as alianças.
Com um sorriso sedutor, ele pegou-lhe a mão direita e colocou lá um maravilhoso anel de platina, delicado, com uma enorme pedra de safira, moldada em forma de estrela.
- É lindo. – murmurou, levantando a mão, dramaticamente, e olhando para a jóia.
- Tem uma outra aliança, mas essa eu quero que você apenas guarde com você, porque esta perigando arrebentar. – pediu, tirando de dentro da caixinha um outro anel.
Esse, muito diferente do primeiro, era verde-azulado e feito de borracha, enfeitado com uma semente de abóbora, meio torto, parecendo ter sido alargado recentemente.
Luna achou que iria explodir de alegria assim que colocou seu olhos na peça e reconheceu o anel que ela havia dado para o moreno, no primeiro dia dela em Hogwarts.
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Duas semanas após esses acontecimentos, Catlyn Morgs conversava despreocupada com duas amigas quando notaram uma multidão se aglomerando na frente do Salão Principal, alguns gritinhos femininos saindo lá do meio.
- O que está acontecendo? – ela perguntou ás amigas, mas foi um primeiranista de sua casa quem respondeu.
- Briga entre sonserinos. – contou respirando alto pelo esforço de tentar chegar mais perto da cena.
Trocando olhares animados, e típicos de garotas fofoqueiras, as duas garotas ao seu lado abriram caminho por entre a multidão, arrastando Catlyn com elas. No instante seguinte, a corvinal se viu bem em frente à briga.
A sua esquerda reconheceu de imediato o perfil cafajeste de Bernard Zabine, os nódulos da mão apertando com força o cabo de sua varinha, e os olhos azuis eram duas fendas emanando uma raiva incontável até seu oponente, a direita de Catlyn. O oponente em questão, quase fez a loira soltar um suspiro de admiração.
Aquilo sim era um cara de verdade. Ele tinha adoráveis olhos amarelos e um cabelo loiro quase raspado, fazendo-o parecer muito singular e bonito ao mesmo tempo. E pra completar o pacote do Deus, ele estava duelando com o cara que ela mais desprezava: o idiota Zabine.
Por Rowena, aquele sonserino deveria ter se cansado das besteiras do colega de casa e resolvido colocá-lo no seu lugar. Ò Céus, ela podia beijá-lo somente por isso.
- Olhe. – murmuraram em seu ouvido, e ela viu uma mão branca apontando para a parede atrás deles.
E lá estava ela. Emmy Malfoy, aparentemente muito entediada, tinha os braços cruzados e recostava-se nas pedras frias. Catlyn notou que ninguém tentara um camarote vip da briga chegando perto da grifinória. Por um segundo ela quase sorriu em admiração. Quase.
- Eu não quero você perto dela, Rossier. – bradou Bernard, mandando um feitiço muito mal mirado e acertando uma armadura ao fundo com um estrépito ensurdecedor. – Ela é MINHA, entendeu?!
O loiro sorriu com escárnio e olhou de relance para a ruiva, sem receber resposta, já que a outra estava muito ocupada olhando por cima da multidão, parecendo procurar alguém. Com um gemido de frustração, a loira entendeu o porquê da briga deles.
Mas, pensou consigo mesma, estava disposta a ignorar aquilo se ele sorrisse pra ela como sorriu para a grifinória no instante seguinte.
- Engraçado você me dizer isso, Zabine. – comentou ainda olhando Emmy. – Porque eu tenho quase certeza que eu não vi seu nome escrito nela. – zombou, atirando um jato azul, forçando o outro a pular e um buraco abrir no chão, causando um enorme barulho.
Catlyn teve medo por eles, com tanto estardalhaço McGonagall não ia demorar a aparecer. E quando Emmy fez Shane O’Niger, a garota mais dedo-duro e enxerida da escola, voar três metros em horizontal pelo enorme corredor e cair de bunda no chão, somente por ter tentado chegar mais perto da briga, ela teve uma certeza. Malfoy queria McGonagall naquele corredor.
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Do outro lado de Hogwarts a mestra de Transfiguração só tinha um pensamento martelando em sua mente, O dia está calmo demais. . Ela bem que tentara agir normalmente e corrigir algumas lições, mas a oportunidade de ouvir seus próprios pensamentos a assustava.
Pelas barbas de Merlin, em toda a sua carreira acadêmica não havia tido um dia como aquele.
E já quase mordia o pé da mesa quando uma garota escandalosa adentrou seu escritório berrando algo sobre uma grifinória metida e dois sonserinos sanguinários. Torcendo os lábios numa linha fina, tentou conter o sorriso de satisfação e saiu tempestuosamente pela porta seguindo a dedo-duro. De tão satisfeita e animada que estava nem percebeu um pé invisível barrando o fechamento da porta.
E logo após o vulto dela sumir na virada do corredor o pé revelou-se sendo pertencente a James Potter, o garoto devidamente acompanhado por sua namorada Daphné.
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A briga parecia estar em seu ponto máximo e já reunia vários expectadores animados que não estranharam, por nenhum segundo, a falta de machucados nos oponentes.
- Posso saber o que está acontecendo aqui? – falou uma voz severa sobressaindo sobre toda a balburdia.
Instantaneamente a multidão se dispersou para os lados, dando passagem a figura imponente de Minerva McGonagall, ladeada por uma sorridente Shane O’Niger.
- Então, vai me dizer o que está acontecendo? – repetiu a professora, olhando diretamente para Emmy.
- Não fui eu dessa vez, eu juro. – defendeu-se a garota levantando as mãos, em sinal de inocência.
- Então quem foi? – perguntou sem acreditar nem um pouco, sua mente trabalhando rapidamente para elaborar uma detenção suficientemente ruim para dar um jeito naquela garota e, lamentando profundamente por ter que suspender sua mais brilhante artilheira do time.
- Bem, isso eu não sei. – comentou dando de ombros, sem se importar.
- SRTA. WEASLEY, EU NÃO EST- – bradou com raiva, mas sendo interrompida por um puxão que recebeu na manga de suas vestes.
- Os dois estão fugindo professora. – esganiçou Shane, apontando para dois pontos que displicentemente se esgueiravam pra dentro da multidão.
- Podem ir voltando imediatamente. – mandou a mulher, dando as costas à garota ruiva e virando-se para os infratores que, lentamente, voltavam para o centro da roda.
Bernard chegou primeiro e postou-se na frente de McGonagall, dirigindo um sorriso de lado por sobre o ombro dela.
- Sr. Zabine. – reconheceu a senhora, revirando os olhos. – Devia ter imaginado. – comentou olhando de relance por sobre ombro e vendo Emmy retribuir o sorriso do sonserino. - Vamos ver quem é o seu comparsa.. – falou a mulher voltando sua atenção ao outro garoto que se aproximava. - Sr. Rossier? – estranhou, arregalando os olhos para o calmo e pacato monitor da Sonserina.
- Olá professora. – cumprimentou o garoto com um amável sorriso.
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Depois de longas duas horas no escritório de McGonagall, Evan e Bernard deram os ares de suas graças na sala de Shimmy, onde o resto da gangue estava (excetuando Alethia que estudava para os testes finais).
- E então? – perguntou Daphné, com ansiedade, assim que os avistou entrando no local.
- Duas semanas limpando as estufas depois das aulas. – contou o moreno despreocupado, jogando-se de costas num sofá, o olhar passando de relance pelas cabeças de James e Emmy, que, num canto mais iluminado, pareciam extremamente concentrados em alguns pergaminhos.
- Cara, nós vamos nos ferrar. – lamentou-se o loiro em tom de lástima, totalmente fora do papel de “ladrão de namoradas” que interpretara horas atrás. – Eu nuca se quer pensei na possibilidade de existir a suposição de um dia talvez eu limpar algo COM magia, imagina SEM, então. – resmungou, olhando para os lados procurando um lugar para se sentar e acabando por escolher sentar-se sobre as canelas esticadas do outro sonserino.
Sentindo um peso extra sobre sua anatomia, Bernard levantou-se num pulo, puxando as pernas de debaixo do outro garoto.
- O que você PENSA que está fazendo, cara? – berrou assustado.
- Sentando no sofá, e você? – retrucou na sua melhor feição inocente, o que não abalou o Zabine.
- Olha só sua bicha loira. – começou apontando-lhe um dedo em riste. – Não é só porque nós somos primos e “colegas” que eu irei tolerar esse tipo de.. – nessa hora, Evan piscou um olho pra ele e lhe direcionou um biquinho exageradamente afetado. – tipo de.. – engasgou, tentando conter o riso, quando o outro piscou várias vezes, como uma donzela flertando. – de gayzices. – estrangulou sua voz, soltando uma longa gargalhada após vê-lo colocar as costas das mãos no queixo e suspirar, apaixonado e meigo. – Panaca! – urrou, dando-lhe um murro de brincadeira no ombro.
- Eu fico feliz que goste tanto de mim, Bê. – cantarolou, as mãos ainda no queixo, de um jeito semelhante à voz de Lisy.
Daphné sorriu enquanto via os dois rirem despreocupados, lado a lado. Duas semanas atrás quando ficara sabendo que eles se trancaram no dormitório masculino da Sonserina, cogitou seriamente a possibilidade de morte. Mas, três horas mais tarde, quando saíram de lá, Bernard tinha apenas o nariz sangrando sem parar e Evan exibia um corte no supercílio direito, rendendo-lhe uma “charmosa cicatriz”, como diria sua irmã. O mais estranho, na opinião da gêmea loira, era que misteriosamente Rossier não usava mais seu tradicional colar de família e, agora, Bernard ostentava, novamente, um em seu pescoço.
Particularmente, não se importava com o que acontecera lá dentro. Sabia somente que o quer que tenham falado funcionou muito bem, já que no início da primeira semana, apenas se aturavam e agora o relacionamento deles evoluíra a tal ponto que brincadeiras como aquela que faziam agora (o moreno ameaçara comunicar em pleno Salão Principal sobre as tendências gays do primo, e agora, era alvejado por uma chuva de almofadas assassinas, saídas só Merlin sabe de onde) eram muito freqüentes.
- Daphné você podia nos dar o selador²? – pediu James, educado, estendendo a mão para receber o pequeno objeto de metal que haviam roubado do escritório da professora McGonagall mais cedo.
- Está pronto? – perguntou, animada, indo ao encontro da irmã e do namorado.
- Quase. – murmurou a ruiva, antes de fazer um feitiço para criar uma pequena chama na ponta de sua varinha, esquentando o selador e lacrando os dois envelopes depois que o forçou sobre os pergaminhos.
- Agora, sim, estão prontos. – anunciou o grifinório, levantando os pergaminhos no alto, exibindo-os como obras de arte.
- Fazemos o que depois disso? – perguntou Bernard, distraindo-se de sua fuga e, como prêmio, ganhando duas belas almofadadas na cara.
- Só nos resta enviar e aguardar. – disse Emmy, com um suspiro cansado.
- E rezar. - pensou Daphné, olhando apreensiva para as duas ótimas falsificações de cartas de Hogwarts sobre a mesa.
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Fascinationsualité, cobertura, manhã do dia seguinte
Gina estava rodeada de mulheres, homens e estilistas dizendo todo o tipo de coisa sobre os preparativos do seu casamento. E não era preciso ser um gênio para decifrar que ela estava nem um pouco feliz com toda aquela agitação em seu escritório.
- ...Vivs, querida, o que acha de rosa para as flores?
- ... dizem que o rosa, é o novo vermelho...
- ... seu vestido TEM que ter uma calda de no mínimo dois metros...
- ... Rob, diz que cortará os pulsos se sua maquiagem não for assinada por ele...
Massageando suas têmporas, a ruiva tentava mentalizar o azul (como aprendera com sua professora de Ioga) e se esforçava para não explodir.
- Srta. Weasley, chegou uma carta da escola da sua filha. – comunicou sua secretária, entrando na sala. – Parece urgente.
No instante seguinte todos os visitantes na sala, saíram porta a fora discutindo sobre coisas de suprema importância, como a cor da gravata dos garçons ou o número de botões que o terno deles deveria ter.
Era de conhecimento de todos que assuntos sobre as “pequenas preciosas” filhas da presidenta eram tratados somente por Gina e, sabiam também, que ninguém mais devia se intrometer se quisesse continuar com seu emprego.
Sem formalidades, Gina arrancou o lacre do envelope e correu seus olhos pelo pergaminho amarelado.
- Emmy Weasley Malfoy... bláblá....delinqüente juvenil... bláblá.. depredação do patrimônio da escola... bláblá.. tendências psicopatas.. bláblá... formulário para sessão psicológica. – leu rapidamente.
Conforme a mulher ia falando sua melhor amiga, Luna ia arregalando os olhos lá de sua cadeira, onde havia acabado de aparatar.
- Isso tudo é muito sério, não?! – perguntou para a amiga que não havia expressado nenhuma reação até o instante. E pra surpresa geral, a Weasley caiu numa grande gargalhada.
- Minha mãe recebia uma carta dessas todos os meses falando sobre os gêmeos. – explicou-se sobre o olhar incrédulo da outra mulher. – McGonagall é um pouco exagerada. – contou com uma risadinha. – Tem uma pena especial dentro do envelope pra eu assinar. Deixe-me pegá-la.
E assim que a ruiva tocou na pena avermelhada, sentiu o familiar puxão do umbigo e evaporou na frente dos olhos de melhor amiga, que apenas sorriu com cena.
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GroMandZ, cobertura, simultaneamente.
Draco lia compenetrado alguns papéis, os pés sobre a mesa, as mangas da camisa cinza arregaçadas até o cotovelo e os olhos varrendo as letras da página com rapidez.
- Sr. Malfoy chegou uma carta de Hogwarts pra você. – disse a voz da sua secretária pelo comunicador.
- Traga-a aqui, então. – mandou o homem, enfadado com a mania de perfeição da senhora sua secretária.
- Estou levando, senhor. – assentiu desligando a conexão dos aparelhos.
Alguns minutos depois a porta foi aberta, mas não pela senhora gordinha, e, sim, por Blaise trazendo consigo um pergaminho amarelado.
- Estava vindo te visitar, aproveitei e peguei isso lá na mesa da Bridge. – contou jogando o envelope aberto sobre os papéis do amigo.
- Aberto? – disse arqueando a sobrancelha, intrigado.
- Talvez eu tenha lido. – comentou como quem não quer nada, olhando para o teto e sentando-se em frente à mesa.
- O que dizia? – perguntou olhando para os contratos em sua mão.
- Algo sobre a Daphné dar algumas aulas de reforço de Poções para alunos de séries menores, mas precisam de autorização dos pais. – resumiu também pegando alguns contratos já lidos para olhar.
- Certo, depois eu assino. – disse com pouco caso, colocando a carta dentro de uma gaveta.
Blaise que tentava fazer sua melhor atuação de indiferente, não pode segurar um berro de horror ao ouvir isso, assustando o amigo.
- Não pode fazer isso. – exclamou novamente, mas dessa vez mais calmo. Levantando-se, ele pegou o envelope de volta da gaveta e entregou a Draco. – Daphné precisa que assine rápido. O que te custa assinar essa porcaria logo? – perguntou com raiva.
- Se você insiste tanto. – concedeu surpreso com as reações do amigo. – Tem uma pena aí? – perguntou enquanto procurava por alguma em sua mesa.
- Tem uma dentro do envelope, parece que é especial. – falou mostrando o pergaminho sobre a mesa.
- Pegue-a pra mim, então. – pediu o loiro, esticando a mão pra receber a caneta.
- Não sou seu empregado, Drake. Pegue você mesmo. – retrucou com maus modos, cruzando os braços em frente ao peito.
Revirando os olhos e pedindo paciência aos céus, Draco Malfoy colocou a mão dentro do envelope. E assim que seus dedos, pálidos e longos, alcançaram o material plumoso, uma sensação familiar apoderou-se de seu corpo e no instante seguinte ele não estava mais em sua sala.
- Seja o que Merlin quiser. – murmurou Blaise, assim que seu amigo sumiu.
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Assim que a mulher ruiva sentiu novamente o chão sob seus pés, sentiu uma irreprimível vontade de gritar de raiva do quão burra e estúpida ela era. Como em nome de Merlin, ela tinha conseguido cair num truque tão manjado como esse da chave de portal.
Tudo bem, ela admitia que não era um truque tão manjado assim, mas, ainda sim, ela era uma estúpida por ter caído nele.
Certo, não seria uma crise de histerismo que a salvaria daquela situação.
Agora, restava-lhe, apenas, descobrir onde, diabos, tinha se metido.
Aparentemente caíra na sala de uma antiga residência, o chão era todo amadeirado e as paredes eram levemente amareladas por causa do tempo. Alguns móveis antigos estavam distribuídos pelo aposento e, ela pode ver, nas paredes havia diversas fotos da família que provavelmente viveu ali, ou ainda vive.
De uma maneira bem estranha aquele lugar lhe era familiar.
Decidida a saber se estava sozinha ali, entrou em um pequeno corredor com uma porta entreaberta em seu fim. Vírginia Weasley andou silenciosamente até lá, empurrando, logo em seguida, a porta pesada de madeira.
Havia um homem lá, encontrava-se de costas para a porta, e conseqüentemente, para ela, observando com cuidado, quase amoroso, para um grande retrato sobre a o console da lareira apagada.
A ruiva não o reconheceu de imediato, mas assim que um raio de sol furou a cobertura de madeira das janelas e iluminou diretamente suas madeixas platinas, ela sentiu o reconhecimento chegando-lhe como um tapa na cara.
- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? – berrou com raiva, e, para sua felicidade, o viu dar um pulo de susto, antes de virar-se para encará-la.
Draco Malfoy não estava realmente surpreso, assim que seus caríssimos sapatos relaram naquele chão velho, ele sabia onde estava e, sabia ainda, que em breve teria companhia. Mas, obviamente, não há como não se assustar com uma mulher berrando em seu ouvido do nada.
- Sabe como é, eu estava lá no meu confortável escritório e pensei comigo mesmo: Não seria uma MARAVILHA seqüestrar a Gina e levá-la para uma choupana num bairro trouxa de Paris para fazê-la me lembrar, nada feliz, sobre o quão potente os berros dela são? – respondeu sarcástico, sentando-se no sofá velho, que rangeu sob seu peso.
Ela bufou com irritação e se aproximou dele, adentrando o local.
- FOI VOCÊ. – gritou novamente, apontando-lhe um dedo acusador.
- Com certeza, e foi uma das minhas mais brilhantes idéias. – retrucou com pouco caso. – Não vê como tudo faz sentido? Eu, você, no meio de muita poeira e móveis velhos. È o sonho romântico de qualquer casal. – completou no seu melhor tom irônico.
- Então, como você sabe onde estamos? – perguntou desconfiada, enrugando levemente o nariz, de um jeito que Draco achava adorável.
Ele balançou levemente a cabeça, desviando seus olhos da mulher a sua frente e fixando-os num ponto qualquer do local.
- Caso você ainda não tenha percebido, Weasley, essa era a nossa casa. – informou-lhe seco, levantando-se do sofá. – E eu acho que estamos a ponto de descobrir quem nos mandou para cá. – comentou, apontando sua varinha mágica para um pergaminho sobre a mesa. – Revele-se. – ordenou atingindo-o com um jato branco de luz.
O papel flutuou alguns centímetros até estabilizar-se no ar, transformando-se em uma dobradura de boca.
- Olá mãe, olá pai. - falou a voz de Daphné Malfoy, parecendo sorrir enquanto falava.
- Eu espero, sinceramente, que vocês não estejam pensando em 1000 maneiras diferentes de nos matar. - comentou a boca, mas dessa vez a voz que saía dali era o falar meio arrastado de Emmy. - Porque isso é por uma boa causa..
- Uma ótima causa.. - complementou Daphné, ainda parecendo sorrir. - O caso é o seguinte, queridos pais: Emmy e eu decidimos que vocês precisam conversar um pouco sobre muitas coisas..
- E como vocês não pareciam muitos dispostos a fazê-lo por bem, nós fomos forçadas a fazê-lo por vocês.
Draco franziu o cenho e Gina sentiu suas orelhas pinicarem enquanto avermelhavam-se de raiva.
- Então, conversem bastante, briguem, xinguem-se e tudo mais que quiserem, porque só vão sair daí no final do dia, quando for exatamente meia-noite.
- A magia é poderosa, é quase impossível superá-la.
- Mother, Dad. Comportem-se direitinho, ok?! Nós colocamos algumas fotos antigas por aí e têm muita comida na geladeira, espero que se divirtam relembrando o passado.
- Ninguém estará atrás de vocês, nós nos certificamos disso.
- Beijinhos! Até mais!
Dizendo essas últimas palavras, a dobradura encrespou-se em chamas.
- Elas ficarão de castigo até completar 30 anos. – rosnou a ruiva, com raiva, os olhos verdes fixados no fogo. Sem perceber, o par de olhos cinza fixados nela.
Aquele dia prometia.
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Uma semana depois ...

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Infelizmente chegara o dia mais indesejado da nossa história, o casamento de Vírginia Weasley com o homem que, pro azar dela, não é Draco Malfoy. Esse loiro em questão encontrava-se nessa noite de sábado, sentado em seu escritório particular da Mansão Malfoy.
Suas filhas, inexplicavelmente, mesmo após ganharem quatro meses de castigo, sem mesada, quiseram ficar em sua casa antes de irem para o casamento da mãe. Alegaram não quererem atrapalhar os preparativos da festa, o que ninguém entendeu já que a cerimônia se realizaria num luxuoso e conhecido Salão de Festas francês, a umas boas 5 milhas de distância da mansão da mais nova dos Weasleys.
Antes de ir para a festa por chave de portal, especialmente preparada só para ela, Daphné Malfoy tentou uma última cartada desesperada, até aquele dia, uma semana após terem prendidos seus pais naquela casa, a garota não entendia o que ocorrera de errado com o plano praticamente perfeito delas.
- Era para eles terem saído abraçados e sorridentes de lá. E não um soltando fogo pelas ventas e outro levemente melancólico. pensava consigo mesma, enquanto procurava o pai.
Encontrando-o estranhamente vestido como trouxa e sentado em frente à lareira quase aconchegante do escritório major da casa.
- Oi pai. – cumprimentou timidamente, entrando no recinto soturno. – O que achou do vestido? – perguntou, por falta de assunto, dando uma voltinha em torno de si mesma.
O vestido negro contrastava fortemente contra sua pele pálida e cabelos platinados. Deixava seus ombros à mostra, por ser um tomara que caia, mas era longo e quase relava no chão. Uma fita verde de cetim fora passada pela cintura dela, realçando o quão fina e delgada ela o era. Da fita verde até embaixo, era levemente mais armado, pelo singular tecido de que era feito. Os cabelos lisos e soltos, combinados com a maquiagem clara e o pequeno broche de brilhantes davam-lhe a aparência de uma boneca de porcelana muito bem feita e cuidada.
- Bonita. – respondeu com a voz rouca, por falta de uso recente.
Vendo todo resquício paciência esvair-se de seu corpo, a loira dá um passo à frente com seus escarpin preto, obstinada.
- Quer saber de uma coisa pai? – perguntou cheia de irritação, sua voz ecoando pela mansão inteira. - Se você continuar com o traseiro colado nesse sofá, eu só irei ter mais e mais certeza que você não a merece e nunca mereceu. – afirmou decidida, sem um pingo de receio da reação do pai, este por sua vez encarava inexpressivamente as toras da lareira.
Com um bufo irritado, a loira deu as costas para Draco e saiu tempestuosamente corredor a fora, ativando sua chave de portal no segundo seguinte.
- Certo, agora que Daphné deu o show dela, você a ignorou completamente, nós já podemos ir. – falou Emmy entediada, recostada no vão da porta, os braços cruzados em frente ao corpo.
Usava um vestido idêntico ao da irmã, mas na cor branca e com uma fita azul em torno da cintura. Uma jaqueta de couro de dragão, que Draco reconheceu pertencer a Bernard, tampava-lhe os ombros e estragava toda a tentativa de fazê-la também parecer uma boneca.
- Quem disse que eu vou a algum lugar? – retrucou o pai, petulante, semelhante a uma criança com maus modos.
- Dá um tempo, pai. – pediu ela, revirando os olhos. – Vai me dizer que desde que você saiu daquela casa para qual te mandamos, não está pensando em um jeito de entrar naquela festa e acabar com o casamento?! – perguntou, arqueando uma sobrancelha, incrédula.
- Talvez a idéia tenha me passado pela cabeça, uma ou duas vezes. – murmurou encolhendo os ombros.
- Chega de drama, então, eu tenho o transporte e a idéia, então apresse-se. – pediu, começando a caminhar para o átrio da Mansão.
Olhando uma última vez para a foto em suas mãos, Draco levantou-se num pulo animado e correu para alcançar a filha. Quando os olhos cinza chocaram-se, sorriram idênticos, e correram até o jardim.
- Segure as pontas por aí, barbie. Nós estamos chegando. – pediu a ruiva, ofegante, ao espelho em sua mão, pulando pra dentro do porshe de Blaise, onde Bernard os esperava com um enorme sorriso.
- Nós vamos para Paris nisso? – perguntou o loiro com uma careta de desdém, enquanto entrava no carro trouxa. – Vamos levar horas e o casamento é em 5 minutos.
- Pra quem não estava nem ligando pra isso, você está sabendo de mais, não é padrinho?! – perguntou com escárnio, olhando o homem pelo espelho retrovisor.
- Bernard, cala a boca e dirige, ok? – mandou Emmy com autoridade, mas sem nem olhar para o namorado.
Encolhendo os ombros, o garoto obedeceu. Draco não segurou o sorriso superior, e arqueou uma sobrancelha, irônico, também o olhando pelo retrovisor.
- Nós vamos viajar com um dispositivo experimental instalado nesse carro pelo Tio Blaise. – disse, dirigindo-se ao pai, que arregalou os olhos, alarmado.
- Você disse experimental, Blaise e dispositivo numa mesma frase? – perguntou sem ar. Os dois acenaram, sorridentes, afirmando. – Isso não vai prestar. – murmurou pra si mesmo.
- Vamos pra que lugar exatamente, Emmy? – perguntou o garoto indicando um monitor de cristal líquido com um GPS e um teclado vertical, ambos instalados no painel do carro. – O perímetro está em 50 km² bloqueado de aparatações.
- Alta estrada “Douglas Alfred Kanie III”, km 48. – digitou com rapidez no pequeno teclado. – Lá vamos nós. – disse a garota ruiva, com um sorriso ladino, apertando o botão avermelhado, ao lado das teclas.
Um forte zunido saiu de dentro do motor, e o carro girou loucamente antes de evaporar no ar.

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N/a: Olá amores da titia Pontas! =DDDD
Eu sei que prometi o capitulo para o dia 17, mas REALMENTE não deu.
Eu estive tentando escrever a interação D/G por todas as férias, então, decidi que vou escrevê-la como flashback no próximo capitulo
Que REALMENTE vai ser o penultimo da fic. Compreendem?
Espero que sim!

Eu não gostei muito desse capitulo, pra falar a verdade. Mas ele era tipo uma espécie de transição pro próximo, ok?!
Espero que gostem do reatamento do Blaise com a Luna!

Beijos! MUITO OBRIGADA MESSSMO POR COMENTAREM!
Quero agradecer todo mundo que comentou me mandando atualizar, me ameaçando de morte e/ou torturas horrendas!

Me desculpem por não responder os comentários, e eu queria pedir que quem quer me fazer perguntas sobre a fic, ou não, colocar o comentário pra ser enviado no meu e-mail também.
Porque aí eu respondo direto no e-mail de vocês, ok?!
Senão eu acabo me esquecendo de responder no próximo capitulo!
Beeeijos!!!

Espero que gostem do capitulo!

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