Aliens Cabelais



Happyness
A estrela da noite


E eu sentei-me na janela junto a ele, a admirar a constelação que mudara a minha vida para sempre... De um jeito que nunca esquecerei.

É, o namoro está me deixando poética...

SEGUNDA-FEIRA! Weeee! Hoje é um dia saltitante, com cheiro de flores e som de canto de passarinhos. Hoje é dia de alegria, de tudo que é bom, hoje é dia... De história da magia, DCAT dupla, feitiços, almoço, transfiguração dupla, herbologia, trato das criaturas mágicas e poções.

Ok, o dia não é saltitante, e também não é mais cheiroso nem legal. Eu ODEIO segunda-feira.

Mas hoje completo TRÊS dias de namoro!

Estou tão feliz que acabei de levantar, pegar o uniforme e entrar no banheiro, saltitante. Quer saber? Hoje é segunda, mas nada vai acabar com meu bom humor. E minha voz maravilhosa que o diga!

- I could feel it from the start, couldn't stand to be apart… - Christina Aguilera, cuidado, porque a Lily-que-pula-feito-uma-perereca-no-tapete-antederrapante-para-evitar-tombos-
em-forma-de-sapinho-com-uma-voz-melhor-que-a-sua está chegando. Muah. - Something 'bout you caught my eye, something moved me deep inside!

Eu sou mais ou menos a Lily Aguilera, que pula feito uma perereca. Hahaha.

- I don't know what you did boy but you had it and I've been hooked ever since! - Go Lily, go Lily, go Lily, ahá! - Told my mother, my brother, my sister and my friends, told the others, my lovers, both past and present tense that every time I see you everything starts making sense!

Adeus, Chris!

- Ain't no other man that can stand, up next to you, ain't no other man on the planet, does what you do, you're the kinda guy, a girl finds, in a blue moon - Eu amo minha voz. É sério. E é muito bom cantar passando shampoo que nem uma retardada no cabelo.

Mas quer saber? Retardados vivem mais!

(É?).

- You got soul, you got class, you got style, with your badass, ain't no other man it's true, ain't no other man but you! – Acho que vou cantar essa música pro James. Não é legal? - Never thought I'd be alright, till you came and changed my life, what was cloudy now is clear, yeah yeah! You’re the light that I needed, uh.

Será que as gravadoras dão patente aos seus produtos? Sei lá, eu estou meio carente de uma patente.

Algum candidato...?

- You got what I want boy and I want it so keep on giving it up! - Enxágua os cabelos, Lily. - Tell your mother, your brother, your sister and your friends, tell the others, your lovers, better not be present tense 'cause I want everyone to know that you are mine and no one else's, ohh, oh oh! – Agora passe o condicionador, porque o tempo ruge, as borboletas voam e… Os ratos roem?

Eu não gosto muito dessa Lily metida a poética, e vocês?

- Ain't no other man that can stand, up next to you, ain't no other man on the planet, does what you do, you're the kinda guy, a girl finds, in a blue moon, you got soul, you got class, you got style, with your badass, ain't no other man it's true! Ain't no other man but you… - Agora espere o condicionador agir em seus cabelos ruivos por três minutos para que eles fiquem hidratados e cheirosos.

Uma tia que passava vendendo shampoo todos os dias lá em casa sempre fazia essa propaganda. Muito enganosa, por sinal, porque meu cabelo ficou pior que o do RANHOSO por uns três dias. Puff.

Agora respondam: como shampoos DAQUELES têm patente e EEEU não tenho?

- Ain't no other, ain't, ain't, no other, other, ain't no other, ain't, ain't, no other lover, ain't no other, I, I, I need no other, ain't no other man but you, ohh! - Pelo menos eu vou vender mais CD’s que a Chris. Ha ha.

A vingança é um prato quente que se come frio. O amor é uma flor roxa que nasce no coração do trouxa. A vida é bela e você é uma cadela. O frio pode ser quente, mas não se esquente. O melhor da vida é amar e ser amado.

Agora, erguei as mãos e rezai por cada pão concebido a vós...

Ok, já chega.

- You are there when I'm a mess talk me down from every ledge, give me strength, boy, you're the best, you're the only one who's ever passed every test... - Eu cantei essa parte tão alta que até ouvi aplausos! YEAH!

Certo, Lily, agora enxágüe o cabelo, se vista, penteie o cabelo, escove os dentes, mas não pare de cantar. Sua vida é a música!

- Ain't no other man that can stand, up next to you, ain't no other man on the planet, does what you do, you're the kinda guy, a girl finds, in a blue moon, you got soul, you got class, you got style, with your badass, ain't no other man it's true! Ain't no other man but you… - Saí do chuveiro, me vesti, penteei o cabelo, escovei os dentes e continuei cantando. Uau!

Eu só queria ter uma patente. Droga.

- And now I'm telling you, said ain't no other man but you, ohh...yeah, yeah yeah, haha! - Desci as escadas cantando isso, e vi que James estava encostado a porta de saída do salão, batendo o pé freneticamente no chão.

Cheguei perto dele, fazendo uma dancinha idiota, e continuei a cantar!

- Ain't no other man that can stand, up next to you, ain't no other man on the planet, does what you do, you're the kinda guy, a girl finds, in a blue moon, you got soul, you got class, you got style, with your badass, ain't no other man it's true! Ain't no other man but you! - E no fim beijei MEU namorado, surpreendendo-o.

- Por que esse ânimo, amor? – Perguntou ele, entrelaçando sua mão na minha e me puxando para fora do salão.

- Não sei, simplesmente parece um dia legal. – Respondi, enquanto andávamos para o salão. – E agora todos os dias são motivos para sorrir, porque tenho você ao meu lado. – Certo, eu decorei isso porque meu pai disse isso no primeiro encontro com a minha mãe, então é realmente fofo.

E daí que é copiado? VAI ENCARAR?

- Ohhh... – Ele respondeu, naquela voz de “que graça!”. – Digo o mesmo a você, ruiva.

- Algo contra a cor de meus cabelos? – Indaguei, batendo de leve em seu ombro.

- Claro que não! - Ele sorriu de um jeito estranho, meio misterioso. Ih. – Lembra de quando você caiu na fonte e eu te salvei de se afogar?

Nãão, eu mergulhei na fonte do Green Park com Alice me esmagando e quase morri e NÃO lembro, porque foi algo insignificante!

Santa ironia.

- Como se fosse ontem...

- Cadê a Alice? – Perguntei, notando que tudo estava calmo demais para Alice estar lá.

- CHEGUEI! – Berrou alguém extremamente pateta e retardado, que atende pelo nome de Alice, parando totalmente desequilibrada e caindo em cima de...

Mim.

A próxima coisa que eu senti foi água, MUITA água. Alice me jogou para a fonte e ficou em cima de mim! E eu estou sufocando, não consigo mais respirar, já engoli um bocado de água... Ah, eu vou morrer! Sério! PRECISO DE AR!

- Lice, a Lily! – Gritou um menino, puxando Alice para cima e depois me pegando no colo.

Eu comecei a tossir, cuspindo água, sentindo que meu corpo estava meio fraco. É, trinta segundos engolindo água... Eu preciso matar Alice!

- Cof cof. – Exclamei, tossindo e cuspindo água para o chão que nem uma retardada.

Então me virei para ver o salvador. James.

- AH! – Gritei, pulando do colo dele e ficando em pé, não sei como. – Valeu, James! Eu quase morri afogada!

Olhei para minhas roupas. Estavam totalmente molhadas! (Sério? AHHAHAHA genial!) E estava transparente, afinal era uma blusa BRANCA. Sorte que eu estava com um sutiã preto e grosso.

- Eu quero trocar de roupa! – Exclamei, choramingando e passando a mão por meus cabelos arruinados pela queda na fonte do parque.

- Hum, Lily... – James começou, olhando gentilmente para mim. – Magia.

O que, magia? Prazer, Lily Evans.

AAH, A MAGIA!

- É! – Bati a mão na testa, amaldiçoando minha idéia de sair sem varinha. - Valeu, James, eu não sei o que seria de minha vida sem você!

- Não foi nada, minha cara. – Ele deu uma piscadela e secou minhas roupas com um aceno de varinha.

Primeira coisa legal do dia!


- É. E olhe que eu nem sabia o que estava dizendo naquela hora... – Comentei, sorrindo divertida para ele.

- Sério? – Ele indagou, tornando a ficar sério. – Eu ainda não gostava de você na época. Uma atração, talvez, mas nada forte... Só que foi muito bom pegar você no colo. – Ele sorriu maliciosamente, os olhos brilhando.

Taraaado!

- Seu tarado! – Brinquei, bocejando.

O dia vai ser loongo...

[...]

Almoço. A única hora em que eu vi minhas amigas. Hora de contar por minha boca o namoro com James!

- Diana, Kath, Lice-que-já-sabe... – Suspirei, sentando-me em frente a elas. – Eu e James estamos namorando, desde sábado, no passeio a Hogsmeade. – Desembuchei de uma vez só, metendo panquecas no prato e comendo feito uma condenada.

ROOOOOOOBBIN WOOD!

- JURA? – Gritou Diana, aparentemente feliz.

- É... – Neste momento, os marotos sentaram-se ao meu lado, dois de cada lado. – É isso mesmo. Os marotos são gays, meninas.

Elas se entreolharam e começaram a rir, enquanto eu comia panqueca até não poder mais.

Cada macaco no seu galho e é isso aí.

- Oh não, revelaram a verdade! – Brincou Remus, colocando a mão na boca.

- Hey, Remus, assim você estraga nossa reputação! – Repreendeu Sirius, batendo na cabeça do pobre Rem. – Lily, você é má.

Eu sei. E...

ROOOOOOOOOOBBIN WOOD!

[...]

Aula dupla de Transfiguração. Dupla com James na aula dupla. Não é hilário?

Ele está virado para o lado, sorrindo DAQUELE jeito (Não tem nenhum sorriso mais charmoso que o dele, sério) e ficando mais charmoso do que já é. Sabe, ele é bonito, simpático, e tem o melhor: charme. Ai, eu chego a suspirar...

Ai de mim!

(Já encarnando Romeu né... Hahaha).

E eu estou virada para frente, com um sorriso bobo no rosto... Ai, o amor...

Ai de mim!

- Sabia que com esse sorriso você parece – Ele começou, virando para mim. - dez minutos mais nova?

Minha boca caiu. CAIU mesmo. Como assim, dez minutos? Muitíssimo obrigada pelo grande elogio, James, você não sabe como eu estou honrada. Atropelei-me nas palavras, totalmente indignada, e tentei dizer algo a altura.

Mas nada que saia de minha boca conseguiria competir com JAMES. Quero dizer, ningém consegue discutir com ele sem se sentir inferior.

- O que? Você me elogia e é ISSO que diz? - Indaguei, completamente indignada, encarando-o.

- Ah, amor, se você parecer mais nova do que já parece, vai ser uma recém-nascida! – E sorriu do jeito que me derrete, passando a mão nos cabelos e dando uma piscadela.

Então o charme dele entrou em ação. Ele preparou a corda, girou no ar, jogou e... Pegou certinho na cabeça da ruiva. Acredita que o charme empurrou a cabeça da ruiva e fez ela dar uma série de selinhos no James?

Foi tudo culpa do CHARME, juro que foi culpa dele e NÃO minha. Nem de meu dedo cruzado.

Nota mental: parar de cruzar os dedos ao jurar algo.

- E você me derrete, tio do período jurássico! – Reclamei, sorrindo, empurrando-o para o lado.

- E você acha que eu não fico desarmado com essa carinha linda, menina Robin Wood? – Não tem graça. Não, Jamie, não tem a MENOR graça.

- Hey! Robbin Wood é meu herói, ok? – Exclamei, entrelaçando minha mão na dele.

- Como assim? – Ele fez um bico e tirou a mão da minha, colocando-a em meu ombro e puxando-me para perto dele. Um abraço de ombro, sabe? Ah, eu me derreto. Ai de mim! – Eu acabo ficando com ciúmes. Você é minha, meu produto.

- Nossa, de menina Robbin Wood a produto... Que amor, hein? – Brinquei, quando a McGonagall entrou na classe. – Oh, não... Lá vem tortura.

Eu juro que se não quisesse ser auror, NÃO estudava essa matéria chata. Grr.

- São só alguns minutos...

[...]

Aula de Poções. Graças a Merlin, Deus, todos os santos e santas. O dia passou muito devagar hoje! Nem queira ler este tédio.

Estou sentada ao lado das meninas, preparando uma poção do amor, o que é realmente fácil porque eu tenho facilidade em Poções. Um dom, na verdade.

É, a convivência com um maroto faz seu ego inflar até explodir. Mas eu nunca imaginei que fosse tão bom ser egocêntrico... Ok, ok. Já é exagero. Só estou tentando levantar minha auto-estima, que é baixíssima, abaixo da linha ideal.

Escravos de já, jogavam lalala. Tira, bota, deixa ficar. Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá, guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá!

Porque essa é a música boa.

- Professor, terminei! – Gritei, levantando a mão e balançando-a no ar.

Limpei a testa, que estava cheia de suor (Com todos esses desastres preparando poções erradas a sala fica bem abafada, sabe) e descansei os braços em cima da mesa, esperando Slughorn ver se estava tudo certo e fazer os elogios de sempre. Suspirei. De repente comecei a tossir, ao inalar um cheiro horrível vindo do caldeirão ao lado.

- Diana, o que você está fazendo? – Perguntei, vendo que o caldeirão dela tinha uma massa densa e branca, que lembrava cimento. – Isso é cimento?

- Ci o quê? – Ela indagou, completamente aérea.

- Diana, sua poção! – Gritei, vendo o negócio borbulhar e...

Explodir.

Enormes bolhas brancas encheram a sala, e logo todo mundo estava com essa gosma nojenta e fedida na cara e em todas as partes do corpo. O professor, coitado, que estava em frente ao caldeirão, ficou coberto da cabeça aos pés.

HAHAHAHHAHAHAHA.

ROOOOOOOOOOOOBBIN WOOD!

- Srta. Swredam, o que foi isso? – Perguntou ele, tirando a massa do rosto.

- Oops! – Ela respondeu, colocando a mão na boca e olhando o professor com cara de cachorro abandonado. – Um acidente.

- É, eu sei que foi. – Resmungando, ele fez um feitiço e logo estava limpo.

Bateu a sineta. Então eu peguei coragem e avaliei os danos causados pela poção mal sucedida de Diana.

Completamente branca até a altura dos seios. E meus cabelos... Estavam para trás, como se um vento tivesse passado e eles tivessem ficado paralisados! SOCORRO, UM ALIEN POSSUIU MEU CABELO!

- AH, AH, AH, AH! – Comecei a berrar feito uma louca, pulando no mesmo lugar e balançando os braços freneticamente. – MEU CABELOOO!

Continuei pulando feito uma retardada, só que pisei numa poça da poção e caí para trás, batendo a cabeça e sentindo uma dor alucinante no crânio, com lágrimas nos olhos e os dentes cerrados.

TÁ DOENDOO! AAAH, AH, AH, AH, AH, AHHHHH!

- Lily, você está bem? – Remus perguntou, levantando-me e fazendo-me sentar na carteira.

Joguei a cabeça em cima da mesa, com a mão cobrindo o galo. O MESMO galo de ontem! Ou seja, o monte Everest quase sumido voltou com força total e eu estou coberta de uma massa branca. Maravilhoso. Obrigada, Diana, obrigada. Muito obrigada.

- Estou vendo tudo tremer! – Resmunguei, com os dentes cerrados e o rosto encostado na mesa. – Minha cabeça está girando, Remus! Está doendo muito...

- Venha aqui... – Ele me levantou, e olhou em volta. – Droga, o James já foi... Se importa se eu te pegar no colo?

- Kath vai ficar com inveja, mas você é um anjo, Remus! – E ele me pegou no colo, enquanto eu chorava de dor.

Está doendo muito, que inferno! Não consigo mais parar de chorar por causa dessa merda de dor! Ai, ai, ai!

Ele foi direto para o outro lado do corredor, onde ficava a ala Hospitalar. Chutou a porta e a madame esqueci-o-nome fez ele me deitar numa maca, onde eu comecei a me revirar como uma possuída.

O meu caso é sério, eu preciso de um pai de santo. Hahaha.

- Pode ir, Sr. Lupin.

- Melhore, Lily! – Ele me deu um beijo na bochecha e saiu andando, risonho.

Eu amo ter um amigo como o Remus! Só não gosto de sentir essa dor agonizante. Que droga!

- Srta. Evans, só precisa de um remédio e um curativo neste galo. Foi uma batida feia. – Não diga, madame das quantas! Eu SEI que foi uma batida feia, porque estou MORRENDO de dor.

Alôô!

Alô, galera de caubói, alô galera de pião, quem gosta de rodeio bate forte com a mão! Tá tá, tu tá, tá tá tu tá...

- Eu sei, mas a senhora pode ir logo? Sabe, eu quero jantar. – Respondi, contraindo os olhos pra tentar parar a dor.

Então ela abriu minha boca e jogou o conteúdo de um copo, fechando minha boca logo depois. O que eu senti foi algo ruim, PÉSSIMO, quase enjoativo. Engoli rapidamente, ficando com aquele gosto horrível na boca.

Ela quer se vingar de mim, eu já saquei! Madame... Puff, só se for do restaurante da esquina!

- Eca! – Exclamei, quando ela soltou minha boca.

Mas eu senti minha cabeça voltar ao normal e a visão pegar foco novamente, então sorri.

Certo, a tia pode ser a madame do restaurante do shopping. Bem, é melhor do que o da esquina...

- Valeu, tia! – Exclamei, assim que ela terminou de olhar o galo, que eu senti diminuir. – Não precisa mais de gaze, não é? Tchau!

Saí correndo feito uma desesperada, esperando pegar o jantar na hora certa. Cheguei feito o Robbin Wood no salão principal, tropeçando em tudo quando é canto (E em meus próprios pés) e chegando na mesa da grifinória rapidamente.

Ainda bem que eu limpei minhas vestes, porque seria ridículo aparecer lá com tudo branco. Literalmente.

- Família, cheguei! – Berrei, sentando entre Peter, que estava ao lado de Remus, e Sirius, que estava ao lado de James. – O jantar ainda está sendo servido?

- Sim, Lily. – Alice respondeu, sentada do outro lado da mesa, ao lado de Kath e Di. – Hey, por que agora você passa todas as refeições com os marotos?

- Eu não passo todas as refeições com os marotos. – Respondi, franzindo o cenho.

- É, e eu sou o bozo.

- Então eu sou o ROOOOOOOBBIN WOOD! – Gritei, balançando a cabeça feito uma louca.

[...]

Estamos no salão de monitores, todos nós. Alice, Diana, Katheryn, Remus, Sirius, Peter e James. Uma reunião de amizade!

Eu e Remus estamos com presilhas de maçã no cabelo, uma amarela e uma verde cada um. Sabe por quê? SABE? Porque queremos ver, no final da reunião, em qual maçã tem um bichinho. HAHAHA.

Mentira, colocamos porque somos dois fugitivos do hospício.

ROOOOOOOBIN WOOD!

- Fazia tempo que não conversávamos assim! – Exclamei, olhando contente para nossa rodinha no chão.

Eu estava sentada ao lado de James, que estava ao lado de Sirius, que estava ao lado de Diana, que estava ao lado de Peter, que estava ao lado de Katheryn, que estava ao lado de Remus, que estava ao lado de Alice, que estava ao meu lado. Ufa.

- O sétimo ano é uma loucura... – Remus argumentou. – Mas você é a mais louca, Lily. Por que eu tenho que ficar com essas presilhas?

- São bonitas, não reclame! – Exclamei, dando uma risadinha e virando-me para James. – E aí, amor, tudo bem?

- Normal. – Respondeu ele, surpreso com a pergunta. – Por que não estaria?

- Não sei, é que você não está sorrindo. E isso é muito raro. – Eu disse, esticando os braços e dando uma boa espreguiçada. – Que s-s-sono!

- Faça-me sorrir, então. – Ele pediu, olhando com cara de cachorrinho abandonado. – Sua voz me faz sorrir...

- Você quer dizer...? – Perguntei, surpresa e começando a ficar animada.

- Vou pegar o violão! – Exclamou James, subindo para o dormitório dele.

Eu acho que ele ouviu a minha música a noite, porque sou sonâmbula. Por isso que meu sonho envolvia a Lily cantando pro James enquanto ele tentava dormir... NÃO FOI SONHO! EU ANDO A NOITE! AAAAH!

- Onde foi James? – Sirius perguntou, abraçando Diana pelos ombros.

- Pegar o violão! Acredita que ele quer que eu cante uma música? – Indaguei, sorrindo bobamente para todos. – Ele quer que eu morra de vergonha, na verdade.

- Mas estamos entre amigos! – Diana se intrometeu, dando uma piscadela.

- Alguns até mais que amigos né...

Dei uma risadinha e Diana bateu de leve em meu ombro, enquanto eu olhava fixamente para a escada, sem motivo algum.

Será que minhas presilhas de maçã estão bonitas?

- E com vocês, Lily Evans! – James berrou, sentando-se ao meu lado com o violão nas mãos. – Cantando a música Oh Star, de sua autoria!

Todos aplaudiram, e eu fiquei vermelha.

O QUEEE? EU NÃO QUERO CANTAR! EU TENHO SÍNDROME DO PÂNICO! AAAH!

- Um, dois, três... – Ele começou a tocar e eu não tive saída... Oh Merlin...

- Oh star fall down on me, - Comecei, tremendo levemente. - Let me make a wish upon you… Hold on, let me think, think of what I'm wishing for… - Neste momento, um vento entrou na sala e eu senti que não conseguiria parar de cantar!

Não é que essas estrelas têm mais poder do que eu penso?

- Wait, don't go away, just not yet, ‘cause I thought I had it - E James tocava, enquanto todos nos olhavam.

Eu não sei o que deu em mim naquela hora! Parece que de repente eu fiquei mais forte, mais firme... Brilhando! Isso mesmo! Brilhando como uma estrela no céu de James e meus amigos...

Ok, ou estou possuída. O que é mais provável.

Não consigo parar de cantar! Eu não quero!

Eu quero.

Não quero.

COLAPSOOOOO!

- But I forget... - Olhei envergonhada para todos, que me olhavam, fascinados. Bom, eu não tenho patente, mas chamo a atenção! - And I won't let you fall away, from me... You will never fade… And I won't let you fall away, from me, you will never fade away from me…

E tudo isso começou por causa do conselho de Sirius, há nove dias atrás.

Ou seja, acaba hoje, com este estranho momento mágico.

Não é que faz um baita sentido?

- And now I let my dreams consume me, and tell me what to think… - Como eu escrevi só o começo da música e estou cantando toda? Como James está tocando? MAGIAAA! - But hold on, hold on… What am I dreaming?

Nota mental: pesquisar tudo que eu puder sobre estrelas e seus poderes. Urgente!

- Wait, don't go away, just not yet… ‘Cause I thought, that I had it, but I forget! - Comecei a soltar mais a voz, fechando os olhos de vez em quando.

Cantar é muito bom!

E isso tudo é muito estranho, sabe? Nos últimos nove dias eu achei uma constelação por causa do conselho de um amigo, comecei a namorar o garoto de quem mal sabia que amava, os pais de minha amiga morreram, todo mundo corre mais perigo ainda e eu paro de fingir que sou normal (Vide primeiro capítulo. Eu fiquei pagando de normal nele... Hahaha. CAIU, TROUXA!) de uma hora para outra.

É muito estranho e mágico ao mesmo tempo! É como um conto de fadas, eu não sei, mas é MEU conto de fadas. Eu posso competir com a Branca de Neve, a Cinderela e até a Barbie! Não que isso seja ruim. Há.

- And I won't let you fall away, from me... You will never fade away… I won't let you fall away, you will never fade away… - O vento parou. De repente o silêncio se instalou no salão, quebrado apenas por minha voz e o som do violão.

Que mágico!

- And I won't let you fall away… You will never fade away… And I won't let you fall away from me, you will never...! - Continuei cantando, sentindo uma paz estranha. Não sou nem capaz de dizer alguma besteira.

Momento raro, ahm?

James dedilhou um pouco o violão enquanto eu respirava fundo, nervosa e envergonhada, com todos os olhares em cima de mim. Meneei a cabeça, calmamente, e comecei a lembrar de umas coisas...

- Está delicioso, mãe. – Comentei, após engolir o primeiro pedaço.

- EU não gosto de panquecas! – Reclamou Petunia, de boca cheia, dando um sorrisinho idiota.

QUE NOJO!

- De cavalo irmão não se olham os dentes. Até porque eles estão cheios de comida, Pê. – Comentei, prendendo a risada.

Eu notei que eu sei falar algumas coisas engraçadas. E vocês?

- Lily! – Alertou minha mãe, fazendo um sinal negativo com a cabeça.

Então eu comecei a rir escandalosamente, de olhos fechados, pra mentalizar um cavalo com a cabeça de Petunia. A combinação perfeita. HAHAHA.

Abri meus olhos, e... Onde foram parar minhas panquecas?

- PEEETUNIAAAA! – Berrei, vendo o sorriso maldoso na cara dela.

- O que, Li?

O quê? Vou te mostrar, Petunia.

- Cavala! – Peguei o copo de refrigerante e joguei todo o conteúdo na cara dela, com um sorriso maquiavélico no rosto.

Dois a zero, Lily.


De como eu amo minha querida irmã!

Eu comecei a tossir, cuspindo água, sentindo que meu corpo estava meio fraco. É, trinta segundos engolindo água... Eu preciso matar Alice!

- Cof cof. – Exclamei, tossindo e cuspindo água para o chão que nem uma retardada.

Então me virei para ver o salvador. James.

- AH! – Gritei, pulando do colo dele e ficando em pé, não sei como. – Valeu, James! Eu quase morri afogada!

Olhei para minhas roupas. Estavam totalmente molhadas! (Sério? AHHAHAHA genial!) E estava transparente, afinal era uma blusa BRANCA. Sorte que eu estava com um sutiã preto e grosso.

- Eu quero trocar de roupa! – Exclamei, choramingando e passando a mão por meus cabelos arruinados pela queda na fonte do parque.

- Hum, Lily... – James começou, olhando gentilmente para mim. – Magia.

O que, magia? Prazer, Lily Evans.

AAH, A MAGIA!

- É! – Bati a mão na testa, amaldiçoando minha idéia de sair sem varinha. – Valeu, James, eu não sei o que seria de minha vida sem você!

- Não foi nada, minha cara. – Ele deu uma piscadela e secou minhas roupas com um aceno de varinha.


De como eu era antes de namorar James...

- Você me dá NÁUSEAS, Potter. – Exclamei, quando ele foi me procurar na biblioteca naquele sábado.

- Evans, qual é, é só um passeio! – Argumentou ele, passando a mão nos cabelos.

- Potter, por favor. – Respirei fundo, me acalmando. – Por enquanto é não, ok?


E de como eu era totalmente idiota.

Eu amadureci... E ainda estou amadurecendo, principalmente com este negócio de estrelas... O namoro... Faz tudo parte da conspiração alegre e saltitante que é a minha vida, uma vida ruiva, uma vida de olhos verdes!

- Oh star, fall down on me. - Terminamos a música, quando eu comecei a chorar.

Sem saber o motivo, nem como, eu estou chorando! E todos estão sorrindo para mim, porque perceberam que é de emoção...

Levantei e olhei pela janela, respirando fundo e sentindo as lágrimas descerem. Minha última estrela brilhava mais do que nunca... A Happyness, estrela da noite. Em homenagem a essa noite mágica...

Voltei para a rodinha, com um sorriso de canto de lábios, mais emocionada ainda.

O que está acontecendo comigo? Socorro!

- Cara, eu amo vocês. Mais do que maionese e qualquer outra coisa nesse mundo. – Exclamei, começando a chorar mais ainda. – E eu odeio ficar com o papel de banana cremosa da história! – Resmunguei, levantando-me novamente.

Eles se levantaram também, quando o relógio apitou. Meia-noite. Comecei a me despedir, porque estava caindo de sono...

- Discurso! – Exclamou Sirius, colocando-me no segundo degrau da escada de meu quarto. – Uma última palavra, Lils!

Então eu pensei. Besteira ou coisa de banana?

- Eu amo vocês, cara. E mesmo sendo a menina Robbin Wood, ainda tenho pâncreas! YEAAAH, IRRA, UHUUU, ESCROTOOOOOOS! – E subi as escadas correndo, feliz da vida e com um sorriso de orelha a orelha.

Quer saber? Eu AMO minha vida. Muito.

- E VIVA AS FUINHAS DO PÓLO NORTE!

And I won't let you fall away.
Eu não vou deixar você cair longe.
You will never fade away.
Você nunca vai parar de brilhar.
And I won't let you fall away from me,
E eu não vou deixar você cair longe de mim,
You will never...
Você nunca vai…

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