A Desalmada



Hallie
- A estrela da sorte -


Você acorda domingo de manhã e olha para o relógio do seu quarto de monitora chefe. São oito horas da manhã. Aí você se levanta, dá uma boa espreguiçada e vê que o dia está completamente fechado.

Realmente ótimo...

Escovei meus dentes, coloquei uma roupa confortável e desci as escadas. Para variar um pouquinho, James estava lá sentado, lendo uma carta e lindo como sempre...

- Bom dia... – Disse a ele, sentando ao seu lado.

- Bom dia Mily... – Ele não tirou os olhos da carta e me chamou de... Mily!

Como vingança, debrucei-me sobre a perna dele e comecei a ler a carta.

Querido Jimmy...

Estou lhe escrevendo pois as coisas aqui não andam muito fáceis. Comensais e ataques a toda hora... Eu e seu pai estamos realmente preocupados.
Tentei lhe esconder o máximo que pude, mas você já tem dezessete anos e está próximo de se formar... James, querido, nós corremos perigo.
Não só eu e seu pai, toda a nossa família, e... Você.
Por isso, peço-lhe que tenha muito cuidado. Você é o tesouro mais precioso de minha vida e de muita gente... Tem que ficar seguro, para envelhecer feliz e maroto como você é sem ser afetado por esta guerra em nosso mundo...
Peço-lhe também, esperando não ser muito abuso, que evite visitas a Hogsmeade. Acho que entende o motivo...
Fora isso, está tudo bem... Estamos com saudades do nosso “pequeno” Jimmy...
Não vejo a hora de te ver de novo, meu filho. E, se algo acontecer... Eu e seu pai te amamos demais, mais que tudo nesta vida. Você é o melhor presente que nós já ganhamos.
Mande um beijo para nosso outro filho, também. Ou melhor, como sei que ele vai pegar isso de sua mão... Sirius, meu filho, mamãe te ama muito viu? Ainda acho que Sirius Potter ficaria mais bonito!
Cuidem-se...

Sarah Potter.


Merlin. Oh Merlin! Eu não sabia que era assim. Não tinha a mínima idéia! Estou completamente chocada... Os Potter correm perigo. James corre perigo! E eu nem aí pra isso... Sempre esqueço que ele vem de uma família puro-sangue, e que ainda por cima é de grifinórios e aurores...

Neste instante, James aparentava ler a carta, mas mantinha os olhos parados, com o usual brilho ausente.

- Engraçado, não é? – Perguntou ele, virando-se bruscamente pra mim.

- O que?

Ele sacudiu a carta, e deu uma risadinha. Pra mim, estava tentando esconder a preocupação... Ou não.

- Como as coisas são. Ano passado eu só pensava em marotices e confusões, e hoje... – Ele suspirou - ...bem, hoje eu acordo todo dia pensando em quem será a próxima vítima desta guerra. Se será um comensal nojento ou... – Minha garganta deu um nó completo e eu senti meu coração ir parar no umbigo... – Alguém da minha família.

- Pára com isso, James!

- Impossível... – Respondeu ele desanimado, abaixando o rosto.

Segurei o queixo dele com a mão e levantei a cabeça dele, forçando-o a me encarar.

- Não é impossível!

- Não é impossível quando metade da sua família não foi morta pelos bruxos das trevas e você parece ser o próximo.

Nessa hora, eu juro: meu coração foi dar um passeio bem longo...

[...]

Surpreendentemente, eu fui com James tomar café. Comecei a falar, falar, falar... Falei tanto que acho que nunca falei assim em minha vida. Falei que ele tinha que parar de ter medo pelos outros, que ia ficar tudo bem, que ele ia ser um grande auror com uma mulher auror e filhinhos auroreszinhos...

- Lily, PÁRA! – Ele parou do nada quando estávamos em um corredor do segundo andar. Estava gritando comigo!

- Pára com o quê?

- De falar! Eu não agüento mais! Olha, sinceramente, eu te amo, mas hoje não dá, ok?

James saiu praticamente correndo para o salão principal. Eu fiquei parada lá, com uma boa de uma cara de boba. Ele gritou comigo! Será que eu realmente falo demais? Mas eu só estava tentando ajudar! E agora?

- JAMES, ESPERA! – Sai correndo atrás dele como uma retardada, alcançando-o no primeiro ano.

Ele parou, mas nem virou para me olhar. Entrei na frente dele, e...

Merlin.

- James... Você está chorando?

De fato, ele estava. Eu, como o observava até demais, sabia quando ele chorava...

Seus olhos acinzentados escureciam demais, como uma cortina, as bochechas ficavam vermelhas feito pimentão, a boca ligeiramente mais rosada, e é claro, a voz ficava diferente.

- Preciso responder? – Perguntou ele, passando a mão nos cabelos e deixando uma lágrima cair.

- Você não precisa chorar!

- Não discuta – falou ele, num fio de voz embargado – comigo.

- Discuto sim!

- Pra quê?

- Porquegostavocêeudeaguentonãochorartequandocoragemcontardedevocêpraverdadetenho não.

- Huh?

Suspirei, desesperada; Tinha acabado de falar a verdade. Bem embaralhada e rápida, mas tudo bem... Eu sou assim!

- Digo... Você não pode ficar assim!

Sim, hoje o meu botão de tagarelice longa está ligado (e o de pérolas também). Falei por mais uns cinco minutos... Mas teve uma hora em que eu me atrapalhei e começamos a falar de besteira... Até que...

- Lily...

- Huh?

- Quer ir a Hogsmeade comigo semana que vem?

Sentamos na mesa da Grifinória e começamos a tomar café. Ele ainda me olhava, e eu apenas pensando...

Se eu aceitasse, não tenho a mínima idéia do que aconteceria.

Se eu não aceitasse, também não tenho a mínima idéia do que aconteceria.

E, como você pode ver, eu sou indecisa.

- Aceito.

Bem, é daqui a uma semana, não é?

[...]

Se eu contar pra vocês, vocês vão rir da minha cara. Eu estava lá, acabando de aceitar o convite dele pela PRIMEIRA vez em sete anos. Sabe o que ele fez? Me deu o 135º beijo do ano e falou bem assim: “Você não sabe o quanto eu fico feliz com isso, Lily. Você não vai se arrepender!”

Agora eu estou numa poltrona fofinha e confortável da sala comunal da Grifinória, esperando a Diana. Ela pediu pra esperar ela aqui, pois queria uma explicação sobre poções... E até agora nada. Eu odeio isso. Quero que todos que fazem isso com os amigos se engasguem com a própria saliva. É pura sacanagem. Mas, falando em Diana, aí chegou a amiga-que-marca-e-chega-atrasada.

- Oi, Di! – Falei, sentando direito na poltrona e puxando uns livros.

- Lily... Você aceitou sair com o James?

Se eu tivesse com um suco, provavelmente engasgaria, mas acho que apenas ficar vermelha de vergonha já basta.

Ai que vergonha!

- Sim...

- Ele recusou uns sete convites por sua causa, ficou sabendo?

- O quê? ELE RECUSOU SETE CONVITES POR MIM?!?

Bom, pra piorar, sabe quem resolve sentar numa poltrona do meu lado? James Potter, em carne, osso, beleza e inteligência.

Isso é uma conspiração. Estão querendo me matar. É sério. Medo, vergonha, indecisão, vergonha. Quatro vezes num dia só! Alguma coisa está acontecendo, e eu vou descobrir e matar o culpado. Ás vezes eu penso... Será que não tem a ver com a minha constelação e minhas estrelas? Poxa, justamente no dia que eu vejo elas as coisas começam a mudar muito e melhorar também. Hoje vou dar uma boa olhadinha na janela, só por precaução.

- E recusaria mais um milhão, Lily, pode ter certeza. – Eu virei pro lado e lá estava ele, molhado (ele estava sem capa, só com a camisa branca! Nossa, ele realmente tem músculos), com o cabelo colado no rosto e pingando água em todo o salão.

- James!

- O próprio.

- O que faz aqui?

Será que eu estou com cara de retardada? Porque a Diana não pára de rir e o James está muito risonho pro meu gosto. É sério. Será que eu sou a causa do sorriso dele? Ele sempre me falou isso, mas eu nunca prestei atenção... Nunca vi o príncipe encantado que estava na minha frente.

Mas agora eu vejo. E posso competir com a Branca de Neve e a Bela Adormecida. Há há há.

- Nada... Domingo a noite é sempre chato, então estou fazendo o que eu sempre faço: nada. – Ele poderia andar comigo. Se eu não fosse burra, é claro. Ele ainda não sabe que eu gosto dele. Ainda.

- Por que está molhado? – Como futura namorada, eu tinha que perguntar, não é?

Ás vezes eu imagino como seria se eu namorasse o James. Dois terços das garotas de Hogwarts ficariam com inveja de mim. Eu seria popular. Esse é um lado bom. Mas será que eu daria certo com ele? Sei lá... E se quando eu aceitar ele, ele deixar de ser legal comigo? E se depois do começo do nosso namoro ele não me der um chocolate e nem dizer que me ama pra sempre? Oh, doce incerteza.

- Remus... – Acho que ele viu minha cara de “Como assim o Remus?” e explicou direito: - Uma pequena guerra marota entre dois grandes amigos. E não fique surpresa não... O Remus é tão santo quando eu e o Sirius.

- Meu Merlin... Imagine o pior de vocês...

Ele deu uma risadinha engraçada e disse, meio que me censurando:

- O problema é que vocês têm uma imagem feita dos marotos. Alô, nós não somos tão ruins assim!

- Quem disse que ser terrível é um defeito?

James sorriu.

- Você está me surpreendendo, Lily.

- Tô com fome.

- Ahm?

- Fome. – Fiz um tipo de biquinho, como se fosse uma criança emburrada. Ninguém resiste a uma criança ruiva emburrada. Eu acho. – Vai comigo até a cozinha?

Eu não lembro de ter comido hoje. Quer dizer, eu tomei café, almocei e jantei e tal, mas acho que a comida entrou pela boca e foi interceptada por algum buraco clandestino no meu esôfago.

É só uma teoria.

- Vamos, Lily. – Ele revirou os olhos, levantou e estendeu a mão pra mim.

Que cavalheiro!

Segurei a mão dele e lá fomos nós dois, de mãos dadas, como se fossemos passear em Hogwarts. Todo mundo no salão comunal ficou olhando pra gente. Claro, James Potter e Lily Evans saindo do salão de mãos dadas é uma coisa realmente muito louca.

Mas eu acho que a louca da estória sou eu!

Quero dizer, primeiro eu me finjo de criança emburrada e depois saio de mãos dadas com o James. Em direção a cozinha. Uma coisa do tipo bem normal, não é? (Eu estou sendo irônica).

Agora estamos aqui no salão principal, passando na frente dos professores... De mãos dadas

E eu estou de pijama. Do lado do James; também de pijama... De mãos dadas

Epa; como a gente vai pra cozinha se elas são nas masmorras? O que a gente faz aqui no salão principal?

- Lily, acho melhor a gente comer aqui mesmo. Tem lugares vazios na mesa dos professores... O Slughorn deve estar andando nas masmorras, não vai dar pra gente ir. – Guenta aí; como vamos comer na mesa dos professores?

Eu estou começando a achar que meu futuro namorado é meio louco. Mas só um pouquinho. Não quero casar e ter que ir ao manicômio pra ganhar presente de aniversário de casamento. Seria uma lástima.

- DIRETOR! – Gritou James, quando chegamos a frente da mesa dos professores... De mãos dadas. Dumbledore olhou pra gente, um pouco surpreso, e posso jurar que deu um sorrisinho maroto.

- Sim? Em que posso ajudá-los, Sr Potter? Ah, e Srta. Potter também. – Engraçadíííííííssimo, Dumbledore. Continue, continue, você é tããão engraçado.

Mas acho que James gostou. Ele deu uma piscadela pra mim. Eu tentei dar um sorrisinho alegre, mas acho que saiu mais parecido com um sorrisinho irônico.

- Minha futura namorada e mulher está com fome. Ainda tem comida?

- Junte-se a nós aqui na mesa de professores! E um de cada lado meu, por favor; Acho que não seria muito agradável ter um beijo no meio de uma refeição.

Eu acho que o Dumbledore pode substituir o Tom Cavalcante, sabe? Aquele da Record. Acho que faria até mais sucesso, porque bastante gente ri de um velhinho com a barba maior que ele mesmo.

Mas sério, eu estou com vergonha. E agora eu estou sentada do lado direito de Dumbledore, e James do outro lado. Tem muita gente olhando pra mim. Posso fugir?

Já pensou se eu me engasgar? Com uma azeitona ou algo parecido. Seria bem engraçado. Não seria?

Não, não seria. Acho que sairia no jornal. “Ruiva se engasga com azeitona na mesa de professores”. Se bem que eu seria capa de jornal! Se um dia isso acontecer, espero que eu não fique conhecida só porque quase morri engasgada. Do lado de Dumbledore.

Bom nós terminamos de comer, James agradeceu e estendeu a mão para mim. Eu aceitei, lógico. É tão fofinha. Eu me sinto tão bem ao lado de James... Demorei muito tempo para admitir, eu reconheço, mas eu mesma não sabia. Agora eu tenho raiva de mim mesma por não ter tido muito tempo pra segurar a mão do James...

Então, enquanto andávamos em direção a sala dos monitores, ele puxou conversa.

- Gostou do jantar de hoje?

- Foi engraçado. Eu pensei que ia me engasgar com uma azeitona ou algo assim...

- Você é bem criativa... – James sorriu de um jeito maroto, e me mandou um beijinho. Outro para você, querido. – Lily, você não ficou aborrecida quando Dumbledore disse “Srta. Potter”?

- Hum... Na verdade, não fiquei não.

- Você gostou?

Hora de ficar vermelha, Lily. AIII COMO EU ODEIO ISSO!

James parou, e eu parei também, um pouco na frente. Ele veio até mim, segurou minha mão, e falou bem assim:

- Não vejo a hora de te levar a Hogsmeade, Lily. Você não tem a mínima idéia de como aquele vai ser o melhor dia da minha vida.

- Aiii James, pára de falar essas coisas! Você me deixa tão sem graça...

- Sem graça por quê? – Perguntou ele, soltando minha mão.

Eu queria falar a verdade. Eu queria mesmo, de verdade! Mas não saiu, de jeito nenhum. Foi como uma roupa. Você veste 38 e a roupa é 32. Não tem como entrar. Se entrar, é meio impossível sair. Dá pra entender?

Eu acho que você vai ficar bem revoltado(a) com o que eu falei pro James... Eu também fiquei, mas só depois... Eu simplesmente não podia falar a verdade! Você não entende?

Lily Evans é uma fraca. Uma covarde, uma idiota. Ela fere pelas costas, ela chuta quando você está caído, ela apaga a luz só pra você não ver a cara dela quando ela rasgar seu coração. Ela não mede as conseqüências dos seus atos, ela não pensa em mais ninguém, ela não merece ter amigos! Ela só existe pra estragar o mundo. Ela não merece ter o amor de James Potter.

Odeio ser essa ruiva. Eu vou me jogar na lata de lixo mais próxima. É o seguinte: lixo no lixo. E vou mudar meu nome pra Hayley. Sabe, aquela ruivinha igualzinha a mim que canta no Paramore. Pelo menos ela canta SUPER bem. Minha voz é pior do que cantor do boteco da esquina. E só pra você saber, vou morar no lixão de Londres.

Mas, sabe o que eu tive a covardia de falar?

- Porque eu não posso corresponder nada, James. Sinto muito.

James abaixou a cabeça e murmurou algo como “devia ter me falado antes”. Onde foi minha coragem naquela hora?

Ah, eu esqueci: eu não tenho coragem.

Eu comecei a chorar. Virei as costas para James e comecei a chorar. Na verdade, umas lágrimas me deixaram praticamente cega, mas acho que isso não chegue a ser um “chorar” de verdade.

Quando eu saí, metade do meu coração ficou lá... Eu consegui rasgar meu coração. EU QUERO EXPLODIR, EU NÃO MEREÇO ESTAR NESSE MUNDO!

Eu sou o ser mais abominável do espaço sideral. Não sei como Deus pôde criar alguém tão infeliz assim. Eu tinha tudo para ser feliz, pra ser a mulher mais completa e alegre do mundo, mas eu simplesmente deixei isso escapar da minha mão como se fosse... Areia!

Como eu pude? Eu queria que minhas lágrimas de agora, que estão caindo na minha confortável cama de monitora, fossem sangue, pra eu chorar até morrer... Eu mereço a morte, mereço morrer aos poucos!

Ainda agora recebi uma coruja da Kath... Ela disse que James está chorando inconsolável na cama dele. Sirius, Remus e Peter já desistiram de ajudar ele. Nem a Alice ele quer escutar. Eu sou uma anta! Você precisa ler o que eu recebi... Olha só:

Querida Lily,

Sei que você está chorando na sua cama, pensando em quanto é idiota. Você não é idiota, amiga. Só cometeu um erro.
Tudo bem, vou falar de uma vez pra não ser tão ruim assim: James está chorando na cama dele, inconsolável. Quem olha pra ele pensa que alguém morreu ou algo assim... Meu coração está cortado, ruiva.
O que aconteceu? Tenho certeza que você está no meio disso. Não que tenha culpa, claro, mas pra ele chorar desse jeito, só pode ser você.
Os marotos já foram lá umas cinco vezes, sem brincadeira. Voltam piores a cada vez. Nem a Alice ele quer escutar, e olha que isso é raro.
Pelo amor de Merlin, diga-me o que aconteceu. Se quiser ajuda, estou aqui. A Di também.

Katheryn.


Eu respondi assim, numa letra bem trêmula e molhada pelas lágrimas:

Kath,

Acabei de rasgar meu coração. Se você achar metade dele aí, me devolve, ok?
Eu quero ficar sozinha. Eu não mereço ser consolada. Entregue o papel de trás pro James.

Lily.


E atrás desse, coloquei um papel, em que escrevi essa música:

Estou começando a achar que estou errada
E eu caí... Não posso fazer isso sozinha
Fique comigo. Isso é o que eu preciso! Por favor?
Cante uma canção para a gente e a gente vai cantar de volta para você
Nós poderíamos cantar por nós mesmos,
Mas o que seria disso sem você?
Eu não sou nada agora... E isso tem sido longo...
Desde que eu ouvi o som, o som de minha última esperança.
E, desta vez eu vou estar ouvindo!
Este coração, ele bate, bate só por você...
Este coração, ele bate, bate só por você...
Meu coração é seu.

Desculpa-me?

Lily


Não sei se dá pra ler... Ficou meio borrado. Mas eu não consigo escrever nada! Aquela é uma música linda; quando eu a ouço, começo a chorar. Eu queria ouvir agora.

Por que tem que ser tudo tão confuso? Eu queria ser feliz como todo mundo. A Di é feliz com o Sirius, a Kath tem o Remus... E a pobre Lily? Tinha o James e não deu o mínimo valou. Menosprezou, largou, deixou bem de lado, empoeirando. E ainda tem coragem de falar na cara dele que não sente nada por ele.

Já sei: Vou fazer um feitiço para arrumar minha voz. Vai ficar afinadinha e bonita, aí vou cantar uma música bem linda pro James. Se ele ainda quiser me ouvir, claro. Amanhã a primeira coisa que eu vou fazer é falar com o Flitwick.

Merlin me ajude...

Eu realmente preciso. Alguém que rasga o coração dos outros merece ajuda. Ou quem sabe ir pro manicômio.

Será que eu sou louca?

Louco; Que perdeu a razão; alienado, doido, demente. Que está fora de si; contrário a razão ou ao bom senso; insensato. Dominado por paixão intensa; apaixonado, perdido. Que se porta de maneira pouco sensata, inconveniente; esquisito, excêntrico. Imprudente, Imoderado, temerário. Estróina, extravagante, doidivanas. Travesso, brincalhão, folgazão. Fora do comum; incomum, enorme, extraordinário. Diz-se daquilo que revela loucura. Indivíduo louco.
__________________________________________________________________________
retirado do Dicionário Básico da Língua Portuguesa Folha/Aurélio.

Dominado por paixão intensa; Acho que sim. Cara, eu sou louca! Não sabia disso.

Afinal, só uma louca começa a dar risada quando está aos prantos, desejando morrer.

E só uma louca é tão insana quanto eu.

Detalhe: as duas coisas têm o mesmo significado.

Lily Evans ao caminho do manicômio!



Fiquei mais um tempinho chorando, até que as lágrimas pararam de cair. Fui até a janela, sentei lá e lá estavam as dez estrelas... Só que hoje era outra que brilhava. Bem do lado da Hayley.

O nome dela vai ser Hallie... E vai ser a estrela da sorte!

Não que eu tenha sorte;

É sorte por poder ver o James e tal.

Agora, vou dormir. Boa noite!

Hold on, let me think,
Aguente firme, deixe-me pensar

Think of what I'm wishing for
Pensar no que eu vou desejar

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