Ciúmes



 Cap. 22 - Ciúmes


By Surviana






Aviso: Todas as personagens do universo Harry Potter, assim como as demais referências a ele, não pertencem ao autor deste texto, escrito sem nenhum interesse lucrativo, mas à JKR.


 


Por favor, não me processem! Só peguei emprestado para me divertir e divertir os outros!






 


“...Que minha solidão me sirva de companhia,
que eu tenha a coragem de me enfrentar,
que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.”


 


O escritório estava mal iluminado. A escuridão sempre o fascinara, seus aposentos não podiam ser diferentes. O verde escuro da Sonserina e o negro se combinavam ainda melhor, em sua opinião, do que o verde e o prata.


 


Um fogo brando queimava na lareira, aquecendo o escritório, mas não seu ocupante. O homem largado no sofá parecia quase uma pedra de gelo. Seu exterior estava imóvel, estático, apenas olhando o vazio. Seu interior, esse era ainda mais impassível. Frio, gelado. Como um cadáver sem emoção.


 


Um pio de coruja o despertou da letargia. Mas a julgar por seu movimento, não fora apenas isso que o acordou. Sua mão direita subiu rápida até uma tatuagem gravada em seu antebraço esquerdo. Cravou seus olhos ali. Massageou os contornos negros que tanto se destacavam em sua pele clara. Contornos que escureciam cada dia mais, que lhe lembravam que algo estava para acontecer. Algo que não conseguia, mesmo em seus piores pesadelos, imaginar.


 


Enquanto vislumbrava os contornos de sua Marca Negra, um misto de sentimentos surgira em seus olhos, que agora brilhavam. E que, junto com o movimento de seus dedos, desfizera a imagem de estátua que ele mantivera até agora. Um gosto amargo subiu por sua garganta quando engoliu a saliva que acumulara-se em sua boca. Um gosto ruim que sentia todas as vezes que lembrava da série de acontecimentos em sua vida desde que gravara aquela tatuagem.


 


Não era doloroso se lembrar desses acontecimentos. Pelo contrário, era até consolador. Consolava pois não o deixava esquecer porque merecia viver excluído e longe das pessoas. Consolava porque lhe lembrava sempre que era seu destino não ter uma família, porque se um dia tivesse uma, ele a destruiria. Também consolava o fato de não ter uma esposa, porque a primeira pessoa por quem desejou que fosse sua companheira, ele enviou para a morte junto com a família constituída por ela.


 


É, era reconfortante aquela marca estar ali para lhe lembrar disso. E era ainda melhor que ela reacendesse agora para cobrar por sua sanidade. Sempre achou mesmo que a vida não fora realmente dura com ele. Sua mãe sobreviveu, mesmo que não se possa dizer que há uma vida ali dentro. Sua carreira profissional é indiscutível. Sua conta bancária razoavelmente boa, sem nenhuma sombra da miséria do passado. E mesmo que nunca tenha alguém com quem conviver, ele viveu os últimos anos, vinte anos para ser mais exato, esperando por ela. E mesmo que ela tenha surgido numa forma que nunca possa possuir, ela o encontrou.


 


É. Tinha mesmo se safado, apesar de tudo. E não merecia isso. Então... era realmente reconfortante esperar que aquela marca ardesse e que queimasse sua pele até que o ardor atingisse sua alma. Para lembrar-lhe que não devia ter vivido esses últimos anos. Que não devia ter sucesso profissional, nem dinheiro, nem mãe e nem mulher a esperar por ele. A única coisa que ele realmente merecia era sofrer por tudo que já tinha feito, e pelo que ainda iria fazer, quando a Marca Negra cobrasse.


 


Uma batida na porta interrompeu seus pensamentos. Consultou o relógio sobre a lareira. Era a hora dele. A hora de Dumbledore.


 


— Entre — disse.


 


O velho diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts entrou em seus aposentos e se acomodou numa de suas poltronas. Nunca teve muita cerimônia com o mestre de Poções para aguardar a ordem de se sentar. Como Snape odiava isso nele. Mas como, e era imensamente difícil admitir isso, amava aquele velho que podia chamar de amigo.


 


— Eu estava pensando sobre nossa conversa da outra noite, Severo — começou Dumbledore ao notar o mestre de Poções ainda contornando sua Marca Negra.


 


— Por que não estou surpreso? — respondeu o mestre de Poções. Não imaginava mesmo que aquela conversa havia acabado. Na verdade, ela nem sequer começara ainda.


 


— E como ela está? — tornou a perguntar o diretor.


 


— Escurece a cada dia, como se realmente se aproximasse o anoitecer. A dele também, sua histeria aumenta a cada dia, agora vive me perseguindo pelos corredores — respondeu Snape amargo.


 


— E a sua certeza de não fugir? Ela cresce na mesma proporção, Severo?


 


— Sim — respondeu Snape, olhando de esguelha pela primeira vez para o perfil do bruxo mais velho.


 


— Eu realmente não entendo como são as coisas, Severo. Como você ainda se vê como um mártir apesar de tudo. Qual o verdadeiro motivo de votar lá? Não foi o bastante ver que o filho dela está protegido?


 


— Você não acha realmente que ele está protegido, não é mesmo, Dumbledore?


 


Dumbledore respirou fundo. — Não, infelizmente não acho. E devo completar que muito me intriga o nome dele no Cálice de Fogo.


 


— Não precisaremos esperar tanto. A primeira tarefa está quase às portas.


 


— Dragões. Não me parece uma armadilha.


 


— Potter se safará. Não precisa se preocupar, não com isso. Ambos sabemos que as forças malignas que estão agindo por trás disso tudo não usariam um ser tão complexo quanto um dragão. Gringotes é um exemplo; quantos encantamentos e duendes, criaturas extremamente poderosas, são necessárias para contê-los?


 


— Muitos, Severo, muitos.


 


— E nós dois sabemos que se esta marca ainda não está tão nítida, significa que o poder do Lorde das Trevas não é pleno. Ainda. O Dragão é nossa menor preocupação. E se houver criaturas pensantes e não humanas nas tarefas seguintes, também. Mas ainda há a limitada inteligência de Potter, nunca poderemos prever se ele se matará com um simples feitiço de levitação.


 


— Não seja tão duro com o garoto, Severo. Apenas você mesmo suporta e supera suas exigências.


 


— A Srta. Granger me parece, superaria.


 


— Uma bruxa adorável a Srta. Granger, Severo. Eu diria que não havia forma de você escolher uma pessoa melhor.


 


— Escolher? — Snape reforçou o verbo.


 


— Para compará-la ao Harry, é claro, meu caro. Para compará-la ao Harry. E falando sobre a Srta. Granger, há uma coisa que me pergunto sobre ela... Você soube algo, em algum dos ataques de histeria do Igor, algo sobre a Srta. Granger? — questionou Dumbledore.


 


— Não. Ele nunca a mencionou.


 


— Bom, não é segredo pelos corredores que ele desaprova completamente o relacionamento dela com o seu pupilo, Krum. Mas Igor nunca foi realmente previsível, não é mesmo?


 


— Não. E é mais que certo que ele jogaria qualquer um em seu lugar para se safar. É um completo covarde.


 


— Você não acha que ele usaria a Srta. Granger em benefício próprio, Severo? Que poderia influenciá-la, usando o Sr. Krum, para uma possível proximidade com Harry e, em troca disso, um beneficio para oferecer ao Tom?


 


— A Srta. Granger não me parece uma pessoa muito influenciável, Diretor. — Snape estava começando a se incomodar com o rumo da conversa, mas sua voz permanecia inalterada.


 


— Não mesmo — respondeu Dumbledore pensativo. — Mas as paixões nos cegam, Severo, você sabe, as paixões são uma das mais poderosas vendas na vida.


 


Snape refletiu sobre a frase do diretor. Quando falou, procurou o fazer sem nenhuma alteração, sempre mantendo sua frieza emocional, embora algo de muito errado formigasse em sua nuca quando relembrava o que ouviu.


 


— Também não acredito numa possível paixão da Srta. Granger, diretor.


 


E isso era verdade. Não acreditava nessa paixão. Não porque ela não tivesse esse direito, pelo contrário, era uma jovem que na idade que tinha devia ter muitas, inúmeras paixões. Ela era até meio estranha por não ter demonstrado nenhuma forte o suficiente até agora.


 


Nenhuma além de sua vontade de se provar sempre a melhor. E ele notava a paixão que ela tinha pelos estudos quando a via querer responder suas perguntas, quando lia suas linhas nas redações de mais de dois metros que ela lhe mandava, nos exames finais, quando tudo nela parecia desejar por aquilo. Seus olhos brilhantes, seus dedos ágeis segurando a pena, seu cérebro afiado que ele quase podia ver através da sua pele trabalhando em prol daquilo. Seus vasos sanguíneos que coravam suas bochechas de tensão, de expectativa.


 


Ele realmente sabia quando ela impunha paixão em algo. E ele sabia disso porque ele a notava quando todos não a estavam notando. Ele relia suas redações porque eram as únicas verdadeiramente inteligentes, e mesmo que com deslizes de um aluno, eram brilhantes, eram apaixonadas.


 


Mais do que isso, ele sabia quando ela estava apaixonada, porque ele a viu assim. E ele a viu assim com seus próprios olhos. Próximos o bastante para não esconder nenhuma centelha da chama viva dentro dela. Próximos o bastante para se ver brilhando ali.


 


— Se você o diz, Severo. Se você o diz.


 


Por que Severo achava que Dumbledore já tinha essas mesmas conclusões que ele? Como odiava aquilo naquele velho. Sim, ele já tinha essas mesmas conclusões também, mas ele também tinha seu insuportável dom de se intrometer na vida dos outros, e essa era uma característica sua muito forte. Mas o que era pior naquele velho, era aquela necessidade de ouvir da boca das pessoas o que ele já havia concluído sozinho.


 


Dumbledore se despediu logo em seguida. Essa também era uma das suas irritantes habilidades, cutucar a mente das pessoas para algo que não estavam atinando e ir embora, deixando quem quer que fosse a sós com seus redemoinhos.


 


Não demorou muito, porém, para que Snape desistisse de pensar em Karkarof, Krum e Potter. E de pensar em Hermione, também, porque mesmo tendo absoluta certeza que ela não era uma tola apaixonada, o formigamento estranho em sua nuca desde que Dumbledore tocou no assunto continuava. E ele sabia que isso tinha muito a ver com o fato dela não estar apaixonada ser diferente do fato de se deixar beijar por Krum. Ele mesmo viveu isso há pouco tempo atrás, com Marylin.


 


E pensar nela com essas atitudes era algo desagradável e irritante. Mesmo com a certeza de que não havia nenhuma chance para eles no futuro, o momento no campo de quadribol muitos anos atrás fora dele, de Severo. Mesmo que ele seja um Apanhador, e mesmo que Severo nunca tenha pegado um pomo de ouro na vida. No campo de quadribol da Srta. Granger, ele gostaria de continuar sendo o único.


 


**********X**********


 


Hogsmeade estava fria e úmida na manhã do passeio dos alunos. Harry, Rony e Hermione deixaram o castelo juntos e seguiram pelos jardins frios em direção aos portões de Hogwarts. Por uma última vez, Hermione ainda tentou convencer Rony que o Vítor era um bom rapaz, mas percebera no tom de voz dele que seria em vão. Krum se preparava para mergulhar no lago, e Hermione admirou um pouco mais os atributos dele sem as pesadas vestes que costumava usar. Teve um pensamento erótico com a imagem dele que a deixou tão perturbada que ela mesma se sentiu envergonhada. Era bom ter amigos desligados e melhor ainda ser mulher, assim nenhum sinal podia ser visível do que tivera em mente ainda há pouco.


 


— Ele é doido! — comentou Harry. — Deve estar congelando, estamos no meio de janeiro!


 


— É muito mais frio no lugar de onde ele vem. Imagino que sinta até um calorzinho aqui — respondeu Hermione, ainda enrubescida do pensamento anterior.


 


Que sensação esquisita. Não havia sentido nada parecido antes; era engraçado apenas olhar alguém e imaginar algo íntimo... Culpa dos hormônios — pensou ela e se lembrou da mãe sempre tentando lhe contar mais segredos sobre o universo das mulheres, quase sempre assuntos que já tinha lido em revistas para o público feminino.


 


Hormônios esses que a tinham deixado irritada nesses últimos dias. Problemas do sexo feminino — pensou ela. E o que prometia ser um bom passeio ao povoado bruxo, já começava a se mostrar um dia e tanto.


 


Não fora preciso mais que algumas horas daquele mesmo dia para que Hermione discutisse com três pessoas diferentes. Rita Skeeter a tirou do sério com sua voz irritante e arzinho superior e foi a primeira do dia a receber uma bela cortada. Em seguida, sobrou para Hagrid. Embora sua irritação fosse para animá-lo, ela estava com muita raiva dele por ter se enterrado numa fossa apenas por mais uma matéria daquela repórter nojenta.


 


Mas a noite foi ainda pior que seu dia, e finalmente, após um bom período de calmaria, beijos e carinhos trocados, Hermione e Krum se desentenderam, numa discussão inflamada, quando o rapaz considerou a idéia de iniciarem algo mais sério que aqueles encontros.


 


— Não sei se me sinto suficientemente pronta para isso Vítor — disse Hermione, sem ao menos pensar em outra hipótese.


 


— Mas nós já nos apresentamos no meio de uma multidão e... — tentou Vítor.


 


— Nos apresentamos como pares de dança — cortou ela. — Isso não nos obriga a começar nenhuma relação.


 


— Você está muito irritante hoje — disse Vítor em tom brincalhão.


 


— Eu lhe avisei desde o início sobre isso, se não se lembra? — respondeu Hermione em tom sério.


 


Vítor a olhou em choque. Ela lhe devolveu um olhar carrancudo e irritadiço. O aluno de Durmstrang não conseguiu imaginar o que a tinha deixado tão irritada.


 


— Teve um passeio ruim em Hogsmeade? — perguntou ele, tentado acalmá-la.


 


Ela se sentiu cansada de repente. Respirou fundo antes de responder:



— Desculpe, Vítor, mas hoje foi realmente um dia chato, embora minha irritação tenha mais a ver com o fato de eu ser do sexo feminino, não tem nada a ver com você ou com as discussões de mais cedo. — Respirou fundo antes de continuar: — Mas, mesmo que eu não estivesse tão cansada e irritada, eu ainda diria a você que acho cedo para iniciarmos algo mais sério. Tenho maiores prioridade do que ficar pensando em que roupa ou cabelo um namorado gostaria de me ver; é algo que soa tão fútil pra mim que não acho nada interessante nele.


 


Vítor sorriu. — Foi assim que a conheci, não pediria que mudasse nada por mim.


 


— Não, eu sei mesmo que você não pediria isso. Mas para ser uma boa namorada, eu me sentiria na obrigação de te oferecer sempre o melhor, e não quero ficar pensando nisso agora. Há outras coisas e pessoas também com quem eu me preocupo mais, e talvez não sobre espaço pra isso, entende?


 


— Outras pessoas com quem se preocupa? — perguntou ele.


 


Hermione não notou o olhar desconfiado de Krum e elevou os olhos para o teto do Salão Principal, uma cópia fiel do teto lá fora, enquanto continuava a falar. Seus pensamentos dispersos, ora pousaram sobe Harry, ora sobre Rony, e ora sobre seus pais.


 


— Muitas, mas principalmente com o Harry. Ele é tão especial e já sofreu tanto... tanto, e isso nem começou ainda, só escapou da primeira tarefa. Eu sinto que o pior ainda está por vir.


 


— Você fala muito no Harry Potter, mais ainda do que as fãs que ele tem espalhadas pelo castelo e pelos membros dos visitantes — afirmou ele, e desta vez, a garota percebeu o tom de voz, e sua irritação voltou a subir.


 


— Entendi certo as entrelinhas de sua frase, Vítor?


 


— Possivelmente sim. Nunca a vi com problemas de entendimento; inteligência é o seu forte — retrucou Krum.


 


— E você por acaso deixou a sua onde? No navio? Eu realmente não acredito que está insinuando algo sobre o Harry e eu. Nós somos A-M-I-G-O-S. E acho bom que você nem sequer pense em disputar um espaço com ele na minha vida. Ele é a pessoa mais importante no mundo mágico para mim, e eu jamais o deixaria de lado, muito menos por um affair.


 


Affair? Isso significa quase nada, não é mesmo? É isso o que eu sou para você? — Krum perguntou ofendido.


 


— Você não pensou que trocar alguns beijinhos me faria cair de amores por você, pensou? Mas não importa! Você não entenderia jamais o que é uma relação verdadeira na minha percepção, Vítor. Em tão pouco tempo no mundo da magia, eu já vivi momentos que vão muito além de um vôo pelos jardins. — Ele a olhou magoado. — E na maioria deles, os garotos que apareceram lá, esses sim, são os homens da minha vida. O Harry, o Rony, o Sn... — Calou-se furiosa, seu coração batendo forte e sua respiração descontrolada.


 


Krum esperou que ela controlasse sua respiração e o encarasse de novo, e saiu pisando duro, deixando-a parada no mesmo lugar.


 


Hermione suspirou o observando passar ao Saguão de Entrada, abrir a porta de carvalho e sair em direção ao navio de Durmstrang, a raiva ainda impedindo-a de pensar, de pedir-lhe desculpas e dizer que só mais dois dias e ela voltaria a ser Hermione Granger. Não importava mesmo; deixou-o ir.


 


Caminhou nervosa pelos corredores até se dar conta que chegara à Torre de Astronomia. Sentou-se no chão de pedras e baixou a cabeça entre os joelhos. Cabeça que revirava entre as dobras de sua vida. Imagens variadas cortando seus olhos. Apertou mais os joelhos quando uma dura constatação passou diante de sua mente: era a percepção de que ela própria não se deixara se apaixonar por Vítor, embora fosse maravilhoso estar ele.


 


Isso porque nunca deixaria de pensar em Harry. Também não deixaria de pensar em Voldemort, nem de pensar na morte e destruição que ele trazia consigo. Não deixaria de pensar em Rony, o amigo bobalhão e com um coração tão puro que ela se sentia uma Comensal da Morte quando estava perto dele. Não deixaria de pensar em seu pai, um trouxa que era o mais bruxo de todos por ter lhe dado a vida. E jamais deixaria de pensar em Snape, porque ele sim ela apenas amava, e esperaria por ele, nessa ou em outra vida.


 


**********X**********


 


N/A:


A frase do inicio do capítulo é de autoria de Clarice Lispector.


Retomando a fic devido a umas boas doses de inspiração (graças a Deus).


A boa notícia é que do próximo capítulo já tenho escrito cerca de 60%.


Michael Jackson Forever!


As seguintes frases foram retiradas da história original:


— Ele é doido! — comentou Harry. — Deve estar congelando, estamos no meio de janeiro!


— É muito mais frio no lugar de onde ele vem, imagino que sinta até um calorzinho aqui.

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