Nascimento



Cap. 5 – Nascimento

Os cinco meses seguintes decorreram de forma calma, e eu durante o meu curso evitava ao máximo fazer muitos esforços ou ficar muito nervosa. Quando haviam aulas práticas de feitiços, geralmente eu praticava com os professores os menos perigosos, para não haver o risco de um feitiço correr mal ao me acertar e poder levar-me a perder o bebé, que era a última coisa que eu queria, pois tinha sido bastante difícil para mim convencer Blaise a deixar-me terminar o curso de aurors. Blaise pouco tempo tinha para mim, pois ele e Draco tinham tantas missões que eu muitas das vezes passava os fins-de-semana em Hogwarts na companhia de Cathy. Blaise faltou também a muitas das minhas consultas de rotina, falhando aquela em que descobri que estava à espera de um menino. Nessa consulta, fiquei muito feliz em saber que ia ter um rapaz, que no fim-de-semana a seguir eu e Cathy nos dedicamos a escolher nomes para rapazes. Após termos feito uma pequena lista de nomes, eu mandei para Blaise uma carta a dizer o sexo do bebé e a perguntar-lhe que nome é que ele queria pôr ao bebé. Embora a resposta tenha demorado uns dias, Blaise comunicou-me que ele tinha um bisavô chamado Michel que o tinha ajudado muito quando era muito pequeno. Eu também gostei do nome, por isso mandei-lhe outra carta a dizer que gostava do nome Michel e que o nosso filho iria ter esse nome. Embora não tenha tido resposta, sei que Blaise ficou muito feliz com a minha escolha.

In your arms I can still feel the way you want me when you hold me
Em seus braços eu ainda posso sentir a maneira que me quer quando me abraça
I can still hear the words you whispered when you told me
Eu ainda posso ouvir as palavras que você sussurrou quando você me disse
I can stay right here forever in your arms
Eu posso ficar aqui eternamente em seus braços

Quando eu já estava grávida de cinco meses (faltava para aí dois meses para que o meu curso terminasse), quando Hermione descobriu que estava grávida de dois meses. Para ela foi um enorme choque no início, mas depois ficou mais calma quando Harry ficou tão feliz, que quase matou Ron, Ginny e Cathy por causa dos abraços, beijos e saltos que ele deu; eu safei-me disso, pois ameacei-o de que o estuporava se ele se aproximasse de mim. Só acalmou quando Hermione lhe pregou um sermão, mas eu notei que ela ficou muito feliz com a reacção de Harry.
Finalmente o curso terminou em Julho e eu passei os últimos dois meses de gravidez na minha casa, convidando os meus pais a morarem comigo nos meus últimos meses de gravidez, já que Blaise estava bastante atarefado com o seu trabalho como auror, que pouco tempo tinha para ficar comigo e eu não podia ficar sozinha, pois o bebé poderia nascer a qualquer momento. Era uma sensação agradável, de cada vez que sentia o meu filho mexer dentro de mim ou de cada vez que ele me dava pontapés. Só era pena Blaise não estar a meu lado, para sentir os pontapés de Michel. Com a entrada de Harry, Ron, Ginny e Cathy para o grupo formado por Blaise e Draco, que era comandando por Harry (que assim que entrou, substituiu o anterior comandante). Eu e Hermione teríamos lugar naquele grupo, mas isso só seria quando tivéssemos os nossos bebés, pois tanto Blaise como Harry nos proibiram de trabalharmos como aurors, apesar dos nossos protestos, não tivemos outro remédio senão concordar. E também foi por isso que propus a Hermione que cada vez que Harry e Blaise se ausentassem por longos períodos, ela poderia ficar comigo. Assim eu teria uma companhia e não sentia tanto a falta de Blaise e ela a de Harry.

And there ain't no way
E não há maneira
I'm letting you go now
De eu deixar você ir agora
And there ain't no way
E não há maneira
And there ain't not how
E não há como
I'll never see that day...
Eu nunca verei esse dia...

Em inícios de Setembro, eu já estava grávida de oito meses e meio (o bebé nasceria dentro de duas semanas), mas andava bastante aborrecida em casa, já que a minha mãe não me deixava fazer muita coisa e eu passava quase todo o tempo a descansar, pois a minha barriga não me deixava fazer grandes coisas e Hermione estava a passar uma temporada em casa dos pais dela. Uma certa noite, acordei sobressaltada e com uma sensação de que algo estava errado. Assustei-me quando o meu colar começou a tocar deixando-me apreensiva: desde que Voldemort fora derrotado que tanto o meu colar como o de Blaise permaneceram em silêncio. E eram raras as vezes que Blaise estava em perigo durante as missões. Mas o facto de ele ter interrompido o silêncio só poderia significar uma coisa: Blaise estava em perigo. Não conseguindo dormir, pois o colar ainda não se tinha silenciado, decidi levantar-me e ir à cozinha para beber um copo de água. Mas parei a meio do caminho, perto da porta do quarto dos meus pais, quando ouvi uma conversa entre três pessoas: reconheci a voz dos meus pais, mas ainda não tinha identificado a terceira voz. Fiquei curiosa por os meus pais terem recebido uma visita àquelas horas da noite e fiquei atrás da porta a ouvir um pouco da conversa. Fiquei curiosa em saber que assunto seria tão urgente para os meus pais terem sido acordados.
- Será melhor não dizerem nada a ela, por enquanto. – falou a terceira voz que eu finalmente reconheci como sendo do pai de Blaise. – Apesar do ataque ter sido terrível, Blaise saiu apenas com alguns ferimentos, um pouco graves, mas nada de que mais uns dias no hospital não resolvam.
Eu entrei em estado de choque quando ouvi as palavras ataque, Blaise e ferimentos. Então foi por isso que o meu colar me avisou, e foi por isso que os meus pais receberam a visita de Steve Zabini a meio da noite. Sentei-me encostada à parede, a chorar. Estava tão abalada, que isso me afectou fisicamente e de repente senti uma pontada no meu ventre e senti que as minhas águas rebentarem. Embora estivesse um pouco fraca, fiz um esforço para me levantar e bati à porta do quarto que os meus pais ocupavam. Foi a minha mãe que me abriu a porta e vendo o meu estado rapidamente se apercebeu do que se tinha passado.

Chorus:
Coro:
'Cause I'm keeping you
Porque eu estou te guardando
Forever and for always
Eternamente e para sempre
We will be together all of our day
Nós ficaremos juntos todos os nossos dias
Wanna wake up every morning to your sweet face always
Quero acordar toda manhã com seu doce rosto para sempre

- Querido! Levanta-te. – ela chamou, mostrando nervosismo. – Está na hora de levar Ana para o hospital.
O meu pai rapidamente se levantou e seguindo as instruções da minha mãe, localizou uma pequena mala que eu tinha arranjado com coisas para mim e para o bebé. A minha mãe ajudou-me a descer as escadas até chegarmos à rua.
- Como é que vamos? – a minha mãe perguntou.
- De carro não chegaremos lá a tempo. Teremos de ir no Autocarro Cavaleiro. – ele disse.
E antes que eu tivesse tempo de discordar (já que sabia como eram as viagens no Autocarro Cavaleiro e para uma grávida não iria ser muito agradável e até poderia ser perigoso), o meu pai levantou a varinha e logo de seguida o autocarro apareceu. A minha mãe ajudou-me a subir para o autocarro e ajudou-me a deitar numa das camas, enquanto o meu pai pagava os bilhetes e dizia o nosso destino. Felizmente, a viagem decorreu de forma calma, acho que o motorista deve ter percebido que com o meu estado não seria muito aconselhável nenhuma travagem brusca. Além do mais eu estava com mau-humor, porque além das minhas dores, os meus pais se recusaram a me dizer mais pormenores sobre o ataque que o meu marido sofrera.

Mmmm, baby
Mmmm, baby
In your heart I can still hear
Em seu coração eu ainda posso ouvir
A beat for every time you kiss me
Uma batida para cada vez que você me beija
And when we're apart,
E quando nós estamos separados
I know how much you miss me
Eu sei o quanto você sente saudades
I can feel your love for me in your heart
Eu posso sentir seu amor por mim em seu coração


Quando chegamos ao hospital, eu fui logo transportada para a maternidade (que embora pertencesse ao São Mungo, era um andar à parte, por cima do bar e da loja do hospital, e acesso era restrito para médicos, grávidas e os seus familiares. Era também nesse andar que havia as consultas de rotina para as grávidas). Ainda estive um tempo a sentido as contracções, que iam ficando cada vez menos espaçadas, tendo o apoio da minha mãe. Passando mais um tempo, o médico avisou que já se via a cabeça do bebé e disse-me para eu fazer mais um pouco de força. Embora estivesse um pouco fraca, segui o conselho do médico, ajudada pelos incentivos da minha mãe. Quando terminei de fazer força, na sala espalhou-se um vigoroso choro de bebé, deixando-me bastante feliz: o meu bebé finalmente tinha nascido e pelo choro que eu ouvia era saudável. Após ter sido limpo pela enfermeira, ela colocou-me gentilmente o bebé nos braços e eu pude ver o quanto ele era lindo. Era loiro como o pai, mas a coloração dos olhos se iria notar mais tarde, mas tudo indicava que os olhos seriam claros. De resto, o bebé tinha várias das minhas feições e tudo denotava que iria ser um bebé mais lindo do que já era agora.

And there ain't no way
E não há maneira
I'm letting you go now
De eu deixar você ir agora
And there ain't now way
E não há maneira
And there ain't no how
E não há como
I'll never see that day...
Eu nunca verei esse dia...

- Parabéns. – felicitou a enfermeira e eu sorri para ela, a chorar de felicidade. – Tem aí um belo menino. Já pensou no nome.
- Sim. – respondi, acariciando a cabeça do meu filho e permitindo que ele mamasse. – Eu e o meu marido decidimos que se fosse rapaz seria Michel. Homenagem a um dos bisavôs de Blaise.
- Bonito nome. – a enfermeira elogiou e afastou-se para tratar das outras pacientes, dando assim espaço para os meus pais se aproximarem
- Já avisaram alguém? – perguntei.
- Sim, já. – a minha mãe respondeu. – Os pais de Blaise, e todos os teus amigos, querida.
- Obrigado. – agradeci. – E Blaise?
- O pai dele já lhe deve ter contando, já quando eu o avisei ele estava no quarto de Blaise, que fica dois andares abaixo. – o meu pai respondeu.
Neste momento ouvimos um tumulto por trás das portas do meu quarto e umas vozes, e o pouco que eu apanhei foi:
- O senhor não deveria estar aqui. – uma voz masculina afirmou. – Deveria estar no seu quarto a descansar.
- Eu quero lá saber de descansar. – reclamou outra voz masculina, que eu reconheci ser de Blaise. Como ele era teimoso. – A minha mulher acabou de dar à luz e você fala-me de descanso. Quando eu a vir, nós voltamos a falar.
E entrando no quarto, Blaise deixou para trás um curandeiro boquiaberto com a teimosia dele.

'Cause I'm keeping you
Porque eu estou te guardando
Forever and for always
Eternamente e para sempre
We will be together all of our day
Nós ficaremos juntos todos os nossos dias
Wanna wake up every
Quero acordar toda manhã
Morning to your sweet face always
Com seu doce rosto sempre
(I wanna wake up every morning)
(Eu quero acordar toda manhã)

Não aguentei e comecei a rir, pois além de ter achado engraçado a teimosia de Blaise, ele estava bastante cómico, vestido apenas com uma bata do hospital e com um creme verde aplicado em cima das suas feridas.
- O que é engraçado? – ele perguntou, visivelmente emburrado.
- Oh, Blaise! Tu também te rias se te visses ao espelho. – eu reclamei. – Além do mais é engraçado o modo como és tão teimoso. Deverias estar a descansar.
- E achas que eu iria ficar deitado numa cama, sabendo que tu estavas pisos acima dando à luz o nosso filho? – ele perguntou.
- Não. – eu respondi, pois sabia que ele não iria ficar descansado, enquanto não visse que eu estava bem.
Aproximando-se mais, Blaise sentou-se na minha cama, observando o filho a mamar.
- É muito lindo. – ele exclamou emocionado e acariciou a cabeça do filho.
- Claro que é. É loiro como tu. – exclamei, sorrindo
Quando o bebé terminou de mamar, passei cuidadosamente para os braços de Blaise que abrindo os braços, aceitou o bebé, embora um pouco receoso de o magoar. Olhando em volta, vi que os meus pais não estavam no quarto e pensei que tinha chegado a altura de perguntar a Blaise o que tinha acontecido.
- Blaise. – chamei. – Será que me podes explicar o que aconteceu contigo e aonde foi o ataque que sofreste? Os meus pais não me disseram nada.
- Como sabes que eu fui atacado? – ele perguntou.
- Acordei com uma sensação de que algo estava errado e uns segundos depois o alarme do colar disparou. – eu respondi. – Além do mais quando eu estava a caminho da cozinha quando ouvi uma conversa vinda do quarto dos meus pais. Fiquei a escutar a conversa e ouvi o teu pai a falar do ataque e de que tu tinhas sofrido ferimentos um pouco graves. Agora podes me explicar o que aconteceu?
- Ok. Eu conto. – Blaise respondeu, contrariado. – Não era para saberes, para não ficares preocupada. Eu, Draco, Harry, Ron, Ginny e Cathy estávamos a seguir umas pistas sobre um novo grupo das Trevas, quando fomos surpreendidos por esse mesmo grupo. Ginny e Cathy foram incumbidas de avisar os restantes aurors, por isso safaram-se à parte pior do ataque. Embora tenhamos conseguido ganho, alguns dos membros do grupo conseguiram fugir.
- Mas os outros estão bem? – perguntei, horrorizada com o que Blaise me contou.
- Só alguns ferimentos. – Blaise respondeu. – Harry é o que está em estado mais grave, mas os médicos dizem que com uns dias de descanso e tomando algumas poções, ele acabará por melhorar.
- Hermione já foi avisada? – perguntei.
- Sim, já. - ele respondeu. – Já está ao lado de Harry e visivelmente mais calma ao ver que Harry está bem. Quando ela chegou quase parecia que ia ter um ataque a qualquer momento. Os médicos praticamente a deitaram numa cama e deram-lhe uma poção para ela se acalmar. Os médicos tinham medo que ela perdesse o bebé.
- Isso seria um grande golpe para a felicidade dela e de Harry. – concordei. E deixei o meu lado de auror funcionar. – Fala-me mais desse grupo. Tem alguma ligação com algum grupo anterior?
- Receamos que estejam ligados a Voldemort. – Blaise afirmou.
- Mas os Devoradores de Morte não tinham sido todos presos? – perguntei, ansiosa.
- Nós pensávamos que sim. – ele afirmou. – Mas acho que nos enganamos. O que nós achamos é que Voldemort não usou todos os seus servos na batalha final. Nós reconhecemos alguns dos nossos atacantes.
- Quem? – perguntei, curiosa e receosa.
- Bellatrix Lestrange. – Blaise respondeu, deixando-me aterrorizada. Eu sabia da fama de Bellatrix e sabia do que ela era capaz, principalmente contra aqueles que não se juntaram ao Lord das Trevas, mais precisamente, Blaise e Draco. – Pansy Parkinson. Vincent Crabbe e Gregory Goyle. Nott. Os restantes eram desconhecidos para nós o que leva a crer que se tenham juntado a Bella.
- Mas Blaise. – exclamei. – Eles não tinham sido presos quando Voldemort foi derrotado?
- Nós nunca os achamos o que leva a duas coisas, ou fugiram após a derrota de Voldemort ou nunca participaram na guerra.
- Mas isso não é perigoso para o nosso filho? – eu perguntei assustada. – Ou conseguiram prender Bellatrix?
- A minha querida tia é muito esperta. – respondeu uma voz atrás de Blaise. – Mais uma vez conseguiu escapar de nós.
- Mas o que vocês vão fazer agora, Draco? – eu perguntei olhando para Draco, Cathy, Neville e Ginny que tinham entrando na enfermaria.
- Tentar apanhá-la antes que ela apanhe algum de nós. – explicou Draco. – Mas não vai ser fácil.
- Só Bella escapou? – perguntei, desta vez para Blaise.
- Não, a Parkinson e o Nott também conseguiram fugir. – respondeu Blaise. – E mais alguns seguidores. Crabbe e Goyle são tão estúpidos que facilmente foram derrotados. Bella está cada vez mais forte, já que com um único feitiço conseguiu acertar em mim, Draco, Cathy e Harry ao mesmo tempo. Ela guarda muito rancor e ódio e isso não é bom para nós.
- Mas se ela atacou vocês os quatro ao mesmo tempo. – exclamei, aumentado o meu tom de voz. – Ela está a tentar destruir aqueles que estiveram contra o mestre dela e aqueles que lhe são mais próximos. Tu e Draco não se juntaram a ele; Harry derrotou-o; e Cathy é a mulher de Draco e a razão pela qual Draco não se tornou Comensal. O que quer dizer que ela irá vir atrás de mim, Blaise. Eu sou a razão pela qual tu não passaste para o lado das trevas. Estou certa, não é?

In your eyes (I can still see the look of the one)
Em seus olhos (Eu ainda posso ver o olhar do único)
I can still see the look of the one who really loves me
Eu ainda posso ver o olhar do único que realmente me ama
(I can still feel the way that you want)
(Eu ainda posso me sentir do jeito que você quer)
The one who wouldn't put anything else in the world above me
O único que não colocaria nada mais no mundo acima de mim
(I can still see love for me)
(Eu ainda posso ver amor por mim)
I can still see love for me in your eyes
Eu ainda posso ver seu amor por mim em seus olhos
(I still see the love)
(Eu ainda vejo o amor)

- Sim, estás. – confirmou Blaise, nada satisfeito.
- Isto já não vai-me valer de nada se ela me atacar. – eu gritei assustada, mostrando o meu colar e derramando algumas lágrimas. – E este colar não irá proteger o teu filho, Blaise!
- Vejo Blaise que arranjaste uma mulher inteligente. Pena que tenham de morrer, vocês fazem um belo casal. – exclamou uma voz fria da porta da enfermaria, que me fez arrepiar. – E vejo que está todos reunidos menos o menino maravilha e a sua mulher sangue-de-lama. Mas não faz mal, eu trato deles mais tarde…
- Bellatrix. – falou Blaise com raiva e dando-me Michel, colocou-se à minha frente protegendo-me. – Prazer em ver-te, querida prima!
- Como soubeste que estávamos aqui, querida tia? – perguntou Draco sarcástico colocando-se ao lado de Blaise, assim como Cathy, Ginny e Neville, que empunharam as suas varinhas, apontando-as para Bellatrix.
- Tenho os meus métodos, querido sobrinho. – ela falou, gargalhando. – Ainda bem que Lucius aqui não está para ver naquilo que o seu filho transformou. Um patético auror.
- Antes um patético auror do que um patético devorador de morte. – Draco exclamou, sarcástico. – Como o meu pai foi.
Fervendo de raiva, Bellatrix começou a lançar feitiços contra o grupo de Draco. Eu estava bastante assustada, assim como Michel, pois tinha começado a chorar com as explosões que decorriam dentro do quarto.

And there ain't no way
E não há maneira
I'm letting you go now
De eu deixar você ir agora
And there ain't no way
E não há maneira
And there ain't no how
E não há como
I'll never see that day...
Eu nunca verei esse dia...

- Ana, baixa-te! – foi a única coisa que ouvi antes de me lançarem para o chão. Mal tive tempo de proteger o meu filho dos vidros que cairiam, após uma das janelas ter quebrado, após ter sido atingida por uma feitiço.
- Ana! – sussurrou a voz de Ginny ao meu lado. – Temos de sair daqui.
- Vais ter de te concentrar para conseguires desaparatar com o teu filho. – Cathy falou. – Tenta aparatar dois pisos abaixo. Avisa os aurors, nós necessitaremos de ajuda.
Concentrando-me, consegui desaparatar com Michel, que continuava a chorar. Aparatei segundos mais tarde no piso quatro, e embora tivesse ainda um pouco tonta pelo esforço que fiz para desaparatar com o meu filho, chamei pelos enfermeiros, dei o recado de que Bellatrix Lestrange estava no piso seis, atacando alguns aurors e pedi que chamassem reforços. Após ter dado o alarme, perguntei a uma enfermeira onde era o quarto de Harry Potter. Após ela me ter dado as indicações, dirigi-me para o quarto de Harry. Seria melhor ficar lá, enquanto não tivesse notícias do que se passava dois pisos acima. Rapidamente deparei com o quarto que a enfermeira me tinha indicado e entrei. Harry estava deitado na cama e Hermione estava sentada na cadeira ao lado da cama dele. Foi Harry quem me viu primeiro.

(Repetir Coro 2x)
'Cause I'm keeping you
Porque eu estou te guardando
Forever and for always
Eternamente e para sempre
We will be together all of our day
Nós ficaremos juntos todos os nossos dias
Wanna wake up every
Quero acordar toda manhã
Morning to your sweet face always
Com seu doce rosto sempre

- Ana! – ele exclamou, assustando Hermione que olhou para mim. – O que aconteceu? Porque estás aqui?
Trémula, sentei-me numa cadeira, que havia no quarto e não aguentando comecei a chorar. Hermione aproximou-se mim e pegando no meu bebé passou a Harry e abraçou-me.
- O que aconteceu? – perguntou Hermione suavemente.
- Bellatrix Lestrange. – consegui responder quando me acalmei. – Ela tentou atacar-me. Felizmente, Blaise, Draco, Cathy, Ginny e Neville estavam lá.
- Anda deita-te aqui. – falou Hermione apontando para uma cama vaga ao lado de Harry. Tenta acalmar-te e descansa um pouco. Estás a precisar. Vai correr tudo bem, não te preocupes. E tu, Harry não vais a lado nenhum.
Harry tinha poisado Michel em cima da cama e procurava pela varinha.
- Mas porquê? – ele perguntou.
- Porque, Sr. Potter. – Hermione ameaçou. – Se o saíres por aquela porta nunca mais me vais ver a mim ou ao teu filho.
Embora desapontado, Harry voltou a pegar no meu filho e sentou-se na cama. Ele sabia que Hermione cumpria as ameaças e ele não queria perdê-la. Hermione pegou o bebé dos braços de Harry e sentou-se à beira da minha cama, tendo a companhia de Harry que se sentou na cadeira.
- Ana, serás que és capaz de me explicar o que aconteceu lá em cima? – pediu Hermione.
- Blaise foi-me ver e tinha me contado tudo sobre o ataque deles e Draco, Cathy, Neville e Ginny tinham acabado de chegar à enfermaria, quando Bellatrix apareceu. Não vi quase nada do combate, pois fui empurrada para o chão, mal tendo tempo de proteger o meu filho dos vidros que caíram após uma janela ter explodido. Foi Ginny quem me aconselhou a desaparatar daquele quarto, pondo-me a salvo e chamando por ajuda. – expliquei, com todos os detalhes.
- Deves estar tudo bem agora, já que a ajuda deve ter chegado. – Agora tenta descansar para tomares conta do teu filho. Já agora como se chama o bebé?
- Michel. – respondi, pegando o meu filho dos braços de Hermione e embalando-o. Alguns minutos, Michel fechou os olhos e adormeceu.
- Ele é muito lindo. – elogiou Harry. - Blaise e tu têm muita sorte.
- Eu sei. – agradeci. – Mas vocês também têm muita sorte. Já sabem o sexo do bebé?
- Soube na última consulta que era uma menina. – respondeu Hermione, passando a mão na sua barriga. Ela já estava grávida de cinco meses (mais ou menos o tempo em que eu andava quando soube que esperava um menino).
- Parabéns. – felicitei, mas sentindo-me triste.
Porquê é que quando tudo me está a correr bem na vida, tem sempre de haver algo que estraga tudo. Hermione vendo o meu olhar, abraçou-me.
- Vai correr tudo bem, Ana. – ela confortou-me. – Daqui a pouco Blaise vai estar aí e vocês podem aproveitar melhor o vosso primeiro dia ao lado do vosso filho.
- Obrigado, Hermione. – agradeci. – Mas Bellatrix é muito forte e eu estou com medo.
Dez minutos depois eu já não conseguia estar sentada e agora estava às voltas no quarto, deixando Harry e Hermione nervosos.
- Ana, por favor, senta-te. – implorou Harry.
- Eu não aguento mais. – desabafei. – Hermione, por favor toma conta de Michel. Eu tenho de lá ir acima.
- Mas… – Hermione ainda tentou impedir, mas eu interrompi-a.
- Nada do que tu digas, Hermione. – afirmei. – Me fará mudar de ideias.
- Está bem. – ela exclamou, derrotada. – Mas ao menos permite que Harry vá contigo.
- Está bem. – concordei.
Harry e eu subimos as escadas até ao sexto piso, mas sempre atentos a qualquer movimento suspeito. Ao chegarmos ao sexto piso, vimos que tudo estava na maior das confusões, mas pelos vistos, a luta já tinha terminado, pois já havia curandeiros a tratarem dos feridos. Vi Ginny e Cathy desacordadas numas macas perto, tendo a companhia de Neville e Draco. Aproximando-me deles, perguntei a Draco.
- Onde está Blaise. – perguntei a Draco, olhando para Ginny que estava a acordar.
- Está dentro do quarto a falar com os outros aurors. – respondeu Draco.
- E Bellatrix? – perguntei.
- Morta. – respondeu Draco. – Por um Avada Kedavra meu.
- Mas ela deu bastante luta. – exclamei, olhando para os estragos que haviam naquele piso.
- Sim, deu. – a voz de Blaise afirmou atrás de mim.
- Oh Blaise. – exclamei, atirando-me nos braços dele. – Estás bem?
- Sim, pequena. Está tudo bem. – ele afirmou. – Bella esforçou-se mas não nos conseguiu derrotar. E tu? Onde está Michel?
- Eu também estou bem. – respondi.
- E Michel está aqui. – Hermione falou, atrás de nós. – Quando vocês os dois saíram um dos curandeiros disse-me que a luta aqui em cima tinha terminado e eu então vim cá para cima.

I'm keeping you forever and for always
Eu estou te guardando eternamente e para sempre
I'm in your arms
Eu estou em seus braços

Depois do piso ter sido arranjado, eu pude regressar ao meu quarto, onde ainda fiquei mais três dias. Quando voltei para casa, Blaise tirou umas férias de modo a aproveitar para ficar comigo durante três meses, que era o tempo que eu iria ficar em casa, antes de começar a trabalhar. Para mim e para Blaise foram dos três meses mais maravilhosos da nossa vida, pois víamos todas as gracinhas do nosso filho. Após algum tempo, decidimos convidar Draco e Cathy para serem os padrinhos de Michel, convite que eles aceitaram de bom grado. Quando os três meses passaram, Michel ficou em casa dos pais de Blaise, onde era vigiado pelos avós babados (incluindo os meus pais, que tinham vendido a casa deles em Hogsmeade e se mudaram para a Mansão Zabini só para terem mais tempo para o neto. Um mês depois de eu ter começado a trabalhar, eu e Blaise decidimos que era melhor mudarmo-nos para a casa dos pais dele, pois quase todos os dias tínhamos que ir deixar Michel com os avós e voltar para o trabalho. E os nossos dias eram passados em ir de casa para o trabalho, aproveitando os fins-de-semana para darmos passeios nas redondezas da mansão dos Zabini juntamente com Michel, ou de vez em quando sozinhos.

N/A: Mais um capitulo. Espero que vocês gostem e comentem. A música é Forever And For Always da Shania Twain.

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