Batalha Final e Casamentos



Cap. 4 – Batalha Final e Casamentos

As semanas que nós os dois passamos na casa dos Zabini, Blaise passou o tempo todo a mostrar os cantos da mansão e as melhores formas de eu não me perder.
Os dois meses seguintes foram completamente preenchidos com os preparativos do casamento, que se iria realizar em Agosto, para que eu e Blaise desfrutássemos de uma lua-de-mel, antes de assistirmos aos casamentos de Ginny com Neville e ao de Cathy com Draco (no de Ginny eu e Blaise iríamos ser padrinhos da noiva e no de Cathy iríamos como padrinhos do noivo, por isso estava fora de questão faltarmos aos dois casamentos), que se realizaria o primeiro três semanas depois do nosso e o segundo na semana seguinte. Eu tinha convidado Hermione para ser uma das minhas damas de honor, convite que ela aceitou com prazer. Aproveitei também pelo recente casamento com Harry, ao qual, eu não pude ir, pois tinha viajado com Blaise e os pais, por causa de uns negócios que o pai de Blaise tinha de realizar em Itália. E também pela batalha final entre Harry Potter o Lord das Trevas, que decorreu em Hogsmeade.

Meu coração
Sem direcção
Voando só por voar
Sem saber onde chegar
Sonhando em te encontrar
E as estrelas
Que hoje eu descobri
No seu olhar
As estrelas vão me guiar


Embora não tenha sido muito fácil e tanto eu com Ginny e Cathy ficamos absolutamente aterrorizadas de perdermos as pessoas que mais gostávamos, fomos absolutamente proibidas de participar na guerra (as três ficamos no castelo, enquanto esperávamos que a guerra terminasse), estávamos com medo de perder aqueles que estavam na guerra, mais propriamente, Harry, Hermione, Ron, Neville, Draco, Blaise e mais alguns ex-alunos de Hogwarts. Eu estava completamente aterrorizada de perder o meu noivo a um mês do casamento. Mas no final tudo correu bem, Harry conseguiu derrotar Voldemort e todos os Devoradores de Morte que sobreviveram foram presos, mas muitos deles morreram, tais como, Pettigrew, Snape, Lucius Malfoy e os irmãos Lestrange. Harry finalmente conseguiu vingar todos os entes queridos que morreram às mãos de Voldemort e dos seus seguidores. Embora muito arranhados e cansados, todos voltaram vivos e com as noticias que tanto esperávamos e soubemos também que do nosso lado ninguém tinha morrido.
No dia do meu casamento, embora eu me sentisse nervosa, isso dissipou-se no momento em que vesti o meu vestido de noiva. Estava tão linda, fazendo a minha mãe, Marina, Ginny, Cathy e Hermione, Beatrice (uma prima de Blaise e que juntamente com Hermione, iria ser minha dama de honor).
- Oh, parem com isso! – reclamei, virando-me para elas. – Vão-me fazer chorar também.
- Oh, querida, estás tão linda. – A minha mãe exclamou, abraçando-me. – Desejo-te as maiores felicidades.
- Obrigado mãe. – agradeci, fazendo um esforço para não chorar.
Ouvimos umas batidas na porta e cabeça do meu pai apareceu.
- Já estão prontas? – ele perguntou, ficando mudo com a minha beleza. – Nem acredito que é a minha filhota que está dentro desse vestido de noiva. Estás tão linda!
- Obrigado pai! – agradeci e não aguentado mais, derramei algumas lágrimas.
- Anda! – ele chamou-me. – Está na hora de irmos.

Se eu não te amasse tanto assim
Talvez perdesse os sonhos
Dentro de mim
E vivesse na escuridão
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez não visse flores
Por onde eu vim
Dentro do meu coração

A minha mãe, Marina, Ginny, Cathy, Hermione e Beatrice saíram do quarto e foram para o carro que as iria levar até à igreja. Pegando no braço do meu pai, desci as escadas da casa que tinha sido alugada especificamente para eu me preparar e dirigi-me para a limusina que me levaria a mim e ao meu pai até à igreja. Cheguei à igreja cerca de meia hora depois (já que a igreja era na zona onde estava situada a Mansão Zabini). Assim que cheguei lá, vi que algo não estava bem, pois a minha mãe e os pais do meu noivo estavam à porta da igreja a falar com Draco e Harry (que embora ainda brigassem, toleravam-se um ao outro) e visivelmente nervosos.
- O que aconteceu? – perguntei, assim que cheguei ao pé delas.
- Blaise ainda não chegou. – disse Marina Zabini.
Só me lembro de ser aparada pelo meu pai antes de desmaiar. Acordei uns minutos mais tarde, sentada na limusina, com a minha mãe sentada ao meu lado e Marina sentada à minha frente.
- O que aconteceu? – eu questionei, transtornada com o facto de Blaise não ter aparecido. – Porque Blaise ainda não apareceu?
- Não sabemos. – a mãe de Blaise falou. – Steve disse que ele estava bem quando o deixou na mansão. Neville e Ron saíram à procura dele. Mas ainda não regressaram.
Porque Blaise estava atrasado? Eu sabia que ele não estava em perigo, (pois eu tinha insistido em manter o colar que ele me tinha dado ao pescoço) e ele não tinha dado sinais, o que queria dizer que o meu noivo estava bem. Mas porquê ele não vinha? Será que se arrependeu? Espero que não!
Passaram-se dez minutos, quando Draco chegou ao pé de nós, dizendo que Blaise já tinha chegado. Fiquei aliviada, mas ao mesmo tempo chateada com o que ele me tinha feito. A minha mãe, os pais de Blaise e Draco entraram na igreja para ocuparem os seus lugares e as damas de honor prepararam-se para entrarem na igreja. Tapando a minha face com o véu, aceitei o braço do meu pai e subi as escadas da igreja, onde iria esperar antes de entrar. Aos primeiros acordes da marcha nupcial (exigência de minha mãe, que tinha casado numa igreja muggle e tinha gostado da música), as damas de honor desfilaram na nau da igreja e após mais alguns instantes, entrámos e após termos terminado de percorrer o caminho até ao altar, onde o meu pai me entregou ao meu futuro marido. Dei a Blaise um olhar de censura, antes de me virar para o Ministro da Magia (que era quem iria celebrar a minha união com Blaise). Após a cerimónia ter terminado, eu e Blaise parámos na entrada da igreja para tirarmos algumas fotos. Seguidamente, dirigimo-nos para a Mansão Zabini que era onde iria decorrer o copo de água. Durante a viagem na limusina, eu questionei Blaise a razão do seu atraso.
- Blaise. – chamei, tentando controlar a minha raiva. – Porque demoraste tanto tempo a chegar à igreja?
- Por nada de especial. – ele respondeu, tentando escapar à pergunta.
- Como nada de especial? – explodi não aguentando mais a magoa que ele me causara. – Foram os piores dez minutos da minha vida, Blaise. Chegar à igreja e ver que o noivo ainda não tinha chegado. E vais me explicar porque te demoraste.

Hoje eu sei
Eu te amei
No vento de um temporal
Mas fui mais
Muito além
Do tempo do vendaval
Dos desejos de um beijo
Que eu jamais provei igual
E as estrelas dão um sinal


- Peço desculpa pela demora. – ele tentou desculpar-se. – Querida, eu estou aqui agora e já somos marido e mulher.
E com aquela resposta, Blaise deu como terminada a conversa, o que me irritou pois ele não tinha respondido à minha pergunta. Passei para a outra ponta do assento da limusina e passei o resto da viagem a olhar a paisagem lá fora, ignorando completamente Blaise. Nem parecia que tínhamos casado há menos de uma hora. Felizmente a viagem não durou muito mais e embora durante o copo de água tenha tentando demonstrar ser a noiva feliz, só Blaise sabia que eu no fundo sentia-me triste e magoada. Mas as pessoas estranharam um pouco de eu evitar Blaise, mas não ligaram muito, pois associaram isso ao facto de eu estar nervosa. Quando entramos na mansão, após a festa terminar, eu permiti que Blaise me levasse ao colo até ao nosso quarto (mas só permiti pois sabia que estava a ser observada por Steve e Marina Zabini). Assim que a porta se fechou e Blaise me pousou no chão, esperei que ele se afastasse um pouco e pegando na minha varinha, lancei o feitiço de impertubilidade no quarto, pois não queria que os pais dele nos ouvissem a discutir. Procurando entre as minhas roupas, retirei o meu pijama e dirigi-me para a casa de banho, para me trocar. Fechando a porta com força e trancando-a com magia, tirei o meu vestido de noiva, que pendurei num cabide e após vestir o meu pijama, encostei-me à parede da casa-de-banho e comecei a chorar. Como era possível que Blaise me mentisse, porque é que ele não me disse a razão do seu atraso. Eu estava de rastos, não era suposto a noiva chorar no dia do casamento. O meu choro tinha diminuído para soluços, quando batidas na porta interrompem os meus pensamentos.
- Ana? – ouço Blaise chamar. – Estás bem? O que se passa?
- Deixa-me em paz! – gritei, sentindo as lágrimas a escorrerem novamente pelo meu rosto. – Como pudeste fazer isto comigo, Blaise. Nem imaginas o que eu sofri quando a tua mãe me disse que ainda não tinhas chegado à igreja. Blaise, este dia era para ser o melhor dia da minha vida e olha para mim, trancada numa casa-de-banho a chorar e a gritar com o marido.
- Desculpa. – ele falou, após um momento de pausa. – Eu não te queria magoar. Por favor, abre a porta.
- Só quando me disseres a razão da tua demora. – exigi eu.
- Está bem. Ganhaste! – ele falou, visivelmente derrotado. – Era para ser uma surpresa, mas como ficaste muito magoada, vou te dizer a razão porque demorei. Mas terás de abrir a porta da casa-de-banho.
Sem me mexer do sítio de onde estava, desatraquei a porta, permitindo que Blaise entrasse, mesmo sabendo que deveria estar horrível com os olhos vermelhos e as bochechas marcadas pelas lágrimas e pela maquilhagem, mas queria que ele visse que eu estava a sofrer.
- Oh Ana. – ele exclamou, vendo o meu estado e pegando nos meus braços levantou-me de modo a encarar-me. – Não era minha intenção fazer-te sofrer. Eu demorei, pois estava a tratar do nosso futuro.
Blaise abraçou-me carinhosamente e eu não consegui resistir. Estava tão fraca de chorar, que aquele pequeno mimo de Blaise me fez sentir muito bem.
- O que é que te fez demorar tanto? – perguntei numa voz rouca.
- Eu já me tinha arranjado e estava às voltas aqui no quarto. – Blaise explicou. – Estava tão nervoso e ainda faltava muito para que a cerimónia começasse, então passou-me uma ideia na cabeça. E foi isso que fui fazer. Mas não esperava demorar-me tanto.
- O que foste fazer? – perguntei, cada vez mais curiosa.
- Fui comprar uma casa só para nós os dois. – Blaise revelou. – Um sítio onde possamos ficar enquanto estivermos a estudar. Comprei um apartamento em Hogsmeade, onde poderemos passar os feriados a descansar.
- Oh, Blaise. – exclamei maravilhada abraçando-o. – Obrigado. Peço desculpa por ter gritado contigo.
- Não faz mal, pequena. – ele disse. – Eu também teria feito a mesma coisa, se tu demorasses a chegar.
- Quando é que tencionavas contar-me que tinhas comprando o apartamento? – questionei.
- Eu estava a planear contar-te amanhã. – Blaise confessou. – Quando te levasse para tu o veres.

Se eu não te amasse tanto assim
Talvez perdesse os sonhos
Dentro de mim
E vivesse na escuridão
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez não visse flores
Por onde eu vim
Dentro do meu coração

Beijei-o carinhosamente e como forma de agradecimento arrastei-o comigo e tomamos banho juntos, esquecendo a minha briga com Blaise e que aquela era a nossa noite núpcias. Só me lembrei disso quando entre as minhas coisas, encontrei uma camisa de dormir bastante sexy, que tinha sido oferecido por Ginny como prenda de casamento. Olhei para Blaise de forma marota (olhar que ele não viu) e voltei para a casa de banho, onde vesti a camisa. Queria surpreender Blaise, fazendo-o esquecer a nossa boba briga. Assim que saí da casa-de-banho e Blaise olhou para mim, pude ver que ele ficou boquiaberto com aquilo que eu vestia. Senti que com aquele olhar, deixei de lado a minha timidez e inexperiência e devagar aproximei-me da cama, como um predador se aproxima da presa. Como Blaise ainda estava de pé junto à cama, paralisado com o meu olhar felino e apaixonado. Empurrando-o para cima da cama, sentei-me em cima dos quadris dele e prendendo-o com as minhas próprias pernas, impedi Blaise de se mexer ou de fugir. Enquanto lhe beijava os lábios de forma intensa e apaixonada, percorri com as minhas mãos cada pedaço do tronco e de vez em quando arranhava-o suavamente, fazendo-o gemer. Lentamente, deixei os lábios de Blaise e fui beijando o tronco de Blaise, descendo lentamente, quase levando-o à loucura. Com as minhas mãos, desfiz-me dos boxers de Blaise e usando os meus lábios, acariciei suavamente o pénis dele, levando-o a dar mais gemidos de prazer, mas fui impedindo-o de tomar o controlo, deixando-o mais excitado. Quando vi que ele estava quase a chegar o clímax, baixei a minha guarda e finalmente deixei-o tomar o controlo. A primeira coisa que Blaise fez foi me tirar a camisa de dormir, ficando surpreendido por eu não ter roupa íntima, para além de umas minúsculas calcinhas (oferta de Cathy, claro). Beijando-me suavemente os lábios, Blaise foi descendo até ao meu pescoço, onde ainda se demorou um tempo, enlouquecendo-me. Mas rapidamente dos meus lábios saíram pequenos gritos de prazer, quando ele me beijou os seios. Blaise entreteve-se mais um pouco beijando-me os seios e arrancando-me gemidos de prazer. Descendo lentamente, Blaise foi-me beijando carinhosamente o meu ventre, antes de com cuidado, me retirar as calcinhas e foi depositando pequenos beijos na minha vagina, fazendo com que me contorcesse de prazer. Ao ver que eu tinha chegado ao clímax, Blaise voltou a beijar-me os lábios e posicionando-se entre as minhas pernas, perguntou.
- Tens a certeza de que queres continuar? – ele perguntou incerto. – Eu sei que é a nossa noite de núpcias, mas se tu tiveres receio, eu esperarei.
- Blaise, eu tenho a total certeza de que é isto que quero fazer. – afirmei, tranquilizando-o.
Vendo nos meus olhos todo o amor que eu sentia por ele, Blaise prendeu os meus lábios num beijo apaixonado e cuidadosamente foi-me penetrando, mas não parou mesmo sentido que eu tinha ficado tensa. Quando terminou, Blaise soltou os meus lábios e olhou nos meus olhos.
- Está a doer-te muito? – ele perguntou, preocupado.
- Não te preocupes. – afirmei. – A dor já passa. Mas não pares agora.
E dito isto, abracei a cintura dele com as minhas pernas e Blaise tomou isso como um convite silencioso e foi aumentado as suas investidas. Lentamente, a dor foi passando, dando lugar ao prazer e eu comecei a dar pequenos gritos de prazer a cada investida de Blaise.
- Blaise! – gritei quando cheguei ao clímax, soltando uma pequena lágrima.
Algum tempo depois, ecoou pelo quarto o grito rouco de Blaise e soube que ele tinha chegado ao clímax, pois senti algo quente entrar dentro de mim. Saindo de dentro de mim, Blaise deitou-se ao meu lado, visivelmente cansado. Aproximando-me dele, aninhei-me no ombro, cansada mas muito feliz.
- O que achaste? – Blaise perguntou-me num tom carinhos, alisando-me a face.
- Foi a melhor coisa que me aconteceu na vida, Blaise. – afirmei. – Sabes que eu te amo?
- Sei. – ele afirmou. – E eu também te amo.
Foi abraçados que finalmente adormecemos e embora cansados, estávamos bastante felizes.
No dia seguinte, antes de partirmos para a lua-de-mel, Blaise levou-me a conhecer o apartamento que ele tinha comprado. Agradeci a Blaise pela prenda e disse-lhe que tinha adorado. Quando regressámos, passamos o resto das férias a decorar o apartamento. Quando as férias terminaram, eu e Blaise partimos para Hogwarts. Embora as aulas fossem puxadas, eu estava a gostar, assim como Ginny e Cathy. Harry, Hermione e Ron também tinha começado a tirar o curso de aurors, mas numa turma diferente da nossa, já que Hogwarts e a Academia de Aurors tinham chegado a um consenso e permitiram que os três tirassem ao mesmo tempo o sétimo ano de Hogwarts e começassem a estudar no primeiro ano do curso de aurors. Os três tinham uma grande carga horária (diferente da dos restantes alunos do primeiro ano do curso de aurors), mas eles aguentavam e até se estavam a dar bem. Apesar de mal nos vermos durante a semana (devido ao nosso horário a aos deveres que tínhamos de fazer), eu e Blaise aproveitávamos os pequenos momentos que tínhamos só para nós para namorarmos.

Dois anos depois…
A minha vida estava a correr bem, pois estava a dar-me bem nos estudos e melhor ainda na minha vida íntima. Blaise e Draco já tinham terminado o curso e tinham-se formado aurors. Mas para mim, Ginny, Cathy, Harry, Hermione e Ron ainda faltava mais um ano antes de termináramos o curso. E embora, o último ano fosse o pior, nós os seis estávamos a aguentar a pressão e estávamos a sairmo-nos muito bem. Eu e Blaise aproveitamos as férias de Natal para matarmos as saudades (pois já não nos víamos desde Outubro, que foi quando o meu curso começou), e em vez de ficarmos na nossa casa em Hogsmeade, passamos as duas semanas na casa dos pais dele.
Cerca de três meses mais tarde, comecei a sentir-me enjoada de manhã, mas ignorando os enjoos, continuei com minha vida normal (já que era um sábado, mas eu não tinha ido para Hogsmeade pois Blaise estava numa missão e eu não queria ficar sozinha em casa), até à altura em que preguei um susto a Ginny, a Cathy e Hermione quando nós as três estávamos a dar uma passeio à beira do lago e eu desmaiei. Hermione levou-me para a enfermaria das instalações da academia de aurors. E foi lá que eu fiquei a saber uma notícia que me deixou contente, mas ao mesmo tempo apreensiva: eu estava grávida de três meses. Quando cheguei ao quarto que dividia com Ginny, Cathy e Hermione, não consegui fugir às perguntas delas.
- Ana, está tudo bem contigo? – Ginny perguntou, visivelmente preocupada.
- Sim, Ginny. – respondi, embora ainda tivesse a tentar assimilar o que a enfermeira me tinha dito. – Está tudo bem comigo.
- Mas porque desmaiaste? – Cathy perguntou, impaciente. – O que é que a enfermeira te disse?
- Que eu estou grávida. – respondi. – De três meses.
- O quê? – gritaram em uníssono Ginny, Cathy e Hermione. – Estás grávida?
Acenei afirmativamente e fui abraçada pelas três ao mesmo tempo.
- Parabéns. – elas disseram. – Quando vais dizer a Blaise?
- Obrigado. – agradeci e pensei em Blaise. Como é que ele iria reagir à notícia. – Ainda não. Nem sei como ele irá reagir.
- Ah Ana! – refilou Ginny. – Blaise irá ficar contente.
- Acham? – perguntei, incerta. – Ele acabou o curso há tão pouco tempo e eu ainda nem sequer o terminei.
- Ana. Ele ama-te muito. – exclamou Cathy. – É claro que ele irá adorar quando souber que estás grávida.
- Obrigado pelo apoio. – agradeci, pensando em quando é que iria contar a Blaise.
Decidi que teria de ser o mais rápido possível, por isso aproveitei a sexta-feira após o Dia dos Namorados. Nesse dia, quando cheguei a casa, comecei a preparar as coisas para um jantar romântico, iria aproveitar o clima para contar a Blaise acerca da minha gravidez. Após fazer o jantar, mudei a mesa quadrada que havia na sala para uma redonda, coloquei os pratos e duas velas. Depois, sentei-me no sofá, enquanto esperava que Blaise chegasse. Cerca de uma hora mais tarde, Blaise aparatou na casa, pregando-me um susto, pois estava distraída com os meus pensamentos em relação à reacção de Blaise.
- Chegaste mais tarde hoje, querido. – falei após cumprimentá-lo com um beijo. – O que aconteceu?
- Tivemos apenas uma missão de rotina, mas nada de muito grave. Apenas um feiticeiro que foi apanhado a tentar vender objectos mágicos a muggles. – Blaise respondeu e olhando para a mesa, perguntou. – O que vamos celebrar hoje querida?
- Nada de especial. – respondi, ao mesmo tempo que era abraçada por ele. – Apenas para celebrarmos o Dia dos Namorados.
- Hum, isso parece-me uma boa ideia. – ele comentou, beijando-me no pescoço e afastando uma das cadeiras, esperou que eu me sentasse.
Passamos o jantar a falar de como nos tinha corrido a semana, e eu ainda não tinha arranjado coragem para tocar no assunto da minha gravidez. Embora mal tenha comido, consegui fugir às questões de Blaise e levantando a mesa, levei os pratos para a cozinha e após os lavar e arrumar a cozinha, voltei para a sala e vi Blaise a tentar ligar o rádio (que nós tínhamos adquirido, por exigência de Blaise). Assim que conseguiu e viu que eu estava a olhar para ele, puxou-me para ele e envolvendo-me pela cintura, começamos a dançar.
Quando a música terminou, Blaise sentou-se no sofá e eu deitei-me apoiando a minha cabeça nas pernas dele. Após algum tempo em silêncio eu comecei a preparar Blaise para o que eu lhe queria revelar.
- Hum, Blaise. – chamei, ao que ele olhou para mim.
- Sim? – ele perguntou, curioso com o meu estranho olhar.
- O que achas de crianças? – eu perguntei e vi que ele ficou confuso.
- Bem… – ele hesitou. – Eu nunca tive irmãos e as únicas experiências que tenho com crianças é com os filhos de primas minhas. Porquê?
- O que achas de filhos? – perguntei, aumentando ainda mais a curiosidade de Blaise.
- Filhos? – ele perguntou. – Como filhos? Nossos ou dos nossos amigos ou familiares?
- Nossos… – eu respondi, desviando o meu olhar de Blaise e olhando para a janela.
- Bem, eu realmente não tenho a certeza Ana. – Blaise respondeu, incerto com o que responder. – Eu gostaria muito de ter filhos, um dia. Mas provavelmente, tu deves querer acabar o curso primeiro. Porque estas perguntas todas?
- Porque eu tenho uma coisa para te contar. – desabafei. – Eu estou grávida.
Olhando novamente para Blaise, vi que ele estava um pouco chocado. Sentando-me fiquei à espera da reacção dele. Após algum tempo de incerteza, Blaise beijou-me e pousou a sua mão no meu ventre.
- Era uma coisa que eu realmente não estava à espera, Ana. – ele exclamou, rouco.
- Eu também fiquei um pouco abalada quando a enfermeira me disse que eu estava grávida. – confessei, pousando a minha mão em cima da dele. – Mas quando o choque passou, eu fiquei muito feliz. Embora não estivesse nos meus planos engravidar agora, este bebé é muito bem-vindo.
- E será muito amado. – Blaise afirmou. – É a melhor notícia que me podes ter dado, Ana.
Como o sofá era largo, deitamo-nos abraçados a contemplar as estrelas que haviam no céu escuro. E foi no sofá que adormecemos…

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