Revelações




À noite...

-Hei, Aluado, nossa penultima noite de diversão daqui a duas semanas... -Sirius comentou.

-Pois é, mas o Pedro anda sumido... Será que ele vai? -Tiago comentou.

-Ele anda sumido para você, que só presta atenção no “love” com a Lilian, lá vem ele... -Sirius disse apontando para o retrato da mulher gorda que acabara de abrir.

Eles ficaram planejando a noite toda o que iam fazer, embora não soubessem que o rato não ia aparecer, nem que ele nem estava prestando atenção, e também não viram Lílian sair pelo retrato da mulher gorda.

Toc, toc, toc...

-Lilian, que você faz aqui a essa hora? –o gigante perguntou.

-Procurando a Kathryn, você não a viu Hagrid? –a ruiva respondeu observando a cabana que não ia a tempos.

-Não, essa menina tem passado dias aqui por perto da cabana, parece meio avoada, preocupada com algo, mas sente aqui e tome um chá, ela deve reaparecer logo...

-Ok... –Lilian esperou Hagrid fazer o chá pacientemente sentada na mesa, nervosa, sabia que a amiga estava estranha a dias.

Toc toc toc...

-Quem será? Está esperando visitas? –a menina perguntou enquanto era servida com chá.

-Não, estranho... Deixe-me atender... –ele abriu a porta e em seguida disse animado –Kath, entre aqui para tomar chá conosco, Lílian também está...–mas antes de terminar a frase a morena saiu correndo –aqui!

-Deixa, eu vou atrás dela... –Lilian saiu correndo atrás, mas não encontrou vestígio –Kathryn, agora eu te encontro ou eu não chamo Lílian Evans!

Mas não demorou muito a cumprir a promessa, na saída da cabana do Hagrid, Lílian viu um corpo encolhido na grama, se aproximou devager dizendo “Lumos”, quando viu um rosto que lhe era familiar: Kathryn.

-Kath, Kath! –ela chamou abaixando-se receosa para ver se a amiga estava bem, apesar da luz fraca dava para ver os olhos inchados de quem havia chorado por um bom tempo.

-Lily, me deixa aqui! Depois eu volto para a torre! –a morena disse com a voz chorosa.

-Não... Kath, você nunca foi assim, conta o que está acontecendo! –disse sentando-se do lado dela tentando manter a calma –E por céus, você está gelada!

Kathryn se sentou, revelando sua varinha bem segura na mão, já por outro lado sua mão tremia.

-Lily... Eu vou morrer... Não há mais vida em mim e... –ela foi falar mais foi interrompida.

-Kath, você não vai morrer, tem uma vida linda pela frente, você, seu filho e o Si... –mas desta vez foi ela interrompida.

-Não, você não entende não é? Eu fui amaldiçoada, todas as mulheres da minha família até a 7a geração que eu não entendo muito bem sobre essa parte de gerações foram... Por isso você não me vê muito com meu avô, ele sabe que eu sou a última, minha mãe morreu assim... –uma lágrima escorreu pelo seu rosto ao dizer isso -Meu bebê não vai ter mãe e um pai irresponsável que não vai nem poder reconhecê-lo... –ela começou a soluçar histericamente enquanto chorava.

-Kath, calma! Você não vai morrer, tem que haver uma solução, e mesmo que isso aconteça... –ela falou receosa –Você acha que seu avô vai te deixar na mão? –Lilian tentava consolá-la.

-Mas ela vai brigar comigo quando souber, ele vai... –mas os soluços cada vez mais fortes a impediram de continuar falando.

-Kath, ele só quer o seu bem e por mais que ele brigue é para te proteger, ele gosta de você! –nisso a neta do diretor deitou a cabeça no colo da ruiva –E além do mais, por mais que o Sirius seja irresponsável, ele não vai te deixar na mão, tem um coração por trás daquela carcaça!

-Você acha? –os olhos marejados de lágrimas perguntaram, deixando esboçar um sorriso.

-Tenho certeza! –uma voz masculina disse, era Dumbledor que apareceu –Vamos Kathryn, precisamos conversar! –ele trazia um cobertor em uma mão.

-Dumbledor pega leve com ela! Ela não teve culpa! –Lilian estava muito desesperada para falar assim com o diretor, por sorte ele não a repreendeu.

-Lilian, essa conversa é entre eu e a minha neta, quando mais adiar pior vai ser e... –ele fez uma pausa –é só uma conversa, você vai ter sua amiga de volta ainda hoje.

-Certo! –Lilian disse depressa se levantando com a amiga que ficou calada e de cabeça baixa.

-Vamos! Kathryn o que vai acontecer ou deixar de acontecer não impede de você pegar uma gripe! E não comece a chorar, se você não desabafar, não adianta fugir do problema que só vai piorar a situação! –o avô disse enquanto jogava a coberta nas costas da menina e a abraçava, seguindo para o castelo.

Na sala do diretor...

-Sirva-se! –Dumbledor apontou para duas canecas de chocolate quente em cima da mesa. A menina pegou uma das canecas com cuidado e levou a boca.

-Tem Viritasserum aqui? –perguntou receosa.

-Não... Acho que você já esta bem grandinha para saber o que deve me contar –disse com a voz cansada.

-Você fala como se eu ainda fosse uma criança! –disse com a voz aborrecida.

-Para mim você sempre será uma criança, a qual eu peguei no colocoo no dia em que Den... –ele interrompeu a frase.

-Você nunca falou dos meus pais, vai ser assim para mim também? Meu filho nem vai saber que eu existi? Quem eu fui? - ela colocou a caneca na mesa e abraçou os joelhos.

-Eu sempre achei que você era jovem de mais para saber dessas coisas, mas olhe só, por causa de um erro de um velho você está sofrendo, eu sei que isso não tem desculpa melhor para não ter te contado, mas antes bom, vou tentar compensar um pouco, pergunte o que você quer saber, mas entenda, eu não sou a melhor pessoa a te contar essa história, infelizmente a única pessoa que sabia de tudo, ou quase tudo, se foi antes de você nascer...

-Tudo bem, para quem nunca soube de nada, vai ser bastante! -disse emburrada -E nem venha falar que era para me proteger e blábláblá que eu já sei o discurso todo... -passou os dedos pelos olhos que estavam lacrimejando tentando disfarçar o choro -Eu... Eu queria saber como meus pais se conheceram, sabe, como eles eram na escola...

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