¤ Todos contra ela



-- Você não terá a menor chance contra mim, Potter! Acha que pode derrotar uma quase Comensal da Morte, sozinho? -- Vociferou Sarah Karkaroff, balançando os longos cabelos negros enquanto ria... sim.... aquela risada... era exatamente igual a de Karkaroff.... Sarah mantinha os olhos frios e enregelantes fixos em Harry, e sua risada ecoava sem alegria, e sim uma histeria nervosa e despresível.



-- E-e-e-le.. não está... sozinho. -- Soluçou Draco, a sua voz soando por trás de Harry e chocando todos os presentes, inclusive Sarah. O garoto, que estivera ajoelhado ao lado de Gina o tempo todo, levantou-se, sujo do sangue da namorada, e encarou Sarah com uma fúria gelada em seus olhos cinzentos cobertos de lágrimas raivosas. Ergueu a varinha e mirou-a para a face de Sarah. A garota riu novamente.



-- Derrotarei os dois em um só instante, então! Avad...



-- Expelliarmus! -- Bradou Rony, saido de algum lugar, Hermione ao seu encalço. Sarah foi empurrada violentamente para a parede, um filete de sangue escorreu por trás dos seus cabelos negríssimos, e a varinha da garota foi parar na mão de Rony. Agora Neville e Luna se juntavam aos adversários da garota. Eram um grupo muito forte para Sarah enfrentar sozinha.



A garota absolutamente percebeu sua desvantagem, mas não deixou de sorrir. Aquele sorriso presunçoso e idiota fez Harry sentir mais raiva, e o que o impulsionou para falar.



-- Parece que estamos em desvantagem, não? -- Gritou Harry, sua voz ecoando pelo Salão inteiro, e os presentes sorriram tristes, concordando com o amigo apesar das circunstâncias.



-- Não, na verdade não parece, Potter. -- Disse Sarah suavemente.



-- Eu acho que parece. -- Confirmou Harry. -- Ou será que você não percebe que somos muitos contra só você, e que você ainda não está com a posse de sua varinha, e que podemos enfeitiçá-la sem que possa revidar? Isso não é um problema para você, Sarah? -- Perguntou Harry, irônico.



-- Sim, eu acho que isso poderia ser um problema...



-- Como assim? -- Perguntou Hermione, ríspida.



-- Assim, Granger -- Riu Sarah, triunfante. -- Não sei se você esteve ouvindo a nossa conversinha particular aqui, mas acontece que o Lord me preza muito, querida... ele faz qualquer coisa para me salvar. Ele sabe que sou... extremamente importante para a realização futura de seus planos. Se eu morrer, ou acontecer qualquer coisa comigo, será um prejuízo gigantesco para ele, pois seus planos não se concretizarão da maneira que ele quer. Agora, se eu manter-me viva, ele poderá muito bem conseguir o que mais almeja.. então, minha querida sabe-tudo, ele não vai permitir que nada aconteça comigo... mas, tentem me machucar com seus feitiços. Tentem! Tentem me ferir com suas pobres azarações falíveis... por que não? Não sou eu quem vocês odeiam? Não fui eu quem matou Gina Weasley, tirando-a do mundo perfeito em que vivia? Não fui eu...



-- Crucio! -- Disparou Draco Malfoy, a varinha mirando perfeitamente para o peito de Sarah. Hermione deu um grito.



-- Draco, não faça isso... -- Sibilou a garota, quando o feitiço atingiu Sarah em cheio. A neta de Karkaroff caiu no chão, estrebuchando loucamente, seus olhos revirando-se vertiginosamente nas órbitas, sua boca espumando... Harry olhou para ela com um ódio intenso, como se o seu desejo mais secreto naquele momento tivesse acabado de se concretizar... Draco manteve a Maldição Imperdoável durante mais alguns longos minutos, mas a deteve logo. Sarah caiu, suada, no chão, e virou-se para o teto, falando tão baixo como se conversasse com sua sombra.



-- Oh, milord, MILORD, onde está o senhor.... não vê que a sua serva devota, a que sempre lhe auxiliou, a sua mais obstinada Comensal agora precisa do seu auxílio, mestre... Ah, Mestre... seus planos cairão por água abaixo se não me salvar... ah, mestre... Mestre....



-- Ele não virá, Sarah. Você sabe disso. -- Disse Harry, em voz grave, porém satisfeita. A garota chorou, ainda no chão, tapando o rosto, tornando assim a sua fala incompreensível. -- Aceite, Sarah. Ele não virá, nunca, para lhe salvar.



Foi quando, pela segunda vez em poucos dias, Harry sentiu aquela dor escaldante na cicatriz. Sentiu sua cabeça rompendo-se, vagamente consciente que estava indo ao chão, e seu corpo suava desesperadamente. Tudo ficou preto... então aquele par de olhos voltou a invadir a sua mente, vivamente.



-- Sarah... -- Disse Harry, mesmo o garoto sabendo que aquela voz e aquela boca que falavam não eram suas --, você deveria saber desde o começo que uma Comensal da Morte jamais tem de esperar pelo seu Lord para ajudá-la, em qualquer ocasião. Você não sabe disso, Sarinha?



Sarah olhou francamente abismada para Harry.



-- Sim, milorde.... eu sei disso, mas...



-- Sem mas, Sarinha... isso vai fazer você aprender uma valiosa lição... lealdade é importante, Sarah, mas o mais importante é a sede de matar... mate, Sarah, mate todos eles! Acabe com a raça de todos! Mostre-me que não é fraca como seu avô! Ou será... ou será que você é mais fraca que seu avô? -- Perguntou Voldemort, pela boca de Harry.



-- NÃO! Eu não sou fraca como meu avô! Eu.. eu vou.. vou matar todos eles, milorde!! Eu vou!



-- Assim me provará que é uma verdadeira Comensal da Morte, Sarah.



-- Eu... eu vou provar ao senhor! -- Sarah correu para a multidão, que ouvia absolutamente aparvalhada a voz de Lord Voldemort saindo pela boca de Harry Potter, e apanhou sua varinha, antes que qualquer pessoa conseguisse impedí-la.



-- Faça-os sofrer, Sarah... isso mesmo...



Sarah agora apontava enlouquecida para todos que conseguiu mirar; Harry viu Cho sendo atingida por um feitiço Cruciatus, e uma raiva se apoderou dele... ao mesmo instante que sentia uma poderosa alegria maldosa e extasiada.



-- Está fazendo efeito, Sarah! Ele está sofrendo! Faça-o sofrer ainda mais! Está vendo aquela garota, ali -- O braço de Harry apontou involuntariamente para Cho, que ainda estrebuchava no chão, violentamente.



-- Sim, milorde... -- Sorriu Sarah insinuante.



-- Mate-a. -- Riu Harry.



Um ódio derretido se apoderou de Harry; sua cicatriz desta vez ardeu com mais força do que nunca, e sua cabeça provavelmente já havia rachado até o nariz. Mas ainda assim... a cabeça de Harry foi clareando... quando percebeu, seus olhos já estavam abertos e ele não suava mais... foi o suficiente para apertar a garganta de Sarah antes que ela executasse qualquer feitiço contra Cho. A garota foi ficando vermelha, roxa!



-- Potter... ME LAR... -- a garota tossiu, não conseguia falar sem o ar passar pela sua garganta. Sentiu que, desta vez, não ia se safar.... porém.... quase todo o Salão estava no chão, exceto uns poucos retardatários... então sentiu-se elevada do chão; olhou para trás e se deparou com os olhos azul-acizentados de Draco. O garoto deu um soco tão forte no nariz de Sarah que a garota teve que segurar a mão a frente dele para o sangue estancar;



-- Eu não... eu não tenho mais que cuidar de Gina. Agora, posso lhe matar.



-- Melhor não, senhor Malfoy. Deixe isso para quem tem o poder de fazê-lo. -- Disse uma voz séria atrás de Draco.



Dumbledore, bem como todos os outros professores, retornara. Traziam, em um grande grupo, dezenas de aurores que Harry avistara uma vez no Ministério da Magia, há mais de um ano. Harry sentiu-se um pouco mais aliviado, ao ter a presença confortante de Dumbledore no Salão, novamente. Os aurores imediatamente estuporaram Sarah, e a garota foi levada, em uma maca, pelos aurores, que saíram silenciosos da propriedade.



-- Ela irá para Azkaban? -- Foi tudo que Harry conseguiu perguntar.



-- Não, é muito jovem para Azkaban. Ficará internada em uma ala especial do St. Mungus, para Tratamento de Jovens Obsessivos. Assim ela poderá desistir da idéia de se tornar uma Comensal da Morte famosa algum dia. -- Os bigodes do diretor tremeram ligeiramente.



Dito isso, Harry concordou com a cabeça e, antes de qualquer pergunta que lhe fosse disparada, correu para o dormitório e fechou-se em sua cama de dossel.



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E então, o que estão achando? Comentem, please!! Esse capítulo não foi muito explicativo nem teve muita ação, mas vai dar continuidade para o próximo, o último!! Comentem mais, votem mais, perguntem mais e critiquem mais, please!!!! Obrigadinha e b-jões... e quero avisar que já tenho mais uma fic prontinha, e assim que acabar essa daqui, não vou ficar desaparecida por muito tempo, hehehe ^___^

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