Um Estranho Final de Semana



Harry foi o primeiro a sair da cama naquela manhã de sábado. Estava eufórico com o passeio a Hogsmead junto a Emille.
_ Ron ? Ron? Acorde, vamos. Já está na hora.
_ Harry, é cedo ainda.
_ Não, não é. Ande logo vai se atrasar. Te espero na sala comunal.

Rony, ainda sonolento acompanhou Harry, Hermione e Gina pelos corredores até o salão principal para o café da manhã. O salão estava lotado e muito barulhento. Os alunos estavam animados e todos tinham colocado suas melhores roupas de inverno para o passeio.

Ao entrar no salão Harry foi abordado por Draco sempre acompanhado de Crabbe e Goyle.
_ Olá Potter ! Harry não respondeu e tentou seguir mas Draco se colocou a sua frente impedindo-o de passar.
_ Oh! Desculpe. Esqueci, você só gosta de conversar sozinho, não é mesmo? Crabbe e Goyle caíram na gargalhada.
_ Saia da minha frente, Malfoy. Harry teria avançado em Draco se Harmione Rony não o tivessem segurado pelos braços e o arrastado para mesa do café. Draco e seus amigos ficaram rindo e apontando para Harry.
_ Calma, Harry. Se brigar com Malfoy agora ficará detido e não poderá ir à Hogsmead. É isso que você quer? Perguntou Hermione.

Não fosse por esse passeio Harry teria realmente partido para cima de Draco com toda sua força, ele já tinha que suportar o deboche dos outros colegas que inventavam que ele falava sozinho pelos cantos do castelo, mas no caso de Malfoy não conseguia se controlar e simplesmente ignorar.

Todos já estavam à mesa tomando café, ninguém mais falou sobre Draco e Rony pode prestar um pouco mais de atenção à Hermione. Ela usava um casaco azul de pelos na gola, tinha um pouco de cor nas bochechas e nos olhos e o cabelo estava mais liso e penteado. “Ela está linda”, pensou Rony que com muita relutância e timidez perguntou baixinho:
_ Mione, errrrr... quanto àquela pergunta que eu te fiz... bem, você já pensou, quero dizer...
_ O que foi, Ron? Não estou ouvindo bem. Respondeu Hermione fingindo não ouvir o amigo e o obrigando a falar mais alto.
_ Quero saber se você já tem uma resposta daquele convite que te fiz. Disse Rony falando um pouco mais alto e mais sério.
_ Ah! Sim. Tenho, respondeu Hermione calmamente colocando suco de abóbora em seu copo.
_ E qual é? Perguntou Rony já um pouco nervoso. Harry e Gina seguravam o riso e fingiram não prestarem atenção ao diálogo.
_ Bem, irei a Hogsmead com você, acho que será agradável. Rony que se preparava para ouvir um não respirou mais aliviado, estava em dúvida se Hermione aceitaria e tinha um segundo plano, chamaria Lilá Brow mas a verdade é que ele daria qualquer coisa para que sua companhia no passeio fosse mesmo a de Hermione.
_ E então Harry, onde está a Emille, perguntou Rony já na saída do castelo ao lado de Hermione.
_ Agente vai se encontrar lá. Ela achou melhor assim para evitar o tumulto, Emille é muito discreta. Rony e Hermione se entreolharam.
_ Harry, disse Hermione cautelosa, você não acha isso um pouco estranho ? Quero dizer, por que ela não vai com você daqui como os outros ?
_ Já disse, Mione, Emille não gosta de tumulto, pare de implicar, falou Harry já meio aborrecido e se adiantando à frente deles. Viu Gina com um garoto de sua turma e tentou ficar feliz por ela mas seu sentimento ao vê-la acompanhada foi um pouco estranho, ele não conseguia definir, mas a visão dos dois juntos lhe incomodava um pouco ao contrario de Cho que quando a viu acompanhada de um garoto da Lufa-Lufa, um pouco mais cedo, sentiu até um certo alívio apesar de intenção dela ser de causar algum ciúme em Harry.

Finalmente chegaram a Hogsmeade. As ruas da cidade estavam brancas de neve, ventava e fazia muito frio mas isso não tirou a animação dos estudantes que já se separavam à procura de suas lojas, bares e cafés preferidos. Harry se despediu de Rony e Hermione que iriam tomar cerveja amanteigada juntos e seguiu para o café onde havia marcado com Emille sob os olhares enigmáticos do casal de amigos.

Ao final da rua principal Harry avistou o café de que Emille havia falado. Era um sobrado de paredes marrons e uma varandinha com cercado de madeira com o verniz descascado. A construção parecia ser a mais antiga da rua, era mais afastada do restante do comércio e ao seu lado havia um lote vago com o capim baixo coberto de neve. Harry subiu a escadinha da porta e quando a abriu sininhos pendurados nela anunciaram a sua entrada. O lugar estava vazio, havia mesinhas redondas de madeira cobertas por toalhas marrons muito velhas enfeitadas com vasinhos de flores mal cuidadas e sem cor e cadeiras de palha, no balcão apenas uma senhora gorda com um turbante branco na cabeça e um charuto no canto da boca secava as xícaras com um pano velho e muito encardido. A senhora olhou para Harry e deu as costas, ele deu mais uma olhada pelas mesas e avistou Emille sentada em uma mesa bem no canto da parede, ela era a única cliente do lugar naquele momento.
_ Olá Emille !
_ Ei Harry, que bom que você veio. O garoto deu mais uma olhada pelo lugar e falou:
_ Emille, há lugar ali na varanda, o que acha de nos sentarmos lá? Emille não se animou muito com a idéia mas se levantou e foi até à varanda enquanto Harry foi ao balcão e pediu o cardápio à senhora gorda.
_ Só tem café e chocolate quente, respondeu a mulher mal humorada.
_ Está bem, vou ver com a minha amiga o que ela vai querer. A senhora gorda passou os olhos pelas mesas e franziu a testa enquanto Harry se dirigia até à varanda. Já à mesa Harry explicou à Emille que queria mesmo era fugir do cheiro fumaça que havia do lado de dentro do café e ela concordou que o odor realmente não era bom. Na na verdade Harry queria mesmo era ser visto com Emille caso seus amigos passassem pela porta do café. Ele pediu um chocolate já ela disse que não iria querer nada pois estava sem fome e já havia tomado um café antes de Harry chegar. E então, começaram a conversar, falaram sobre a escola, os professores, livros, magia antiga, trouxas até que Harry se interessou em saber mais sobre a vida de Emille.
_ Bem, Harry. Minha vida não é tão cheia de aventuras como a sua e eu não sou tão importante como você. O que posso dizer ? Sou filha única, minha mãe se chamava Ellen Wells e morreu quando eu era um bebê e meu pai é professor.
_ E onde você mora atualmente? Emille desviou o olhar, passou a mão pelos cabelos e disse:
_ Moro próximo, a 20 km de Hogwarts, no alto da colina antes da floresta por isso achei melhor estudar lá, é mais perto de casa. Harry achou interessante mais essa informação sobre Emille e quis saber mais sobre as histórias do lugar que ela contou com muita satisfação.

Harry estava tão atento à conversa de Emille que nem percebeu que Rony e Hermione estavam o observando da rua. Eles olharam a varanda do velho sobrado por algum tempo e depois se foram discretamente antes que Harry percebesse que o casal de amigos esteve lá.
_ Como o tempo passa rápido quando agente se diverte, não é? Perguntou Harry à Emille quando percebeu que a hora de ir embora se aproximava. _ O que acha de agente dar um passeio por aqui antes de irmos embora?
_ Não sei, Harry. Acho que lá fora deve estar muito tumultuado e todos aqueles estudantes...
_ Por favor, Emille. Vamos, vai ser divertido.
_ Está bem, Harry. Mas, só um pouco, está bem?
Harry e Emille saíram do café vazio, desceram as escadas do velho sobrado e foram subindo a rua principal. Harry estava realmente feliz por está ao lado de Emille e também porque aquela era uma grande oportunidade de apresentá-la a todos e acabar com de uma vez com o mal entendido ocorrido na aula de herbologia.

Enquanto caminhavam Harry percebeu que Emille estava usando o uniforme da corvinal e uma fina blusa de mangas compridas e no momento ventava frio e caia alguns flocos de neve.
_ Emille, você está sem o seu casaco e está frio. Gostaria de vestir o meu? Perguntou Harry começando a tirar o seu casaco.
_ Você é muito gentil mas não se preocupe com isso, Harry.
_ Mas está muito frio. Não sei como está agüentando.
_ Se me der o seu casaco, então será você que ficará com frio.
Antes de que pudesse responder Harry se deu conta que estavam diante da vitrine de uma loja de roupas. A vitrine, encantada com flocos de neve, exibia vários modelos de casacos femininos e saias longas. Harry convidou Emille para entrar na loja e ela o acompanhou um pouco relutante. A loja estava cheia de meninas e Harry se sentiu um pouco sem jeito no meio de tantas garotas.
_ Olá querido! O que procura? Perguntou uma das vendedoras da loja que usava um grande casaco cor-de-rosa e muita maquiagem da mesma cor.
_ Queremos escolher um casaco.
_ Bem, só vendemos moda feminina aqui.
_ Sim eu sei. Na verdade o casaco é para a minha namor... errr, amiga. Olhou para os lados à procura de Emille e a viu mais afastada próxima a alguns manequins.
_ Ok! Peça para ela escolher um modelo que eu embrulho para vocês, fiquem à vontade. Harry foi até Emille.
_ Gostou de algum modelo? Emille apontou para um manequim que vestia um casaco verde com botões prateados.
_ É lindo, combina com seus olhos. Emille sorriu e Harry foi chamar a vendedora.
_ Queremos aquele casaco verde de botões prateados.
_ Bela escolha, querido! Sua namorada tem bom gosto. Vou pegá-lo para vocês. Alguns minutos depois ela retornou com o casaco numa sacola. Harry tirou alguns galeões do bolso e entregou à vendedora.
_ Aqui está o troco, querido. Onde sua amiga está?
_ Ali, aquela garota loura, apontou Harry para os manequins no fundo da loja.
_ Não a vejo, disse a vendedora franzindo a testa mas logo sua atenção foi tomada por duas garotas ruivas e muito magras que pediam informações sobre o preço das saias longas. Harry agradeceu a atenção e aproveitou para se retirar, pois a loja estava cada vez mais cheia e ele percebeu que Emille estava ficando inquieta.
Na saída da loja Harry tirou o casaco da sacola e ajudou Emille a vesti-lo.
_ Ficou lindo em você.
_ Obrigada, Harry! Você é mesmo muito gentil, diferente da maioria dos garotos de Hogwarts. Harry corou, não soube o que responder e apenas sorriu.

A área central de Hogsmead estava lotada, a maioria era de estudantes de Hogwarts. Uma multidão subia e descia a rua principal, as pessoas se esbarravam o tempo todo e muitos carregavam várias sacolas de compras. Harry e Emille subiam a rua quando ele se viu diante de uma sorveteria. Harry perguntou a Emille se ela gostaria de tomar um sorvete. A garota respondeu que não estava com vontade apesar da insistência de Harry que resolveu entrar na sorveteria enquanto Emille ficou aguardando ao lado de fora. Dentro da sorveteria, ele se espantou com o tamanho da fila para pedidos, o lugar estava muito cheio, vários estudantes já haviam ocupado todas as mesinhas redondas e brancas. As paredes eram pintadas de verde pistache onde havia várias placas com a relação de todos os sabores de sorvetes, comuns como: chocolate, flocos, limão e também sabores ao estilo bruxo: abóbora, tomate e ervas. No teto encantado haviam taças coloridas de sorvete flutuando em todas as direções e no balcão principal três bruxas de vestidos verdes usando chapéus em forma de sorvete atendiam aos pedidos dos clientes barulhentos. Harry entrou na fila que felizmente andava rápido e ao chegar diante do balcão pediu a uma das bruxas dois sorvetes de limão. Ele pensou que se Emille provasse do sorvete logo mudaria de idéia e acabaria aceitando. Harry finalmente pegou os dois sorvetes e saiu equilibrando-os em meio à confusão de pessoas até que conseguiu chegar à porta, abriu-a e saiu. Viu Emille encostada na vitrine da sorveteria e foi se dirigindo até ela quando sentiu um forte impacto no ombro esquerdo e os sorvetes caíram no chão. Ouviu risadas que pareciam familiares e quando se virou viu Crabbe, Goyle e Draco Malfoy às gargalhadas. Draco havia esbarrado em Harry propositadamente como fazia sempre que tinha uma oportunidade mas naquele lugar e naquele momento, diante de Emille, ele não conseguiu se conter como sempre fazia e partiu para cima de Draco. Os dois caíram no chão e Harry agarrou Draco pelo pescoço e eles começaram a rolar pela calçada. Logo uma multidão formou uma roda entorno da briga e Crabbe e Goyle tinham suas varinhas nas mãos mas não sabiam o que fazer pois tinham medo de lançar um feitiço e acabar acertando Draco ao invés de Harry. As pessoas dentro da sorveteria se amontoavam contra a vitrine na tentativa de ver o que estava acontecendo ao lado de fora. Os gritos aumentavam junto com a multidão de curiosos. Depois de mais um giro pelo chão Harry conseguiu sentar-se por cima de Draco imobilizando seus braços com as pernas de modo que ele não podia se mexer. Nesta posição Harry pode ficar cara-a-cara com um dos seus maiores inimigos e encarando os olhos de Draco, Harry fechou a mão direita, levantou-a e se preparou para dar um soco quando sentiu que sua mão parou no ar. Rony a estava segurando.
_Não faça isso Harry, não vale a pena. Fred e Jorge suspenderam Harry e o tiraram de cima de Draco arrastando-o para longe da confusão. Hermione colocou a mão nos ombros de Harry.
_ Mas, o que foi que houve, Harry? Como pode perder o controle assim? Ele não respondeu, estava tremulo, se sentiu como se tivesse uma enorme maçã entalada em sua garganta. Draco também se levantou amparado por Crabbe e Goyle, fingindo mais dor do que realmente sentia.

Harry não estava se dando conta de para onde seus amigos o levavam. Fred segurava seu braço esquerdo, Jorge o direito, Rony e Hermione o seguiam em silêncio. Finalmente chegaram à loja dos gêmeos Weasley. Eles o levaram para o segundo andar onde havia uma pequena copa, Harry sentou-se enquanto Jorge lhe servia um copo com água.
_ Está mais calmo, Harry? Ele demorou a responder a pergunta de Hermione, seus pensamentos ainda estavam confusos e apenas fez um sinal com a cabeça indicando que sim.
_ O que foi que aconteceu, Harry? Como você se meter em uma briga com Malfoy? Perguntou Rony sentando-se ao lado do amigo.
_ Eu, eu perdi a cabeça Ron. Estava saindo da sorveria, levando sorvete para Emille quando ele me derrubou... Harry se levantou de repente da cadeira que tombou para trás.
_ Emille ! Eu a esqueci.
_ O que disse, Harry?
_ A Emille, Hermione. Fiquei tão nervoso que a deixei para trás. Tenho de voltar lá e encontrá-la, disse Harry se dirigindo para a saída quando foi segurado por Rony e Jorge.
_ Harry, não vá. Espere um pouco aqui dentro. Lá fora está a maior bagunça. Todo mundo querendo saber o que aconteceu. Se for lá agora vão te encher de perguntas, além de você correr o risco de encontrar Malfoy novamente. Fique aqui até a hora de voltar à Hogwarts, Ok!
_ Mas, Ron...
_ Ele está certo, Harry. É melhor esperar aqui dentro, concordou Hermione. Harry se calou e voltou para a cadeira, apoiou os cotovelos sobre a mesa e abaixou a cabeça.
_ Harry, temos que descer agora. Se precisar de alguma coisa estaremos lá em baixo.
_ Obrigado, Jorge, disse Harry levantando a cabeça. Os gêmeos desceram pois a loja estava lotada de estudantes querendo saber quais eram as últimas novidades que eles tinham para vender.
_ Rony, Hermione, se quiserem podem descer também, eu vou ficar aqui até a hora de irmos.
_ Você vai ficar bem? Perguntou Hermione tocando o rosto de Harry onde havia um pequeno corte.
_ Vou sim, não se preocupe eu ficarei bem.

Rony e Hermione desceram deixando Harry sozinho.
_ É melhor ele ficar sozinho mesmo. Eu o achei um pouco estranho, ainda está nervoso.
_ Não sei não, Ron. Harry não está bem. Quando chegarmos à Hogwarts, vamos conversar com ele. Chegaram à parte de baixo da loja que estava uma algazarra só. Vários estudantes experimentavam diversos artefatos divertidos ao mesmo tempo. Uma garota com os cabelos cheios de chamas azuis esbarrou em Hermione ao passar correndo por ela. Um garoto mostrava para os amigos a sua língua verde, outra garota experimentava uma varinha que fazia os cabelos mudarem de cor a cada toque que ela dava na cabeça. Rony sorria para cada lado que olhava enquanto Hermione se mantinha séria e pensativa em meio à confusão de risos e barulhos.

A tarde chegava ao fim quando os alunos de Hogwarts se preparavam para retornar à escola. Os gêmeos já atendiam seus últimos clientes quando Hermione subiu para chamar Harry.
_ Vai querer levar alguma coisa, Ron?
_ Eu gostaria, Fred, mas sabe que não posso entrar com nada disso na escola. Se Filch me pegar, ele me mata.
_ Mas, se quiser levar alguma coisa, dou um jeito para ele não descobrir que você...
_ RONY! RONY! Hermione desceu as escadas correndo e gritando.
_ O que foi, Mione? Perguntou Rony assustado, os gêmeos também se assustaram e ficaram esperando uma resposta da garota.
_ O Harry...ele, ele, sumiu!

Já estava ficando muito escuro e Harry já havia andado por todo o centro de Hogsmead à procura de Emille. Não podia mais ficar pois, os últimos alunos já se dirigiam para escola e ele achou melhor não voltar para a loja dos Weasley já que tinha fugido dos amigos um pouco mais cedo se disfarçando com um grande chapéu em forma cone que soltava faíscas, aproveitando a confusão da loja. Contra sua vontade ele se juntou ao último grupo de alunos que estava indo embora. Não estava se sentindo bem, a raiva de Malfoy ainda não tinha passado e a sensação de fracasso no passeio com Emille tomava conta dele naquele momento. Ele tinha planejado um passeio inesquecível. Depois de um agradável papo no café eles sairiam por Hogsmead, ele pegaria na mão de Emille pela primeira vez e os dois passeariam de mãos dadas pelas ruas diante de todos. Depois ele daria a ela um presente, qualquer um que ela encolhesse, ela o agradeceria com seu sorriso doce e no final do passeio o beijaria dizendo o quanto gostou do passeio.

Mas, a realidade foi bem diferente e enquanto caminhava Harry pensava como tudo tinha dado errado. Havia conseguido que Emille aceitasse seu convite para sair, tinha conseguido levá-la ao café mesmo sendo um lugar um pouco estranho, deu a ela um casaco de presente mas Draco Malfoy acabou estragando tudo como sempre. Esse pensamento fazia sua raiva por ele aumentar. Harry ficou pensando que o motivo de Emille ter desaparecido na hora da briga foi o fato de ela ter ficado assustada e por causa de Draco ela agora pode estar pensando que Harry é um bruto, um idiota que sai por aí batendo em todo mundo, um estúpido como o seu primo Duda. Mas Harry iria encontrar Emille no dia seguinte, conversar com ela, explicar tudo e pedir-lhe desculpas e tudo ficaria bem. Com esse pensamento Harry finalmente chegou diante dos enormes portões de Hogwarts, era início de noite, a neve caía mais intensa, o vento estava frio e um céu negro sem estrelas pairava sobre as torres do castelo.

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