Sentimentos



-Olá Harry!


-Desculpa se te assustámos! - E virou-se para o outro, dizendo - Vês? Eu disse-te de que devíamos ter treinado mais um pouco.


-Ah! Isto com o tempo vai lá! - Virou-se para Harry, aproximando-se deste e pondo-lhe a mão por cima dos ombros. - Então, pá? Como é que vai a vida?


Harry ainda estava de boca aberta, graças ao susto. - Oi, vó-vó-vocês assustaram-me!


-Desculpa lá, Harry. Ainda não estamos muito habituados a fazer isto.


-Como é que estás? - Perguntou o outro ruivo.



Afinal o susto de Harry, não passara de uma grande surpresa dos gémeos Weasley, que se matrializaram no seu quarto.



-Mais ou menos. E vocês?


-Tudo bem. O Ron já nos contou o que aconteceu nos últimos dias lá de Hogwarts. Nós, hã…lamentamos.


-O quê? - Perguntou Harry.


-Aquilo do teu… -olhou para Fred - tu sabes. Ele era um tipo excepcional. Mas, mudando de assunto. A nossa saída foi em grande, não?


-Se foi! Mas…vocês vão voltar para Hogwarts?


-Ainda não sabemos bem…afinal de contas, já temos a nossa loja.


-E aquilo está a ter um bom lucro! - Explicou George, todo sorridente.


-Harry, para além de virmos ver-te, O Ron pediu para te entregar esta carta.



Harry abriu a carta eu Fred lhe dera.



"Querido Harry,


As férias estão a ser boas?


Depois de amanhã a Hermione e os pais dela, vão aí buscar-te.


Acho que passas lá a noite, que é para depois, os meus pais irem lá te buscar, ok?


Abraços,


Ron."


-Então, hã…ouvi dizer que a equipa de Quidditch não vai lá muito bem…


-É. - Confirmou Harry, depois de dobrar novamente a carta. - Vocês e o Wood fazem lá falta.


-Achas? - Perguntou Fred - O pior é que nós e o Wood já saímos de Hogwarts…



Ouviu-se um barulho.


George tirou do bolso o objecto que Harry os vira utilizar várias vezes na casa de Sirius: As Orelhas Extensíveis.



-Oh não! Os teus tios chegaram! - Exclamou George, recolhendo o objecto. - Temos de ir. Fica bem, Harry! - E com um estrondo, desapareceu.


-Vemo-nos em breve! - E com outro estrondo, foi a vez de Fred desaparecer.


-Que estrondos são estes? - Perguntou o tio Vernon, abrindo a porta do quarto. Harry, que tinha-se sentado novamente à secretária, virou-se e perguntou com uma cara de desentendido:


-Estrondos? Que estrondos? - Embora pergunta-se isto no gozo, para esconder a verdade.


Vernon percorreu o quarto com os olhos. Como não viu nada de especial, fechou a porta.



Harry depois de almoço resolveu começar a preparar as malas, já que no dia a seguir se iria embora dali.


Nesse dia não aconteceu nada de especial.


Leu uma revista e, depois do lanche, foi dar uma volta.


Voltou às 7 e meia, jantou e foi-se deitar, às 8 e meia, já que não tinha mais nada de interessante a fazer.






Harry não avisara os seus tios de que nessa manhã se iria embora, de modo que iriam apanhar uma grande surpresa.


Desceu até à cozinha, comeu uma torrada e foi novamente para o quarto verificar se não se esquecia de nada.


Olhou para o relógio. Ainda lhe restava algum tempo.


Resolveu ir limpar a gaiola da Hedwig, mas achou que era melhor não soltá-la pois Hermione deveria chegar a qualquer momento…


Estava já a fechar a gaiola e a verificar as horas (que eram umas duas e tal), quando a campainha tocou. Harry apressou-se a descer.


O tio Vernon já estava quase a abrir a porta, quando Harry a abriu primeiro (Olá!-cumprimentou uma voz feminina quando ele abriu), Harry puxou-a para o quarto (na esperança impossível e parva que o tio Vernon não a visse).


-Calma rapaz! -pediu a voz.


- Tem calma tu! Explico-te no quarto! -Pediu Harry, continuando a empurrar, ofegante.


-No quarto??


-HARRY!!! -gritou Vernon


-Oh não…-Harry olhou para o tio que estava vermelho que nem um tomate-Sim?


-Aonde levas essa mulher?


-Tio, ela é uma colega minha lá de Hogwa…-mas não conseguiu acabar de dizer, porque o tio tapou-lhe a boca.


-Acho que foi um engano do meu sobrinho -desculpou-se Vernon -Peço perdão.


Harry olhou para o lado. De facto a "Hermione" que ele julgara estar a empurrar, era uma senhora idosa, forte e de cabelos brancos, com um chapéu berrante.


-Não faz mal. Eles são tão queridos nesta idade.


-Ele tem 15 anos, quase 16, daqui a uma semana. Já não é nenhum bebé .
-E então? Disse que era seu sobrinho, hã? E…vai-me desculpar, mas é que com esta idade as pessoas tornam-se um bocadito curiosas…mas, quem são os seus pais?


-Oh! Os pais! Os pais…-Vernon procurava uma boa mentira para encobrir a verdade.


-Morreram. -explicou Harry -Foram assassinados.


-Oh doçura… -disse a mulher, aproximando-se de Harry -Sinto muito..-Toma. Era uma prendita feita por mim para o meu neto, sabes, ele também vai fazer anos para a semana que vem, mas sendo assim fica para ti. Para quando fizeres anos -De seguida fez-lhe uma festa na cabeça e dirigiu-se para a porta -Era para ter vindo cá fazer publicidade a uma bugiganga, mas bem…para dizer a verdade, aquilo nem vale nada. Mas é o meu trabalho, não é verdade? -Virou-se para Vernon e murmurou -Tome bem conta deste rapaz, ouviu? Os olhos dele não enganam!


-Que é que quer dizer com…?


-Quero dizer que ele está triste e a sofrer! Veja lá! Você já tem idade a mais para saber que um amor destes e qualquer que seja a criança ou adolescente, deve ser bem tratado!


-E o que é que você sabe sobre…?


-Eu estou a avisá-lo! -olhou para Harry, acenou e saiu da casa.


Vernon olhou para a rua para lhe gritar que se fosse meter nos assuntos dela e lá nas suas bugigangas, quando reparou que ela já não se encontrava ali.


Harry aproveitou o momento e subiu para o quarto.


Guardou a prenda na mala, pois decidiu que só a iria abrir no seu dia de anos.


Ouviu um piar. Uma coruja, pequenina, esperava-o do outro lado da janela. Era Pig. Mal Harry abriu a janela, ela entrou e começou a voar em volta da cabeça dele.


-Pára quieta! -ordenou Harry. Após algum esforço, lá conseguiu tirar a carta.



"Querido Harry,


Era só para dizer que me vou atrasar um pouco,


mas ainda é hoje, ok?


Beijos,


Hermione"


Harry pegou num pergaminho para lhe dar a seguinte resposta:



"Querida Hermione,


não faz mal e melhor assim, porque
desta forma vou poder pedir-te que
antes de bateres à porta, vás à janela
do meu quarto que eu atiro-te as
malas com uma corda e depois de
arrumadas, desço e aí sim, tocas à campainha
que eu abro, ok?


Agradecido,


Harry"


Tinha acabado de enviar a Pig, quando achou que, por precaução, deveria tapar as malas com o manto da invisibilidade.


-Deves-me uma explicação! -exclamou o tio Vernon, que tinha aberto a porta com tanta força que a ia partindo.


-Que é? -perguntou Harry, suspirando de alívio. Fora por um triz.
-Tu andas muito estranho..eu não sou cego, sabes?


«Ai não?» -pensou Harry no gozo.


-Quem era aquela mulher?


-Nunca a vi mais gorda.


-Tem cuidado com a língua, rapaz! -avisou Vernon -Sei muito bem que tu sabes quem ela é, hã?


-Juro! -e desta vez era a sério. Harry não fazia a mínima de quem ela poderia ser.


-Escreve o que eu te vou dizer, meu rapaz: Tu conheces aquela mulher. E um dia que eu descubra, vamos ver quem tem razão. E aí tu, e aí tu…


-Querido, cheguei! -ouviu-se a tia Petúnia exclamar da porta.


O tio Vernon olhou para Harry enraivecido e fechou a porta, desta vez com um pouco de mais calma.





Ouviu um barulho na sua janela. Era Hermione que lhe devia ter atirado uma pedra para lhe chamar a atenção.


Harry abriu a janela, acenou-lhe e foi buscar as malas já atadas a uma corda. Quando Hermione conseguiu pegar nas malas, desatou-as e foi levá-las para o carro, enquanto Harry içava a corda já sem nada e atava agora, a gaiola de Hedwig.


Depois apressou-se para as escadas.


A campainha tocou.


Mas algo inesperado aconteceu. O tio Vernon surgiu da cozinha e pôs a mão na maçaneta muito antes de Harry.


-Eu abro. Mas primeiro, quem é?


Harry de qualquer forma teria de contar mais cedo ou mais tarde, por isso decidiu contar logo.


-São os pais da Hermione. Vão-me levar.


-Levar-te? Outra vez num carro voador? E com que autorização é que tu pensas que vais?


- Desta vez está enganado, não vou num carro voador e se não for com a sua autorização é a do……-O Sirius já não podia ser…-Lupin. -afirmou por fim.
Vernon com a curiosidade e o receio ao mesmo tempo da ameaça, resolveu abrir.


Hermione estava à porta com a sua mãe.


-Olá Harry!


-Oi!


-Vamos entrando? O Ron está no carro. -explicou Hermione sorridente.


-O Ron? Vamos!


-Não se preocupe, eles ficam bem. -tranquilizou-o a mãe de Hermione.


-Hã…desculpe? -perguntou o tio Vernon que tinha acabado de "acordar", após uma visão do Harry a atravessar o pequeno quintal com Hermione.


-É estranho…com a nossa vida tão normal, termos filhos mágicos…feiticeiros.


-Finalmente! Uma alma gémea! -exclamou Vernon.


-Que é que se passa querido? -perguntou Petúnia que acabara de chegar da cozinha.


-Oh! E a senhora deve ser a tia do Harry! Muito prazer! A sua decoração, deixe-me que lhe diga, que é muito original.


-A sério? -perguntou Petúnia incrédula -Hã… se calhar quer entrar…venha.


-Oh, não, obrigado na mesma. Mas tenho de ir. Não se preocupem, o Harry fica bem! Adeus! -e saiu.


Vernon e Petúnia ficaram a olhar maravilhados para a mãe de Hermione a dirigir-se para o carro NORMAL, com o pai de Hermione a acenar-lhes da janela do próprio carro.




-É Harry! E sabes porque é que a minha mãe me deixou vir? -imitava agora a voz de Mrs. Weasley - Tu só vais porque agora és um prefeito e graças a isso, mereces, porque senão!


Pela milionésima vez, Harry ficou pensativo. Se Dumbledore o tivesse posto a prefeito, tal como pensara, neste momento estaria ali, sozinho, com Hermione.


-Harry?? HARRY?!


-Hã…Ah! Desculpa.


-Acho que vão gostar da minha casa, apesar de ser modesta.


A vivenda Granger era bastante simples. Toda pintada de amarelo claro, com umas janelas grandes, cujas portadas eram verdes.


Tinha um pequeno jardim relvado, com um caminho de pedra até à entrada.


Atravessaram o caminho de pedra até à porta, com dois pilares redondos de cada lado, onde esperaram que a mãe de Hermione tirasse as chaves e que abrisse a porta.


-Entrem. -convidou ela, depois de o fazer. -Estejam à vontade.


Ouviu-se um miar.


-Crookshanks! -exclamou Hermione agarrando no seu gato. -Venham, vou-vos mostrar a parte que eu mais gosto, aqui da minha casa.


Entraram para o Hall e viraram à direita. Passaram pela cozinha, indo dar a um novo hall com uma escadaria e por baixo desta, uma porta.


-As escadas vão dar aos quartos. Esta porta vai dar a um pequeno espaço que a minha mãe me dispensou e é o meu favorito.


Abriu a porta. Era uma pequena divisória, supostamente feita para uma despensa, mas que Hermione enchera de prateleiras a toda a volta e ao centro uma pequena mesa com uma cadeira. Por baixo da mesa estava um cestinho com trapos, onde o Crook se foi enfiar.


-Ele gosta muito de me vir fazer companhia para aqui.


Harry e Ron olharam para as prateleiras em volta. Não havia um único espaço livre. De cima a baixo, estavam cheias de livros.


-Então, gostam da minha mini biblioteca?


A verdade é que aquele cantinho era bastante acolhedor.


-É. Gosto. -afirmou Ron.


Harry apenas assentiu com a cabeça.


-Vou-vos mostrar os quartos.


Depois de mostrar os quartos onde Harry e Ron iam dormir e de estes poisarem a bagagem, voltaram para a mini biblioteca de Hermione.


Mrs Granger trouxe mais duas cadeiras para que todos se pudessem sentar.

De seguida foi buscar umas bolachas e uns sumos, para que se entretessem a comer.


Ron fitou um objecto que se encontrava pendente a um canto da pequena sala.


-Que é aquilo? -perguntou apontando para o objecto.


-Isto? -perguntou Hermione aproximando-se do tal objecto. -Oh, isto é um "espanta-espíritos".


-Um quê? -inquiriu Ron


-Supostamente serve para "espantar" os fantasmas presentes na sala. É um objecto Muggle. Dizem que quando algum espírito se encontra presente, os sinos tocam.


-Felizmente nunca tocaram. -afirmou Hermione com um sorriso aliviado. - Mas eu também só o uso como decoração, de qualquer forma. Acho-lhe piada.


Ron fitou o "espanta-espíritos" comprido com três telhadinhos chineses em ordem crescente onde em cada um estavam pequenos sinos coloridos, respectivamente à cor do telhado onde se encontravam pendentes. E no fim (no centro) um chapa com um símbolo chinês, com umas fitas vermelhas, penduradas atrás da pequena chapa. À sua volta estavam pequenos pauzinhos de ferro finos, mas compridos.


-Mas…porque é que os Muggles usam isto? Têm medo dos fantasmas, é? Quer dizer, nós vivemos rodeados deles e não nos importamos, certo? Menos o Peeves e talvez o Barão Sangrento…mas de resto, são todos bons amigos! Olhem o Nick, ele é espectacular!


-Pois Ron, acontece que, aqui no mundo Muggle, fantasmas, espíritos e até magia, não são coisas muito naturais…


-Porquê? -voltou Ron a perguntar.


-Oh Ron! -exclamaram Harry e Hermione em uníssono.


-Tu hoje estás chato! Que é que te deu? Tu nem és muito de fazer perguntas! -estranhou Harry.


-Há sempre um primeiro dia para tudo…-explicou Ron com um sorriso.


O resto do dia decorreu da maneira mais normal que poderia ter corrido.


Foram dar uma volta pelo bairro juntamente com CrookShanks. Quando se fartaram deste passeio, foram-se sentar no relvado de um parque a conversar.


Quando o anoitecer começou a cobrir o Horizonte já com tons de rosa claro, laranja e vermelho, para dar lugar às trevas, o trio resolveu regressar para casa.


-É verdade filha! -começou o pai de Hermione a falar a meio do jantar. -Quase me ia esquecendo…Chegou uma coruja, acho que devia trazer uma carta.


Hermione olhou para Ron: -Deve ser da tua mãe.


Ron assentiu com a cabeça. -Vamos lá ver depois do jantar.


Assim foi. Depois de acabarem, lá foram ao quarto de Hermione à procura da coruja. Mas não estava lá.


-Deve estar no vosso quarto. -explicou Hermione. -Vamos lá ver.


E de facto estava.


Ron pegou na carta. -Sim


-Sim o quê?


-É da minha mãe, de facto.


-Lê! -pediu Hermione.



"Querido Ron,


tudo bem por aí?


Espero que não estejas a dar muito trabalho aos pais da Hermione.


Era só para avisar que amanhã não vos vou poder ir aí buscar, pois
não dá muito jeito ao pai. Por isso, passo por aí depois de amanhã.


E não te esqueças de agradecer!


Beijos da tua mãe cheia de saudades, para ti e para todos os que estão aí!"



-Então ficam cá mais um dia! Boa! -exclamou Hermione. -Vou só avisar os meus pais. Enquanto isso, podem ir vestindo os pijamas, ok? -saiu do quarto e apressou-se para as escadas.


Harry e Ron ainda puderam ouvi-la a descê-las.


-Bem, vestimos o pijama? -perguntou Ron.


-Ah! Sim, sim! Vou só buscá-lo aqui… -afirmou Harry procurando no seu saco de viagem. -Aqui está.


Passado um tempo apareceu Hermione já com o seu vestido de dormir. -A minha mãe não se importa.



Harry abriu os olhos. Por momentos, ainda estava consciente que estava na casa dos tios, mas quando se virou para o lado e reparou em Ron, lembrou-se donde estava.


Ron ainda não havia acordado, pelo contrário, dormia profundamente.


Vestiu-se e desceu até à cozinha. Estava vazia. Tal como a sala.


Olhou para o relógio. O ponteiro apontava agora para o número 7.


-Bem me parecia. Afinal ainda é bastante cedo! -decidiu ir esperar que os outros acordassem para o "cantinho" de Hermione.


Pegou num livro e sentou-se num cadeirão.


Era um livro grosso e em letras douradas estava escrito: "Hogwarts, uma História".


-O tão famoso livro! -exclamou Harry com um sorriso. Foi passando as páginas, mas sem dar a mínima atenção ao que estava escrito.


Estava a meio do livro, quando ouviu um leve tilintar.


Olhou para a frente. O "espanta-espíritos", que até então estivera parado, encontrava-se agora a tocar.


Harry por momentos ficou paralisado. Não se encontrava nada de especial na sala, mas o tal objecto não parava de tocar. Cada vez com mais fúria, mais e mais e mais…


Foi então que sentiu: Um calafrio que lhe subiu pela espinha acima, que o fez tremer, parando nos seus ombros.


E quando aí parou, o sentimento foi outro. Já não tremia, pelo contrário, sentiu uma onda de calor e confiança nos seus ombros, transmitindo-lhe coragem.


Foi nesse momento que Hermione e Ron entraram.


Harry continuava paralisado a olhar para o "espanta-espíritos" que já não tocava, mas que continuava a balançar.


-Harry! Que é que foi? E… -Hermione parou, tremendo -Que frio é este?


-Será que vem daquilo? -perguntou Ron, apontando para o objecto. -Está a balançar, mas não toca…


-…já tocou! -exclamou Harry.


-Quê?? -exclamaram Ron e Hermione em uníssono, olhando de olhos esbugalhados para o amigo.



























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