Chegada Conturbada




Dumbledore andava por toda extensão de seu escritório em Hogwarts a passos rápidos, ignorando completamente as outras três pessoas que também estavam na sala. As barbas brancas de velho diretor agitavam-se com o movimento rápido, os quadros na parede pareciam interessados, um pergaminho meio surrado e amarelado estava sobre a mesa do diretor e algumas linhas estavam escritas com uma letra bem conhecida pelo diretor. Fazia exatamente um mês que recebera aquela carta e desde aquele dia estava agitado.

_Acalme-se, Alvo. -Falou Minerva num tom menos duro e sério do que usava habitualmente, deixando transparecer um pouco de preocupação pela agitação do velho amigo, que dificilmente ficava daquele jeito. _Ele terá de voltar hoje de qualquer jeito.

_Eu sei. -Falou Dumbledore parando subitamente e olhando por uma janela, vendo os últimos raios de sol desaparecerem no céu dando lugar ao manto escuro da noite. _Mas temos coisas importantes para resolver com ele.

_Aquele pirralho é um insolente que se acha no direito de fazer o que quer. -Falou Snape deixando transparecer, como sempre, seu desprezo pelo filho de Tiago potter. _Como ele se atreve a trazer uma monstruosidade daquela para dentro dos muros do castelo?

_O mais importante é saber como os membros do conselho da escola aceitaram isso e como o ministério não interferiu. -Falou Minerva, seu tom de voz tremera levemente, não estava muito certa do que o garoto Potter estava fazendo e se era algo bom ou mal. _Quero dizer, depois do episódio da Câmara, quase todos os membros do conselho foram mudados e nenhum deles deixariam se intimidar por algo e o ministério... bom, Fudge está em maus lençóis apesar de estar conseguindo lentamente se recuperar.

_Não adianta ficarmos especulando sobre tais assuntos. -Falou Henrick Dumbledore, neto do diretor. _Quando ele chegar o pressionamos e ele terá de contar tudo.

_Os alunos já devem ter chagado na estação de Hogsmeade, não vai demorar muito para eles estarem no castelo. -Falou Dumbledore mudando de assunto momentaneamente, olhando distraidamente para seu relógio de pulso que não tinha números e nem ponteiros, mas sim planetas. _Vamos descer e esperarmos por nossas respostas, afinal esperamos quase um mês não vai doer se esperarmos mais algumas horas. -O diretor recuperara o seu tom calmo de voz, fazendo todos se sentirem aliviados e irem à direção do salão principal.

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O expresso estava parando na estação de Hogsmeade, centenas de alunos já lotavam os corredores e um loiro de olhos cinzentos olhava intrigado para os lados, tinha algo estranho naquele trem, não ouvira nenhum rumor de onde o Potter estava e não tentou procura-lo em nenhuma cabine, afinal não valeria a pena.

Ele saiu junto com os alunos, Grabbe e Goyle estavam logo atrás dele, seguidos de perto por Nott, um aluno do quinto ano da sonserina. Malfoy fez uma careta de nojo ao ouvir e ver o meio gigante, Hagrid, chamar os alunos, e quando passou perto deste lhe lançou um olhar cheio de desprezo e uma leve brisa gélida passou perto do meio gigante que não viu o loiro, mas se arrepiou pela brisa fria daquela noite quente.

Finalmente ele entrou em uma Carruagem seguido de seus fiéis guarda costas mais Nott. Uma garota de maria-chiquinha, que devia estar no terceiro ano da Lufa-Lufa, quase entrou por engano na carruagem, mas parou ao ouvir a voz ligeiramente mais grossa de Malfoy, carregada de desprezo e superioridade.

_Acho melhor você sumir daqui, sua sangue ruim pulguenta. -A aluna tremeu, os olhos cinzentos e gélidos estavam cravados nela e um sorriso zombeteiro nasceu nos lábios do loiro, a garota saiu correndo de perto da carruagem dos sonserinos, os outros três ocupantes dela olharam em um misto de surpresa e graça para Draco.

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Quatro últimos alunos saíram do Expresso, Hagrid já não mais se encontrava na estação e havia apenas mais uma carruagem, os quatro andaram apressados até ela e quando estavam para entrar, três das figuras pararam ao perceber que seu companheiro olhava para um lado dentro da mata que rodeava a estradinha que levava ao castelo.

_Vão à frente. -Falou com uma voz ligeiramente mais grossa, um sorriso de divertimento se espalhou por seus lábios. _As carruagens não partiram, estão esperando esta, mais a frente.

_O que você vai fazer? -Perguntou uma das pessoas com um tom feminino.

_Vamos de uma vez. -Falou outra voz feminina só que esta mais nova, a figura maior que estava do lado dessas duas garotas, olhou pra o amigo que estava afastado a menos de um metro e então apenas se virou e entrou na carruagem seguido de perto pelas outras duas. As portas da cabine se fecharam e então a carruagem entrou em movimento aparentemente sozinha e quando ela sumiu na escuridão o rapaz que ficara para trás já não estava mais na plataforma da estação.

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Os Alunos estranharam a demora para as carruagens saírem, mas logo elas se movimentaram. Quando eles entraram mais a fundo na estrada, viram flashes de luz vindo de entre as árvores e pensaram se tratar de alguma criatura que ali estava, provavelmente um unicórnio ou um centauro caçando com suas flechas prateadas.

Draco Malfoy não era tão ingênuo quanto os outros alunos, ele sabia que devia estar acontecendo algo diferente, ouvira seu pai -que fora inocentado das acusações de ter invadido o ministério -falar que alguns comensais estavam planejando algo, mas ignorou, não queria ouvir muita coisa sobre os comensais.

_Também não acho que seja qualquer criatura. -Falou Nott, seu tom de voz era seco, mas chamou a atenção de Malfoy já que Grabbe e Goyle cochilavam sem se importar com nada fora da carruagem.

_Dane-se o que quer que seja. -Falou Malfoy olhando para frente e não demorou muito para ultrapassar os portões de Hogwarts.

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Quatro comensais estavam escondidos na mata, eles estavam agindo independentemente de Voldemort, pois este mesmo ordenara que estes se divertissem. Eles ficaram calados ao ouvirem o barulho das carruagens se aproximando, uma luz prateada vinha de um deles, mas quando eles iam avançar, um jato azul anil atingiu um deles, que foi lançado para uns bons cinco metros dentro da mata, os outros três se levantaram rapidamente e tudo o que viram foi um vulto na escuridão que se movimentava tão rápido quanto o vento, logo eles começaram a lançar maldiçoes em direção do vulto, mas este desviava com facilidade, seus movimentos eram tão silenciosos quanto os de um gato, pois seus passos não faziam som algum sobre o tapete de folhas da mata.

Quando a última carruagem passou e sumiu na escuridão, o vulto realmente começou a atacar e os três comensais foram arremessados para os troncos das árvores com violência, um som metálico fora ouvido ao longe indicando que os portões do castelo se fecharam, então os quatro comensais que haviam se reagrupado sentiram um frio na espinha, olhos amarelos brilharam na escuridão, uma pequena brisa e tudo o que os comensais puderam perceber foram cabelos desgrenhados e olhos amarelos felinos, logo depois seus berros ecoaram pela mata e adentraram na floresta proibida. Os alunos só não ouviram, pois já estavam dentro do castelo, mas mesmo assim uma revoada de pássaros chamou a atenção de um enorme centauro que estava afastado do local dos gritos e, quando ele chegou lá, tudo o que viu foram manchas brilhantes de sangue nas cascas das árvores e, sobre o chão de folhas secas, uma pequena poça vermelha num canto.

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Dumbledore prestou bastante atenção em cada aluno que adentrou pelas portas do Salão Principal, viu Ronald Weasley e Hermione adentrarem pelas portas, mas o que chamou a sua atenção foi uma garota de cabelos negros que conversava com eles, as vestes dela eram as de Hogwarts, mas parecia ser de um material mais fino, o diretor percebeu que ela não tinha nenhum emblema no uniforme, então já sabia quem ela era e murmurou algo ao ouvido de McGonagall o que chamou a atenção de vários alunos e professores os murmúrios estouraram quando a diretora da Grifinória se aproximou de Weasley e Granger e pediu para a garota que estava com eles lhe acompanhar.

_Pode ir. Falou Hermione a garota que em seguida saiu com a professora por uma porta lateral que alguns alunos nunca tinham visto provavelmente não prestaram atenção.

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Heloise seguiu a professora McGonagall, reconhecendo-a das memórias de Harry. Sabia que ela era severa e a trataria como uma aluna normal, teve certeza disso quando sentiu que a professora não exibia nenhuma aura negativa em relação a ela, se bem que sentira que a velha professora fosse poderosa o bastante para esconder isso, mas não ligou ao ver que era apenas seu jeito profissional.

_Espere aqui, junto dos alunos do primeiro ano. -Falou a professora parando em frente a vários alunos do primeiro ano que pareciam nervosos. _Vamos entrar no salão em dois minutos e você será selecionada para o terceiro ano. -Minerva parou por um instante e olhou a garota com interesse. _Creio que já tenha conhecimento o suficiente para cursar o terceiro ano.

_Sim. -Falou Heloise. _Hermione me ajudou com isso, sendo Harry a me dar aulas de DCAT.

_Teve ótimos professores. -falou Minerva exibindo um raro sorriso. _Vamos, me sigam. -Disse mais uma vez dando as costas para os alunos.

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Os murmúrios continuavam no salão principal e só aumentaram quando perceberam que o Ministro da Magia Cornélio Fudge se encontrava sentado à mesa dos professores, a direita do diretor. Todos sabiam que desde que o ministro vira pessoalmente o Lorde das Trevas, ele procurava reatar sua aliança com Dumbledore e, aparentemente, ele estava conseguindo ou não estaria ali.

_To com fome. -Falou, ou melhor, reclamou Rony olhando esperançosamente para o seu prato, esperando que ele se enchesse sozinho o que infelizmente não aconteceria sem antes terminar a seleção dos alunos.

_Você comeu não faz nem duas horas. -Exclamou Hermione indignada.

_Mas ainda sim to com fome. -Retorquiu Rony num tom que Hermione julgou infantil.

_Ei, onde vocês estavam nessas férias? -Perguntou Gina que se encontrara a frente do irmão, várias pessoas que estavam por perto pareciam ficar quietas para ouvir a resposta.

_O que estão olhando? -Perguntou Rony num tom feroz de voz, os curiosos que os olhavam para ouvir a resposta desviaram o olhar e voltaram a suas conversas, mesmo não prestando muita atenção no que conversavam. _Fomos à França. -Respondeu Rony.

_Depois nos falamos. -Falou Hermione vendo que a mais nova dos Weasley ia voltar a perguntar algo. _Olha, a seleção já vai começar.

_Ainda bem. -Resmungou Rony, fazendo Gina rir e Hermione revirar os olhos num sinal de impaciência.

Os alunos do primeiro ano adentraram no salão acompanhados da vice-diretora e de uma garota de cabelos de um negro intenso e longos, olhos verdes claros e uma pele branca, era bem bonita aos olhos da parte masculina de Hogwarts e tinha alguma coisa misteriosa nela, muitos se lembraram que ela era a garota que estava com Weasley e Granger e devia ter no máximo treze anos.

_Quando eu chamar os seus nomes venham, se sentem no banquinho e coloquem o chapéu para serem selecionados. -Falou McGonagall.

Joshua Aldem.

Um garoto baixinho de pele muito clara se adiantou, seus olhos negros demonstravam nervosismo, mas mesmo assim ele exibia um sorriso de deboche, o que fez Rony achá-lo incrivelmente parecido com Malfoy, mais pelo sorriso do que pela aparência, e não foi surpresa quando o chapéu anunciou SONSERIA.

_Elias Balduem. -Um garoto baixinho, bom todos eram na opinião de Rony, se adiantou e mal o chapéu seletor lhe tocou a cabeça e já anunciou GRIFINÓRIA. Toda a mesa dos leões rompeu em aplausos altos e fortes. A seleção continuou por mais algum tempo o que pareceu horas para o rapaz Weasley.

Depois de todos os alunos do primeiro ano terem sido selecionados só sobrou Hell, então Dumbledore se levantou, exibia um sorriso calmo por de baixo das longas barbas prateadas.

_Meus caros alunos. -Falou Dumbledore, o salão ficou silencioso. _Esse ano Hogwarts terá o prazer de receber novos alunos, dois deles chegarão somente amanhã em virtude de problemas com a última escola, a terceira está aqui. Ela será selecionada para o Terceiro ano. Continue Minerva.

_Heloise Malivan. -A garota de cabelos negros se adiantou, percebeu alguns alunos da mesa verde e prata a observarem mais atentamente ao ouvirem o seu nome, mas não ligou. Ela se sentou no banquinho de três pernas e a professora colocou o chapéu em sua cabeça.

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“_Uma mente nada má. -Falou o chapéu só em sua mente. _Tem poder, muito poder, mas seu coração não se engana, você deve ir para a S...

_Se você me colocar na Sonserina eu juro que te faço em pedaços tão pequenos que nunca poderão te reconstruir.- Sussurrou Hell em tom gélido, ela sentiu o chapéu Seletor tremer levemente.

“_Se você assim o quer. -Falou o chapéu seletor -Então será....”

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Já fazia alguns minutos que a novata colocara o chapéu seletor e nada acontecera, aquilo era incomum, o único há ficar tanto tempo assim fora Potter, os professores se curvaram para frente ao verem um leve tremor no chapéu seletor e depois de alguns segundos ele anunciou.

_Grifinória. -A mesa vermelha e dourada aplaudiu fortemente, alguns garotos até assoviavam para a aluna nova, que andou de cabeça baixa até se sentar ao lado de Hermione. Ela então levantou o rosto demonstrando que estava corada, o que fez a Granger sorrir mais ainda.

_Não tem graça. -Falou Hell num tom de mal humor, mesmo depois dela se sentar alguns garotos ainda lhe lançava olhares diferentes.

_Não é todo dia que se vê uma vampira corar. -Falou Hermione em tom baixo, só para a garota ouvir, Hell apenas resmungou algo ilegível. _Bom, mas quem serão os novos alunos?

_Sei lá. -Respondeu Heloise vendo o Diretor se levantar, mas não direcionou seus olhos a ele e sim a porta, seu olfato captou um cheiro familiar, para falar a verdade dois.

_Aos novos alunos eu dou Boas Vindas, aos velhos alunos eu reforço isso. -Falou Dumbledore se curvando levemente num gracejo o que fez vários alunos sorrirem. _Mas antes de vocês saciarem sua fome eu terei de dar alguns recados. -Mais uma pausa. _Primeiro deverei dar a palavra ao nosso ilustre convidado, o Ministro da Magia, Cornélio Fudge. -Ao dizer isso o Diretor se sentou, seus olhos demonstravam que ele não estava de acordo com aquilo.

_Alunos de Hogwarts. -Falou Fudge com um sorriso nos lábios, como se conseguisse uma vitória em cima do diretor. _Eu estou aqui entre vocês para assegurar sua segurança nesses tempos negros, afinal fora comprovado ano passado o real retorno Daquele-que-não-deve-ser-nomeado e....

_Harry já avisara isso há quase dois anos. -Falou Rony em tom propositalmente mais alto para que todos ouvissem, não se importando em interromper o ministro.

_Ah sim, o jovem Potter. -Falou Fudge com um tom meio contrariado. _Sabemos que ele vem lançando aos quatro ventos o retorno do Lorde das trevas, mas não tinha provas. No entanto, agora ele estará trabalhando ao lado do ministério para deter o avanço dos comensais e do próprio Você-Sabe-Quem, pois foi o que ele me garantiu pessoalmente, e a escola será guardada por vários aurores competentes. -O ministro sentiu vários pares de olhos lhe fulminando, mas mesmo assim sorria vitorioso. Dumbledore ficou nervoso, mas continuou quieto.

_Mentiroso. -Murmurou Rony a Hermione e Heloise, algumas pessoas ouviram isso e começaram a murmurar ao mesmo tempo.

_Eu posso garantir a veraci....

Um barulho alto como de um corpo batendo nas portas do salão principal interrompeu o ministro, mais duas vezes o mesmo som é ouvido e Dumbledore e os professores se levantaram com as varinhas em punho, o ministro se encolhera pensando que o próprio Lorde estava ali, na quarta pancada as portas se abriram e todas as velas pareceram se apagar ao mesmo tempo, tudo ao redor ficou escuro, a única fonte de luz era do teto encantado. Os alunos começaram a gritar, mas então as chamas das velas voltam com toda força mostrando que elas não tinham se apagado, somente poucas pessoas haviam notado isso, a atenção estava totalmente voltada à porta, onde um rapaz alto de olhos verdes e cabelos negros estava em pé, ao invés da capa de Hogwarts, ele trajava um sobretudo negro, todos sabiam quem ele era, ou melhor, é, Harry Potter. Atrás dele estava flutuando, a uns dois metros do chão, outro ser de vestes bruxas negras como a noite, um enorme capuz caído às costas, e uma máscara em forma de esqueleto cobrindo o rosto. Todos sabiam que aquele era um comensal e mais uma vez o medo se espalhou pelos alunos, principalmente quando viram sangue pingar do comensal suspenso.

Todos os alunos olhavam de Harry para os professores, então eles perceberam mais um corpo perto da mesa dos professores, também era um comensal de cabelos castanhos, mas era impossível ver-lhe o rosto. Harry começou a caminhar lentamente em direção a mesa dos professores, todos estavam em choque e demoraram a perceber que ele ainda puxava mais dois corpos pelos pés, uma trilha de sangue manchava o chão por todo o caminho. O rapaz olhou diretamente para Dumbledore, ambos se encararam por alguns segundos, depois ele olhou para o ministro, que vendo que só era o jovem Potter, se levantar mais uma vez, mas sua coragem sumiu ao encontrarem aqueles olhos verdes que demonstravam desprezo, um lampejo amarelado passou pelos olhos verdes.

_Em primeiro lugar, Ministro de meia tigela. -Falou Harry, sua voz ligeiramente mais grossa. _Eu nem encontrei você nessas férias e não prometi nada. Se você quer enfrentar Voldemort vá sozinho e não empurre os outros. -Quase todos os alunos tremeram ao ouvirem o nome do lorde das trevas, inclusive alguns professores e o próprio ministro. _Em segundo lugar você deve mandar os seus aurores fazerem seu serviço direito, pois esses comensais atacariam os alunos em quanto eles ainda estavam na carruagem. -A maioria dos alunos se lembrou dos feixes de luz que viram na mata. _Em terceiro lugar. -Aqui houve uma pausa e um sorriso de desdém nasceu nos lábios do moreno. _Eu nem me importaria se eles atacassem, mas digamos que tem algo, ou melhor, alguém que eu tenha de mostrar a você.

Ele soltou um dos comensais que segurava pela perna e o outro ele jogou para frente como se não fosse nada mais que um saco vazio, que caiu em cima do primeiro comensal a ser arremessado pela porta, o capuz desse comensal estava caído e não tinha máscara, revelando assim um rosto gorducho de cabelos grisalhos e escassos, um nariz longo e pontudo como o de um rato e até mesmo as orelha se pareciam com as de um rato, o ministro ficou vermelho de raiva pelo afrontamento do rapaz, mas a cor sumiu de seu rosto ao ver ali, inconsciente, Pedro Pettigrew, alguém que devia estar morto há quinze anos.

_Pedro Pettigrew, esse rato maldito, era um comensal da morte e o fiel do segredo dos meus pais, foi ele que destruiu um quarteirão de um bairro trouxa matando treze pessoas. Ele fugiu e se escondeu em sua forma animaga, forma de rato, e foi por causa dele que Sírius Black foi condenado à prisão perpétua sem julgamento, e foi por sua incompetência que isso aconteceu. -Falou Harry fuzilando o ministro com os olhos.

_Como ousa? -Gritou o Ministro lívido de raiva pelas acusações, o medo de perder seu cargo lhe cegou naquela hora. _Eu poderia te prender agora por desacato a uma Autoridade maior.

_Suas palavras não tem mais valor. -Diz Harry dando as costas para a mesa dos professores e recomeçou a andar, parando diante da porta do Salão principal. _Eles ainda estão vivos. Disse mais uma vez e depois saiu rumo a Sala Comunal da Grifinória.

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Os murmúrios eram muitos no salão principal, alguns de reprovação pelo que Potter fizera, algumas pessoas estavam estáticas, crianças do primeiro e segundo ano estavam chocadas, principalmente as nascidas trouxas. Hermione achara aquilo algo meio fora do bom senso, afinal Harry não deveria ter feito aquilo no salão principal, bem no meio do banquete.

_To com fome. -Reclamou mais uma vez Rony, atraindo olhares chocados de quase toda mesa da Grifinória, inclusive de Hermione.

_Como você pode estar com fome ao ver essa cena? -Perguntou Dino Tomas que estava pálido e evitava olhar para os comensais caídos perto da mesa dos professores, estes corpos já estavam sendo removidos por aurores.

_E por que não deveria? -Perguntou Rony dando de ombros, Gina só abriu um pequeno sorriso diante da cara chocada tanto de Dino quanto de Hermione. _Essa não vai ser a primeira nem a última vez que nós vamos ver corpos, alguns já vão estar sem vida e poderão ser de qualquer um. Se abalar por uma coisa dessas em meio a uma guerra é tolice. -O tom sério de Rony era o mais surpreendente, mesmo que muitos não concordassem.

_Mas ele não poderia ter feito isso aqui e agora, tem crianças aqui! -Falou Hermione exasperada, afinal seu bom senso reprovara aquilo.

_E talvez os próximos corpos que veremos sejam dessas crianças ou de outras. -Falou Rony, seus olhos tinham o mesmo brilho de quando ele bolava uma estratégia no Xadrez. _Ajam como grifinórios e usem nossas qualidades, o que ele fez foi nos preparar para o que está por vir, pois mortes não escolherão hora para acontecer.

_Sangue Frio. -Falou Gina, atraindo a atenção de Dino e Hermione. _É uma das qualidades dos grifinórios, alguém com essa qualidade é capaz de agir em qualquer situação, mesmo se for desagradável. Se deixar levar por um senso comum numa guerra é algo estúpido, claro que eu concordo que tem limites, mas eu achei melhor o Harry ter mostrado isso a nós agora, a esperar que só vejamos corpos pelo jornal e achemos que nós nunca veremos um de verdade, como se tudo acontecesse fora dessas paredes não pudesse nos atingir. -A mais nova dos Weasley suspirou. _Só queria saber como ele fez para pegar quatro comensais da morte.

_Alunos, em virtude dos acontecimentos, o jantar será servido no Salão comunal de suas respectivas casas, amanhã darei as notícias e apresentarei aos novos professores. -Diz Dumbledore elevando sua voz a cima dos murmúrios. _Podem ir e eu lhes asseguro que em quanto estiverem aqui, neste castelo, nada acontecera a nenhum de vocês. -Ao terminar de dizer isso, os monitores se levantam, entre eles Hermione e Rony, e começam a mostrar o caminho para os alunos do primeiro ano.

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_Potter o diretor quer vê-lo. -Falou Nick-quase-sem-cabeça quando Harry estava preste a entrar no Salão Comunal da Grifinória, este apenas parou e deu meia volta descendo por uma passagem secreta e logo se encontrava em frente ao gárgula que guardava o escritório do diretor, fazia mais ou menos uns vinte minutos desde que ele saíra do salão principal, o Diretor provavelmente já estaria ali e talvez fora por pouco que ele não encontrara seus amigos.

_Picolé de Limão. -Chutou Harry, já que não sabia qual era a senha. O gárgula pulou para o lado dando passagem ao rapaz, que sorriu levemente ao lembrar que o diretor adorava esse doce trouxa.

_É Inadmissível. -Ele ouviu Fudge gritar de dentro da sala do diretor quando estava a apenas dois passos dela. _Eu o quero preso agora por espalhar a anarquia.

_Meu caro Cornélio, você sabe que isso não adiantaria muito. -Ouviu-se a voz de Dumbledore no seu tom habitualmente calmo.

_Você só o esta protegendo, assim como você protege esse professor comensal. -Urrou o ministro, era visível no tom de voz do Ministro o medo de perder seu cargo, assim como a raiva por seus planos terem sido destruídos. Harry deu de ombros e entrou pela porta sem bater, o que faz todos ficarem quietos.

_Me chamou? -Não era uma pergunta apesar do tom de voz, e o rapaz não olhava para ninguém além de Dumbledore.

_Sim. -Falou o diretor se se encostando a sua poltrona, o olhando como se não tivesse mais ninguém na sala, o que deixou o ministro fulo. _Para falar a verdade, creio que todos nós queremos saber o que realmente aconteceu.

_Desci do trem, ia para as carruagens quando notei uma movimentação na mata que ladeia o caminho de Hogsmeade para cá. Pedi para Rony e Hermione irem à frente em quanto eu fui ver o que era, achei os quatro comensais, esperei quieto atrás de uma árvore até que eu ouvi o barulho dos portões se fecharem, ouvi brevemente os comensais conversando entre si e já estava para sair dali sem dar importância para o acontecimento, quando ouvi a voz de Rabicho. Ataquei com fúria até os deixar naquele estado, em seguida os trouxe para cá. -Falou Harry num tom arrastado e monótono de voz, como se tivesse ensaiado tudo aquilo que ia dizer, o diretor notou que ele não comentou nada sobre Heloise e não tocou no assunto.

_E como um garoto de dezesseis anos, que ainda estuda, conseguiu dominar quatro comensais da morte? -Perguntou o ministro se intrometendo na conversa.

_E como um bebê de um ano conseguiu repelir a maldição da morte? -Perguntou Harry ao ministro, que ficou sem resposta. _Eu também não sei, mas sei como eu consegui derrotar esses comensais patéticos. -Aquele tom de desprezo profundo que o rapaz usava para falar dos comensais, fez o ministro tremer ligeiramente, Severo Snape que estava num canto da sala se lembrou vagamente de seu antigo mestre. _Esse comensais não valiam o esforço, são da classe mais baixa entre os comensais, e seus aurores não tiveram competência para pegá-los.

_Com quem você acha que esta falando? -Urrou o ministro vermelho de raiva, seus olhos pareciam lançar milhares de maldiçoes em direção ao rapaz.

_Com um fanfarrão incompetente que ama tanto o seu cargo no ministério, que fecha os olhos para tudo que o possa atrapalhar, e só admite isso quando lhe esfregam a verdade nas fuças. -Falou Harry com um sorriso de desdém nos lábios. _Eu andei ouvindo por ai o que você tem feito para se manter no cargo desde o ano passado, algumas coisas são bem feias.

_Chega. -Berrou o ministro. _Vou chamar os aurores você está preso pela perturbação da paz e desacato a uma autoridade maior.

_Faça isso e em dois dias elegerão um novo ministro. -Quem falou não fora Harry e sim um rapaz de cabelo cor de ferrugem, pelo menos na opinião do moreno, os olhos azuis eram incrivelmente claros. A primeira coisa que veio a mente de Harry foi “Não gosto dele”.

_Está me ameaçando Dumbledore? -Perguntou o ministro em tom superior e Harry arqueou as sobrancelhas ao ouvir o nome do homem.

_Não é nada disso Ministro. -Falou o jovem Dumbledore. _Mas veja bem, esse moleque tem influência, principalmente depois que descobriram que Voldemort realmente retornou e você tinha escondido tudo.

_Não estamos numa posição de permitir que você seja deposto Cornélio, nesses tempos um partidário das trevas pode facilmente se eleger ministro. -Falou Dumbledore, deixando claro que em quanto Fudge fosse necessário, não poderia deixá-lo ser deposto.

_Vocês vão ver. -Disse o ministro, seus olhos demonstravam desagrado. _Não poderão passar por cima de mim para sempre. -Falou mais uma vez dando as costas para o diretor e saindo da sala. Depois de um tempo todos ouviram a passagem que dava para a Diretoria se abrir e logo depois se fechar.

_Antes de qualquer coisa, Harry eu quero lhe apresentar ao meu neto. -Falou o Diretor apontando para o homem que falara antes. _Henrick Dumbledore. -Harry e Henrick se encararam por alguns instantes e por alguma razão um não se simpatizou pelo outro. _Agora, Harry, por que você fez aquilo no meio do jantar de boas vindas?

_Foi totalmente fora do bom senso. -Falou Henrick sem se importar com o olhar mortal que recebeu do moreno.

_Estava cumprindo os últimos desejos de meu padrinho. -Falou Harry em tom frio, como se aquilo fosse à coisa mais óbvia do mundo. _Agora ele não será mais conhecido como Sírius Black o criminoso, comensal, e sim como Sírius Black, o homem que lutou pelos seus amigos, que foi acusado injustamente e que lutou até a morte pelo que acreditava, ou seja, um Herói.

_Você poderia ter feito isso de modo mais discreto. -Falou Minerva no seu habitual tom serio e eficiente.

_E por que eu deveria fazer isso?

_Por que, caso você não saiba, naquele salão havia crianças, muitas da quais vieram do mundo trouxa, sem contar outros alunos. -Falou Henrick, ele estava se irritando com aquele tom monótono de voz que Potter usava, como se aquilo não valesse a pena, como senão se importasse com ninguém.

_E vocês esperam que esses mesmos alunos saibam que a guerra é cruel lendo jornais e esperando que ela nunca os alcance dentro do castelo? -Perguntou Harry, ele viu pelo canto dos olhos Snape sorrir desdenhosamente, como se concordasse com ele. _Pessoas morrerão, não importa onde se esteja. Essa guerra não vai se restringir ao nosso mundo, bruxos e trouxas morrerão, corpos aparecerão em todo lugar e não escolherão hora, o que eu fiz foi prepará-los, se eles são fracos o bastante para se abalar com isso, não sobreviverão a essa guerra.

_Concordo com Potter. -Aquelas palavras soaram estranhas até mesmo para Snape, que fora quem as pronunciara. _Desculpe diretor, mas você está mimando demais esses alunos, pois não importa a idade, eles direta ou indiretamente estarão envolvidos e pelo que Voldemort anda planejando, não vai demorar muito para que pelo menos umas dez vezes por semana algum aluno tenha de se ausentar para visitar algum parente ferido ou até para ir ao enterro de um parente de seus pais.

_Entendo o seu lado Prof. Snape, mas creio que dentro desse castelo, pelo menos, meus alunos devam se sentir seguros, mesmo que isso lhes de a impressão de serem intocáveis. -Falou o diretor em um tom sério de voz.

_Eu não demorei a aparecer, só por que eu estava trazendo os comensais para cá, eu demorei, pois os interroguei. -Falou Harry num tom tão monótono quanto o de antes.

_E como o senhor eu-quero-atenção, fez isso? -Perguntou Snape em tom debochado.

_Ora Severo...

_Professor Snape. -Corrigiu Dumbledore o interrompendo.

_Ora Snape, você ficaria surpresos com o que alguém faria diante da proposta de deixá-los vivos tempo o suficiente para achar que os piores castigos do inferno seriam o paraíso. -Falou Harry sem ligar para a correção do diretor e aquilo causou um arrepio no professor de poções.

_Como você os capturou? -Perguntou Snape ainda com um tom de deboche e desdém.

_Sou um usuário das sombras, creio que tenho competência o suficiente para capturá-los sem nem ao menos me cansar. -Falou Harry olhando diretamente nos olhos do professor de poções, este tentou entrar em sua mente, mas então algo estranho aconteceu. Ele se sentiu sendo sugado para um lugar escuro, parecia cair em um precipício.

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_Onde estou? -Perguntou Snape vendo que parara de cair e estava em pé, em um lugar que não tinha noção do espaço, ele só via escuridão para todos os lados. Então uma única luz apareceu a alguns metros a sua frente.

_Em minha mente. -Falou Harry, mas aquele não era o Potter que ele conhecia, aqueles olhos amarelos eram diferentes, eram selvagens o bastante para fazer qualquer um se sentir ameaçado. _Oclumência é algo estranho, aqui eu chamo de labirinto das sombras, porque qualquer um que queira acessar minhas lembranças tem de passar através dessas sombras.

_Vejo que andou estudando. -Zombou Snape apesar da situação.

_Mais do que você imagina. -Falou Harry. _Eu também tenho acesso total a mente de quem tenta invadir a minha e, acredite, eu estou vendo muitas coisas na sua.

_Quebre o contato visual. -Falou Snape lívido.

_Não preciso dele para usar legilimência. -Falou Harry abrindo um sorriso que mostrou duas presas felinas. _Mas já pode partir.


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Snape piscou e se viu de volta a sala do Diretor, olhou mais uma vez para Potter e se sentiu acuado, mas percebeu que ele não tinha mais aqueles olhos amarelos e uma onda de alivio se apoderou de seu corpo.

_Como chegou a esse nível? -Perguntou Snape.

_Vampiros são ótimos oclumentes e legilimentes. -Falou Harry agora se voltando para o diretor.

_Entrando nesse assunto. -Começou Dumbledore em um tom ligeiramente sério, sem se importar para o que Snape e Harry estavam falando antes. _Por que você trouxe um Vampiro para esse castelo? -O tom dele era de quem repreendia alguém.

_E como convenceu o conselho de Hogwarts a aceitar isso? -Perguntou McGonagall.

_O pai dela pessoalmente conversou com o conselho. -Disse Harry com um sorriso maroto nos lábios. _Não sei o que ele falou ou fez, mas no momento em que ele voltou, pelo que eu soube, o conselho faria tudo o que ele queria para não vê-lo nunca mais.

_Então ele os ameaçou ou os está controlando. -Falou Snape, seu tom seco e neutro não demonstrava nada do que estava pensando. _Já temos motivos para expulsar essa criatura para fora desse castelo.

_Creio que vocês não vão querer fazer isso. -O tom sombrio de voz que Harry usara, provocou um arrepio nos professores menos no diretor. _Vocês estariam mexendo com coisas que vão além de sua compreensão humana e, acredite, vocês não gostaria de ver o líder do Clã de Set nervoso.

_Eles são monstros que matam pelo simples prazer de matar. -Falou Henrick em tom desaforado.

_São feras impuras que não hesitariam em matar quem se puser em seu caminho. -Falou Snape.

_Engraçado, isso me lembra os comensais. -Falou Harry, então o silêncio caiu na sala, Dumbledore só observava ao rapaz com uma atenção quase que incômoda.

_Tente entender uma coisa. -Começou a falar o velho diretor. _Vampiros não são confiáveis, eles matam para conseguirem o que quer, são criaturas das trevas de alta patente e periculosidade.

_Comensais não são confiáveis e são humanos, eles matam sem motivo ou simplesmente pelo prazer de matar. -Falou Harry, seus olhos verdes escureceram. _E você, Snape, quantos matou antes de se aliar a Dumbledore e quantos matou em nome da Ordem da Fênix?

_Esse não é o ponto. -Falou Dumbledore visivelmente nervoso, chateado com a pergunta do rapaz.

_O ponto é que vocês não conhecem os vampiros, pois quando vêem um à primeira coisa que fazem é tentar matá-los. -Diz Harry, aquele tom mortalmente frio de sua voz fez mais uma vez Snape tremer, pois lembrava vagamente a Voldemort. _Ao contrário dos comensais e ex-comensais. -Nessa última parte ele olhou para Snape de relance. _Vampiros não matam pelo prazer de matar, se vocês acham que eles matam para se alimentar estão enganados e eu sei que você Alvo Dumbledore sabe disso.

_Sei muito sobre diversos assuntos. -Falou o Diretor, aquele tom calmo estava deixando Harry nervoso. _Mas escute Harry, eles são perigosos, na primeira oportunidade eles poderão se voltar para o lado de Voldemort.

_Ao contrário do que muitos pensam, vampiros não estão interessados no extermínio dos trouxas, pelo menos não todos os vampiros. -Disse se lembrando vagamente de alguns nomes. _Mas chega desse assunto, pois se Heloise Malivan sair desse castelo, eu também sairei para nunca mais voltar ou entrar em contato com esse mundo.

_Harry, você sabe que não pode fazer isso. -Diz Dumbledore o olhando com cuidado, tentara entrar em sua mente, mas tudo que vira fora uma escuridão sem fim e saiu rapidamente antes que fosse aprisionado. _Você tem responsabilidades para com esse mundo.

_Responsabilidade que você poderia ter evitado a mais de cinqüenta anos. -Falou Harry, agora Sape ouvia atentamente. _No momento em que suspeitava que Tom Riddle era o Herdeiro de Salazar Slytherin e que fora ele que abriu a câmera secreta. Naquele tempo você poderia ter feito algo e você teve várias oportunidades, mas as negligenciou deixando que Riddle avançasse em seu poder, você pensou que poderia salvá-lo por isso não interferiu e quando viu que ele não tinha salvação era tarde demais. -Harry deu as costas para o diretor e foi em direção da porta, parou a alguns centímetros dela. _Ao contrário de você, Dumbledore, eu não acredito em uma Utopia e não lutarei por ela, se alguém me atacar eu o atacarei, se alguém tentar me matar eu o matarei primeiro, se Voldemort aparecer eu não lutarei em nome de sua causa, mas sim por que eu quero a cabeça dele, eu quero vingança. -Harry sentiu uma mão em seu ombro o forçando a se virar, viu Henrick a sua frente em seguida sentiu um forte impacto do lado direito de seu rosto, fora o neto do diretor que o atingira com um soco, quando ele encontrou mais uma vez os olhos do moreno ele viu não os olhos verdes mas sim olhos amarelos bestiais.

_Você é um covarde que só pensa em você. -Falou o neto do diretor, não se intimidara com aqueles olhos, não gostara do Potter, não gostara do tom a que ele se referia ao seu avô.

_Você acha mesmo? -Perguntou Harry, o tom de voz dele tinha ficado ligeiramente mais grave. _Acha que um covarde que não se importa com ninguém entraria numa sala com um Cérbero gigante, atravessaria armadilhas que muitos adultos não conseguiriam e enfrentaria Voldemort para salvar uma pedra?

_Não seja tolo, você teve ajuda nisso. -Falou Henrick em desdém.

_Sim, mas a minha ajuda foi de duas pessoas de onze anos, a mesma idade que eu tinha. -Falou Harry, aqueles olhos amarelos estavam incomodando o jovem Dumbledore, mas ele não desviaria os olhos. _Assim você também acha que um covarde que não se importa com os outros enfrentaria um basilisco e mais uma vez Voldemort para salvar uma garotinha, ou corresse atrás de um enorme cachorro negro por uma passagem que levaria para um lugar desconhecido só para salvar um amigou, ou um covarde de quatorze anos enfrentaria desafios que até mesmo bruxos adultos tremeriam e mais uma vez enfrentasse Voldemort cara a cara com seus poderes de volta?

_Não seja convencido, seu moleque. -Falou Severo ainda no mesmo ponto em que estava.

_Não sou convencido, não me vanglorio com isso, pois toda vez que eu fiz uma coisa dessa eu perdi algo. -Falou Harry, o tom de irritação em sua voz aumentara. _Eu cansei de tentar ser o heroizinho que todos queriam que eu fosse, cansei de me preocupar com pessoas que na primeira oportunidade mudariam de opinião ao meu respeito, que me julgariam sem pestanejar. Agora eu quero que essas pessoas se virem, que elas aprendam a lutar suas próprias batalhas e não se escondam de um nome. -O moreno suspirou, fechou os olhos e quando voltou a abri-los, Henrick notou que agora eles estavam novamente verdes, só que frios. _Meu circulo de confiança agora é estreito, só me preocupo com quem eu confio e, digo a vocês, que se houverem cem alunos dessa escola encurralados por centenas de comensais e do outro lado tivesse uma só pessoa de minha confiança e amizade cercada, nem que seja pela criatura mais patética do mundo, eu deixaria os cem alunos de lado só para salvar ao meu amigo.

_Não vamos entrar nesse assunto. -Falou Dumbledore, ele sentia algo estranho, parecia que havia perdido alguém. _Antes de qualquer coisa, eu quero falar mais duas coisas, depois você pode se retirar. -Vendo que o jovem Potter não se mechara, continuou. _A primeira é que amanhã vai haver uma reunião da Ordem aqui no castelo, e quero que você compareça, pois assim estarei cumprindo a minha promessa.

_Aparecerei. -Falou Harry, pelo jeito ele ficara satisfeito com o que ouvira, isso deixou Dumbledore mais aliviado e a sensação de perda diminuiu. _E a segunda?

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N/B: Oi, sou a beta da fic, estou escrevendo esse recado só para dizer que fui totalmente contra o que ele escreveu quando fez Harry entrar no salão daquele jeito. Na minha concepção, mesmo esse Harry mais frio e sombrio, não seria um aparecido e sim, alguém discreto que falaria com todos no escritório de Dumbledore. Também acho que Harry está meio errado com vampiros, eles podem não ser como Voldemort, mas eles podem sim matar por diversão e podem sim trair, apesar de não o fazerem quando há um juramento em questão.

N/A:Oi olha eu aqui de novo.......como vcs viram ai em cima eu e minha beta temos certas divergências de opiniões mas dexa pra lá.............hahahahah...............e eu tb nunca fui alguém convencional msn então xau...............ate a próxima......

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Comentários (1)

  • rosana franco

    Talvez tenha sido de mal gosto aquela entrada no castelo,mas serviu muito bem para oq ele queria,o diretor esta manipulando o ministro que não passa de um incompetende,e por Merlin se a Hermione se envolver com o Henrick mato ela.

    2011-03-26
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