Confusões (Titulo provisorio)

Confusões (Titulo provisorio)



Confusões.

Harry via novamente a imagem de Sírius caindo por trás do véu, mas algo mudou, ao invés de ver a face surpresa que ainda continha um sorriso, ele viu algo diferente, Sírius virou o rosto em direção a Harry, mas aqueles não eram os olhos de seu padrinho, eles estavam negros e então Sírius disse num sussurro que foi ouvido por toda parte, como se ecoasse por toda sala.

_Harry seja forte. -Assim que Sírius passou pelo véu, uma onda de calor tomou conta do corpo de Harry e ele sentiu que estava sendo transportado para outro lugar. Borrões de diversas cores passavam diante dos olhos dele, até que “pousou” em uma superfície plana, mas que estranhamente se mexia levemente como um barco ao mar.

O moreno fica surpreso com isso, mas estava consciente de que aquilo só podia ser um sonho, não sabia como, mas sabia. Ele andou para frente, mas percebeu que seus pés não tocavam o chão e uma fina aura negra, parecendo um fiapo de vapor negro, o circulava, mas mesmo ele não pisando diretamente no chão podia ouvir o que poderia ser os seus passos. À medida que o garoto avançava, percebia que a luz do lugar era vermelha e dourada como se fosse iluminado por fogo, mas depois de caminhar por o que pareceu ser vinte minutos, ele pôde perceber que logo a frente tinha algo parecido com um penhasco, mas para sua surpresa, ele também viu que não estava realmente em terra, pois quando olhou para cima viu rochas enormes que subiam tão alto que parecia tocar o céu, não havia estrelas.

Quando Harry chegou à borda do que imaginara ser um penhasco, se surpreendeu ainda mais, pois viu que ele não só não estava em terra firme, como estava em uma gigantesca rocha que deveria ter o tamanho de duas ou três casas dos Dursley’s e que provavelmente tinha caído no meio dela, também percebendo o porquê do movimento da terra. A rocha estava flutuando em um enorme rio de lava que corria no meio de um penhasco enorme, o que explicava a sensação de que estava muito abaixo da terra firme.

_Eis o rio de lava de Mordor, onde as sombras se deitam. -Falou uma voz vinda de todos os cantos das paredes do penhasco. -Aqui um dia foi forjado o Um anel, aquele que trouxe escuridão para a terra e guerras para os Homens, separou tribos, famílias e outras criaturas.

_QUEM É VOCÊ? -Berrou Harry para o nada, mas a mesma voz voltou a falar como se não houvesse ouvido a pergunta.

_A muito julgaram que o Um anel havia sido destruído, mas eu em minhas viagens por sabedoria, descobri que ele apenas estava adormecido e que de alguma forma abandonara seu criador e escolhido um novo destino, mesmo pagando um preço por isso. -A voz ecoava cada vez mais forte pelas grandes paredes. -Deixou seu poder de cobiça e não mais mostrava o seu poder, a não ser para alguém digno, coisa que nunca aconteceu. Muitas eras se passaram desde que eu descobri isto, os Elfos já não caminham mais pela terra dos homens e as antigas criaturas impuras que habitavam o mundo, antes da última guerra pelo anel, foram banidas para outros reinos. -A voz cessou rapidamente, um vento gélido passou pela rocha, mesmo com o calor da lava, o qual não afetava a Harry. Foi como se o vento houvesse trazido várias vozes que ao mesmo tempo falaram para o nada:


Um Anel para a todos governar. Um Anel para encontrá-los.
Um Anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los.


Depois destas palavras, pilares de lava começaram a subir rapidamente e tão alto, quanto às paredes dos penhascos, no entanto as diversas vozes continuaram.


Um digno virá.
Seu passado está cheio de sofrimento,
Seu futuro tem dor.
Seu destino é a luta.
Sua metade tem de retornar.
Nascido com os poderes da Luz e das Trevas,
Ele tem o direito de governar,
O Reino de seus ancestrais,
O poder do Senhor do Escuro.

O digno será dividido em dois.
Suas escolhas dirão,
Se a terra cairá numa era de Luz e paz
Ou numa era de Trevas e sangue.

O digno lutou com o ambicioso,
Aquele que procura dominar sua herança,
Aquele que procura controlar as Trevas.

As metades se encontrarão.
Vidas diferentes eles tiveram,
Mas devem voltar a ser um só.
Pois se não o desequilíbrio quebrará as barreiras
De reinos sombrios
E criaturas banidas,
Mais uma vez caminharão pela terra
A mando do inimigo do digno.

O portador do dom das Trevas
A seus cavaleiros deverá ordenar,
Se matam inocentes
Ou se salvam inocentes.

Não é por pertencer as Trevas,
Que seja mau.
Não é por pertencer a Luz.
Que seja realmente bom.
Não só maldade há nas Trevas.
Nem só bondade há na Luz.

Em quanto às metades não se unirem,
Inimigos antigos caminharão
Pela terra.

Pois o desequilíbrio começou
Quando as metades se separaram.

Cuidado com o destino,
Pois ele pode ser traiçoeiro,
Mas sempre leva para o mesmo caminho.

Uma Ordem a muito esquecida deve retornar.
Aliados antigos devem voltar.
Antigos inimigos
Encontrarão luz em meio às trevas.
Amigos queridos
Serão consumidos pela escuridão.

Os magos mais uma vez
Pela terra caminharão.
E uma nova aliança dever ser feita,
Um novo conselho será formado.

Ninguém pode dizer o futuro dessa guerra,
Mas seus guerreiros serão lembrados.
Suas histórias se tornarão lendas.
Suas almas serão honradas.
E assim começará uma nova era,
Construída pelo vencedor.


-Com essas palavras o poder do digno desperta e sua mente é aberta, não há como escapar de um destino que já foi traçado. A maioria dos homens pode escolher o seu destino, mas o digno só poderá seguir quando o inimigo cair, e em seu reino ele, mais uma vez, em seu trono sentar.
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Harry sentiu seu coração doer, sua mente tinha milhares de pensamentos e lembranças que não eram dele, magias, feitiços, mantras, rituais, maldições, vidas, mortes e sentimentos. Tudo inundava a mente do moreno, sua cabeça já começara a doer, mas de alguma forma ele queria mais, ele queria entender o que tinha sido aquilo.

“Uma profecia é claro” -Falou uma voz alta e grave na mente do garoto, em um tom sombrio, mas poderoso.

Mas isso já não importava, os pilares de lava pareciam vacilar. Olhou para o alto e viu que o céu se tornou vermelho e dourado como se estivesse em chamas, no entanto era a lava caindo, ia atingi-lo com toda sua força. Harry fecha os olhos segundos antes da lava acertá-lo.

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_Harry, chegamos. -Falou Hermione cuidadosamente despertando o moreno, que estava suando muito. -Você teve um pesadelo?

_Não sei ao certo. -Falou Harry que tentava lembrar com o que havia sonhado. -Mas onde nós estamos?

_É isso que dá não dormir durante a noite. -Falou Rony com um sorriso maroto. -Nós já chegamos à Itália seu tapado, se esqueceu?

_Ah, é, desculpa. -Falou Harry meio encabulado. -Eu to meio que dormindo ainda.

_Percebe-se. -Falou Hermione em tom reprovador. -Mas vamos logo, porque ainda teremos de pegar uma chave de portal no lugar que Dumbledore nos falou.

_Ah sim, é em qual balcão de informações e de que empresa mesmo? -Perguntou o moreno ainda sonolento.

_Aquele ali. -Disse Rony apontando para um pequeno balcão de informações, onde quase ninguém parava, dando a impressão que poucos o viam. -Engraçado parece que os trouxas não podem vê-lo.

_Primeiro Rony. -Começou Hermione no seu habitual tom sabe tudo. -Trouxa pode ser considerado um xingamento fora do nosso mundo e em segundo ninguém pode ver o balcão, exceto os que tem poder mágico.

_E como a sabe tudo Granger sabe disso? -Perguntou Rony pronto para começar mais uma discussão.

_Olha se vocês querem ficar sozinhos para continuar com suas juras de amor, tudo bem, mas escolham um lugar menos público. -Falou Harry interrompendo a discussão antes mesmo dela começar e fazendo Rony ficar corado e Hermione, no que para Harry, pareceu um ato infantil, mostrar a língua para ele. -E Rony, ela está certa é só você prestar atenção e ver que a atendente daquele balcão se veste espalhafatosamente, como um bruxo querendo se disfarçar de trouxa, sem contar que o logotipo do balcão é uma varinha mágica. -Falou o moreno que já começou a ficar de mau humor pela agradabilíssima discussão dos amigos logo após ele acordar.

_Pelo jeito o Harry não gostou de ser acordado. -Falou Hermione para Rony, quando Harry foi à frente sem dizer mais nada.

No caminho até o balcão, Harry bocejou umas três vezes, e pelo que percebeu, ele atraía muita atenção de alguns funcionários do aeroporto, assim como algumas pessoas. Talvez fosse o modo que ele estivesse vestido, já que estava com uma calça Jeans preta e BEM folgada além de gasta e com alguns furos, assim como a camiseta vermelho sangue que não tinha tantos furos, mas uns remendos estranhos, já que ambas as peças de roupa foram de Duda, incluindo um tênis meio surrado. Isto, pensou ele, devia dar a impressão de que ele era um punk ou coisa assim, já que seus cabelos negros e um pouco compridos apontavam para todos os lados. Ao chegar ao balcão a mulher olhou para ele e falou.

_Gradirebbe una certa cosa? -O moreno jurou que não entendeu uma só palavra daquilo.

_O que? -Perguntou Harry se virando para ver se achava Rony e Hermione, mas ao que percebeu o ruivo não sabia nada.

_Siamo stati trasmessi da Dumbledore. -Falou Hermione não ligando para os olhares incrédulos dos amigos, que só entenderam o nome do velho diretor.

_Eu falo seu idioma. -Falou a atendente com aquele sorriso colgate nos lábios. -Garotinha seu sotaque é péssimo, desista de falar Italiano. -Falou a mulher recebendo um olhar furioso de Hermione e um olhar assassino de Harry, mas a mulher nem ligou e apenas se pôs a observar os três adolescentes cuidadosamente, passou rapidamente pelos rostos de Hermione, a quem ela não fora com a cara, e o rosto de Rony, que ela achou bem interessante, mas parou um pouco em Harry o analisando.

_Que foi, nunca viu um estrangeiro não, é? -Perguntou o moreno, sua paciência já estava quase no fim.

_Harry, seja educado. -Falou Hermione repreendendo o amigo apesar de estar sorrindo quando fez isso.

_Então você é mesmo Harry Potter. -Falou a atendente abrindo, se possível, um sorriso ainda maior.

_Meu Deus, ela descobriu que o céu é azul! -Falou Harry fazendo Rony e um segurança que estava por perto rir. –Não, minha senhora. -Falou o moreno enfatizando o, senhora. -Eu sou Peter Pan e vim buscar meu prevê de piloto com vocês. –Pronto, nessa nem mesmo Hermione conseguiu abafar a risada, principalmente ao ver a cara de tacho com a qual a atendente ficou. –Olhe, eu estou cansado dessa viagem, estou com sono e com fome, então dá para você parar de dizer coisas óbvias e nos entregar a chave de portal, que nos foi destinada, de uma vez ou você quer esperar até que eu fique velho e barbudo que nem o Dumbledore?

_Ah sim. -Falou a atendente, agora com um sorriso menor e constrangido. -Aqui está. -Falou mais uma vez entregando uma lapiseira azul para o moreno, que a pegou rapidamente. -Ela abrirá daqui a cinco minutos, não se preocupem, pois os trouxas não perceberão nada, se vocês ficarem aqui até o tempo passar.

_Ah sim, claro. -Falou Harry num tom de voz que demonstrava que aquilo era óbvio. –Bom, galera, agora que o gênio ali deu as instruções complicadíssimas, acho melhor nós, mentes inferiores, esperarmos já que só faltam dois minutos. -Falou mais uma vez o moreno, olhando um relógio que tinha no balcão. Durante o tempo restante ninguém disse mais nada.

_Faltam vinte segundos. -Falou Rony, então os três tocaram a lapiseira se preparando, e assim que o tempo passou, eles sentiram seus pés saírem do chão, a seguir rodopiaram para algum lugar.

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_Você não acha que eles estão demorando? -Perguntou Tonks para um homem alto, com cabelos negros e olhos castanhos.

_Não se preocupe, pois eles estarão aqui em 5, 4, 3, 2, 1. –Assim que o Homem termina a contagem, três jovens aparecem do nada a poucos metros deles. Os três carregavam malas e pelo jeito, o ruivo tinha perdido o equilíbrio e caído.

_Ow Harry. -Chamou Tonks fazendo o moreno se virar para vê-la. -Vem aqui. -Harry e seus amigos foram até a auror que sorria como uma criança. -Oi garoto, e antes que você pergunte, este é Anderson, não me pergunte o primeiro nome dele, pois ele o detesta mais do que eu detesto o meu. -O Sr. Anderson se curvou levemente olhando para os três e para alívio de Harry, não demonstrou nenhuma reação exagerada quando soube quem ele era.

_Onde nós estamos? -Perguntou Harry olhando a sua volta e não vendo nada, além de quilômetros de grama e alguns pontos rochosos ao norte, onde havia o que parecia ser uma grande montanha, e olhando para o sul com muito esforço, ele conseguiu ver os fracos contornos de uma pequena cidade, já que se olhasse mais ao longe, ele também veria um bosque ou floresta, além de estradas. Percebeu que estavam em uma pequena estrada de terra que subia ao norte.

_Estamos a menos de um quilômetro da casa de meus avós. -Falou Hermione olhando tudo a sua volta, como se lhe trouxesse algumas lembranças de há muito tempo. -Faz tempo que não venho aqui. -Falou mais uma vez sorrindo e sem perceber chamando mais a atenção de Harry.

_Pensei que você tinha dito que seus avôs moravam perto de uma cidade. -Falou Harry ainda olhando para a amiga, mas depois de alguns segundos, percebeu que já a observava de mais, então voltou a olhar para os contornos da cidade que, por alguns instantes pensou ter delirado, ao conseguir ver perfeitamente as casas e algumas pessoas.

_Não é tão perto, mas fica a duas horas e meia de carro e como estamos numa parte alta, podemos ver os contornos da cidade. -Falou Hermione olhando atentamente para o moreno, que pareceu ter sido tirado de algum transe, mas ela não ligou, pois devia ser apenas sono.

_Percebi. -Falou o moreno acanhado. -Ae cambada, vamos embora ou querem esperar ate amanhã? -Perguntou Harry num tom divertido e sorrindo.

_Ah é, vamos logo. -Falou Tonks já entrando no carro, os outros seguiram seu exemplo e Anderson era quem iria dirigir.

O curto passeio de carro não durou muito e logo todos viram uma imponente casa de dois andares, com paredes amareladas e um ar amistoso, aparecer. Havia poucas pessoas andando em volta da casa, o que julgou ser alguns empregados da casa e do cuido do vinhedo.

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Hogwarts estava silenciosa naquela manhã, talvez porque os estudantes ainda não haviam voltado das férias, mas ainda assim, em alguns corredores ouviam-se barulhos de passos apressados ecoando pelas imponentes paredes de pedras. Os quadros observavam com atenção aquele homem que caminhava a passos apresados até o que pareceu ser a entrada para o escritório do diretor.

_Ora, vejam só! -Falou Pirraça aparecendo na frente do homem sem se importar com a pressa dele. -Não é o mimadinho em pessoa?! -Falou Pirraça flutuando de ponta cabeça em frente ao homem, que estreitou seus olhos azuis, extremamente claros, em sinal de desagrado.

_Sabe Pirraça. -Começou a falar o Homem sem olhar para o poltergeist, que desmanchou o sorriso de deboche. -Você deveria sair daqui, senão, sem querer, eu posso errar um feitiço e te mandar para outra dimensão como aconteceu há alguns anos. Pirraça simplesmente fez cara feia e mostrou a língua para o homem, cuspindo em cima dele e logo depois sumindo a procura de Filch.

_Acho que você foi duro com ele. -Falou uma voz calma, porém divertida, logo atrás do homem que se virou rapidamente, encarando Alvo Dumbledore que sorria calmamente.

_Ele me dá nos nervos. -Falou o Homem também sorrindo para o diretor. -Há quanto tempo, vovô! -Falou mais uma vez o Homem, abraçando Dumbledore que sorria mais ainda, com um quê de orgulho nos olhos.

_Faz uns três anos, Henrick. -Falou Dumbledore assim que saiu do abraço, olhando para o neto que não mais era aquele moleque que saiu a quinze anos de mata próxima a Hogsmeade. -Vejo que mudou um pouco. -Era verdade, pois ele estava diferente de três anos atrás, agora Henrick estava mais encorpado devido aos treinos e missões dos aurores, seus cabelos estavam um pouco maiores, caindo a baixo dos ombros, mas continuavam no mesmo tom castanho avermelhado de antigamente, assim como seus olhos de um azul extremamente claro.

_Sabe como é. -Falou Henrick dando de ombros. -Carreira de auror muda um pouco as pessoas.

_E o que traz meu neto de volta a essa humilde escola? -Perguntou o diretor analisando atentamente o homem a sua frente, que não lembrava em nada o menino sujo que achara tempos atrás.

_Fiquei sabendo que você precisa de um professor para DCAT e já que eu planejava tirar umas férias do meu departamento, pensei em me candidatar. -Falou Henrick com um sorriso calmo. -Mas creio que isso deva ser tratado dentro de seu escritório, não?

_Não vejo o porquê. -Falou Dumbledore. -Eu gosto de conversar pelos corredores desse castelo. -Dumbledore começou a caminhar para o lado oposto de sua sala, logo sendo seguido por Henrick, que caminhava a seu lado. -Me faz lembrar os tempos em que eu era estudante.

_Isso faz tempo. -Comentou Henrick baixo para que o diretor não ouvisse, mas falhou, pois o diretor riu alto e virou o rosto para o neto.

_Não nego que faz tempo. -Falou Dumbledore. -Mas sempre é bom recordar de lembranças felizes. -O Diretor pareceu se lembrar de algo que aconteceu há muito tempo, mas logo voltou ao assunto. -Mas o porquê de querer essas férias repentinas?

_Fudge está me enchendo o saco. -Falou Henrick, que fingiu não perceber o olhar severo que seu avô lhe direcionou. -Sempre querendo saber de coisas de nossa família, mais precisamente de você, sempre querendo que eu apóie o Ministério para que os outros vejam que um Dumbledore, mesmo que não o legítimo, o está apoiando.

_Entendo. -Falou o diretor e seu costumeiro sorriso desapareceu de seu rosto. -Mesmo depois de praticamente esfregarmos na cara dele que Voldemort voltou à ativa, ele quer que eu apóie suas idéia malucas, mesmo que por chantagem. -Dumbledore balançou a cabeça de um lado para o outro como se desaprovasse algo.

_Bom, então eu pensei em usar essa vontade imensa que o Fudge tem, de querer pelo menos um funcionário ativo do ministério aqui na escola, e aproveitar pra me inscrever para o cargo de professor de DCAT. -Dumbledore parecia estar considerando aquela idéia. –Sabe, ou venho eu ou ele vai mandar novamente a Umbridge, e se você recusar, ele provavelmente vai fazer o maior estardalhaço dizendo que você está se desfazendo da ajuda do ministério e que só quer proteger os filhos dos cidadãos.

_E por que exatamente você? -Perguntou o Diretor como se aquilo fosse uma mera banalidade.

_Acho que Fudge ficaria feliz de ver seu melhor auror trabalhando em Hogwarts. -Falou Henrick sem nenhuma modéstia, o que fez Dumbledore sorrir. -E também, eu fui o único que me candidatei, e uma vez que comece o ano letivo eu simplesmente não mandarei nenhuma informação para ele, e como os alunos vão estar em aula, Fudge não vai poder me tirar daqui.

_Mas eu simplesmente poderia colocar a Tonks ou o Quin nesse cargo. -Falou o diretor apenas para ver a reação do neto, que pareceu vacilar um pouco o sorriso.

_Fudge está desconfiado deles. -Falou Henrick atraindo total atenção de Dumbledore. -Eles têm sumido de vez em quando e ficam pesquisando coisas sobre velhos casos, isso chama a atenção, apesar deles quase sempre pegarem um ou outro criminoso qualquer por aí e levá-lo para Azkaban.

_Cornélio está atento ao movimento de todos os funcionários? -Perguntou o diretor com certo interesse.

_Somente em algumas partes, onde ele acha que provavelmente você investiria mais para poder derrubá-lo do poder, como na cessão dos Aurores e entre os Inomináveis, sem contar outros departamentos. -Falou Henrick com calma. -E por algum motivo ele não se abalou com os ataques ao Potter e os amiguinhos dele, provavelmente pensando que com isso o Potter visse que você não poderia salvá-lo quando precisasse e então correr para o ministério, não ligou nem um pouco pelo estado dos Weasley, pois há algum tempo já sabe que o Sr.Weasley é um partidário seu a qualquer tempo.

_Obrigado por me informar essas coisas. -Falou o diretor pensativo. -Vai ser útil na próxima reunião da Ordem.

_Quando vai ser? -Perguntou Henrick com interesse.

_Creio que semana que vem. -O diretor parecia meio indeciso. -O pior é que terei de contar ao Harry sobre todos os nossos movimentos. -Henrick olhou para o avô com curiosidade. -Ele me fez jurar que eu lhe contaria tudo.

_Faça como sempre. -Falou Henrick com seus olhos azuis claros brilhando. -Conte apenas o que você acha que ele deva saber.

_Eu jurei que ia contar cada passo e missão dos membros para ele. -Falou o diretor com um tom cansado. -Não acho que deva quebrar esse juramento.

_Você não estaria quebrando nenhum juramento. -Falou Henrick. -Pelo que você falou, precisa contar tudo, mas não precisa dar detalhes. -O Auror coçou o queixo com um dedo como se aquilo não fizesse diferença. -Ele não irá descobrir que você não está contando todos os detalhes.

_Acredite meu neto, Harry tem o estranho dom de descobrir aquilo que queremos esconder dele, ou de simplesmente nos fazer contar se metendo em confusões muito grandes, das quais, devo admitir, ele escapa com maestria. -Falou Dumbledore se lembrando dos primeiros anos do garoto na escola.

_Acho que você valoriza demais esse garoto. -Falou Henrick como se não se importasse com aquilo. -Está certo que ele tem aquela profecia e tudo mais, mas não acho q.... -O Auror parou por um instante como se houvesse sentido algo, o diretor pareceu também sentir. Era como se a magia não só do castelo, mas de toda parte, se movimentasse como se algo novo ou antigo aparecesse. -O que foi isso?

_O sinal de que algo antigo está retornando. -Falou Dumbledore, seu rosto estava inexpressivo e seus olhos vagos. _Talvez seja chegada à hora da antiga Ordem retornar.

_Ordem? -Perguntou o Auror sem entender do que o avô falava. -Mas o que tem a ver a Ordem da Fênix com isso?

_Não falo da Ordem da Fênix, mas sim de algo mais antigo, que você também sabe o que é. -Falou o diretor parando de andar assim como seu neto, que o olhou atentamente, como se achasse que aquilo fosse uma brincadeira.

_Mas para isso o líder teria de nascer. -Falou o Auror com o mesmo tom sério do diretor. -E não creio que ele tenha nascido hoje, não nesses tempos.

_Esse é o melhor tempo para ele nascer. -Falou Dumbledore com um tom vago e pensativo. -Existem vários, não muitos, mas alguns que nasceram com a mesma afinidade que o líder deva nascer, mas não creio que tenha nascido hoje, ele deve ter nascido há algum tempo.

_Se ele nasceu há algum tempo, por que só hoje sentimos a mudança no ciclo mágico? -Perguntou Henrick.

_Talvez por que só agora ele esteja pronto. -Falou Dumbledore. -Tenho que ver todos os jovens que tem afinidade com o dom. -Falou Dumbledore assustando o neto.

_Isso é perigoso. -Falou Henrick. -Nem sabemos se ele está do nosso lado.

_Isso é verdade. -Falou Dumbledore olhando para o alto. -Pelo menos temos um deles aqui no castelo. -Falou vagamente fazendo seu neto dar um pulo assustado.

_Quem? -Perguntou Henrick com um tom preocupado e olhando para os lados como se esperasse que um demônio pulasse a qualquer segundo em cima deles.

_O Harry. -Falou Dumbledore olhando diretamente nos olhos do neto, que fez cara de incrédulo. -Eu senti isso quando ele destruiu metade da minha sala em acesso de fúria na época em que Sírius partiu. -Falou o diretor. -Acho que nem mesmo o garoto sabe que tem o dom, mas também não teria como ele saber, já que poucos que poderiam ajudá-lo com isso.

_Então esse garoto é perigoso, pois o dom dele pode ser corrompido com mais facilidade. -Falou Henrick fechando os olhos por um instante. -E não me admiraria se isso acontecesse depois de tudo o que ele passou.

_Sabemos que o dom dele pode ser tão perigoso quanto o seu. -Falou Dumbledore como se aquilo fosse irrelevante.

_Mas o meu é totalmente diferente do dele. -Falou Henrick com um quê de desconforto.

_Mas sabemos que o seu também é facilmente corrompido, e quando corrompido pode se tornar muito pior do que qualquer coisa existente, causando uma explosão de energia que irá corromper tudo a sua volta ou até mesmo destruir. -Henrick não gostou daquilo e abriu a boca para falar, mas Dumbledore falou primeiro. -Eu sei que com ele pode acontecer o mesmo e talvez num grau maior, mas não se esqueça que você já desenvolveu muito do seu dom e pelo que sei, ele ainda está no primeiro estágio, talvez chegue ao terceiro ou até mesmo ao quarto e penúltimo, mas também sabemos que o novo Líder ultrapassará o ultimo nível.

_Só não entendo o porquê do líder ter esse dom. -Comentou Henrick.

_Também não sei, mas não podemos fazer nada. -Falou o diretor tirando um estranho relógio de dentro das vestes, onde havia alguns planetas em vez de números. -Eles já devem ter chegado à Itália há essa hora. -Falou mais uma vez com um tom despreocupado. -A Srtª. Granger achou melhor irem primeiro de avião, que é um veiculo trouxa, assim não chamariam tanta atenção quanto uma chave de portal não registrada.

_Essa garota, pelo que ouço, é muito esperta. -Falou Henrick com certo interesse. -Mas quanto ao cargo de professor?

_Ele é seu. -Falou Dumbledore. -Creio que seria bom ter você aqui, talvez você possa ajudar Harry com o dom dele.

_Creio que não seja possível. -Falou Henrick. -Nossos dons são opostos um do outro, por tanto se desenvolvem de outra maneira. O meu pode ser treinado desde que eu tenha um mestre com o mesmo dom, no meu caso o senhor, mas o do Potter se desenvolve sozinho com o treinamento do próprio portador do dom.

_Creio que sim. -Falou o diretor guardando finalmente o relógio dentro das vestes e olhando novamente para o neto. -Você almoça comigo hoje?

_Claro! -Falou o Auror contente. -Estava com saudades da comida de Hogwarts.

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Voldemort estava furioso, pois o ataque ao maldito Potter e aos amigos imundos deles havia falhado e por alguma razão o garoto simplesmente sumira, pelo menos da Inglaterra. O Lord Negro estava sentado em seu suntuoso trono negro, seus pensamentos imersos na escuridão de sua mente.

_Rabicho. -Falou Voldemort num tom baixo, e depois de uns vinte segundos, chega um homem baixo e quase careca à sala do trono, apertando fortemente o braço direito, como se este estivesse doendo.

_Sim, meu mestre. -Falou Rabicho se ajoelhando na presença de seu mestre.

_Quero que você e Belatrix vão atrás de Mudungo Fletcher e me tragam ele vivo e em condições para ser interrogado. -Falou Voldemort, com seus olhos vermelhos brilhando com um quê de crueldade.

_Farei isso agora mesmo meu mestre. -Falou Rabicho se virando pra sair da sala do trono, mas parando ao ouvir a voz ofídica de seu mestre.

_Não quero isso para agora, quero isso pra ONTEM. -Rabicho correu para a porta com medo do mestre, pois essas palavras foram ditas com crueldade. -Snape. -Falou mais uma vez o mestre dos comensais assim que Rabicho saiu de sua sala, e em menos de dez segundos, um homem alto de expressões frias, entra na sala se ajoelhando em frente à Voldemort sem falar nada. -Você achou o que lhe mandei procurar?

_Achei Mylord, mas infelizmente não posso trazê-lo a sua presença como me ordenou. -Falou Snape com um tom seco que não incomodou o mestre das Trevas.

_Não brinque comigo. -Falou Voldemort fazendo Snape tremer. -Por que não pode me trazer o que é meu por direito?

_Por que o tal objeto foi destruído há alguns anos. -Falou Snape mantendo seu tom seco e indiferente.

_Destruído? Perguntou Voldemort. -Quem o destruiu?

_O fedelho Harry Potter. -Respondeu Snape colocando todo seu desprezo e nojo ao pronunciar o nome do jovem Potter, mas logo voltou a falar ao sentir os olhos frios de seu mestre sobre si. -Quando ele estava no segundo ano, Lucius colocou o livro dentro das coisas da jovem Weasley, mas pelo que Dumbledore nos contou, Potter venceu o basilisco e destruiu o livro com uma presa do próprio basilisco, o que torna impossível concertar o livro. Logo depois o Potter enganou Lucius entregando o livro pra ele, mas dentro do livro havia uma meia velha, Lucius ao ver o livro destruído entregou-lhe para seu elfo doméstico que foi liberto contra a vontade do Malfoy.

_Por que Lucius não me contou isso? -Perguntou Voldemort com irritação na voz.

_Ele não sabia o que era o objeto, só sabia que era seu e que poderia fazer estragos, por isso ao ver o objeto estragado jogou para o elfo doméstico que por gratidão por sua liberdade entregou o livro ao diretor. -Falou Snape sem se importar muito. -Ele não saberia o que realmente é aquele livro.

_Mesmo assim ele vai receber o seu castigo. -Falou Voldemort, seus olhos vermelhos brilharam e um sorriso apareceu em seus lábios, o que deformou mais ainda o seu rosto ofídico.

_Se me permite a pergunta. -Falou Snape olhando para seu mestre, que assentiu com um aceno da cabeça. -O que tinha naquele diário?

_Algo mias forte do que você possa imaginar. -Falou Voldemort, olhando atentamente um dos seus mais fiéis seguidores. -Mas ele foi destruído pelo veneno de um Basilisco, isso torna impossível de se recuperar o que tinha lá. -O Lord Negro fechou seus olhos por alguns segundos. -Saia. -Ordenou a Snape que se curvou mais um pouco e saiu da sala. _Leoney. -Falou Voldemort tocando seu braço direito.

_Sim, Mylord. -Falou um homem alto de cabelos negros e olhos estranhamente roxos, que entrou na sala.

_Vá até a casa que pertenceu ao meu imundo pai e me traga o livro de capa Negra que está na biblioteca. -Leoney se curvou levemente e ia saindo da sala sem falar nada, mas pára de repente, pois sente algo tremer como se alguma coisa grande estivesse se abalando.

_Mestre o que é isso? -Perguntou o comensal sentindo um leve desconforto, pois parecia que toda a magia estava se movimentando.

_VÁ. -Gritou Voldemort, fazendo Leoney se esquecer da pergunta e sair quase que correndo da sala. -O desgraçado despertou. -Falou Voldemort na língua de cobra, fazendo uma grande cobra sair das sombras da sala e se enrolar aos pés do Lorde das Trevas como se fosse um cãozinho. -Mas eu terei o seu poder e me tornarei o mais poderoso de todos os tempos, serei maior do que o antigo mau.

_SSSSSim Messsssstre. -Falou Nagini erguendo sua cabeça até a altura do rosto de Voldemort. -Massssss e a Herança dele?

_Eu já pesquisei e é nela que eu vou me concentrar, pois o poder dela é maior do maldito descendente das sombras. -Falou Voldemort, acariciando a cabeça de Nagini.

_Por que odeiasss esse escolhido se nem sabessss que ele é? -Perguntou Nagini.

_Por que se ele realmente escolher a sombras, a antiga Ordem será obrigada a obedecer-lhe, e há seres nessa Ordem que são muito poderosos e antigos, o que será um problema para mim. -Falou Voldemort ainda na língua de cobra. -A não ser que eu o traga para o meu lado.

_SSSSSe ele sssouber que é tão poderosssso não vai ssse tornar ssssssseu servo. -Falou Nagini.

_Eu sei. -Falou Voldemort, um brilho demoníaco passou por seus olhos. -Prepare-se minha fiel companheira, pois em breve você voltará ao seu real corpo e nós poderemos trazer criaturas de outros mundos para nosso lado.

_SSSim Messsstre. -Falou a cobra saindo de perto de Voldemort e se arrastando de volta às sombras.

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_Ele despertou. -Falou um ser alto de pele tão branca que parecia emanar um brilho e olhos azuis claros que demonstravam muita idade.

_Não gostei desse abalo. -Falou uma mulher ao lado do homem, ela era quase igual ao primeiro, mas seus olhos eram verdes e era um pouco menor que ele. -Sinto um forte poder das sombras.

_Minha cara. -Falou o homem. -Ele carrega os dois elementos primordiais, é claro que você sentiria um poder sombrio.

_Eles se separaram. -Falou a mulher, mas o homem não se abalou.

_Sim, há algum tempo. -Falou o homem. -Mas estão destinados a voltarem a ser um só.

_Eu temo que as sombras envolvam um deles. -Falou a mulher com uma voz preocupada.

_É mais fácil envolver um, pois o outro faz parte das sombras, mas você sabe que não é por causa disso que ele será mau. -Falou o homem.

_Quando nós o conhecermos, não nos daremos bem com ele, pois temos uma aversão natural ao seu poder. -Falou a mulher.

_Quem sabe ele possa ser diferente e suas sombras não o envolvam. -Falou o homem. -Mas quem será ele?

_Não sei. -Falou a mulher. -Ele virá para o castelo que tem nesses lados, perto do domínio dos centauros, mas creio que ficará difícil localizá-lo, já que outros com o mesmo dom virão para cá, e pelo que pude sentir, tem um com um dom diferente, o oposto dele.

_Deve ser a outra metade. -Falou o homem num tom profundo. -Ou um inimigo.

_Duvido, pois o dom dele é a luz. -Falou a mulher no mesmo tom pensativo.

_Bem sabemos que nem todo poder da luz é bom, pois ela pode ser corrompida ou envolta pelas Trevas. -Falou o homem se virando, fazendo suas vestes vermelhas se agitarem. -Vamos. -Falou ainda de costas e do nada sumiu, seguido pela mulher.

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Em algum lugar de Paris um homem alto e pálido se levantava de sua enorme cama, desperto por um abalo muito forte na magia. Ele conhecia aquele poder, pois somente ele poderia fazê-lo se levantar fora de seu horário natural, mas seus pensamentos foram interrompidos quando a porta de seus aposentos fora aberta.

_Senhor. -Falou um homem loiro tão pálido quanto o primeiro. -As sombras se agitaram. -O homem loiro não olhava diretamente para o outro. -Sr. Malivan o que faremos?

_Esperaremos até ele vir a nós, aí saberemos se ele será nosso inimigo. -Falou o tal Malivan se olhando num espelho próximo, ele via seus cabelos negros e compridos caírem até o meio das costas e seus olhos amarelos brilharem na escuridão do quarto. -Fique alerta, pois talvez ele seja impiedoso e se alie aos outros, mande nosso servos ficarem em alerta.

_Sim senhor. -Falou o homem loiro se retirando do quarto rapidamente.

_O Sol ainda está no alto, acho que vou dar uma volta. -Falou Malivan. -Apesar de não gostar desse horário, vou dar uma volta, faz décadas que não vejo o dia humano. -Ele parou por um tempo, virou seu rosto para as grandes cortinas que havia na parede direita, e de repente elas abriram e a claridade o irritou um pouco, mas logo depois sua pele se acostumou. -Espero que não haja mais uma guerra. -Falou antes de sair do quarto.

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Já fazia três dias que Harry estava no sítio dos avós de Hermione, ele até gostara, pois avós da amiga eram bem bondosos e educados, além de ter tempo mais do que de sobra para treinar. Rony e Hermione sempre treinavam com Harry, apesar de não acompanhar o ritmo do amigo, que parecia estar descontrolado e mais forte. Os avós de Hermione sabiam que ela era bruxa por isso não estranhavam tanto e até cederam um grande quarto para que os três treinassem quando quisessem mais privacidade. A garota assim que entrou nesse quarto, que mais parecia um pequeno salão, começou a lançar feitiços para todos os lados e de todos os tipos, desde feitiços silenciosos como também os para tornar as paredes mais fortes e resistentes, quem estivesse do lado de fora não ia ouvir nada e nem mesmo sentir o teto e as paredes tremerem, caso eles fizessem algo que pudesse causar uma explosão.

Harry dera a idéia deles tentarem se tornar animagos clandestinos, para assim, terem uma arma surpresa na hora do combate. Hermione confessara aos amigos que já havia pensado nisso e até pesquisado a fundo o caso desde o começo do quinto ano, o que surpreendeu os dois garotos. Eles iriam começar o treino para animagos e começariam a fazer os preparativos logo, só faltava os ingredientes para algumas poções e mais algumas coisinhas. A garota havia explicado que assim que se passasse um mês, eles poderiam se tornar animagos, pois achara várias maneiras de apressar a transformação.

_Mione, querida, venha cá. -Chamou Eliane Granger, avó de Hermione, quando ela estava com os amigos vendo um pouco de TV para relaxar.

_Estou indo vó. -Falou Hermione com um tom de voz alto e saindo da sala, fazendo Harry olhar de esguelha para ela, mas Rony não percebeu, pois estava muito impressionado com aquela “caixa que mostrava imagens” como ele dizia. Hermione voltou rapidamente com cara amarrada, como se soubesse de algo que não lhe agradara.

_Que foi? -Perguntou Harry à garota, que o olhou firmemente, demonstrando que realmente estava contrariada e isso chamou a atenção de Rony.

_Meus primos. -Falou a garota, que continuou ao ver a cara de desentendimento dos amigos. -Meus primos vão vir passar o resto do verão aqui. -seu tom era de quem não gostava muito daquilo e Harry pareceu não gostar também, e por alguma razão pensou que Dumbledore tinha alguma coisa a ver com isso, mas logo afastou esses pensamentos.

_O que tem de mais seus primos virem aqui? -Pergunto Rony sem entender.

_Eles vão nos atrapalhar, não poderemos treinar direito além do que minha prima é uma chata que vive querendo me imitar e não sei por que dá em cima de todos os garotos que eu conheço. -Ao falar essa última parte ela olhou de esguelha para Harry que não percebeu. -Já meu primo é o Tapado-mor que supera até mesmo o Rony, e vive dando em cima de mim. -Harry fechou a cara ao ouvir isso e Rony não gostou de ser chamado de tapado, mas resolveu voltar a atenção para a TV.

_Quando foi a última vez que você os viu? -Perguntou harry.

_Na segunda semana de férias. -Falou a garota, que fez uma careta ao lembrar de algo. -Minha tia está doente então eles foram passar uma semana na minha casa e devo dizer que foi uma semana chata, depois foram embora, parece que vão vir aqui para dar descanso a minha tia que está se recuperando.

_Eles são bruxos? -Perguntou Harry querendo saber mais. -Ou melhor, eles sabem que você é uma bruxa.

_Não disse nada a eles e nem pretendo dizer, e eles são trouxas. -Falou a garota.

_Quando eles chegam? -Perguntou Rony sem tirar os olhos da TV.

_Em quinze minutos. -Falou a garota fazendo Harry pular do sofá.

_Mas já? -Falaram Harry e Rony ao mesmo tempo.

_Minha avó achou que seria uma grande surpresa sabermos em cima da hora. -Falou Hermione deixando claro que não gostara da surpresa.

Harry estava pensativo não gostara da notícia, principalmente ao saber que o tal primo de Hermione não parava de dar em cima dela, mas também tinha o caso do treinamento que ele estava fazendo e a poção que Hermione deixara quase pronta na sala que eles usavam para reuniões e treinamentos, mas seus pensamentos são interrompidos quando ouve algo. Foi como se o tempo estivesse parado, mas Harry ouvia claramente som de pneus na estrada de terra, assim como também ouvia o som do motor de um carro, conseguiu ouvir duas vozes discutindo, mas não sabia o que, pois as duas vozes falavam ao mesmo tempo. Ele podia ouvir a respiração cansada de um terceiro no bando da frente, no lado do motorista, ele parecia estar estressado e aliviado em chegar onde queria. Mas o que chamou a atenção de Harry, foi uma energia muito semelhante a magia ou até igual que os dois que discutiam pareciam ter, como ele conseguiu sentir isso não soube, mas quando o som de algo parando e as vozes cessaram, ele teve certeza que os dois eram bruxos.

_Harry? Alô, está me ouvindo? -Perguntou Hermione ao ver que o amigo a encarava intensamente, mas parecia estar vendo mais longe. Ele pisca duas vezes como se ela o houvesse tirado de seus pensamentos.

_ Sim, estou. -Falou o moreno, vendo que até Rony o observava com interesse. –Mione, seus primos chegaram.

_Como você sabe disso? -Perguntou Rony sem entender direito o que estava acontecendo, pois num momento Harry falava com Hermione e no outro ficara quieto, olhando o vazio.

_Eu ouvi o carro. -Falou Harry sem entender o que era aquilo.

_Não é por nada não, mas nós estamos no segundo andar e vendo TV com o som alto, acho que seria impossível você ouvir o carro chega... -Hermione parou de falar quando Pietro, um empregado da família, aparecera na porta avisando que seus primos haviam chegado, saindo rapidamente como se não quisesse ficar para encontrar os parentes da garota.

_Você virou adivinho, é? -Perguntou Rony num tom divertido, mas mesmo assim surpreso.

_O que aconteceu? -Perguntou Hermione curiosa, ela sabia que o amigo estava mudado, vira isso no hospital quando ele fez magia sem varinha, pois aquilo não tinha sido magia involuntária, mas como ele sabia que os primos dela já haviam chegado. Ela já ouvira e lera casos em que um bruxo poderoso fazia magias avançadas sem varinha ou que aumentavam sua força física através da magia, mas para isso eles teriam de ter o controle sobre um elemento poderoso. Deixou isso de lado, ficando de pesquisar direito sobre o assunto depois.

_Depois eu digo. -Falou olhando para a porta como se esperasse alguém entrar. _Sua prima está ali atrás tentando ouvir nossa conversa.

_Carol Ishenko saia de trás da porta agora mesmo. -Falou Hermione só para comprovar o que Harry havia dito, e em questão de segundos, uma garota da mesma altura que Hermione e com cabelos loiros escuros, saiu de trás da porta. -Como você sabia? -Perguntou baixinho só para Harry e Rony ouvir.

_Ela respira alto demais, além do coração dela estar acelerado pela discussão com o irmão. -Falou Harry, dando de ombros sob o olhar surpreso da amiga. -Depois conversamos, mas me responda algo. -Hermione olhou para ele se perguntando o que seria, mas afirmou com um aceno da cabeça olhando para prima que ainda estava parada a porta. -Você é mais velha que seus primos?

_Uma semana. -Falou a garota. –Por quê?

_Não se surpreenda quando souber. -Falou Harry se virando para prima de Hermione, assim como os outros dois.

_E aí, Mione? -Falou a garota sorrindo amarelo por ter sido descoberta e logo depois ser ignorada por alguns minutos, mas mesmo assim lançava olhares para Rony e um olhar curioso para Harry.

_Oi Carol. -Falou Hermione colocando o mesmo sorriso amarelo nos lábios.

_Não vai apresentar os amigos? -Perguntou um garoto alto e loiro entrando na sala e lançando olhares de desagrado para Rony e Harry, além de um cobiçoso para Hermione.

_Oi pra você também, Alex. -Falou Hermione num tom de desagrado. -Esses são meus amigos da escola...

_Pensei que você estudasse numa escola só para garotas. -Falou Carol interrompendo Hermione, que lhe lançou um olhar mortal.

_Instituto de Magia Gabriel Kanzisnk. -Falou Harry de repente, fazendo os primos de Hermione empalidecerem mortalmente e Hermione olhar para Harry com uma mistura de raiva por ele dizer o nome de uma escola mágica e também por surpresa, pois essa escola era muito renomada na Rússia, sendo apenas um pouco mais nova que Hogwarts, apesar de pouco conhecida na Inglaterra.

_D-do que você está falando? -Perguntou Alex gaguejando um pouco, chamando a atenção de Hermione que logo entendeu o que estava acontecendo, enquanto Rony parecia estar boiando, apesar dele saber da escola russa.

_Eles são bruxos. -Falou Rony um pouco alto demais, pois só tinha percebido agora.

_Acho que seu amigo está louco. -Falou Carol se dirigindo a Hermione. -Não existem bruxos.

_Você tinha me dito que era uma semana mais velha que eles, que aparentemente são gêmeos. -Falou Harry sem ligar para os primos da amiga. -Pois bem oficialmente você foi a primeira bruxa na sua família, pois foi a primeira a receber a carta para Hogwarts, mas creio eu que o pai deles seja de descendência Russa, então eles teriam uma vaga na escola de magia e bruxaria Russa e receberam a carta uma semana depois de você.

_Como assim o pai deles? Perguntou Rony sem entender.

_Geralmente no mundo bruxo os filhos são matriculados automaticamente na escola em que o pai estudou, se a mãe deles for de outra escola os filhos podem decidir para qual vão. -Falou Hermione.

_Dá para vocês pararem de fingir que não estamos aqui? -Falou Alex se aproximando mais deles e pegando Hermione fortemente pelo braço esquerdo, fazendo Harry olhar nervoso para ele assim como Rony, que não gostou da atitude.

_Primeiro me largue. -Falou Hermione, mas o primo dela não fez menção de largá-la, muito pelo contrário, apertou mais ainda o braço, o que fez Hermione fazer uma careta de dor.

_É melhor você tirar as mãos dela antes que eu o faça ficar sem o seu querido braço. -O tom de voz de Harry foi baixo, mas todos ouviram, havia frieza naquela voz e os olhos dele, antes claros, haviam escurecido levemente o que lembrou a Hermione o acontecimento do hospital.

_E quem é você para me dizer o que fazer? -Perguntou Alex sem se importar com o tom frio do garoto, muito menos ainda quando Rony ficou em pé demonstrando ser maior que ele.

_Mione, acho que seu primo não gosta muito das partes do próprio corpo. -Falou Harry olhando para a amiga, seu tom de voz era estranhamente divertido o que fez Alex tremer um pouco.

_E o que você pensa fazer com meu irmão? -Perguntou Carol já apontando uma varinha em direção ao moreno.

_Fique quieta. -Falou Harry olhando para ela, a garota abriu a boca para falar algo, mas não saiu som algum. -Agora vai se sentar. -A garota do nada flutuou alguns metros do chão, dando graças a Deus pelo teto alto, e foi em direção a um sofá onde caiu pesadamente. Hermione olhava aquilo com surpresa, assim como Rony ,e quando Carol fez menção de se levantar algo a puxou de volta ao sofá.

_Não pense que é o único que sabe fazer isso. -Falou Alex, seu tom de voz era presunçoso. -Sou considerado um gênio na minha escola e estou acima do nível de um bruxo normal.

_Ah sim, eu sei. -Falou Harry com um tom seco. -Você tem o dom do vento. -Falou mais uma vez o moreno, e Hermione pareceu lembrar de já ter lido sobre aquilo, mas Harry não sabia direito como estava sabendo sobre aquilo tudo.

_Isso mesmo e se você não quiser sair voando pela próxima janela, te aconselho a sair do meu caminho, pirralho. -Falou Alex.

_Harry. -Falou Rony chamando a atenção do amigo. -Deixa eu dar um soco na cara dele? -Falou Rony, seu sorriso naquele momento era muito parecido com o dos Gêmeos Weasley. -Sabe esse cara me lembra muito o Malfoy, seria um prazer deixá-lo de olho roxo.

_Vocês conhecem um Malfoy? -Perguntou Alex surpreso.

_Me larga agora. -Falou Hermione vendo que aquilo estava indo longe demais, mas tudo que conseguiu, foi fazer o seu primo apertar mais ainda seu braço, a fazendo soltar uma exclamação de dor.

_Vou fazer o seguinte. -Falou Harry, sua raiva estava aumentando cada vez mais e uma estranha aura cinzenta saía de seu corpo como fumaça. -Vou contar até três, se até lá você não soltá-la...

_Você vai fazer o que? -Perguntou desdenhosamente o outro.

_Bom se você a soltar no um, eu juro somente deslocar o seu braço. -Falou Harry levantando um dedo. -Se soltar no dois, eu prometo que só quebro seus dedos. -Falou mais uma vez levantando outro dedo como numa contagem divertida. -Mas se você soltar no três eu quebro sua mão. -Falou levantando o terceiro dedo.

_E se eu não a soltar? -Perguntou Alex num tom de desafio.

_Eu quebro seu braço direito e meu amigo quebra seu braço esquerdo. -Falou Harry em tom frio, olhando para Rony que confirma com um aceno da cabeça.

_Achei perfeita essa solução. -Falou Rony que não estava gostando nada de ver Hermione sentir dor por causa do primo dela.

_Eu acho que isso não tem graça. -Falou Hermione preocupada, pois do jeito que conhecia os amigos era bem provável que eles fizessem isso mesmo, enquanto Carol estava se debatendo no sofá tentando se levantar.

_Hermione minha grande e indispensável amiga. -Falou Harry olhando nos olhos dela. -Você sempre está certa, ou quase sempre, e você sabe muito bem que eu atenderia qualquer pedido seu, desde que não contrarie meus ideais. -Falou Harry olhando mais intensamente para a amiga, que sentiu seu rosto corar ao perceber que não ouvira o que ele disse, pois estava vidrada nos olhos verdes do amigo. -Agora vamos a contagem. -Falou levantando mais uma vez três dedos. -3, 2....

_Harry James Potter, não se atreva a fazer isso. -Falou Hermione fazendo seu primo a soltar e dar vários passos para trás olhando surpreso para Harry.

_Ele é Harry Potter? -Perguntou Alex num tom chocado, vendo por de trás da franja do moreno a velha cicatriz. -Mas não é... -Alex não terminou a frase, pois ouviu o som de vários ossos quebrando de uma só vez, ficando surpreso ao ver Harry em sua frente, segurando sua mão direita, uma dor latejante passou pelo braço do rapaz que segurou um grito quando o moreno soltou a mão. Pôde perceber claramente que além dos dedos tortos, o pulso estava quebrado como o resto da mão e alguns ossos apareciam sobre a pele, o sangue fluía abundantemente.

_Os dedos foram por você só a ter soltado no dois. -Falou Harry ficando a um palmo do rosto de Alex, que encolheu como se estivesse encurralado pelo próprio Voldemort. -O resto é por ser um babaca que só respeita as pessoas pela fama ou pelo status social. -Harry deu as costas para ele e foi até Hermione, que o olhava surpresa, pois não vira quando o amigo saiu do lugar. -Deixa eu ver seu braço. -Falou Harry, sem ligar ao ouvir o som de um corpo caindo.

_Rony! -Falou Hermione chocada, quando viu seu primo caído de costas e Rony massageando a mão.

_Ele está acordado. -Falou Rony pisando “sem querer” na perna de Alex. -E nem vem, que ele mereceu.

_Ele está certo. -Falou Harry pegando delicadamente o braço esquerdo de Hermione e analisando uma mancha grande e roxa aparecer rapidamente no local onde o primo dela havia segurado. -Ta doendo? -Perguntou tocando o local com leveza, fazendo Hermione soltar uma pequena exclamação de dor. -Fique quieta. -Falou Harry, colocando a mão esquerda a poucos centímetros do ferimento da amiga, e da palma da mão dele, surgiu uma luz dourada e que fez a dor desaparecer, assim como a mancha roxa. -Agora se você quiser, pode curar a mão dele, pois eu não vou fazer isso, e aproveita para acertar nariz dele também, pois Rony quebrou ele.

_Com você fez isso? -Perguntou Hermione, quando ele soltou o braço dela.

_Só tive vontade de fazer e aconteceu. -Falou Harry dando de ombros. -Depois conversamos sobre isso.


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Já era noite e Harry ainda estava nervoso, não gostara nada do primo da amiga, muito menos dos olhares que o maldito laçara a ela. O garoto estava deitado em sua cama no quarto em que ocupava na casa dos avós da garota, olhou para um relógio que estava na escrivaninha que ali havia, notando que já passava das duas da manhã, então desistiu de tentar dormir e resolveu dar uma volta pela casa, quem sabe Hermione estaria acordada.

Harry saiu de fininho para não fazer barulho, mesmo que Rony não estivesse no mesmo quarto que ele, pois não queria acordar ninguém na casa. Os anos de convivência com os Dursley’s ajudara nisso. Quando ele estava no corredor, resolveu ir para a cozinha beber um pouco d’gua. A casa naquele horário podia ser considerada assustadora, mas Harry gostara dali, pois era um lugar em que era bem vindo e tinha Rony e Hermione ao seu lado.

O moreno passou um tempo pensando em Hermione, sem se dar conta de quando chegou à cozinha. Ele parou de repente, tinha um movimento lá, então logo tratou de agarrar a varinha que trazia com ele, escondendo-a atrás de uma parede e olhou de esguelha para o interior da cozinha, quando viu mais uma vez a sombra passar perto de uma janela.

Ficou paralisado ao ver a silhueta de Hermione, que parou sob a luz do luar. A garota vestia uma camisola de alças que terminava pouco a cima do joelho, a cor clara e o material da camisola, a deixava quase transparente aquela luz, fazendo Harry estremecer, com certeza aquela noite de verão havia ficado bem mais quente do que já estava.

Hermione, que estava com os cabelos presos em um coque, encosta o copo suado do suco em seu pescoço, naquela região da Itália fazia muito calor no verão, e ingleses como Hermione e Harry ainda não estavam acostumados. A garota logo tirou o copo dali pra beber um gole do suco.

Harry, que inconscientemente havia se aproximado, vê uma gota descer o pescoço da morena e a apara com os lábios, fazendo-a pular e se engasgar com o suco.

_Noite quente, não é? –ele sussurra, enquanto ela se vira de frente pra ele, ficando a um centímetro da boca do moreno. Ela abre a boca pra falar algo, mas ele é mais rápido. –Posso? –sussurra com a voz rouca, apontando o copo na mão dela, mas sem deixar de encará-la de modo penetrante, mantendo o olhar dela preso no dele.

A garota apenas move o copo na direção dele, mas se surpreende ao ver que ele enfia o dedo no copo e apanhando uma das pedras de gelo que havia nele. Acompanhando a mão dele com os olhos, o vê por o gelo na boca e depois levá-lo a sua própria boca.

Harry sorri sedutor, vendo que ela parecia perdida, mas que correspondia a seus atos, ao entre abrir os lábios ao toque do gelo. Desceu a pedra pelo queixo e pescoço dela, beijando-lhe docemente os lábios e descendo, acompanhando o movimento da pedra.

Hermione sentiu todo seu corpo arrepiar ao toque dos lábios dele, pondo o copo na pia, a qual estava encostada, antes que o deixasse cair, sentia-se sem forças e buscava se apoiar na pia com suas mãos. Fechou os olhos e se concentrou nos lábios gelados percorrendo sua pele atrás da pedra de gelo.

Harry percorreu lentamente o lado esquerdo do pescoço e depois passou a pedra pelo colo da garota, chegando então ao lado direito do pescoço, por onde subiu, ainda distribuindo beijos provocantes, até novamente chegar aos lábios, mas desta vez, tomando-os de forma possessiva e avassaladora, fazendo-a se segurar nele, que a erguia. Deu alguns passos pra trás e a virou-se pra deitá-la sobre a mesa.

Hermione sentiu novamente a pedra de gelo em contato com sua pele quente, desta vez percorrendo seu pescoço um pouco mais rápido até chegar ao colo, onde novamente o gelo começou a circular lentamente. Uma de suas mãos passeava pelas costas nuas de Harry e a outra bagunçava ainda mais os cabelos negros.
Harry desceu pelo pescoço dela atrás do gelo, mas beijando-lhe o ombro enquanto abaixa uma das alças da camisola. Seus lábios se dirigiram ao colo, agora gelado, de Hermione, enquanto trocava o gelo de mão, usando a agora livre, pra baixar a outra alça, enquanto a outra fazia movimentos circulares com o gelo no seio dela, que gemeu quando ele chegou ao mamilo. O gelo logo passou ao outro seio, enquanto aquele era tomado pelos de Harry, quando ouviram algo.

Um miado alto e estridente de bichento veio da sala, onde se ouviu um resmungo. Harry e Hermione imediatamente se levantaram, ela se recompôs e olhou pra trás em busca de Harry que pragueja irritado e frustrado.

_Gato desgraçado. -Resmunga alguém que logo, para desagrado de Harry, ele reconhece como sendo o primo da amiga. -Nunca mais eu durmo no sofá. -Diz o garoto entrando na cozinha e acendendo a luz, sem perceber os dois de imediato. -Ow! -Fala Alex se assustando ao olhar na direção dos dois.

_Esse cara não tem muito amor à vida. -Sussurra Harry, mas Hermione ouve e cora levemente.

_Atrapalhei algo? -Perguntou Alex lançando um bom olhar para a prima, fazendo Harry resmungar algo num tom frio que fez Hermione se tocar.

_Não atrapalhou nada. -Falou Hermione rapidamente num tom de voz sério que somente ela poderia fazer num momento como aqueles. -Vim beber um pouco de suco e encontrei o Harry, mas já bebi. -Falou rápido se virando para Harry e lhe dando um beijo na bochecha, o deixando meio que sem reação. -Boa noite. -Fala saindo da cozinha e sendo seguida pelos olhares de Alex e Harry.

_Olha aqui, Potter. -Falou Alex chamando a atenção de Harry. -Cuidado com o que toca ou deseja, pois ela já tem dono. -Os olhos do garoto brilharam e sua voz carregava um tom obsessivo.

_Olhe aqui, Alex. -Falou Harry chamando o russo pelo primeiro nome de propósito como se fosse uma conversa entre amigos. -Acho melhor não ameaçar quem você não pode tocar, pois senão você acaba se machucando. -Uma sombra passa pelos olhos do moreno, fazendo Alex se arrepiar.

_Aquilo foi sorte. -Falou Alex se referindo ao que aconteceu a tarde. -Se eu tivesse lutado sério, não teria sobrado nem um pedaço dessa casa. -Quando terminou de falar, olhou nos olhos de Harry, que apenas sorriu e caminhou lentamente em sua direção.

_Se eu tivesse lutado sério, não teria sobrado nenhum pedaço seu. -Falou o moreno ao lado de Alex, num tom frio e cortante que fez o loiro tremer e suar frio. -E se você chegar perto de Hermione, uma vez que seja, eu posso lhe garantir que você iria preferir ser feito em pedaços a receber o castigo que eu lhe darei.

_Não se faça de valente. -Falou Alex.

_Valentia é uma característica dos grifinórios. -Falou Harry, só que dessa vez num tom divertido. -E se dúvida de minhas palavras. -O tom ainda estava divertido, mas algo sombrio se escondia por trás dele. -Experimente fazer algo com ela e eu juro que nem nos cantos mais sombrios, você conseguirá escapar de mim. -Quando Harry terminou de falar, a luz da cozinha se apagou e a escuridão caiu mais uma vez na casa, uma nuvem havia escondido a lua. -Espero que você durma bem. -Alex ouviu a voz de Harry dizer isso, mas parecia que o moreno já não estava mais ali.


N/A: Para aqueles que axam q eu esqueci das minhas fic eu digo q estao enganados................estarei atualizando a DD em pouco tempo t+.......fui.

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Comentários (1)

  • rosana franco

    Nossa que calor realmente a Italia é muuuuuito quente,espero que o clima entre os dois depois deste fato não fique ruim e eles se acertem logo,não gostei nem dos primos da Hermione e nem do neto do diretor acho que ele vai dar trabalho,reconheci os vampiros mas e os outros que sentiram a presença magica?Ainda não entendi muito bem esta história de dois em um(to meio lesada hj),o Harry vai procurar alguem pra ajudar com os novos poderes?

    2011-03-25
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