A Mansão Potter



- Capítulo 15 – A Mansão Potter



Alguns meses depois, Voldemort continuava realizando pequenos ataques deixando a população extremamente preocupada. E como eles eram feitos sem nenhuma noção o Ministério da Magia estava em alvoroço, ainda mais com os ataques aos trouxas, os quais eles não conseguiram omitir. Os olímpicos, no entanto, continuavam treinando e na espera das férias de verão, algo que não demorou a acontecer.

- Então assim que o trem chegar iremos para a sede da Ordem correto? – perguntou Hermione

- Sim. Tenho que ir buscar o Monstro, a casa tem um feitiço anti-aparatação. E eu também não o quero atrapalhando a Ordem. – disse Harry antes de abrir a janela pra deixar uma coruja entrar – É pra você Mione, Profeta Diário.

- O que é? – perguntou Rony, se sujando com o chocolate que comia, ao ver a cara dela.

- Ai meu Merlim. – disse ela exaltada – Fudge foi deposto!

- Como é que é? – perguntou Thiago indo ler o jornal

“Ministro Deposto

O até hoje ministro Cornélio Fudge foi deposto esta madrugada após o fim da investigação do seu governo pelo Conselho Bruxo que o elegeu.

Os mais cotados para substituir Fudge são, Alvo Dumbledore, membro do Conselho e atual diretor de Hogwarts; Amélia Bonnes, chefe do departamento do controle do uso indevido da magia e Quim Shacklebolt, chefe dos aurores.

Os dois últimos são os mais prováveis já que Dumbledore se recusa terminantemente a deixar a diretoria de Hogwarts.

Mais informações nas páginas 5, 6 e 7.”

- Quem não sabe que Dumbledore não ira aceitar? – disse Hermione voltando a sentar enquanto o trem seguia seu caminho.

- Parece que o pessoal já soube o que houve. – disse Thiago ouvindo as conversas aumentarem no trem.

- Bem agora eu sei porque Dumbledore não pode olhar minha casa antes. – disse Harry

- Por falar nele. Você pediu o Dobby e a Winky emprestados? – perguntou Thiago

- Sim. Ele disse que eles não irão fazer tanta falta em Hogwarts.

- Harry! – disse Hermione exasperada

- Ora Mione. O traste do Monstro não ira nos ajudar em nada! – disse ele revoltado mas reduzindo a vós ao falar – E eu vou pagar ao Dobby e a Winky assim que ela deixar.

- Mas nós podíamos fazer tudo. – resmungou ela cruzando os braços

- Ah claro e morrer entalados com a comida da Gina? – perguntou Rony – Não obrigado!

- Eu sei cozinhar... alguma coisa! – retrucou incerta Hermione. – Tenho livros de culinária.

- Mi, nós teremos dois elfos da luz como convidados. Seja Razoável. – disse Harry balançando a cabeça.

- Esta bem, vocês venceram. – disse ela irritada indo observar as árvores passarem rapidamente ao lado do trem.

A viagem corria tranqüilamente pelas montanhas e alguns alunos descansavam enquanto outros namoravam. O trio, mais Thiago estavam em uma cabine enquanto em outra estavam Isaias, Felix, Lyra e Juliana e numa terceira, Gina e Luna, estavam com Neville, e Draco provavelmente acompanhando a mãe. Mas nem tudo parecia calmo, pelo menos não pra Harry que dormia com o rosto colado na janela.

“Ele estava observando duas jovens sentadas a sua frente, em um campo florido. Uma ria sem parar e segurava uma Sakura, flor típica do Japão; enquanto a outra apenas sorria cativantemente com seus cabelos ruivos cobrindo seu rosto.

Mas derrepente o sonho mudou e agora ele descia escadas circulares imensas cobertas de cobras que se enroscavam entre-si, o caminho era extenso mas ao chegar ao fim havia apenas um chão de pedra puro, a não ser no centro do salão, onde dois círculos queimavam como uma barreira de fogo azul e vermelha protegendo um sol nascente e uma lua nova desenhados no chão.

Harry seguiu ao local mas assim que tentou tocar no fogo...”

Splash.

- Acorda cara! – riu Rony colocando a varinha pra trás.

- Seu trasgo! – bufou Harry completamente molhado pelo banho que deram nele.

- Bah! Nos já chegamos. – disse Thiago rindo também.

- Então? Vocês vêm ou não? – perguntou Hermione abrindo a porta de fora – Harry o que houve com você?

- Pergunta ao traste do teu namorado. – respondeu seco descendo do trem.

- Ronald Weasley! – exclamou ela batendo o pé.

- Você me paga Harry. – disse ele passando por ele com Hermione em seu encalço

- Esses dois. – riu Thiago.

- Depois eu cuido do senhor, Thiago. - disse Harry

- Glup. – fez Thiago antes de correr para perto de alguns colegas

Pouco tempo depois todos já estavam em carros cedidos pelo ministério, por ordem de Dumbledore para levá-los a casa dos Potter. Mas agora eles estavam se dirigindo à mansão Black.

- Aqui estamos, nós. – disse Harry indo até a porta enquanto o Sr. Weasley saia junto a Draco e a Sra. Malfoy que ainda não estava completamente recuperada. – Não vai demorar, volto já.

Algum tempo depois, cerca de 10 minutos ele voltava com o elfo berrando e segurando o tornozelo dele.

- Não mestre! Não! Não me separe da grande Senhora Black!

- Monstro! Controle-se! – gritou Harry jogando-o para dentro do carro

- Harry! – exclamou Hermione levantando o elfo indignada, enquanto este empurrava-a xingando.

- Me solta sua sangue-ruim!

- Ah, Mione esse ingrato já encheu! Não defende ele não! – devolveu Harry feroz pondo-o sentado em um banco.

- Mas... deixa pra lá. – disse ela com os olhos faiscando.

Mais uma hora de viagem onde eles nem enxergavam o que acontecia do lado de fora eles finalmente chegavam a Montreux, na Suíça onde ficava a nova Mansão Potter.

- Ali estão Dumbledore e o lobisomem. – disse Malfoy apontando a praça.

- Vamos logo os trouxas não podem nos ver. – disse Lupin, mas não sem antes falar com todos.

- Bela escolha por casa Harry. – disse Dumbledore caminhando junto a ele – Ah propósito fiz um feitiço antivisitas nela, só poderão ver a casa quem você escrever no livro.

- Que livro? – perguntou Harry

- Onde está o livro... – disse Lupin, que ouviu parte da conversa, olhando dentro dos bolsos da sacola que carregava. – Aqui Harry.

- O que é isso professor?

- Eu já lhe disse para me chamar de Remo. – disse Lupin parando em frente a um portão enferrujado caído ao lado – Escreva aqui o nome de todos.

- Ok. – disse assinando os nomes e vendo as caras de espanto e de surpresa de todos quando a imagem daquele lugar deplorável modificava mostrando agora um muro alto e branco separado por um grande portão de ferro preto com dois leões em pé e um “P” no meio.

- Um presentinho para você Harry. – disse Dumbledore tocando no portão que se abriu com um leve ranger permitindo a entrada de todos. – O Brasão dos Potter.

- Obrigado. – disse o garoto alisando o P antes de entrar e observar às árvores frutíferas espalhadas pelo enorme jardim.

- Uau! – exclamou Rony correndo para uma fonte que tinha quatro estatuas de bruxos, dois homens e duas mulheres jovens, jorrando água pela varinha.

- Nossa que lindas. – disse Juliana vendo as flores do jardim onde vários beija-flores voavam, pelo menos era assim que as fadinhas estavam parecendo de longe.

- O que é aquilo? – perguntou Felix apontando pra uma casa de vidro ao lado do jardim.

- Uma estufa. Tem plantas realmente interessantes lá. – disse Lupin andando até ele.

- Essa é a nossa casa Harry? – perguntou Thiago chamando a atenção de todos para a imponente casa que se erguia logo após os jardins.

A casa era na verdade uma mansão, baseada no estilo medieval, com várias torrinhas em cima no desenho de um castelo senhorial.

- Parece que sim.

- Caraca. – disse Hermione parando ao lado de Rony – É linda.

- E enorme. – disse Rony

- E é nossa. – disse Thiago se pendurando abraçado aos dois.

- Deixe-me avisar algumas coisas antes de vocês entrarem... – falava Lupin, mas ninguém ouvia.

O jardim às árvores, o chafariz, a estufa, e por fim a casa majestosa com suas janelas abertas e longas cortinas vermelhas balançando com o vento entontecia a todos e escondia o fato que os levava ali.

- Até que você tem bom gosto Potter. – disse Malfoy andando até a porta quando...

WRAP

Malfoy agora estava preso pela perna de ponta à cabeça por uma planta que saia de um dos vasos escondidos ao lado da pequena escadaria de entrada.

- Vocês deviam me ouvir. – disse Lupin se segurando para não rir. – Os donos da casa devem passar antes pelo arco para que as plantas não os ataquem.

- Ok. Agora da pra vocês me tirarem daqui? – disse Malfoy, pois a planta não deixava ele pegar a varinha.

- Lumus!! – disse Harry fazendo a planta recuar soltando Malfoy.

- Ai. – disse Malfoy se levantando com o braço dolorido – Da próxima vez que for me ajuda Potter, tenha mais cuidado.

- Porque ele teria? Vaso ruim não quebra. – disse Jorge passando logo atrás de Harry, que ao tocar na porta com a varinha fez com que ela se abrisse.

Logo em seguida um borrão verde saltou, sabe Merlim de onde, se agarrando as pernas de Harry e o derrubando no chão.

- Olá Dobby. – disse Thiago levantando Harry do chão.

- D-desculpe Srs. Potter, mas Dobby estava com muitas saudades dos senhores. – disse ele torcendo as orelhas – Dobby mau! Dobby mau!

- Dobby! O que eu te disse sobre ficar se maltratando? – falou duramente Thiago.

- D-desculpe. – disse novamente, mas dando um pulo depois – Ops!

- E eu já disse que você não é nosso escravo para ficar pedindo desculpas o tempo todo... – falou pela milésima vez Harry.

- Elfos domésticos devem sempre obedecer a seus mestres Dobby. – disse uma voz severa e chorosa escondida em um canto do saguão de entrada.

- O que faz escondida Winky? – perguntou Hermione que puxava Monstro pela mão.

- Estou no meu local de submissão, libertadora de elfos. – disse a Elfa com amargura.

- Eu desisto desses elfos. – disse Harry balançando à cabeça inconformado – Winky leve as garotas ao quarto delas.

- Por aqui. – disse a elfa estralando os dedos e fazendo as malas flutuarem pela esquerda da escadaria.

- Dobby leva os senhores. – disse o Elfo levando as malas após fazer uma cara feia pro Monstro que resmungava coisas inaudíveis.

- Faça isso Dobby. – disse Harry sorrindo com a cara feia de Dobby e depois virando para os garotos – Podem ir. Tenho que falar com Dumbledore e o Prof. Lupin.

- Remo, Harry apenas Remo. – disse Lupin entrando numa sala lateral.

- Você fica aqui Monstro. – disse Harry sentando-o forçadamente numa poltrona da entrada. – Quando eu terminar aqui verei o que farei com você.

- Sim senhor. – disse o elfo com os braços cruzados enquanto resmungava – Escória do mundo bruxo, mestiço imundo.

Logo depois Harry entrou e se sentou em uma poltrona em frente a uma lareira com Dumbledore sentado a sua esquerda e Lupin sentado a direita, cada um em uma respectiva cadeira, observando o garoto que apenas tamborilava os dedos uns nos outros olhando a fumaça que saia das chamas apagadas.

- E então Harry? – perguntou Lupin. – O que você queria falar conosco?

- É sobre sua vinda para essa casa? – perguntou Dumbledore com o olhar preocupado.

O garoto nada respondeu, apenas levantou tirando um pequenino espelho do bolso e pondo-o na mesa em pé.

-Engorgio!! – disse ele fazendo o espelho crescer e tocando no vidro aquoso quando terminou – Galadriel?

- Harry? – perguntou uma voz de dentro do espelho que se remexeu até formar a imagem dela olhando o espelho.

- Sim sou eu. Você poderia vir me ajudar aqui? – perguntou ele pondo a mão dentro – Acho que vou precisar de sua ajuda.

- Aqui estou. – disse ela saindo do espelho segurando a mão dele – Hmm vejo que tem companhia.

- Sim. –disse Harry vendo a cara de surpreso de Lupin e o olhar intrigado de Dumbledore sobre a mulher – Esta é Galadriel.

- O que foi isso Harry? – perguntou exaltado Lupin

- Acalme-se Remo. –disse Dumbledore apertando a mão dela – É um prazer conhecê-la.

- O prazer é todo meu Alvo Dumbledore. – disse ela cumprimentando-o também - E você deve ser Remo Lupin. Amigo dos pais de Harry.

- Estou esperando Harry. – disse Lupin após cumprimentá-la com má vontade.

- Bem, tudo começou nas férias... – e Harry contou tudo que aconteceu com os descendentes divinos desde o inicio até aquele momento omitindo alguns detalhes enquanto Galadriel apenas interrompia contando algumas coisas que foram “permitidas pelos deuses” como ela dizia.

- Entendo. – disse Dumbledore cansado ao ouvir tudo. – À algum tempo venho percebendo um aumento da magia em Hogwarts, deve ser devido a isso.

- Porque tudo acontece com você? – perguntou Lupin a Harry

- Não tive muitas escolhas. – sorriu ele – Posso ter perdido meus pais e nada nem ninguém substituirá eles. Mas se não fosse por isso jamais teria feito tudo o que fiz. E jamais me perdoaria se um amigo meu estivesse no meu lugar. Então acho que o meu destino é ser o que sou. O-menino-que-sobreviveu ou qualquer nome que eles estejam me chamando agora.

- Ah Harry, tenho medo que assim como tiraram sua inocência possam tirar o amor que seus pais lutaram para que você tivesse. – disse Lupin.

- Não se preocupe isso não vai acontecer. – disse Harry olhando um quadro na parede

- Mas então vocês vieram para cá para “treinar”? – perguntou Dumbledore – Você não acha muito cedo para vocês entrarem em um campo de batalha?

- Não vamos atrás dele, “ainda”. Apenas vamos aprender como nos defender e usar nossos poderes. – riu Harry – Acho que vocês deviam deixar de nos tratar como criancinhas.

- Hum. – fez Dumbledore olhando desconfiado e ao mesmo tempo sorrindo – E os seus mestres? Estão para chegar certo?

- Sim. Os eles devem chegar dentro de alguns dias. Hoje nós descansaremos e a partir de amanhã iremos preparar a casa para que ela possa recebê-los bem. – disse Harry firme.

- Elfos da Luz. Isso vai ser interessante.

- Concerteza. – disse Harry sorrindo

- Você está cada dia mais parecido com o seu pai. – riu Lupin

- É bom saber disso. – disse Harry sorrindo.

Enquanto isso Winky levava as garotas pelo corredor da esquerda, que só tinha três portas uma de um lado e duas do outro, entrando no lado que só tinha uma.

Assim que entraram as garotas davam voltas pelo quarto redondo vendo as paredes e os quadros de belos rapazes da antiguidade dançando em círculos enquanto um mais forte cantarolava e distribuía vinhos a todos.

- Este será o quarto das senhoritas. – disse a elfa colocando as malas em suas respectivas camas próximas a janela.

- Uau. – disse Lyra. – É o Harry tem bom gosto.

- Não tenha duvida disso. – disse Hermione rindo da cara de Gina com os comentários.

- O banheiro fica na porta a frente. A outra porta será o quarto da Srta. que irá chegar depois. E segundo ordens deve ficar fechado. – disse a elfa como se tivesse lendo um papel.

- Já sabemos. Recebemos o aviso de Galadriel. – disse Luna se sentando numa bancada – Vamos ver os meninos?

- Pode ser. – disse Gina com esperança de ver Harry.

Já no lado direito se encaminhavam os garotos. Dobby já havia explicado tudo e eles apenas conversavam amigavelmente.

- Muito bonita a casa. – disse Isaias enquanto olhava o jardim pela janela.

- Bonita sim. Mas nada comparada a antiga Mansão Malfoy. – disse Draco olhando o quadro – Pelo menos tínhamos um quarto por hospede.

- Aqui também temos, ex-senhor de Dobby. – respondeu o elfo com altivez enquanto Malfoy o olhava de cima a baixo – Só que o Senhor Potter exigiu que ocultássemos eles pois vocês deveriam dormir juntos. Ele disse algo sobre se relacionarem melhor.

- Quer dizer que... – disse Fred com a sombrancelha levantada

- ... todas as tapeçarias que vimos até chegarmos aqui são quartos? – completou Jorge olhando o elfo ameaçadoramente

- Nem todos. – disse o Elfo chegando para trás – Mas as que são, tem um feitiço protetor que impede que qualquer um sem ser os Senhores Potter entre.

- Temos que conversar com o Harry, Jorge.

- Concerteza, Fred.

- Ah vocês dois fiquem quietos! – disse Felix jogando almofadas nos dois.

- Nos fale sobre as outras tapeçarias Dobby. – disse Thiago querendo conhecer sua casa.

- Bem, não sabemos todas porque não tivemos tempo de olhar, mas neste mesmo corredor tem uma sala de banho, a que tem uma tapeçaria com desenhos de uma piscina; e temos também uma sala com alguns itens trouxas, que nós elfos não sabemos. É a tapeçaria com o desenho de duas bolas com um traço no meio.

- Hmm. Sala de ginástica? – perguntou Felix pra Isaias com uma cara sonhadora

- Provável. – riu Isaias – Mas nem pense em se enfurnar la dentro.

- Sala de ginástica? O que é isso? – perguntou Rony ao ver Felix murchar.

- É uma sala cheia de aparelhos que servem para fazer exercícios físicos e melhorar condicionamentos. – disse Hermione entrando no quarto

- Hey! Bate na porta antes de entrar. – disse Jorge que estava pondo uma camisa

- E se nós estivéssemos “há vontade”? – completou Fred rindo

- Ora, não encham. – disse Juliana pulando na cama de Isaias

- E o Harry? – perguntou Gina a Thiago

- Ainda nada. - disse ele seguindo até ela a abraçando – Será que Dumbledore vai permitir?

- Hey que negocio é esse com a nossa irmã? – perguntaram os gêmeos.

- Glup! – fez Thiago correndo para trás de Gina.

Enquanto isso no escritório estavam Harry, Lupin, Dumbledore e Galadriel conversando.

- Quer dizer que o Tom, chegou a esse ponto... – disse Dumbledore triste

- Dumbledore, sei que você acredita nas pessoas e que elas podem mudar. Mas no caso de Voldemort. – disse Harry levantando – Acredito no mesmo que Hagrid, Tom Riddle não tem humanidade o suficiente para isso.

- Concordo com isso também. – disse Lupin – Mas então vamos almoçar? Os elfos tiveram grande trabalho pra preparar uma refeição descente enquanto trabalhavam conosco.

- Realmente. – disse Harry – Nos acompanha Galadriel?

- Certamente. – disse ela levantando e indo até ele

- OK. – disse Harry apontando para frente e chamando – Dobby!

No quarto...

Estavam conversando quando de repente Dobby deu um pulo e desapareceu deixando todos curiosos menos Malfoy e Winky.

- Que foi? Nunca viram um elfo sendo chamado pelo seu dono? – perguntou Malfoy rindo

- Fica quieto babaca. – disse Lyra fechando a cara e indo para o outro lado do quarto, contrário ao de onde ele estava.

No saguão

Bang – fez o elfo quando apareceu à frente dos quatro – O senhor Potter chamou?

- Sim Dobby. Por favor, chame todos para o almoço. – disse Harry

- Ah sim. Já está tudo preparado lá fora senhor.

- Então vamos. Ah, peça a Winky para alimentar o Monstro e depois levá-lo para o quarto dele.

*****

Já havia se passado alguns dias que eles haviam chegado ali, metade da casa já estava arrumada, mas o restante dos cômodos, nem mesmo os elfos domésticos conheciam. Os Olímpicos continuavam seu treinamento, agora com a ajuda de Lupin que ficou na casa para segurança deles. Galadriel aparecia duas a três vezes no dia e ia aos quartos reservados aos elfos ficando lá durante horas, apesar de muitas vezes supervisionar os treinos deles.

- O que ela faz tanto lá dentro? – perguntou Thiago a Harry enquanto desciam escadas circulares levando candelabros para o porto subterrâneo.

- Não sei. – disse Harry parando – Chegamos. Acenda as velas enquanto eu dou uma olhada por aqui.

- Cuidado. – disse Thiago enquanto Harry vasculhava o local com a iluminação da varinha.

- Ahm. Thiago. – chamou Harry após alguns segundos

- Que foi? – perguntou o garoto alarmado

- Não precisa acender mais velas. – disse Harry cheirando algo nas mãos. – Traga uma vela.

- To levando. – disse o garoto que já estava no meio do caminho vendo Harry por o dedo em um liquido que havia nas laterais da câmara. – O que é isto?

- Algum tipo de combustível. – disse pegando a vela – Provavelmente um candelabro corrediço. Vamos ver se ainda funciona.

Após atirar a vela no vão, o corrimão começou a se acender rapidamente espantando os dois enquanto iluminava as paredes e colunas altas ornamentadas com belos quadros, desenhados diretamente nelas, e a piscina grande e funda ligada ao lado de fora.

- Nossa, bonito aqui. – disse Thiago andando. – O que são essas escrituras?

- Não sei. Provavelmente runas antigas. Depois perguntamos a Mione.

- Srs. Potter. – chamou Dobby a entrada – os Srs. Tem visita.

- Quem é Dobby? – perguntou Harry estranhando

- O duende Grampo.

- Ah sim, leve-o para o escritório, já iremos lá. – disse Harry pegando o caderno no bolso e anotando o nome de Grampo.

Alguns instantes depois Harry já estava sentado junto a Thiago e ao duende que carregava um pergaminho extremamente grosso, enrolado embaixo do braço.

- A que devo a visita Grampo? – perguntou Harry

- Trouxe uma lista com todas as informações que consegui obter sobre propriedades, lojas, empresas, animais e principalmente cofres em Gringotes.

- Cofres? – perguntou Thiago enquanto o duende abria o pergaminho na mesa.

- Deixe-me ver. – disse Harry começando a ler – 6 propriedades espalhadas pela Europa, 4 em diversos lugares do mundo, 3 redes de lojas em associado, aluguel de 2 lojas na Inglaterra, 1 no Beco Diagonal e 1 na Travessa do Tranco, um “ rebanho” de Gira-giras, usados na produção de doces, 1 dragão olho de Opala, e 3 Crupes em uma casa na Alemanha, 1 Hipogrifo que está nas propriedades de Hogwarts e 1 seminviso que vive na antiga Mansão Potter além da rede “ trouxa” Griffon Empreendimentos que é dona de diversos Shoppings, Hotéis, Empresas e Prédios, além de algumas lojas.

- Antiga Mansão Potter? – perguntou Thiago enquanto Harry via os nomes das lojas e empresas pertencentes a Griffon.

- Não a casa onde aconteceu... é a casa dos pais de Thiago Potter, seus avós.

- Ok, continuando,... 2 contas em bancos trouxas e cerca de 5 cofres em Gringotes, dois contendo ouro e jóias pertencentes aos Black, sendo que um terceiro que os pertencia foi dado a Nymphandora Tonks, e 2 cofres pertencentes aos Potter, contendo ouro, jóias e alguns outros objetos.

- Hm, está faltando 1 não é? – perguntou ao duende Thiago

- Precisamente. – disse o duende se erguendo e indo até Harry entregando-lhe uma pedra avermelhada.

- O que é isso Grampo? – perguntou Harry olhando a pedra que parecia ter sido esculpida pelo homem e não pela natureza.

- A chave do último cofre. Uma chave mágica, precisamente falando. Apenas aqueles que tiverem sangue de Gryffindor poderão usá-la para abrir o cofre.

- Mas nós somos Potter e não Gryffindor. – retrucou Harry

- Desculpe senhor Potter mas esta chave esta em seu cofre a alguns muitos anos, alem do que ela só pode funcionar em lugares que apenas Gryffindors tem acesso. E como os Potter são uma das famílias mais velhas e respeitadas do mundo Bruxo ela pode muito bem ter tido alguma ligação com os Gryffindor inclusive ligação consangüínea.

- Mas... – disse Harry pensando logo depois que isso poderia ser verdade já que objetos pertencentes a Godric já o ajudaram.

- Só a 1 jeito de descobrir. O senhor deverá tentar abrir o cofre. – disse o duende.

- Então vamos logo. – disse Harry já jogando pó de flú na lareira. – Isso pode explicar muita coisa. Gringotes!!

- Vamos também. – disse Thiago entrando na lareira e levando o duende junto.

- Nossa como vocês demoraram. – disse Harry parado em frente a lareira.

- Nós demoramos ou você correu demais? – perguntou Thiago com a sombrancelha levantada.

- Antes que o Sr. corra novamente. – começou o duende pegando o pergaminho e enfeitiçando ele – Toda vez que os senhores quiserem saber algo sobre suas propriedades podem escrever no pergaminho que ele mesmo o informará.

- OK. – disse Harry – Vamos logo.

- Por aqui. – disse o duende abrindo a portinhola de um vagão e deixando os outros se arrumarem – Estão prontos?

- Como? – perguntou Thiago quando os cintos se mexeram sozinhos prendendo a todos fortemente nas cadeiras.

- Medida de segurança, não se preocup... – disse o duende mas ninguém ouviu o final pois o vagão começou a correr rapidamente.

O vagão começou primeiro em alta velocidade por um labirinto de passagens cheias de curvas, foi então que o vagonete começou a pegar mais velocidade e o duende falou.

- Se abaixem!

Segundos depois estavam todos agachados enquanto o vagão trocava da posição de 180 graus para a de 90 graus fazendo todos se sobressaltarem enquanto passava por um lago de lava e saindo logo depois acima de um rio subterrâneo escuro jogando água por todos os lados, mas ao invés de reduzir a velocidade como fez anteriormente ele continuou seguindo em frente numa velocidade vertiginosa só reduzindo ela quando tiveram que passar por dois imensos dragões que guardavam a entrada de uma outra caverna dentro da parede.

- Onde estamos? – perguntou Harry ao perceber que os cintos se soltaram.

- Chegando nos cofres mais antigos de Gringotes. – disse o duende antes de abrir uma imensa cortina de visgo que descia do teto da caverna com um estalar de dedos.

- Uau! – disseram os dois quando viram um pequeno lago azul a sua frente com uma cachoeirinha caindo lentamente nele e fazendo pequenas ondulações, além das estalactites estalagmites de cor transparente que espalhadas pelo local iluminavam muito bem o local.

- Por aqui. – disse o duende apontando pra um dos arcos moldados pelas estalactites e estalagmites.

- O cofre não tem numero? – perguntou Harry olhando pra Grampo.

- Este e um dos cofres mais velhos de Gringotes, Sr Potter e por isso que não são identificados, tem uma magia antiga permitindo apenas os herdeiros para entrar – ele faz um gesto para que Harry prossiga – Você deve ir na frente do cofre e falar o seu nome.

- Er... Onde está a porta? – Pergunta Thiago logo atrás dele e Grampo dá um tapa na testa e fala.

- É só senhor olhar diretamente para a parede e falar seu nome.

- Vamos lá então – Harry respira fundo e encara a parede em sua frente –Eu sou Harry James Potter – ele esperou durante um tempo, mas nada acontecia.

- E se eu? – sussurrou Thiago antes de ficar a frente do brasão – E eu sou Thiago Potter.

Quando eles estavam para desistir, uma voz forte apaga o feitiço de ilusão e uma porta enorme com um brasão com dois leões deitados um acima e um abaixo de um “G” aparece em frente a eles.

Quando Harry se aproxima, ele toma um susto quando o primeiro leão no brasão fala.

- Sejam bem vindos Harry James Potter e Thiago Potter ao cofre ancestral da família Gryffindorr – Harry fica um tempo em choque – Vamos lá, sou um leão, mas eu não mordo – o leão fala jocoso enquanto o outro apenas ri.

No começo Harry fica ainda chocado, mas logo ele começa a rir.

- Você tem o humor um pouco selvagem não? – pergunta Thiago atrás de Harry

- E o que seu pai e seu avô sempre nos falavam – diz o segundo leão olhando para Harry.

- Você conheceu meu pai? Meus avós?

- Entrando nesse cofre você os conhecera também –Harry olha para Grampo que entende e fica no vagão. – Você tem a chave não?

- Sim. – disse Harry pegando a pedra avermelhada e colocando no centro do brasão.

- Os dois juntos, por favor. – disse o outro

Após uma girada a pedra brilhou forte e depois perdeu a cor enquanto a porta tremia liberando um pouco de poeira existente por ali e subindo para um compartimento em cima.

- Nos vemos lá dentro. – disse um dos leões antes de desaparecer.

Harry entrou no cofre segurando a mão de Thiago, ele era imenso, com vários moveis, pinturas, esculturas, pilhas de dinheiros, jóias e livros de vários tipo, ele podia facilmente pensar que se alguém quisesse morar ali dentro com certeza viveria uma vida confortável.

- Gigantesco. – disse Harry olhando alguns quadros que pareciam estar em sono profundo enquanto uma leve poeira cobria a todos.

- Parece que temos visitas. – disse uma voz feminina ao fundo do enorme cofre – Estamos aqui.

Harry tomou um susto, mas logo se aproximou do quadro que tinham dois senhores idosos que ele já havia visto em algum lugar.

- Não nos reconhece mais meu jovem? – perguntou o Senhor idoso.

- Ora. É natural. Ele só nos viu quando tinha apenas alguns meses.

- Vô, vó? – perguntou Harry com os olhos começando a umedecer.

- Exatamente. – disse o Senhor se levantando. – Sou Richard Potter. Seu avô.

- E eu sou Marianne Potter sua avó.

- Eu... – começou Harry, mas não conseguiu continuar, pois agora as lágrimas desciam fracamente – Eu gostaria de tê-los conhecido. D-desculpe vocês morreram por minha causa certo?!

- Ora meu querido. Não diga isso! – disse Marianne se levantando exasperada.

- Harry! – exclamou Thiago – Não se esqueça que não foi apenas a sua família que foi destruída....

Harry olhou curioso para os dois que sorriam um para o outro como se já se conhecessem a tempos.

- E quem é esse jovem? – perguntou Richard

- Ah sim... ele é um Potter. Thiago Potter meu irmão mais novo.

- Como assim? – perguntou Richard – Thiago só teve um filho... você.

- É que bem, ele também não tinha família assim como eu. E quando nós nos vimos uma ligação de irmão se formou e acabei por adotá-lo, uma história compriiiida.

- Nossa... Godric não me contou isso. – falou Marianne para Richard – Ele me disse que nosso descendente estava aprontando mas não nos contou sobre isso.

- Godric? – perguntou Harry.

- Godric Gryffindor? – Perguntou Thiago – Ele está aqui?

- Ora mais é claro, onde vocês acham que o seu antecedente estaria? – falou um leão real ao lado de Harry

- Como? – fez Thiago pulando pro lado de Harry quando o outro leão se esfregou nele.

- Estes são Lion e Noil gêmeos leões que protegem este cofre e todos os Gryffindors. – disse Marianne rindo. – Mas como ele dizia, os Potter são descendentes dos Gryffindor assim como muitas outras famílias do seu mundo atual.

- Mas então porque apenas nós pudemos entrar? – perguntou Thiago

- Porque os Potter foram escolhidos pelo ultimo Gryffindor. Para representá-los no mundo bruxo.

- Acho melhor vocês irem até o fundo do cofre para pegar a moldura dele. Ele não irá falar com vocês de primeira, mas seria bom que vocês tivessem ela ao seu lado sempre pra que ele pudesse dar bons conselhos a mentes tão perigosas como as suas.

- Aqui. – disse um dos leões entregando um quadro que estava em branco com uma moldura dourada entrelaçada com fitilhos vermelhos.

- Mas então... – começou Harry

- No momento certo você saberá jovem Potter. – disse o Noil empurrando-os para fora – Agora vocês devem ir. Um mensageiro nos informou que vocês estão muito ocupados.

- Vó, posso levar vocês? – perguntou Harry já na porta.

- Em outro momento meu querido. – disse ela dando um adeus

- Até logo meu neto! Meus Netos!! – berrou Richard de longe dando adeus também.

- Podem ir. – disse o leão ao chegar na porta do cofre. – Nós ficaremos aqui esperando o momento certo de sairmos de nossa função ou de defendê-los descendentes de Gryffindor.

- Até mais. Lion, Noil!! – disseram os dois seguindo até o vagão e saindo em silêncio enquanto Harry apenas sorria bobo sussurando “Meus avós”.

- Irei colocar o cofre dos Gryffindor em seus nomes senhores Potter. Desejam mais alguma coisa? – perguntou o Duende quando chegaram próximo a lareira.

- Não. Obrigado, Grampo. – disse Thiago vendo que Harry ainda estava abalado. – Vamos Harry o pessoal deve estar preocupado.

- Vamos. – disse Harry entrando na lareira junto ao irmão e gritando – Mansão Potter!

**

- Harry! Thiago! Onde vocês estavam! Será que vocês não tem juízo! – começou Hermione enquanto Lupin e Dobby os ajudavam a levantar.

- Mione. Depois o sermão. – disse Gina ao ver a cara de Harry. – Vocês dois vão já se arrumar. Os Elfos vão chegar em breve. E vocês devem estar pelo menos apresentáveis.

- Como? – disse Harry acordando dos seus devaneios. – Vamos Thiago. Remo pendure este quadro em cima da lareira.

- Mas ele está em branco! – disse Lupin, mas eles já haviam sumido. – Bem, se ele pediu.

**

Pouco tempo depois todos estavam na entrada subterrânea da mansão completamente iluminada pelo archote corrediço e com várias folhas e flores arrumados de maneira exata por todo os espaços por Galadriel.

- Não se esqueçam dos seus nomes! – disse ela quando uma névoa densa começou a entrar pela ligação com o lago.

A névoa cobriu quase tudo menos a água que continuava a brilhar de modo intenso, quando alguém interrompeu com um gritinho apontando para o céu onde algo parecendo um navio com muitas velas descia navegando pela névoa até aterrissar no lago por fora lentamente causando leves ondulações até que chegou na entrada do porto onde eles finalmente conseguiram distinguir duas imagens em sombras atrás da névoa.







N/A: Eu sei... ñ tá essas coca-cola toda... mas bem.... eu dei o meu melhor... em breve(ñ sei quando) trago o capítulo 16. Que ñ tem ainda um nome definido. Alguns leitores assíduos das fics aki da F&B deve ter notado certa semelhança entre algumas coisas que apareceram neste capítulo com o que acontceceu em outra fanfic(Harry Potter e o Espelho Real) é que neste capítulo eu tive ajuda do Kawa pra escrever a parte do cofre. :P Então este capítulo é destinado a ele.

N/B: Lyra assim q vc puder beta este cap...

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.