O Segredo de Rony Weasley

O Segredo de Rony Weasley



-CAPÍTULO DOIS-







O segredo de Rony Weasley







Harry escutou algo de vidro se quebrar quando ele tateou o criado mudo e apanhou os óculos. Quando olhou para o relógio, que marcava três da manhã, chegou à conclusão que não poderia mais ficar deitado na cama sem ao menos conseguir tirar um cochilo. A insônia dava-se porque sua mente não parava de pensar em Draco Malfoy. – Afinal – Harry dizia para si – Até quando vou ficar me torturando? Por fim, desistiu de esforçar-se contra a insônia e decidiu sair do dormitório para desanuviar as idéias. A sala Comunal da Gryffindor não estava sozinha. Impressionado, deparou-se com Rony afundado na poltrona enfrente a lareira.



Também não consegue dormir? – Rony disse erguendo a sobrancelha, um tanto pego de surpresa por imaginar que ninguém apareceria por ai naquelas horas.

Eu só vim beber água – Harry mentiu.

E a jarra de água ao lado da sua cama? – Rony indagou.

Esta vazia, os elfos devem estar em greve – Harry mentiu pela segunda vez, dando um sorriso cínico e fazendo uma anotação mental de quando entrar no quarto, esvaziar a jarra com um feitiço.

- Você tem agido de maneira estranha desde sábado. Maltratou a mim e a Mione quando perguntamos se você queria nos dizer algo – Rony comentou, zangado.



Harry abriu a boca, indignado e pronto para protestar mas Rony o cortou – "e ainda você foi se deitar sem nos dar uma palavra". – ele concluiu, baixando as sobrancelhas. Harry sentou-se na poltrona ao lado, achando que qualquer desculpa seria melhor que a verdade. Mas qual verdade? Harry tentou colocar seus pensamentos em ordem, precisava chegar a uma conclusão. Ao lembrar dos misteriosos olhos do Malfoy através das prateleiras, sem imaginar que eram dele, Harry sentiu um aperto no coração. Os olhos de Malfoy expressavam uma pureza e paz se espírito que lhe causava um Clímax inexplicável. Estaria ele verdadeiramente, amando seu rival?



"Não seja grotesco" – Harry pensou – "Esses sentimentos estão misturados". Ao lembrar de Rony ao seu lado, decidiu contar algo que não tivesse menção ao nome do Malfoy.



Eu sinto muito – Harry conseguiu dizer, afinal precisava despistar o amigo – De manhã eu também vou conversar com a Hermione. Eu fiquei irritado ao escutar um boato que Snape estava tentando me impedir de jogar Quadribol. – ele mentiu pela terceira vez.

É mesmo? – Rony disse surpreso, não esperava que Harry fosse ceder tão cedo e abrir o jogo – Então na próxima aula de poções na terça-feira, vou jogar umas bombas de bosta do escritório dele – Rony concluiu com um soco amistoso no ombro direito de Harry, seguidamente, colocou-se de pé – eu preciso me deitar, aquela dorzinha nas costas esta me matando!

Espere um instante – Harry segurou Rony pelo braço – você não me disse o que fazia aqui sozinho.

Nada! – Rony respondeu depressa demais, ao perceber seu erro corou loucamente e tentou reparar – eu estava estudando – ele apanhou um livro de poções na mesa redonda do centro da sala – Não estou muito a fim de tomar bronca do Snape, não é?

Harry deu com os ombros, mostrando não acreditar, contudo resolveu se recolher. Desconfiava de algo em Rony, e não se deu por vencido. Despediu-se do amigo que disse que não ia dormir mais, e que resolvera estudar um pouco mais. Dentro do quarto, Harry apanhou a capa de invisibilidade e retornou mansamente para a sala Comunal. O livro de poções jazia ao lado da lareira, e Rony caminhava nervoso na sala, de um lado para o outro. Harry quase não percebeu alguém atravessando a passagem da mulher gorda.



Rony aparentemente deu um fim a sua aflição ao ver o rosto de um garoto sair debaixo de uma capa preta, Harry o reconheceu de imediato: era Justino Finch-Fletchley, da Hufflepuff! O garoto que anos antes, acusara Harry de ser o Herdeiro de Slytherin, que tinha vindo para reabrir a Câmara Secreta! Harry, pressentindo que logo seria descoberto, encaminhou-se silenciosamente para um canto da sala, de frente para o sofá, afim de não ser pego. Depois de darem uma olhada rápida ao redor, Rony tomou o garoto em seus braços e os dois começaram a se beijar ferozmente. Com muita pressa, arrancaram suas roupas, ficando apenas de roupas de baixo. Ambos exibiam um grande volume apertado dentro da sunga. Rony deitou-se no sofá e Justino foi para cima dele. Harry sentiu um início de excitação ao ver os dois namorando. Primeiro, ficou horrorizado ao vê-los se beijando, agora admirava o corpo dos dois.



Fletchley, de cabelos louros e olhos verdes, deixaram Harry a ponto de entrar em êxtase! O corpo liso, pele branca, levemente bronzeada. Para dezesseis anos, Justino Finch-Fletchley ainda tinha muito de um menino, menos o membro que começou a pulsar para fora da sunga. Rony apanhou-o e começou a acariciá-lo com a língua, engolindo-o logo em seguida. Justino foi ao delírio! Inclinou a cabeça levemente para trás, de olhos fechados e soltando pequenos gemidos, movimentou os quadris, obrigando Rony a engolir seu membro quase por inteiro. Rony acariciava os testículos de Finch com a mão direita, e ele passou a mão para as costas do menino, enfiando a mão esquerda dentro da sunga, e apalpava o bumbum do garoto com muita vontade. Logo os dois estavam completamente nus. Justino ajoelhou-se ao lado do sofá, para poder chupar Rony que estava sentado. Ele tocava o pênis de Rony com delicadeza e o engolia de forma que Rony contorcia-se todo de prazer.



Os dois chegaram ao orgasmo juntos, apenas no sexo oral, deixando Harry um tanto decepcionado, já que ele esperava por uma penetração. No grande momento, Rony e Justino estavam chupando um ao outro ao mesmo tempo. Os discretos gemidos deixavam Harry com alucinações. Ele não resistiu e descobriu-se acariciando o próprio pênis. O massageou o membro e continuou olhando os dois que estavam transando loucamente. Harry sentiu as pernas tremerem no instante em que sua mão se encheu de prazer e o fez gozar.



Justino já estava vestido quando Harry terminou de se limpar silenciosamente, ele correu para seu quarto, antes que Rony entrasse lá e desse por falta dele. Em menos de um minuto, Rony entrou no quarto, depois de certificar-se que Harry não havia saído de lá, deitou-se na sua cama e fechou a cortina. Harry já estava coberto quando ele entrou no quarto. Não se deu ao trabalho de fingir que dormia porque sua cortina estava fechada.



Então era isso: Harry não era o único que tinha segredos. Rony Weasley – seu melhor amigo – também era igual a ele. Harry jamais, mesmo em seus sonhos mais delirantes, havia cogitado este lado de Rony. Nunca teve motivos para suspeitar do amigo. Se na própria Gryffindor havia sob o conhecimento de Harry duas pessoas (incluindo ele), o que haveria então de secreto em todo o castelo? E era certo pensar desta maneira, porque mesmo até o dia anterior, Harry não sabia que ele sentia-se atraído por garotos. Isso podia ser aceito sobre um determinado ponto de vista, tomando por exemplo o caso de Rony: o menino estava namorando um garoto mais "receptivo" aos olhos dos Gryffindors, entretanto Harry não estava apaixonado apenas por um Slytherin – ele amava Draco Malfoy, o seu maior rival em todas as classificações possíveis sobre o teto de Hogwarts. Fora dos portões, ele só odiava a Lord Voldemort. Por sabedoria, Harry tomou uma decisão drástica (que poderia mudar rapidamente). Ele concluiu que fazia menos de três meses que ele estava em luto por seu padrinho Sírius Black e também tinha acabado de perder totalmente o seu interesse por Cho Chang, da Ravenclaw.



Com base nestas ocorrências, enganou-se dizendo para seu ego que ele misturou seus sentimentos, que ele estava carente e sentia apenas compaixão por Draco Malfoy – porque o pai dele iria a julgamento depois do inquérito aberto pelo Ministério da Magia.



- É mentira! – Harry disse abafando a voz com a mão, socando o travesseiro logo em seguida – Deus! Porque eu o amo tanto? Porque ele tem que me odiar? Porque meu coração dispara quando ele olha nos meus olhos? Porque minhas pernas tremem quando eu ouço a sua voz? – Harry estancou seus soluços quando seu coração não agüentou mais e o fez explodir em lágrimas todas as perguntas que ele não tinha respostas.



Ele dormiu murmurando febrilmente o nome de Draco Malfoy.



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