Capitulo 1



N/A- Gente, isso é só uma fic, não fiquem achando que eu enlouqueci!

Isso é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com pessoas, fatos ou acontecimentos reais terá sido mera coincidência! Bom, nem tanto, o 1º capítulo foi mesmo um sonho que eu tive... mas é só.



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CAPÍTULO I



Quando a realidade se funde com a ficção os resultados são imprevisíveis. E quem poderia contar uma dessas histórias sem ser taxado de louco?

Quem acreditaria em mim se eu contasse que ele me visita todas as noites?

Quem acreditaria se eu contasse que, em cada momento de tristeza ou preocupação, ele surge para me envolver em seus braços, enxugar as minhas lágrimas e dizer que tudo vai dar certo?

Quem? Ninguém, é claro. Absolutamente ninguém. No mínimo, teriam pena de mim. No máximo, arrumariam um jeito de me internar num hospício, com direito a camisa-de-forças e sujeita a choques elétricos.

Mas querem saber? Não me importa. Pensem o que quiserem. A verdade é minha. O que acontece, eu sei, mesmo que ninguém mais acredite. Tenho que partilhar com alguém a minha bela e triste história de amor.

Tudo começou naquela noite assustadora e escura, sem luar, em que eu dirigia o meu carro e, mais uma vez, o meu sentido de orientação resolveu me atraiçoar mais uma vez. O meu coração batia descompassado. Estava aflita. Assustada. Perdida… num beco sem saída.

O carro parou. Os faróis se apagaram, me deixando na mais completa escuridão… E foi então que vi um sujeito estranho, arrombando a porta de um carro bem perto de mim e fazendo sinal para um outro homem, para que fizesse o mesmo com o meu próprio automóvel.

No escuro, nenhum dos dois me viu. Eu tremia apavorada, encolhida, dentro do carro, enquanto o segundo sujeito se aproximava. O primeiro se afastou no automóvel roubado. Eu não tinha como escapar.

Com o coração quase saindo pela boca e as pernas tremendo, quase me falhando de tanta aflição, abri a porta do carro e fugi. Corri o mais que as pernas me permitiram sem destino definido.

O homem tinha me visto. De arma em punho, correu atrás de mim. Era rápido. Eu não. Ele ia me alcançar. Não podia deixar que eu testemunhasse contra ele. Queima de arquivo. Eu estava no lugar errado na hora errada. Tudo isso ele verbalizou.

Continuei correndo no escuro… até que achei uma porta aberta. Sem pensar duas vezes, entrei lá dentro, procurando me abrigar. Quando olhei em volta, por pouco não desejei ter continuado a minha fuga. Era um bar feio e sujo, cheio de homens tão repelentes como o próprio estabelecimento. Só um se destacava. Só um não me assustava. Só um não me causava repulsa… nem me olhava.

Estava sentado numa mesa, bebendo calmamente um copo de vinho. Tinha um ar cansado, quase doente, e as roupas velhas e remendadas não ajudavam muito a se destacar aparentemente dos outros homens que estavam ali e olhavam com malícia nos sorrisos desdentados para a única mulher presente no local. Mas ele se destacava. Ele não me olhava com malícia. Na verdade, acho que ele nem me olhava mesmo.

Os outros me assustavam. Eu estava apavorada… Mas não podia me dar a esse luxo; tinha um homem perigoso atrás de mim.

-Ele vai me matar! – Gaguejei, depois de resumir em pouquíssimas palavras tudo o que estava acontecendo.

Agora, todos os homens me olhavam, sim, mas as suas expressões eram sérias.

Foi então que eu o vi: o homem estava lá fora, com um olhar enlouquecido, empunhando a arma, pronto para entrar no bar e acabar de uma vez comigo e com qualquer pessoa que presenciasse a “queima de arquivo”.

Os clientes do estabelecimento recuaram, apavorados. Todos eles… menos um: O homem com ar cansado se ergueu calmamente e, num ápice, mostrou uma surpreendente agilidade, correndo para fora do estabelecimento, tirando do bolso uma coisa estranha, parecida com um estreito ramo de árvore e apontando-a ao criminoso. Pronunciou umas palavras que eu jamais escutara antes e imediatamente o bandido estava estirado no chão, de pés e mãos amarrados com grossas cordas.

Olhei melhor o meu salvador: ar cansado, quase doente, olheiras, cabelos castanhos com fios brancos misturados, uma varinha, um feitiço… Só podia ser… Remus Lupin.

Fechei os olhos e abri de novo para ter certeza do que estava vendo… Mas quando os abri de novo, estava deitada na minha cama quentinha, longe de ladrões, longe do bar que era, provavelmente, o Cabeça de Javali, longe de Remus Lupin.

Levantei-me, ainda com o sonho confundindo o meu cérebro. Fui até a janela. Abri-a e olhei lá para fora: ali estava o carro, bem debaixo dos meus olhos.

Sorri. Aquela fanfiction que eu estava escrevendo, “Harry Potter e a Batalha Final” estava me fazendo mal. Sempre fora fã de “Harry Potter”, sempre gostara do Lupin, mas desde resolvera escrever uma fic e colocar nela uma Personagem original inspirada em mim mesma e que se apaixonava por Remus Lupin, estava começando a me envolver demais, vivendo a história dela como se fosse a minha… e agora… agora, havia sonhado com ele, como o meu único salvador possível.

Perguntei para mim mesma se todos os escritores sentiriam o mesmo e respondi a mim mesma: provavelmente, sim. É o mais certo. E me convenci de que aquilo era absolutamente normal.

Mal sabia eu que aquilo era simplesmente o começo de uma história completamente absurda, porém verdadeira.

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