CAPÍTULO 3 - CASAS E AULAS



CAPÍTULO 3



 



CASAS E AULAS



 



 



 



 



 



 



Conduzidos pela Profª McGonnagall, os alunos subiram a escadaria e seguiram pelo corredor, até chegarem a uma grande porta dupla de madeira negra, com aspecto de bastante antiga e sólida. A professora fez um gesto com a varinha e ela abriu-se. Os alunos entraram atrás dela e viram-se no Salão Principal, imenso, amplo, iluminado por velas suspensas no ar e cujo teto, enfeitiçado, reproduzia o céu estrelado do exterior.



Havia quatro mesas longas, todas elas ocupadas por estudantes em vestes negras. Acima de cada uma delas, havia faixas e estandartes de suas respectivas Casas. Ao fundo do salão, sobre um estrado, havia um parlatório com o brasão de Hogwarts, tendo sobre ele um porta-livros com a forma de uma coruja, símbolo da Sabedoria. Atrás do parlatório, localizava-se uma grande mesa, à qual sentavam-se os professores, todos eles em cadeiras de espaldar alto, assentos e encostos almofadados de veludo, tendo na parede atrás dela um grande estandarte com o brasão de Hogwarts. Em uma delas, localizada em posição central e com o espaldar mais alto, sentava-se um bruxo de aspecto venerável, trajando vestes cor de vinho com detalhes em dourado. Seus cabelos e barbas eram longos e brancos como nuvens em um céu de verão. Tinha os olhos azuis cintilantes e atentos, encimando um nariz torto que aparentava já haver sido fraturado uma vez. Assim que os alunos entraram todos e a porta foi fechada, ele levantou-se e todos viram que ele era bastante alto e magro. Ao ocupar seu lugar no parlatório começou a falar, não com a voz asmática e cansada que seria de se esperar de um senhor daquela idade, mas sim com voz grave e firme, com suficiente potência para não necessitar de um Feitiço Sonorus.



_Meus caros jovens, sejam muito bem-vindos à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Meu nome é Alvo Percival Wulfric Brian Dumbledore e sou o Diretor que, com a ajuda de Deus e de Merlin, terá a satisfação de acompanhar mais uma turma desde sua entrada até sua formatura. Iremos, agora, proceder à Cerimônia de Seleção, a fim de descobrirmos qual das quatro Casas de Hogwarts será a extensão de seus lares durante os próximos sete anos. Como já é de conhecimento de todos, as Casas são a Grifinória, fundada por Godric Gryffindor e que tem como Diretora a professora de Transfiguração, Minerva McGonnagall, que também é a nossa Vice-Diretora; Lufa-Lufa, fundada por Helga Hufflepuff e chefiada pela professora Pomona Sprout, que leciona Herbologia; Corvinal, fundada por Rowena Ravenclaw e dirigida pelo professor de Feitiços, Filius Flitwick e a Sonserina, fundada por Salazar Slytherin e cujo Diretor é o nosso professor de Poções, Severo Snape. Profª McGonnagall, queira dar início à solenidade, por favor.



Minerva McGonnagall adiantou-se e posicionou um banquinho sobre o estrado, próximo à escada de acesso. Sobre ele, colocou um velho chapéu de bruxo. Diante dos olhares surpresos dos calouros, um rasgo próximo à aba abriu-se e, com voz firme e clara, ele entoou uma canção:



 



 



_ “A magia está em todos, mas não é boa nem má.



_O uso que dela é feito é o que isso definir irá.



_Por aqui muitos passaram, e nem todos foram aquilo que os outros pensaram.



_Nem toda Serpente é das Trevas, como nem todo Leão é da Luz.



_ ‘E o que eu serei...?’, vocês podem se perguntar.



_Só no fundo do seu coração a resposta pode estar.



_Mais do que a Casa para onde você for, o que importa será sempre o seu próprio valor.



_ ‘Mas, para onde irei...?’, devem estar todos a perguntar.



_Dependerá do que, em seu interior, eu encontrar.



_ ‘Serei da Grifinória, justo, forte e corajoso’?



_ ‘Ou talvez da Lufa-Lufa, bom, paciente e generoso’?



_ ‘Irei para a Corvinal, serei estudioso, inteligente e arguto’?



_ ‘Ou para a Sonserina, esperto, ambicioso e astuto’?



_Não importa para onde vão, ouçam sempre o seu coração.



_E tentem não se deixar pelas Trevas contaminar.



_Só depende de vocês, a escolha entre o Bem e o Mal é algo muito individual.



_Porém, uma vez escolhida, pode ser uma estrada para toda a vida.



_A decisão, uma vez tomada, é dificílima de ser reconsiderada.



_Não que seja impossível e estático, porém não é algo automático.



_Agora vamos saber, então, como começar tal decisão.



_Para começar, ponha-me na cabeça, sem hesitação e procedamos agora à sua Seleção”.



 



O Salão Principal prorrompeu em trovejantes aplausos. Harry havia prestado atenção à canção do chapéu e prometia a si mesmo que sempre lutaria contra as Trevas, começando por jamais querer ir para a Sonserina, Casa de onde eles, em sua grande maioria, eram oriundos. A Profª McGonnagall tirou do bolso das vestes uma comprida lista e começou a chamar os alunos, para serem selecionados.



_Abbott, Anna.



A garota sentou-se no banquinho e colocou o chapéu na cabeça. Ele logo anunciou:



_LUFA-LUFA!



Anna Abbott dirigiu-se à mesa dos Texugos, que receberam-na calorosamente.



_Black, Soraya.



_GRIFINÓRIA!



A filha de Sirius e Ayesha encaminhou-se, sorrindo, para a mesa que seus pais já haviam ocupado.



_Bones, Susana.



_LUFA-LUFA!



_Boot, Theophilus.



_CORVINAL!



_Brown, Lavender.



_GRIFINÓRIA!



_Bulstrode, Millicent.



Uma loirinha reforçada, com uma cara meio mal-humorada, que estava de mãos dadas com uma bela morena, sua amiga, subiu ao estrado e sentou-se. O Chapéu Seletor definiu a Casa da garota:



_SONSERINA!



Milly Bulstrode foi recebida na mesa das Serpentes, onde seus pais, Oscar e Karine, já haviam sentado.



Harry tinha Rony e Hermione à sua direita e Draco à esquerda. O loiro perguntou:



_Como você acha que vai ser, Harry? Para onde você acha que vai?



_O mais provável é que eu vá para a Grifinória, mas não sei, Draco. Vamos ver o que o Chapéu Seletor diz. E você, o que acha?



_Acho que ele acabará me mandando para a Sonserina, como todos os Malfoy. Se bem que há exceções em todas as famílias.



_É mesmo, Draco. _ Harry lembrou-se de Sirius. Mas uma certeza ele tinha, após ver o grupo que começava a formar-se na Sonserina, todo composto por filhos de conhecidos trevosos, alguns dos quais encarcerados em Azkaban: Harry Potter sabia muito bem para onde não queria ir _ Mas, mesmo com a tradição trevosa da Casa Sonserina ou de algumas famílias, a decisão sobre o caminho a seguir está em cada um de nós. Pense nisso, sim?



_OK, Harry. Veja, chamaram um dos meus amigos de infância!



 



A Profª McGonnagall chamou mais um aluno, depois que Michael Corner foi selecionado para a Corvinal.



_Crabbe, Vincent.



O garoto grandalhão, de cabelos com corte circular, avançou e sentou-se. O Chapéu Seletor foi colocado sobre sua cabeça e logo deu o seu parecer:



_SONSERINA!



_Foi aquele lá que me chamou de “Sangue-Ruim” e foi repreendido por Draco Malfoy. _ sussurrou Hermione, ao ouvido de Harry.



_Parece que é filho de Ebenezer Crabbe, que jurou ter sido submetido à Maldição Imperius para aderir aos Death Eaters. _ sussurrou Harry, de volta.



A Cerimônia de Seleção foi avançando, com a escolha de Justin Finch-Fletchley para a Lufa-Lufa, Seamus Finnigan para a Grifinória e Gregory Goyle para a Sonserina. Então, chegou a vez de...



_Granger, Hermione. _ disse a Profª McGonnagall, com um leve sorriso.



A garota sentou-se no banquinho e o chapéu disse:



_Sabe, Srta. Granger, a senhorita me deixa meio dividido. Embora a senhorita tenha uma inteligência privilegiada, que a indicaria para a Corvinal, algo me diz que o melhor lugar para mandá-la será a GRIFINÓRIA!



Hermione sentou-se à mesa, ao lado de Fred e Jorge, que cumprimentaram-na calorosamente.



_Longbottom, Neville.



_GRIFINÓRIA! _ Neville pareceu surpreso, mas foi para a mesa dos Leões. Chegou a vez de...



_Malfoy, Draco.



_Jovem Malfoy, lembre-se de que o coração é que conta, não importa para onde você vá. SONSERINA!



Sob aplausos da mesa das Serpentes, Draco tirou o chapéu e dirigiu-se para lá, como todos os Malfoy já haviam feito antes dele. Minerva chamou mais um:



_McMillan, Ernest.



_LUFA-LUFA!



_Nott, Theodore.



_SONSERINA!



A Seleção foi prosseguindo, até que a Profª McGonnagall chegou à letra “P”.



_Patil, Padma. _ uma bela garota hindu atendeu ao chamado.



_CORVINAL!



_Patil, Parvati.



A irmã gêmea de Padma subiu ao estrado, sentou-se no banquinho e o chapéu logo anunciou:



_GRIFINÓRIA!



_Parkinson, Pansy.



A garota de cabelos negros em corte “Chanel”, filha de um empresário bruxo que era um dos maiores acionistas da Rede Radiofônica Bruxa, sentou-se.



_SONSERINA! _ o chapéu logo sentenciou. Logo chegou a vez de...



_Potter, Harold. _ com uma pequena careta, pois sempre preferia ser chamado de “Harry”, o garoto dirigiu-se para o banquinho enquanto os murmúrios percorriam o salão:



_Harry Potter?



_Será ele mesmo?



_É sim. Vejam a cicatriz na testa dele.



_Ele e a mãe sobreviveram ao impacto direto de uma Avada Kedavra. Jamais isso havia acontecido antes.



_E o pai lutou corpo-a-corpo com o Você-Sabe-Quem.



_ “A-Família-Que-Sobreviveu”.



_Como será que saíram vivos?



_Ninguém sabe direito, acham que foi um milagre.



_Outros pensam que foram Artes das Trevas.



_Os Potter? Não creio.



_Se bem que muita gente supostamente idônea era trevosa.



_Então, por que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado iria querer matá-los?



_Talvez eliminar um potencial rival, sei lá.



_Vamos ver para qual Casa ele será selecionado.



 



Harry sentou-se e Minerva colocou o chapéu sobre sua cabeça.



_Hmm, difícil, bastante difícil. _ disse o chapéu _ Coragem, valor, uma grande vontade de se provar e uma mente nada má. Qualidades como essas seriam bem aproveitadas na Sonserina.



_Por favor, não a Sonserina. _ murmurou o garoto.



_Tem certeza, Harry Potter? Está tudo aqui, na sua mente e a Sonserina poderia ajudá-lo a ser grande.



_Não, Chapéu. Não me mande para a Sonserina. _ murmurou Harry, novamente.



_Bem, se sua escolha foi feita, não me resta outro lugar para mandá-lo a não ser a GRIFINÓRIA!



Os aplausos reboaram pelo Salão Principal e demoraram para cessar. A mesa dos Leões não parava de repetir em um coro, regido por Fred e Jorge Weasley:



_ “Aha, Uhu! Harry Potter é nosso! Aha, Uhu! Harry Potter é nosso!” _ um leve sorriso delineava-se por detrás das barbas brancas de Dumbledore.



 



Depois que o salão rotornou à calma, a Seleção prosseguiu.



_Snape, Nereida.



_SONSERINA! _ Nereida Snape dirigiu-se à mesa das Serpentes enquanto que, na mesa dos professores, Severo sorria levemente, orgulhoso por sua filha.



Thomas, Dean. _ um garoto negro e alto, com dentes alvíssimos e olhos brilhantes, sentou-se no banquinho.



_GRIFINÓRIA! _ disse o chapéu.



Então, Rony foi chamado.



_Weasley, Ronald.



_Ora, ora. Mas que satisfação, ter aqui mais um Weasley, depois dos gêmeos. Jovem Ronald Weasley, eu sei muito bem para onde mandá-lo. Para a GRIFINÓRIA, como todos os seus irmãos, antes de você!



Rony Weasley desceu e juntou-se aos irmãos e a Harry e Hermione. Então, Minerva McGonnagall chamou os últimos alunos.



_Zabini, Blaise.



A bela morena, que estivera de mãos dadas com Millicent Bulstrode sentou-se no banquinho e o chapéu declarou:



_SONSERINA!



_Zabini, Blasius.



O irmão gêmeo de Blaise colocou o chapéu, que logo sentenciou:



_SONSERINA!



E foi dada por encerrada a Cerimônia de Seleção.



 



_Antes de darmos início ao banquete que nos espera, alguns esclarecimentos aos nossos alunos. O curso na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts dura sete anos, sendo dividido em três ciclos. O básico compreende o primeiro e segundo anos. O intermediário vai do terceiro ao quinto, no qual são prestados os primeiros exames de nivelamento, os N.O.Ms. O sexto e o sétimo anos formam o ciclo avançado, onde os aprovados nos N.O.Ms optam por cursar as disciplinas direcionadas às carreiras profissionais que pretendam seguir, prestando novos exames de nivelamento, os N.I.E.Ms, no sétimo ano. As matérias optativas só existem a partir do terceiro ano, em adição às do ciclo básico. No primeiro ano, os senhores e senhoritas estudarão: Transfiguração, Feitiços, Poções, Herbologia, História da Magia, Defesa Contra as Artes das Trevas, Astronomia e Vôo. As aulas são pela manhã e à tarde, exceto as de Astronomia, que realizam-se à noite. A Floresta é proibida aos alunos e é proibido praticar magia nos corredores. Há vários objetos que são proibidos aos alunos, o nosso zelador, Sr. Filch, já afixou a lista nos quadros murais das Casas. Os alunos do primeiro ano não podem trazer suas vassouras próprias e nem prestar os testes para as equipes de Quadribol, só podendo fazê-lo a partir do segundo ano. Seus feitos e acertos nas aulas resultarão em pontos para as suas Casas e seus erros, malfeitos e detenções resultarão no contrário. Há quatro ampulhetas que fazem a contagem de pontos para as Casas, localizadas no saguão. São rubis para a Grifinória, esmeraldas para a Sonserina, ametistas para a Corvinal e topázios citrinos para a Lufa-Lufa. No final do ano letivo, a Casa que possuir mais pontos receberá a Taça das Casas do ano. Bem, creio que é o suficiente, por enquanto. Vamos prestigiar o esforço e o capricho que nossos elfos domésticos tiveram no preparo do banquete. _ e, com um gesto de Dumbledore, as travessas nas mesas encheram-se com as mais deliciosas iguarias, para o deleite de todos. Após a sobremesa, ainda deixaram-se ficar conversando um pouco mais, antes de irem para os quartos. Seamus Finnigan conversava com Rony e Hermione:



_Pois meu pai é trouxa. Levou um baita susto quando descobriu que minha mãe era bruxa, mas depois acostumou-se e gostou. E ainda acabou ajudando minha mãe em vários aspectos do cotidiano trouxa, tipo o vestir, o uso de eletrodomésticos e outras coisinhas.



 



_Já eu, demorei um pouco para manifestar magia. Minha avó até ficou preocupada, pensando que eu tivesse nascido sem os dons, o que é chamado de “Aborto” (“Squib”), um bruxo sem poderes. _ disse Neville _ Seria o exato oposto do bruxo nascido trouxa.



_Como é o meu caso. _ disse Hermione _ Meus pais quase caíram de costas quando eu fiz uma coisa muito estranha. Eu estava com oito anos e fui à cozinha. Minha mãe estava ocupada com as louças e meu pai tomava um café. Eu queria pegar um biscoito em uma prateleira fora do meu alcance e, inconscientemente, levitei até o armário e peguei o pote. Eles me viram subir e descer. Levaram um enorme susto e, no mesmo dia recebemos uma coruja de Hogwarts. A Profª McGonnagall foi até nossa casa e nos explicou tudo sobre Hogwarts e, inclusive, tranqüilizou meus pais quanto ao fato de ser bruxa. Disse que Hogwarts era legalmente registrada entre os estabelecimentos de ensino da Grã-Bretanha, embora guardado o devido sigilo. Me deu as primeiras dicas para manter a magia sob controle e vinha nos visitar, de vez em quando. Também me indicou os primeiros livros que li sobre o mundo da magia.



_Minha mãe nasceu trouxa e também manifestou magia na infância, assim como você. _ disse Harry _ Foi selecionada para a Grifinória e começou a namorar meu pai no sétimo ano. Ensinou a ele muita coisa sobre o cotidiano trouxa, complementando o que ele já havia aprendido com Sirius, que já convivia com trouxas desde que era mais garoto, para desespero de seus pais.



_???



_Orion e Walburga Black, pais de Sirius, eram bruxos puro-sangue, orgulhosos e preconceituosos. Sirius não compartilhava daquelas idéias, portanto era meio segregado pela família. Os Black, embora não fossem trevosos como um todo, tiveram membros que, inclusive, fizeram parte dos Death Eaters como, por exemplo, o irmão de Sirius, Regulus, que foi morto por Evan Rosier depois que desertou, pois não queria mais participar dos atos hediondos dos esbirros de Voldemort. E também há a prima de Sirius...



_...Bellatrix, filha de Cygnus Black e Druella Rosier. Aquela lá está “hospedada” para o resto da vida em Azkaban, juntamente com o marido e o cunhado, pelo que vocês disseram. _ disse Hermione.



_É isso aí. _ disse Neville _ Nada mais do que o merecido. Como vocês acham que serão as aulas?



_Bem, receberemos os horários amanhã, na hora do café, foi o que Jordan me disse. _ comentou Dean Thomas _ Acho que os Monitores já vão nos chamar.



Confirmando a suposição de Dean Thomas, os Monitores das Casas começaram a chamar os alunos, para irem dormir.



_Alunos da Grifinória, sigam-me. _ disse Percy Weasley que, acompanhado por sua colega, a Monitora Helen Caldwell, conduziu os grifinórios em direção à Torre Norte, passando por escadas que mudavam de lugar. Chegando a um pequeno corredor, em cujo fundo estava o quadro bruxo de uma mulher gorda de vestido rosa, que sorriu e falou:



_Boa noite, Monitor Weasley, Monitora Caldwell. Bem-vindos, novos alunos. A senha, por favor.



_ “Fortuna Favi Fortus”. _ disse Percy e o quadro abriu-se como uma porta, revelando o restante do corredor e a Sala Comunal da Grifinória. De forma circular e com as paredes revestidas de quadros bruxos, tapeçarias, estandartes e flâmulas, era um ambiente aconchegante, com mesas, estantes de livros, várias poltronas e sofás próximos a uma lareira com crepitantes chamas, que convidava à permanência em sua proximidade.



_Podem ficar um pouco mais, para conhecerem e se acostumarem com a sala. _ disse Percy aos alunos do primeiro ano _ Depois, terão de subir. Os dormitórios ficam nos níveis acima, sendo os do primeiro ano no segundo nível. Para os masculinos, sobe-se a escada da esquerda e, para os femininos, a da direita. Boa noite.



Após a subida de Percy, os novos amigos deixaram-se ficar um pouco mais, sentados nos sofás e poltronas. Dali a pouco, o sono começou a bater e eles despediram-se, para irem dormir. Hermione, Soraya e o restante das meninas subiram para o dormitório feminino e os garotos para o masculino.



Chegando ao quarto, Harry percebeu que era bem aquecido e dispunha de várias camas, todas elas com dossel de veludo vermelho. Aos pés de cada uma delas, seus pertences haviam sido arrumados por elfos domésticos em baús que tinham, sobre suas tampas, gravatas, cachecóis e toucas de lã com as cores da Casa Grifinória, vermelho e amarelo. As camas eram dispostas em um arranjo circular e possuíam placas com o nome de seus ocupantes: Potter, Weasley, Longbottom, Thomas, Finnigan e outros mais. As grossas paredes do castelo proporcionavam um vão nas janelas onde era possível sentar-se, confortavelmente e apreciar a vista. Após escovar os dentes e vestir seu pijama, Harry deitou-se em sua cama e procurou pegar no sono, assim como todos os outros, logo que as velas foram apagadas. Demorou um pouco, pois havia uma certa imagem que teimava em não deixar sua mente: a de uma garota ruiva de dez anos e brilhantes olhos verdes, parada na Plataforma 9 ½, a desejar-lhe boa sorte.



Mas logo foi vencido pelo sono e adormeceu, recarregando suas energias para o início de um ano letivo que prometia muitas novidades.



 



Manhã seguinte. Sentados à mesa da Grifinória, nossos amigos estudavam seus horários, após o café.



_Começaremos com Poções, depois iremos para Transfiguração. História da Magia e Defesa Contra as Artes das Trevas completam o turno da manhã. À tarde, teremos Herbologia, Feitiços, Vôo e, à noite, Astronomia. É, gente, parece que o dia será cheio. _ comentou Harry.



_Aliás, acho melhor irmos logo para as masmorras, pois eu soube que o Prof. Snape odeia atrasos. _ disse Hermione e todos levantaram-se, para as aulas.



 



Na sala de aula de Poções, situada nas Masmorras, os alunos encontravam-se sentados, aguardando a chegada do Prof. Snape, que não se fez esperar.



_Bom dia, classe. Nada de brincadeiras com as varinhas, isto aqui é uma aula séria. Vamos ver quanto os senhores aprenderam com suas famílias e nos livros sobre Poções e Farmacologia Bruxa. Sr... Potter. Qual o resultado da adição de asfódelo em pó a uma infusão de losna?



_Creio que o resultado será a Poção do Morto-Vivo, Prof. Snape.



_Bom, Sr. Potter. _ Snape comprimiu os lábios e pensou: “Esse vai ser difícil de pegar. Tem o jeito do pai, mas também deve ter a habilidade da mãe em Poções” _ De onde veio esse conhecimento?



_Meu pai me disse que essa poção salvou a vida dele em uma missão. Inclusive, pediu que eu o agradecesse, quando o encontrasse.



_???



_Quando alunos, ele e o senhor foram colocados pelo Prof. Slughorn como parceiros, para prepararem essa poção e depois, já como Auror, ele foi capturado por um grupo de Death Eaters. Aquele que o estava vigiando tomava chá de losna, para algum tipo de problema digestivo e meu pai notou que havia asfódelo em pó num frasco esquecido em um canto. Meu pai adicionou um pouco do asfódelo ao chá e escapou, quando o Death Eater adormeceu.



_É bom saber que Tiago Potter aprendeu algo de útil em Hogwarts, que não fosse voar atrás de um pomo de ouro ou correr atrás de garotas, em especial de sua mãe, Lílian. _ disse Snape, com sua expressão enigmática, mas contente por saber que Tiago lhe devia uma _ Bem, vamos continuar com essa pequena avaliação preliminar da turma. Sr. Weasley, vejamos se o senhor tem um conhecimento semelhante ao dos seus irmãos. O que é um bezoar e onde pode ser encontrado?



_É um tipo de pedra, que serve como antídoto para a maioria dos venenos conhecidos. É raro, mas pode ser encontrado no estômago de cabras e bodes, que às vezes os cospem. Certa vez o senhor deu um para o meu irmão, Carlinhos.



_Eu me lembro. Ele sempre quis trabalhar com dragões e por isso tinha um interesse especial em poções para queimaduras e antídotos para venenos, pois a saliva de grande parte das espécies de dragões pode ser tóxica. Ele ainda o tem?



_Sim. Um bezoar deve ser guardado como último recurso, foi o que o senhor disse a ele. Está guardado para uma necessidade.



_Vejamos o que pode nos responder alguém que não nasceu em família bruxa, como há alguns nesta sala. Srta. Granger, qual a diferença entre acônito licóctono e acônito lapelo e qual o perigo da planta?



_Não há diferença, Prof. Snape. _ respondeu Hermione _ Esses são nomes diferentes para uma mesma planta, que possui um alcalóide extremamente venenoso, denominado aconitina.



_Bom, Srta. Granger. Leu os nossos livros didáticos?



_Na verdade, Prof. Snape, esse conhecimento também existe em livros de Botânica trouxas. Lembro-me de ter lido isso há uns dois anos, em um livro que peguei na Biblioteca Pública de Londres.



_Interessante. Não imaginava que livros trouxas trouxessem esse tipo de informação. Bem, hoje ocorreu algo incomum para uma Casa mais caraterizada por músculos do que por cérebro. Quinze pontos para a Grifinória. _ disse Snape, com um semblante inexpressivo, mas fervendo por dentro. Não conseguira tirar pontos dos Leões, muito pelo contrário, tivera de concedê-los. Pela primeira vez em muitos anos.



Iniciou com conhecimentos teóricos sobre ingredientes, preparo, tempo de cocção e intensidade do fogo para chegar a um bom resultado. Concluiu a aula pedindo uma redação de cinqüenta centímetros de pergaminho sobre preparo de poções básicas.



 



Na aula de Transfiguração, Minerva McGonnagall fez uma breve introdução dos objetivos da disciplina.



_Transfiguração, embora seja uma das matérias mais complicadas e difíceis de Hogwarts, nada mais é que transformar uma coisa em outra. Os trouxas dizem ser impossível, que contraria as leis da Física, etc. Mas é possível, sim, embora hajam limitações. A Lei da Transfiguração Elementar de Gamp prevê cinco exceções. Alguém poderia me dizer quais as cinco coisas que não podem ser conjuradas do nada?



Hermione levantou a mão.



_Sim, Srta. Granger?



_Comida, dinheiro, metais e pedras preciosas, fluidos corporais e partes do corpo, sendo que o dinheiro é conhecido como exceção absoluta e os demais como exceções condicionais. Metais e pedras preciosas podem ser conjurados como jóias, mas só para presente ou para uso próprio. Se forem comercializados, desaparecem.



_Exato, Srta. Granger. Dinheiro é a única coisa que não pode ser conjurado de forma alguma, nem do nada e nem a partir de outra coisa. E por quê?



Draco levantou a mão.



_Diga, Sr. Malfoy.



_Dinheiro conjurado é considerado dinheiro falso. Ele simplesmente desaparece, assim como as outras coisas que a Srta. Granger mencionou. Um exemplo é o dinheiro de Leprechaun, ouro de curta duração, para comemorações ou brincadeiras. Se não fosse assim, a economia bruxa entraria em colapso pela quantidade de dinheiro circulante e isso teria reflexos até mesmo na economia trouxa.



_E quanto a partes do corpo? Sr. Longbottom? _ perguntou Minerva, vendo que Neville havia levantado o braço.



_Pode-se até conjurar um corpo a partir de um objeto de constituição orgânica, mas ele será inanimado. O que se pode fazer é reconstituir um membro perdido, desde que ele não tenha sido amputado por Magia Negra.



_Muito bem. E por quê?



_Harry levantou a mão e respondeu:



_A Magia Negra deteriora o alvo de forma tal que dificulta sua regeneração. Por isso feridas produzidas por Artes das Trevas dificilmente cicatrizam de forma satisfatória.



Pansy levantou a mão e disse:



_Por isso a regeneração exige magia poderosa e um corpo em boas condições de saúde, para facilitar. Já, particularmente para ossos, existem poções específicas que podem substituir feitiços.



_Como, por exemplo, o Esquelesce. _ disse Rony, após levantar a mão.



_Io já vi seus efeitos, Maestra. _ comentou Blaise Zabini, cujo inglês conservava o acento italiano de sua família _ Il mio fratello, Blasius, teve um acidente com uma grave fratura, impossível de ser regenerada com feitiços sem que a sua perna ficasse deformada. Foi levado ao St. Mungus e lá os Medi-Bruxos removeram o osso fraturado com um feitiço e deram-lhe uma dose de Esquelesce. Ele passou a noite no hospital e nell’altro giorno os ossos estavam regenerados.



Com um aceno de cabeça, Blasius concordou com sua irmã gêmea.



_Vestimentas podem ser conjuradas a partir do nada se o tecido existir. Mas, embora não sejam exceções à Lei da Transfiguração Elementar de Gamp, fazê-lo exige tanto esforço que é mais fácil e prático conjurar a partir de algum outro tipo de tecido presente no local, alterando suas características. _ disse Millicent Bulstrode, após levantar a mão.



_E a comida também pode ser conjurada a partir de outros materiais, desde que sejam orgânicos, também alterando suas características. Isso permite, em caso de comida já existente, aumentar sua quantidade, transformar um prato em outro, etc. _ disse um garoto magro da Sonserina, Theodore Nott.



Muito bom começo, classe. _ disse Minerva _ Agora tentemos algo mais prático. Temos aqui caixinhas de fósforos. Vamos tentar transformá-los em alfinetes. Não espero nada de assombroso desta primeira vez, mas vocês poderão ver onde estão fortes e onde podem melhorar. Bem, pelas respostas dadas, temos vinte pontos para a Grifinória e vinte e cinco pontos para a Sonserina. Um bom começo de ano, meus jovens.



Ao término da aula, a Grifinória ganhou mais dez pontos, pois Hermione havia sido a única a conseguir transformar TODOS os palitos de fósforo da caixinha em alfinetes. Todos os outros haviam obtido resultados parciais, sendo que Harry, Rony, Neville, Parvati, Lilá, Draco, Pansy, Blaise, Blasius e Milly foram os que tiveram os mais satisfatórios.



 



Em História da Magia, a maior parte da turma lutava contra o sono, enquanto o Prof. Binns discorria sobre a criação do Estatuto de Sigilo. Apenas Hermione, Parvati e Millicent permaneciam firmes. Mas as anotações saíram razoáveis, sem muitos borrões das penas, nos momentos em que a sonolência os vencia.



Finalmente, o turno da manhã ia terminando e os alunos dirigiram-se para a aula mais esperada, Defesa Contra as Artes das Trevas. Diziam que o cargo havia sido amaldiçoado há muitos anos atrás por um bruxo das Trevas e que, desde então, jamais um professor havia durado mais do que um ano no cargo. Até o momento em que o atual havia assumido e, desde então, permanecera. Passaram a dizer que ele havia quebrado a maldição, pois já estava lecionando há cerca de cinco anos. Adentraram a sala de aulas e sentaram-se. Dali a pouco, o professor entrou na sala, dirigiu-se à cátedra e apresentou-se:



_Jovens, é um prazer tê-los como alunos de Defesa Contra as Artes das Trevas. Serei seu professor por esse ano e, espero, pelo restante do seu curso. Contrariando a história conhecida, já estou aqui há cinco anos e nada me aconteceu, para desespero de trevosos e preguiçosos (risos). Os pais de alguns de vocês foram meus colegas de turma ou meus contemporâneos em Hogwarts e agora tenho o prazer de dar aulas a seus filhos. Meu nome é Derek Mason.



Harry olhou para a figura do Auror licenciado de quem já havia ouvido falar e que era amigo de seus pais, tendo a mesma idade deles, entre trinta e três e trinta e quatro anos. Não o conhecia pessoalmente, pois ele estivera viajando em missões pelo mundo, tendo comparecido ao seu batizado, pelo que lhe haviam dito. Era de estatura mediana para alta, devendo medir cerca de 1,78 m. Tinha cabelos grisalhos, com entradas e um pouco ralos no alto da cabeça, cortados curtos, em corte militar e fixados para trás com gel. Usava óculos de armação retangular leve, em metal jateado. Olhos castanhos e alertas e um sorriso no rosto. Vestia um quimono japonês de uso diário, de cores marrom e vermelha, amarrado com um largo Sash de cor preta, no qual estavam enfiadas uma Dai-Katana e uma Wakizashi, além de um Hakama cinza-grafite. Calçava botas japonesas Tabi e na lapela esquerda do quimono tinha um símbolo, representando um compasso, um esquadro e no meio deles a letra “G”. Uma combinação bastante exótica para um bruxo ocidental, mas ele mesmo explicou.



_Antes que perguntem sobre minhas roupas, devo dizer que, embora seja Gaijin, fui criado no Japão, desde os cinco anos de idade, pelo pai adotivo de minha mãe, Ryusaku Komori, depois que Lord Voldemort... parem de tremer, vocês! Como eu dizia, depois que aquele assassino matou meus pais, que também eram Aurores. Seus nomes eram Hiram Mason e Renata Wigder-Mason.



_Uma das lendas do Quadribol de Hogwarts? _ perguntou Rony _ Aquela que levou a Corvinal à vitória por três anos seguidos quando era aluna e que recusou a proposta dos Wimbourne Wasps depois de formada? Somente Tiago Potter a superou e meu irmão, Carlinhos, quase conseguiu igualá-la.



_Exatamente, Sr. Weasley. _ disse Mason, sorrindo _ Também carrego as espadas porque sou Samurai, reconhecido pelo Clã das Vespas Guerreiras, do qual a família Komori faz parte. E também porque nós, bruxos, também utilizamos armas brancas em nossos combates. Não usamos armas de fogo porque a maioria dos bruxos não possui desenvoltura com elas e nós as consideramos meio desonrosas para duelos. Mas isso não significa que um bruxo das Trevas não vá atirar em vocês, caso precise e tenha uma nas mãos. Creio que mesmo os de origem bruxa mais tradicional devem tê-las visto em jornais, revistas, telejornais ou filmes trouxas.



_E o senhor as conhece bem, Prof. Mason? _ perguntou Dean Thomas, de origem trouxa.



_Sim, Sr. Thomas. Depois de formado na Academia Européia de Aurores, passei por um período de treinamento no SAS, durante o qual aprendi sobre armas de fogo, táticas de Comandos, pilotagem de aeronaves, lutas e explosivos. Posso lhes dizer que os trouxas não são ignorantes, tampouco de todo indefesos. Lembrem-se de que pouquíssimos feitiços são mais rápidos do que balas e que os efeitos de um ferimento por projétil de arma de fogo dão muito trabalho aos Medi-Bruxos do St. Mungus, quando chegam lá. Em aulas posteriores eu irei mostrá-los, pois teremos instruções com armas de fogo. Bem, vamos iniciar do básico. Primeiramente, o Feitiço de Desarmamento. Alguém sabe a fórmula?



_ “EXPELLIARMUS”. _ responderam os alunos.



_Muito bem. O vigor com que vocês fizerem o movimento de chicotada com o punho irá influir na potência do feitiço. Vamos experimentar no manequim. Formem uma fila.



Os alunos formaram uma fila e praticaram o Feitiço de Desarmamento em um manequim vestido como um Death Eater. Ao término da aula, o Prof. Mason estava satisfeito. Salvo algumas pequenas orientações, não tivera de interferir na execução dos feitiços pelos alunos.



Depois do almoço, as aulas da tarde passaram como um relâmpago. Em Herbologia, Neville sentia-se bem à vontade. Harry logo se destacou em Voo e Hermione arrebentou em Feitiços. Como ainda tinham algumas horas antes do jantar e da primeira aula de Astronomia, Harry foi para o dormitório, vestiu uma camiseta, um calção e calçou os tênis, dirigindo-se para o campo de Quadribol. Lá chegando, alongou-se e começou a correr, logo completando 3.000 m. Ao terminar e novamente alongar-se, encontrou o Prof. Mason, que também exercitava-se.



_Boa tarde, Prof. Mason.



_Boa tarde, Harry. Bem que me disseram que você gostava de manter-se em forma.



_Foi algo que meu pai sempre me orientou.



_Devo pedir desculpas, Harry, pois estou em falta com vocês. Há anos estou devendo uma visita, mas sempre estive aqui em Hogwarts ou em missões pelo mundo.



_Mas o senhor não está licenciado da Corporação dos Aurores?



_Sim, mas estou investigando uma coisa que toda a Bruxidade, principalmente seus pais, ficará satisfeita quando eu descobrir. Não posso dizer nada, mas sinto que estou cada vez mais perto. Harry, tenho uma proposta para lhe fazer.



_E qual é ela, professor?



_Vendo seu preparo e sentindo seu Ki, percebo que você seria o aluno perfeito para ser Monitor de Treinamento Físico de sua turma, dentro da matéria de Defesa Contra as Artes das Trevas. Boas condições físicas são muito importantes para combater o mal.



_Eu gostaria, professor. O senhor disse que sentiu o meu o quê?



_O seu Ki, sua energia espiritual. Com base nisso, tenho outra proposta. Gostaria de aprender artes marciais?



_Meu pai ensinou alguma coisa, que aprendeu na Academia.



_Eu permaneci por alguns anos em Bruxelas, como instrutor de Artes Marciais. Ensinei também a Tiago e a Sirius, principalmente o Ninjutsu-Bruxo.



_O senhor é um Mestre Ninja?



_Não são muitos os que sabem disso, mas sou. E eu gostaria de ensinar a você, pois sinto que você irá precisar. E também posso ensinar a outros que eu sentir que necessitarão.



_Eu aceito, Prof. Mason. Mas, por que o senhor diz que eu vou precisar?



_Bem, ainda não temos certeza de que Voldemort tenha mesmo morrido depois que atacou sua família, mesmo que já tenha passado tanto tempo. O fato de você ter sobrevivido a uma “Avada Kedavra” torna-o um alvo bastante tentador para qualquer bruxo das Trevas que deseje vingar seu mestre ou destacar-se. Então, quanto mais você puder se defender, melhor.



_Tem razão, Prof. Mason. Quando poderemos começar?



_Amanhã mesmo, Harry. Agora vamos entrar e encarar os chuveiros, para irmos jantar. E não se esqueça de que você ainda tem aula de Astronomia, logo mais.Até.



_Até, professor (“Por que será que eu acho que há coisas que ele não quis ou não podia me dizer?”, pensou o garoto).



Quando tivesse a oportunidade, tentaria descobrir a razão. No momento, tudo o que Harry Potter queria era tomar um banho e jantar, antes de ir para sua aula de Astronomia. Tudo a seu tempo.



E, quando chegasse o tempo, ele descobriria várias coisas. Inclusive muitas que desejaria não descobrir.


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.