De volta ao lar
Cheguei em casa mais ou menos às 10:00 hs.
O doutor disse para eu repousar naquele dia, que na manhã seguinte estaria bem.
Larguei meu casaco no sofá e fui direto tomar um banho quente. Deixei a água escorrer pelas minhas costas e depois do que pareceu ser uma meia hora, desliguei o chuveiro, vesti meu roupão e fui dormir um pouco.
O dia estava nublado - perfeito para dormir, e foi o que eu fiz.
Dormi o dia inteiro e mais a noite intera. Acordei às 9:30 hs de sábado.
Levantei e comi um sanduíche. Depois disso troquei de roupa e resolvi sair para correr um pouco.
O parque estava meio vazio, por isso estava mais agradável que os outros dias.
Corri por ele todo e quando vi já era 12:00 hs. Fui caminhando tranquilamente para casa e na entrada do prédio o porteiro me chamou:
- Que susto você nos deu Srta. Granger - ele sorriu - Está tudo bem com você e com a criança?
- Sim Matt - sorri para ele - Obrigada por perguntar! - me despedi e peguei o elevador.
Quando dobrei no meu corredor, vi um rapaz alto, de cabelos louros, parado em frente à minha porta.
- Pois não? - perguntei me aproximando dele.
- Ahn, oi - ele ficou surpreso - Hermione, não é?
- Sim, e você... ? - perguntei.
- Sou John, o cara que te socorreu ante-ontem.
- Ah, John! - sorri de repente - Me desculpe por ser rude...
- Sem problemas, na verdade, só vim aqui saber como você estava. Fui ontem no hospital e me disseram que você já tinha tido alta.
- Eu estou bem e o bebê também, obrigada por perguntar - sorri - Gostaria de entrar, tomar um café?
- Agora não vai dar, tenho um compromisso de trabalho - ele olhou o relógio.
- Ah que pena - pensei em convidá-lo para jantar mas fiquei em dúvida.
- Bom, eu tenho que ir, então, tchau Hermione. Fico feliz que você esteja bem - ele sorriu.
- Obrigada John - abri a porta e ele foi pegar o elevador.
Encostei a porta e então me dei conta de que não estava sendo educada.
Corri até o elevador que estava quase fechando.
- John! - gritei e ele segurou o elevador - Gostaria de jantar comigo hoje? - perguntei sem fôlego.
- Adoraria - ele sorriu.
- Então até à noite - sorri para ele.
- Até à noite Hermione - ele ficou sorrindo e a porta do elevador se fechou.
Quando o relógio marcou 18:00 hs eu saí do banho. Vesti uma blusa branca, coloquei meu twin set preto por cima e uma calça jeans básica.
Coloquei o salmão no forno e fui arrumar a mesa. Às 19:00 eu tirei o salmão do forno e cinco minutos depois a campainha tocou:
- Oi! - falei sorrindo para ele.
- Olá - ele respondeu sorridente - São para você - entregou-me um buquê de rosas brancas.
- Obrigada, mas acho melhor você parar de me mandar rosas ou então terei de te convidar para jantar toda noite - peguei as flores.
Ele riu.
- Não é má ideia - deu um sorriso malicioso e eu corei.
- Quer sentar, beber um vinho? - perguntei.
- Um vinho, por favor - pediu, enquanto se sentava no sofá.
Servi o vinho e alcancei a taça para ele.
- Você não vai beber nada? - perguntou.
- Um suco de uva - dei uma piscadela e sorri - Sabe como é, estou grávida então não posso.
- Ah é claro! Você está grávida, como pude ser tão estúpido? - perguntou sorrindo.
Sorri de volta.
- Você quer menino ou menina? - ele perguntou.
- Na família de meu namorado todos os primogênitos são homens então é provável que venha um menino, mas acho que eu e ele estamos esperando uma menina.
- Você tem mais cara de mãe de menina se quer saber.
- Obrigada - sorri - Você quer jantar?
- Claro.
Nos sentamos à mesa e jantamos tranquilamente. A conversa fluiu normalmente e quando terminamos de jantar, voltamos para o sofá e continuamos conversando.
- Nossa Hermione você é muito divertida - falou ele, depois que eu fiz uma piada.
- Obrigada John, você também não fica para trás.
Ele sorriu e eu achei que era o momento apropriado para agradecer.
- John, acho que eu não lhe agradeci apropriadamente hoje cedo - fiz uma pausa - Obrigada por ter me socorrido, se você não estivesse ali, bom, provavelmente eu teria perdido meu bebê. Nunca poderei ser grata o bastante a você - dissei - Muito obrigada, de verdade.
- Não há de que Hermione - ele sorriu - Mas, eu gostaria de saber se posso fazer uma pergunta?
- Pode, claro - respondi.
- Como é ser bruxa e viver no mundo dos trouxas?
Engasguei.
- O que? - perguntei assustada - Como você sabe?
- Hermione, só um idiota não consegue reconhecer um bruxo - sorriu - Mas não se preocupe, eu não contarei a ninguém.
- Você também é um? - perguntei procurando minha varinha.
- Não, mas minha mãe era - ele fez uma pausa - Ela e toda a sua família.
- Seu pai era um trouxa? - perguntei.
- Sim - ele respondeu - Minha mãe se afastou da família depois que casou com ele, mas isso não a impediu de me contar quem era.
- Ual - foi tudo o que eu consegui dizer - Você é bom, levando em consideração o fato de que nunca fiz magia aqui.
- É um dom - ele riu e eu ri junto - Seu namorado também é um bruxo?
- Sim, ele se chama Draco - falei- Sua mãe estudou em Hogwarts?
- Sim, ela era da Corvinal - falou - E você, pertenceu a qual casa?
- Grifinória - falei- Mas ainda não sei a qual casa o bebê irá pertencer - fiz outra pausa - Draco era da Sonserina.
- Mamãe me contou que as duas casas tem sido rivais.
- Pois é, mas Draco é diferente; Eu o amo mais que tudo, e nada no mundo poderá nos separar - sorri.
- Deve ser bom encontrar o amor - ele falou.
- Se é... - concordei.
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