Capítulo 5



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Capa: Dark Moon













5. Capítulo 5


 


Pansy Parkinson


 


 


Ela se enrolou no lençol e observou Draco enquanto ele calmamente vestia todas as três elegantes peças de seu terno. Sabia que quando ele chegara em seu quarto tudo que ele queria era apenas sentar, beber um bom vinho e conversar, mas ela não conseguia tê-lo por perto sem sentir o seu toque. E Draco nunca a tocava a não ser quando faziam sexo. Ela não podia suportar tê-lo ao seu lado como apenas um amigo e sempre que ele tentava, ela estaria disposta a fazê-lo lembrar-se que ela era sua amante. Sua eterna amante!


 


Toda aquela infernal festa de noivado havia destruído suas estruturas. Nunca em sua vida pudera imaginar sentir que algo tão horrível corroer suas entranhas. A dor da inveja foi tanta que chegou a sentir seus olhos embaçarem com as lágrimas que ameaçaram a afogar. Quis subir aquelas escadas e matar Hermione Granger. Aquela sangue-ruim não merecia toda a glória! Quem deveria estar com Draco naquela cerimônia história era ela! Pansy Parkinson! Ela era a única que merecia Draco Malfoy!


 


Mas havia voltado para sua torre na catedral com o consolo de saber que Draco também odiava a maldita jóia preciosa de Lorde Voldemort, só não esperava recebê-lo em seu quarto aquela semana ainda, tentá-lo ao sexo, e ter como resultado um Draco que não via já fazia anos.


 


Fora bom como sempre era. Draco era o homem que a satisfazia por completo. Mas sabia quando ele ia para a cama com ela pensando em outra. E ele pensava em Hermione Granger. Ele mesmo tinha consciência de que pensava nela e que desejava estar com ela ao invés de estar com Pansy. Por isso ele havia sido bruto. Muito provavelmente ela teria alguns hematomas em sua pele no dia seguinte, porque quando ele olhava em seus olhos e via que não eram os de Hermione, sentia os dedos dele quase entrarem em sua carne. Ele tinha raiva por desejá-la.


 


-       Não entendo porque tem raiva. – ela quebrou o silêncio. Ele a olhou com aquele olhar furioso. Ela riu. Sabia como lhe dar com aquilo. Não era a primeira vez. – Você não tinha idéia de que a desejava tanto, não é?


 


-       Não sei do que está falando. – ele deu as costas e sentou-se na cama para colocar os sapatos.


 


Pansy riu novamente embora sentisse que seu coração estava sendo moído a cada segundo. Precisava mascarar sua dor. Era a única forma de manter de pé sua confiança.


 


-       Por favor, Draco. Eu o conheço bem. Não perca suas energias nesse jogo de se fazer de desentendido. Sei quando me come pensando em outra.


 


-       Por Deus, Pansy! Por que não tenta colocar alguma rédea nesse seu maldito palavreado?!


 


-       A verdade o incomoda?


 


-       Bastante, se quer saber!


 


Ela se arrastou até ele e passou seus braços em torno de seu corpo.


 


-       Não há porque ter tanta raiva, Draco. – sussurrou acomodando-se próximo ao ouvido dele. – É mais do que natural. – beijou seu pescoço calmamente. – Ela é uma mulher e você é um homem.


 


-       Ela não é qualquer mulher.


 


-       Não deixa de ser uma mulher!


 


Draco se esquivou dela e se levantou.


 


-       Não aconselharia você a ficar encontrando desculpas para aliviar o seu descontentamento em saber que penso nela quando faço sexo com outra mulher.


 


-       Descontentamento? – Pansy riu alongando-se na cama. As palavras dele foram duras ao se referir a qualquer outra mulher e não exclusivamente a Pansy. Significava que ela não era a única com quem ele andava fodendo por aí. Ou então era apenas uma provocação. – Ela é uma sangue-ruim! – exclamou – É apenas desejo e pode ser saciado. Assim como quando se apaixonou por aquela garota em Hogwarts! Qual era mesmo o nome dela? – dramatizou Pansy. - Astoria! – riu fingindo-se lembrar. – Cansou-se dela assim como qualquer paixão tem fim. Diferente de mim. – Ela se levantou e foi até ele. – Nunca se cansa de mim. – passou os braços em torno do pescoço dele. – Seu desejo por mim nunca é saciado.


 


-       Você é uma mulher e eu sou um homem, enquanto me provocar eu cederei. Não quer dizer que tenho qualquer desejo insaciável por você.– disse enquanto tirava os braços dela de cima dele.


 


-       E é exatamente aí onde eu marco o meu ponto, Draco! – Pansy jogou-se novamente na cama sem perder o ar divertido. – Tenho certeza de que quando matar seu desejo com ela estará em paz, porque a maldita sangue-ruim certamente não ficará te provocando. Ela é santa demais para isso e obviamente não te quer! – Draco parou de abotoar a camisa para lançar um olhar sepulcral e fulminador sobre ela. Foi aquele olhar que fez tudo clarear na mente de Pansy. – Oh! – riu e sentou-se – Então quer dizer que é esse o motivo da sua raiva? Saber que ela não te quer?


 


-       Cale essa boca infernal, Pansy! – a voz dele foi tão profundamente séria que quase a fez recuar.


 


Ela riu. Não deixaria se abater.


 


-       Está com raiva porque enquanto me fode e deseja estar com ela, ela sequer deve se lembrar de seu nome!


 


Draco parou tudo que estava fazendo e a encarou. Pansy pensou que aquela fosse a hora de sua morte, mas ao invés disso, como se ele estivesse querendo revidar não agindo da forma que ela esperava, Draco apenas foi até ela, sentou na cama e cruzou os braços naquele ar sério. Foi até difícil ver ele assumir aquele constante ar indiferente novamente.


 


-       Está errada. – ele começou sabiamente, como se estivesse dando uma entrevista numa de suas conferências. – Ela pensa em mim. E arrisco dizer que todos os dias. Ela pensa em mim tocando todo aquele lindo corpo que ela tem. Mas ao invés de sentir desejo, ela sente nojo. Sente nojo porque ela sabe o canalha que sempre fui. Ela sabe que eu já levei para cama mais mulheres do que ela mesmo pode imaginar. Ela sabe que com a mesma mão que eu toco você e outras mulheres, eu tocarei ela. Ela tem respeito, Pansy, e foi isso que fez com que ela nunca me quisesse.


 


Uau! Pansy recuou. De fato ele queria desarmá-la!


 


-       Está dizendo que eu não tenho respeito? – ousou perguntar mesmo que temesse a resposta.


 


Draco ergueu as sobrancelhas.


 


-       E porque saber que não tem estaria te afetando agora? Sempre teve orgulho de ser a vadia que é!


 


Ela prendeu o ar ao receber o baque das palavras dele e afastou-se puxando os lençóis.


 


-       POR QUE MALDIÇÃO ESTÁ ME FAZENDO TER VERGONHA AGORA? VOCÊ SEMPRE GOSTOU DE QUEM EU SOU! – gritou.


 


Foi quando ele abriu um sorriso cínico e vitorioso.


 


-       Eu nunca gostei de quem é, Pansy. Apenas nunca fez diferença para mim. – ele disse calmamente e Pansy sentiu sua máscara escorregar do domínio de seu poder. – Nunca me importei. – ela não conseguiu se esconder em lugar nenhum e quase podia sentir a força que a fez chorar no dia do noivado de Draco querer puxá-la novamente. – Você se sente ameaçada por Hermione Granger. Ela está ocupando o lugar que sempre quis e agora me vê desejando-a. – ele ajeitou a gravata - O que mais teme, Pansy?


 


-       Eu não temo nada! – insistiu Pansy sentindo raiva. – Você é meu!


 


-       Teme. - Ele corrigiu. – E não é a Granger que teme. Teme apenas pelo dia em que eu deixarei de vir até você. Teme pelo dia em que eu encontre alguém que seja suficiente para mim. Alguém que eu ame. – ele se aproximou, segurou o queixo dela com os dedos e olhou bem em seus olhos. – Deveria já me conhecer o suficiente para saber que isso nunca irá acontecer comigo. – beijou sua boca, se afastou pegando o casaco de seu terno e saindo do quarto.


 


Pansy soltou um longo suspiro enquanto sentia a fragilidade de ter perdido sua máscara para a mão sorrateira de Draco.


 


-       Acontece com todo mundo, Draco. – escutou sua própria voz sussurrar - Só estou tentando ser aquela a quem irá amar quando acontecer com você.


 


 


Draco Malfoy


 


 


Ele desceu a ala de sua sala sem pressa alguma. Cruzou com uma das filhas de Rosney e não parou para dar a devida atenção que sabia que deveria dar a ela, afinal, era uma mulher que ele gostaria de ter novamente em sua cama, mas sabia que estava atrasado e aquela noite ele não estaria livre para ela. Não gostaria de adiantar o serviço para tê-la pegando em seu pé até que ele finalmente tivesse tempo.


 


As mulheres eram assim, talvez fosse só com ele, mas nenhuma delas nunca havia se dado ao respeito com ele. Draco até gostaria de perder um pouco do seu tempo usando dos artifícios da conquista, mas nunca realmente precisou. Quando não havia uma lista de mulheres se oferecendo de todas as formas para ele, ele simplesmente ia até a que queria. Nunca teve qualquer problema. Claro que algumas delas até fingiam não querer, mas ele não tinha paciência com isso e escolhia outra para que servisse de lição a anterior.


 


Uma vez havia se apaixonado. Na idade certa, mas não no tempo certo. Estava em seu sexto ano em Hogwarts quando conheceu Astoria. Era uma garota linda que sabia dialogar muito bem. Tinha um coração meio rancoroso e uma vingança contida por algum golpe financeiro que havia arrastado sua família ao ralo num passado muito remoto, mas era uma mulher daquelas que tinha aquilo que o mundo chamava de atitude e Draco admirou. Foi até um grande incentivo para que transformasse seu lado covarde de ser. Astoria fez o tipo que fingia não o querer e pela primeira vez ele se permitiu correr atrás de uma garota. Não porque ela havia sido especial, mas porque tinha curiosidade de saber qual era a graça de trocar corujas de madrugada, como era comprar presentes esperando agradar alguém, usar palavras bonitas para agradar uma garota, dar e receber carinho. E assim ele acabou por se apaixonou acidentalmente.


 


No entanto o encanto acabou como se era esperado que acabasse e não houve amor nenhum entre eles que fizesse Draco continuar persistindo na relação. Mas foi uma grande lição e pela primeira vez ele pode entender, por mais mínimo que fosse, o valor que se dá quando algo é conquistado.


 


Definitivamente havia sido um período diferente em sua vida, onde ele conseguiu se conservar apenas para Astoria e isso havia enlouquecido Pansy. Astoria o satisfazia bem, eles tinham harmonia na cama, na conversa e nos gostos, mas era seu sexto ano e tudo estava muito difícil. Voldemort estava exigindo muito dele e obviamente que Draco tinha mais interesse no ciclo da morte do que em uma garota que queria bombons em sua cama com uma cartinha romântica do lado no fim do dia. Em pouco tempo, ir para cama com Astoria passara a ser monótono, mesmo que ambos fossem muito criativos, e ele precisou confessar que fora um alívio e tanto voltar a ativa quando dispensou a garota Greengrass.


 


Mas ele sabia o que era se apaixonar. Já havia vivido do encanto, e sim, ele já havia sido bobo para entender o que era ter o coração pulando quando se vê a garota pelo qual se está apaixonado surgir por qualquer porta que seja. Tinha que admitir que era triste que fosse um sentimento passageiro demais.


 


Os acessos da catedral estavam vazios aquela hora, sobretudo devido a importante atividade que iria acontecer em instantes. Provavelmente todas as pessoas que deveriam estar circulando pela catedral estavam agora amontoadas na porta do salão principal para conseguir um bom lugar nas duas galerias laterais.


 


Espertamente Draco tomou o caminho pelos fundos do jardim interno para evitar esbarrar em qualquer civil comum de Brampton Fort. Seguiu por dois pátios da ala sul e passou pela fila das famílias importantes e bem abastadas que tomavam seus camarotes particulares.


 


Aquela era uma audiência aberta feita por Voldemort. Ele não fazia nenhuma audiências aberta a quase dois anos. Aquilo era um evento gigantesco para a cidade inteira e Draco precisou usar uma política de imigração muito severa para moradores de fortes em continentes diferentes que vieram apenas para aquela importante data.


 


A verdade era que tudo que Voldemort queria, era dar o seu show de horror abertamente. A audiência aberta nada mais era do que as sessões de torturas frequentes que ele fazia apenas para o seu ciclo de comensais próximos. A última havia sido quando Hermione Granger fora proclamada comensal.


 


Draco chegou a sala comum detrás do átrio do salão principal e lá já estavam amontoados a minimíssima parcela de pessoas que ocupavam os patamares do trono. Voldemort não estava presente e soube imediatamente que todos esperavam apenas por ele.


 


-       Draco! – escutou a voz de um de seus conselheiros. Era Payne. Vinha com uma cara não muito amigável e um olhar severo debaixo das grossas e negras sobrancelhas. – Eu não a quero no conselho!


 


Draco revirou os olhos. Claro que ele deveria ter se preparado para escutar aquilo.


 


-       Ela não fará parte do conselho. Ela apenas estará presente nele! – justificou pela trigésima vez.


 


-       Eu não quero a presença dela! É uma sangue-ruim! – retrucou ele decidido.


 


-       É uma ordem do mestre.


 


-       Uma ordem sem cabeça!


 


-       Vai contestá-lo, Payne? Por que não diz a ele que é uma ordem sem fundamento e desnecessária? Por que não expõe a ele que se nega a seguir seus comandos? – sugeriu Draco muito calmamente e Payne se calou sem mudar sua expressão enraivecida. – Ordens do mestre são incontestáveis. E será até uma boa diversão vê-la completamente desarmada ao saber das nossas investidas contra os amiguinhos preciosos dela.


 


Payne não mudou a expressão embora parecesse ponderar bastante sobre as palavras de Draco.


 


-       Não estou gostando disso. – disse após seu minuto de silêncio. – Há um grande erro na decisão do mestre em torná-la uma de nós. – ele fez uma careta. – Sabe que sou um bom conselheiro, não sabe? – Draco considerou. – Me escute, há um grande erro nisso. – virou-se e foi embora.


 


Draco tinha que concordar. Talvez aquele pudesse ser um grande erro, mas pensar sobre isso era confuso. Voldemort nunca se dava ao luxo de errar. Havia algo ali que ele pretendia compreender. Mas no momento ele estava suficientemente ocupado com as investidas da resistência contra o seu exército. Não havia estratégia nenhuma por parte das investidas deles, claro, Hermione não estava mais lá, mas eles estavam abusando de uma selvageria que Draco compreendia por partir de Harry Potter. Aquela cicatriz dele sempre foi impulsiva e burra. Esperaria o momento certo para recuá-los.


 


Sentou-se onde sempre se sentava. Negou uma bebida que um dos elfos ofereceu e sentiu o tédio dominá-lo. Ah, como ele odiava essas sessões. Odiava sobretudo porque era obrigado a estar lá. Ele poderia estar em casa, no fundo de seu escritório particular, olhando seu quadro montado, pensando para onde moveria suas tropas, tomando um bom whisky e escutando um jazz muito suave num volume distante e tranquilizador.


 


Mas não.


 


Olhou no relógio.


 


Voldemort ainda se daria a importância se atrasar para aumentar as expectativas de todo o público amontoado nas galerias e nos camarotes. Era melhor que Draco encontrasse uma forme de se distrair com o próprio cérebro.


 


Viu Hermione entrar pelas portas da ala central. Estava impecavelmente arrumada. Muito elegante e muito poderosa. Tão poderosa que quase fazia parecer que os olhares de repulsa que recebia, eram olhares invejosos. Por um rápido segundo apenas, Draco teve orgulho de saber que ela seria sua mulher. Um segundo que passou quase despercebido e logo foi compensado pelo verdadeiro fato dela ser uma sangue-ruim e um membro da resistência.


 


Ela colocou os olhos nele e parou. Soltou um suspiro evidente como se tentasse convencer a si mesma de que tinha forças para ir até ele. E foi o que ela fez.


 


Sentou-se logo ao lado num assento talhado de madeira escura e negou a bebida que um elfo a ofereceu. Corbray, um comensal do ciclo interno de Voldemort a cumprimentou muito educadamente e aquilo surpreendeu tanto a ela quanto a Draco. Hermione sorriu elegantemente em resposta e Draco apenas assentiu com a cabeça quando o mesmo cumprimento foi direcionado a ele. Não deixou de questionar-se o porque de toda aquela educação, mas logo suas dúvidas foram sanadas quando o enxergou devorando Hermione com o olhar ao beber de seu drink já a uma distância considerável.


 


Sentia-se incomodado demais por saber que ela chamava atenção dos homens. Ela iria ser uma Malfoy! Ao menos respeito eles deveriam ter!


 


-       Quanto tempo isso durará? – a voz séria dela tirou sua atenção de Corbray. A olhou e ainda escutou a pergunta dela ecoar em sua mente sem fazer nenhum sentido. Ele nunca havia reparado no quanto a voz dela era suave, uniforme e fresca.


 


-       Horas. – respondeu quase que inconsciente de sua resposta. Ela piscou e desviou o olhar enquanto ajeitava-se na cadeira. Parecia haver algo estranho acontecendo com ela. – Pensei que estivesse com minha mãe, porque ela não veio com você?


 


-       Eu estava. – ela respondeu enquanto passava os olhos pelas pessoas da sala. – A Sra. Malfoy foi para casa. Seu pai parece estar lá, portanto ela julgou pertinente que chegar com ele e não comigo seria muito mais bem esperado.


 


Ele sentiu vontade de revirar os olhos mas não o fez. Esperou ali em sua cadeira ao lado de Hermione. Cada segundo, por mais rápido que pudesse passar, para ele seria eterno. Apenas o incomodava que Hermione estivesse incomodada e ele sabia muito bem o porque, e isso o alertava ao perigo que era ter ela em uma das audiências no templo da catedral tão cedo.


 


-       Não está pronta para isso. – pegou-se dizendo a ela. Logo teve um par de olhos incrivelmente âmbar voltados para ele. Desde o dia de seu noivado ele começara a reparar nela os atributos que a faziam ser tão bela e os olhos obviamente eram um fator de grande peso.


 


-       O que quer dizer? – ela indagou confusa e o movimento de seus lábios chamou a atenção dele mais uma vez.


 


Aquilo fez com que a raiva o dominasse novamente. Odiava sentir que a desejava. Depois que sentira a textura dos lábios dela, a sensação havia se encravado em sua memória de tal maneira que sempre se via reviver o modo como segurara aquele lindo rosto e de como a boca dela era macia e se ajustava perfeitamente contra a dele. Céus, ele queria sentir o sabor dela! Queria poder sentir a boca dela por inteira se movimentando contra a sua, sentir sua língua quente, sua respiração perder espaço em seu rosto, suas mãos pedirem urgência para abrir sua calça! Queria poder a ouvir gemer debaixo de seu corpo e queria ela, Hermione Granger! Aquilo o devorava! Maldita sangue-ruim! Merecia estar morta! Merecia que ele a possuísse e a matasse!


 


-       Não está pronta para ver o que verá hoje. Certamente fará besteira e isso será problema para mim. – percebeu que sua raiva fazia com que a olhasse com desprezo embora quisesse arrastá-la para seu quarto e arrancar sua roupa.


 


Ela desviou o olhar e engoliu a saliva com dificuldade. Quando a olhava sentia que ela estava tão longe da realidade de odiá-lo e desejá-lo. Ela era tão convincente em expressar que odiá-lo bastava para repugná-lo em todos os sentidos. Aquilo fazia com que ela fosse a única mulher que já conhecera que não se encaixava nos padrões dele. Ela nunca havia claramente se oferecido para ele, nem mesmo nunca havia fingido não o querer. Ela realmente nunca o quisera e parecia não querer ainda mais.


 


Para Draco tudo isso era como um desafio. Ele queria aceitar. Provar que essa moeda viraria e que ele a teria a rastejando aos seus pés tão cedo quanto seu orgulho pudesse imaginar. Mas tudo que ele queria na verdade, tudo que realmente desejava, era não se importar como nunca havia se importado. Hermione sempre havia existido em uma realidade muito diferente da sua. Até mesmo em Hogwarts. Era uma aluna muito bonita e bastante desejada, principalmente quando abria a boca para agraciar todos em classe com sua extrema inteligência, mas mesmo lá ela parecia tão fora de seu padrão que nunca a considerou. Era uma sangue-ruim no final de todas as contas, ele não estava perdendo nada. Além de sangue-ruim ainda andava com a corja de Potter e se prestava ao ridículo namorando o mais estúpido dos Weasley.


 


Tudo mudara depressa demais quando Voldemort a transformou numa comensal e aquela mulher passara a fazer parte do meio em que ele vivia e como se não bastasse, carregando o anel de noivado de sua família. Hermione Granger seria sua mulher, sua esposa, aquela que seria sua companheira para a vida. Não! Ele não a queria! Ele a queria apenas por uma noite. Queria usufruir de seu corpo, do sabor de sua boca, do som de seu gemido e nada mais! Ele a queria como queria qualquer outra bela mulher. Apenas para sexo. Nada de família!


 


-       Tenho um coração, Malfoy, e sei que ele não irá me ajudar hoje. Sou humana, tenho sentimentos e sei como expressá-los. Não sou nenhuma máquina como vocês. Frios, calculistas, inexpressivos. – a voz dela chegou baixa até ele. Ela tinha a visão focada bem longe da dele.


 


-       Ouse soltar um suspiro na hora errada e saiba que o mestre o fará responder por ele. – alertou a ela.


 


-       E de que modo isso seria um problema para você? – ela voltou a encará-lo.


 


-       Sou responsável por você, se não se lembra. Eu deveria tê-la preparado para hoje.


 


-       Não se prepara ninguém para isso. – ela fez soar como se fosse um absurdo usar dessas palavras.


 


-       Explique isso ao Lorde e ele jamais compreenderia. – desviou seu olhar. – As pessoas que estão aqui hoje acreditam na mentira que contamos a elas. Pensam que você é uma de nós. Elas não hesitarão em desconfiar de você se der a eles brechas para que possam.


 


Ela ficou um minuto em silêncio encarando as próprias mãos.


 


-       Ele irá torturar pessoas, não irá? – indagou ela após seu silêncio.


 


-       Ele sempre tortura. – respondeu.


 


Hermione prendeu o ar, fechou os olhos e tornou a abri-los depois de recuperar o oxigênio. Então ela o olhou. Havia tanto sofrimento em seus olhos que ele não conseguia entender como um ser humano podia ser tão expressivo como ela, ou talvez ele vivesse em um mundo inexpressivo demais.


 


-       Por favor, Malfoy. Não posso assistir a isso. Não posso. – ela suplicou. – Não estou pronta.


 


-       Nunca estará. – ele retrucou.


 


-       Então é melhor que nunca me façam estar presente!


 


Ela quase riu.


 


-       Não haveria propósito nos planos do mestre em torná-la uma de nós se fosse viver apenas das regalias, Granger.


 


Ela soltou o ar frustrada e claramente enraivecida sem se importar em esconder seu olhar sofrido.


 


Surpreendentemente, para Draco, não demorou quase nada para ver Voldemort chegar acompanhado de sua tia Bellatrix, seu pai e sua mãe. Narcisa mantinha seu braço unido com o do marido, mas Lúcio não fez muito questão de continuar assim quando deslizou facilmente para longe dela e se anuiu ao grupo de velhos amigos para uma rodada de whisky enquanto Voldemort fazia questão de cumprimentar cada um em particular antes de anunciar a ordem para a entrada.


 


Draco viu a mãe ter um segundo de perturbação quando ela mesma se percebeu longe do marido e sem a companhia de Bellatrix que acompanhava Voldemort como um cão acompanha seu dono. Ele não queria se levantar para ir até ela, mas sentiu-se obrigado. Então agradeceu mentalmente Hermione quando ela se levantou e foi até Narcisa. As duas pareciam bem próximas, mas o modo como conversavam ainda era tão profissional, seco e sem emoção que o fazia se questionar se era orgulho demais ou aversão demais que reinava naquela relação.


 


-       Soube que terá Hermione nas reuniões do seu conselho. – Voldemort finalmente chegara até ele. – Tenho recebido reclamações por essa decisão sua.


 


Draco achou interessante ver Voldemort pronunciar o primeiro nome dela com tanta suavidade. Tinha a impressão de que seria o último a deixar de chamar Hermione de sangue-ruim ou Granger.


 


-       Pelo que bem me lembro a ordem que me foi passada era a de que ela deveria ter conhecimento de todas as pretensões e movimentos do exército de comensais. – Detestava quando Voldemort não era objetivo. Tinha sempre uma mania insuportável se querer jogar o verde para conseguir colher do maduro.


 


-       E devo confessar que teve uma excelente estratégia para cumprir essa ordem. – confirmou o ofídico sem deixar de soltar um fraco sorriso. Ele sentando-se na cadeira onde antes estivera Hermione e sua tia Bella sentou-se no braço cercando o pescoço de seu precioso mestre. – Irá mantê-la a par de tudo, mas não irá precisar dirigir a palavra a ela nenhum segundo.


 


-       Esse é o ponto. – confirmou ele sentindo que o tédio daquela conversa poderia levá-lo a cova.


 


-       A evita de uma forma que não me agrada. – Voldemort finalmente foi ao ponto.


 


-       Iremos mesmo ter essa conversa aqui? – questionou ele.


 


-       Não seja abusado, garoto! Escolha bem as palavras que usa com o seu mestre! – exclamou sua tia autoritariamente.


 


Draco puxou o ar buscando paciência e lutou para não revirar os olhos. Não se importaria se de repente sua tia explodisse e deixasse de existir. Odiava quem o tratava por garoto. Não era mais garoto. Havia deixado de ser um há um bom tempo. Deixou de ser garoto em Hogwarts ainda! Deixou de ser garoto quando matou Dumbledore, o que sua tia obviamente nunca seria capaz de fazer.


 


-       Por favor, Bella. – Voldemort foi paciente com ela. – Draco, como pretende levar para cama uma mulher que detesta com tanta vontade?


 


-       Eu não pretendo. – ele desejou ter aceito a bebida oferecida antes para que pudesse se afogar no álcool agora. – Quem pretende que eu a leve é você, mestre.


 


-       E minhas pretensões são também as suas, afinal é meu comensal, não é?


 


-       Não tenho a escolha de não ser, tenho?


 


Voldemort o encarou profundamente.


 


-       Acaso se arrepende de ter feito a escolha errada quando pode?


 


-       Não.


 


-       Por que não, se faz parecer que sim?


 


-       Não faço. Nunca fiz. A escolha de ser um comensal foi minha e nunca me arrependi. Eu sou quem sou graças a minha escolha. Você me ensinou a ter poder, a ser influente, a saber persuadir, a dominar, a ser temido. É o meu mestre. Me deu um exército, me deu controle, me deu fama. Eu não teria nem seria nada disso se não fosse por você e pela escolha que fiz. Sou apenas um filho crescido, mestre, e todo filho crescido quer sua independência. – explicou Draco.


 


Voldemort o analisou por um longo minuto.


 


-       Não a terá. – ele concluiu.


 


Draco sorriu.


 


-       Sei disso. Estou no processo de aceitação.


 


Voldemort o olhou de maneira desconfiada e Draco receou por isso. Não deveria, afinal que ameaça alguém poderia ser a Lorde Voldemort? Talvez isso estivesse se passando pela cabeça de seu mestre naquele exato momento.


 


-       Fico feliz que tenha se tornado maduro para entender tudo isso. Sei que posso tê-lo sempre ao meu lado. É alguém que me traz orgulho todos os dias. – disse o ofídico. Draco lutou novamente para não revirar os olhos. Voldemort sabia bem como bajular seus servos de alta patente para que o ego deles sempre estivesse alimentado, mas Draco não se importava com isso diferentemente de todos os outros comensais de seu mestre. – Estou prestes a iniciar uma audiência aberta com Hermione presente. – mudou ele. – Ela tem sido bastante obediente todo esse tempo, creio que tenha a alertado sobre os riscos de cometer qualquer erro hoje.


 


-       Sim. – respondeu Draco. – Ela tem sido bastante orientada quanto a isso, mas devo dizer que é um grave risco levá-la a uma audiência aberta. Ela não está pronta.


 


Voldemort sorriu. Aquele seu sorriso de prazer quando ouvia os gritos de seus inimigos sob tortura.


 


-       Por que acha que ela não está pronta? Não viu como ela se adequou perfeitamente a Brampton Fort? Meus comensais e protegidos estão até passando a gostar bastante dela.


 


-       Ela foi obrigada a se adequar. Estava sobre ordens e ameaças. Qualquer um se adequaria. Sabe bem que ela não está pronta. Granger pode estar entre nós, mas ela nunca será uma de nós. Será capaz de mantê-la aqui, obediente e calada, apenas enquanto souber ameaçá-la certeiramente.


 


Dessa vez Voldemort riu e se levantou.


 


-       Ah, Draco. – passou os braços em torno da cintura de Bellatrix. – Você é inteligente, mas não o suficiente para entender que tenho cartas na minha manga para mantê-la aqui sobre nenhuma ameaça. Quando menos esperar verá que ela será uma de nós. Eu a libertarei e ela irá escolher ficar exatamente aqui onde está. Conosco. Mas não se preocupe, Draco. São investimentos a longo prazo. – sorriu. – Por hoje só faça o seu papel e cumpra as responsabilidade que passei a você quando a entreguei em suas mãos. Mantenha seus olhos nela. Eu adoraria castigá-la por qualquer mínimo erro que cometesse. – deu as costas e partiu para a roda onde se encontrava seu pai.


 


Draco odiava quando Voldemort não compartilhava suas estratégias e tinha a ligeira impressão de que estava envolvido em todos os planos que o faziam sorrir para Draco como se ele tivesse voltado a ser o garoto de Hogwarts. Não estava gostando daquilo. Não estava já fazia um bom tempo.


 


**


 


A pesada porta do salão principal era de madeira maciça reforçada com enormes chapas de aço. Rangiam como um leão rugia e eram lentas, mas anunciavam a tão esperada entrada do maior imperador que mundo bruxo já teve.


 


Draco pode vislumbrar as galerias lotadas e todos os camarotes ocupados quando Voldemort se colocou em movimento e ele o seguiu. Enquanto cruzavam o salão, todos adotavam um silêncio sepulcral. Ao seu lado ele tinha Hermione, logo atrás vinham seu pai e sua mãe juntamente com a linha de frente do ciclo interno de comensais, incluindo Severo Snape. A sua frente havia apenas Bellatrix e a frente dela estava o seu glorioso mestre.


 


Não era uma tarefa fácil cruzas todo o gigantesco salão enquanto o barulho dos sapatos contra o mármore ecoavam pelo silêncio. Teve tempo o suficiente para se concentrar em não olhar para o rosto de nenhuma pessoa nem ter interesse sobre aquelas partes do ambiente. Continuou a andar e estudar bem a nova ordem de assentos nos patamares do trono. Havia sido mudado depois de todo o discurso de Voldemort em seu noivado.


 


Obviamente o nível mais alto era destinado a cadeira do mestre. Consistia num enorme trono fundido de cobre e ferro, com esmeraldas e moldes de pequenas serpentes. A peça era embelezada pelo gigantesco vitral ao seu fundo e Nagini, que já jazia quieta enroscada nos pés do trono a espera de seu amado dono.


 


Um patamar abaixo do de Voldemort, ao lado esquerdo do nível maior, estava a cadeira única de Bellatrix. Não havia ninguém que ocupasse o lado esquerdo que não fosse ela. Do lado direito, no mesmo nível do patamar de Bellatrix, havia sua cadeira e a de Hermione. Do seu lado, porém um nível abaixo, estava a cadeira de seu pai e sua mãe. Então havia um pulo de quase três níveis e ali estava um patamar grande que abrigava as fileiras das cadeiras do ciclo interno de comensais seguindo a linha de prioridade onde os mais importantes ocupavam as fileiras da frente e os menos, as de trás.


 


Todos os lugares foram ocupados sem qualquer confusão. Draco gostava de se sentir importante e o lugar que ocupava era definitivamente alto o bastante para que ele se sentisse bem satisfeito quanto a isso. Só queria ocupar o seu patamar sozinho, mas tudo bem que fosse obrigado a dividi-lo com Hermione. Ela estava especialmente bela e querendo ou não, era uma boa propriedade para se expor.


 


Voldemort começou a discursar sentado em seu trono. O silêncio era tão grande que ele não precisava sequer aumentar a voz. As palavras dele duravam e se estendiam até quase parecerem infinitas e foi naquele momento que Draco se desligou como sempre se desligava. Não tinha paciência para aquilo.


 


Geralmente lembrava-se de como ficava maravilhado com os discursos de Voldemort quando havia se tornado comensal. Ria de sua ingenuidade hoje. Aquelas palavras de seu mestre eram tão vazias quanto o vento. Tinham o único objetivo de atingir seu povo que ainda vivia na ingenuidade. Voldemort não pensava em nada além de ter poder e momentos como aquele eram importantes para se manter onde estava. As pessoas pareciam não entender. Talvez elas achassem que Voldemort realmente se importava em construir um mundo de raça pura, soberana e claro que ele queria construir, mas apenas para estar no comando de tudo. A verdade era que todos ali se relacionavam por interesses. Esse era o mundo afinal. O interesse estava acima de qualquer valor.


 


            Aquilo durou horas talvez. Conseguiu prestar um pouco mais de atenção apenas quando trouxeram um dos prisioneiros mais antigos para dentro do salão. Voldemort ainda continuou a discursar enquanto descia as escadarias de seu trono e passava a circular o coitado largado no chão. Já havia sido tão torturado que perdera a sã consciência. Era um prisioneiro insignificante, mas ele inaugurara as masmorras da catedral e o mestre parecia ter algum certo tipo de afeto por manter um louco vivo. Talvez tivesse algum valor sentimentalmente insano naquilo tudo.


 


Draco voltou a acordar de vez quando Voldemort chutou seu prisioneiro e ele conseguir perceber Hermione se retrair em sua cadeira. A olhou de imediato e viu que os olhos dela ziguezagueavam por aquela cena como se quisessem gritar o quanto tudo aquilo era um absurdo.


 


-       O conhece? – Draco perguntou.


 


Ela levou seus olhos âmbar a ele e ajeitou-se em sua cadeira como se tivesse sido pega em flagrante.


 


-       Não. – respondeu usando uma voz rouca.


 


-       Então por que age como se devesse defende-lo?


 


Hermione cerrou os olhos como se não estivesse acreditando em sua pergunta.


 


-       Porque ele é inocente! – respondeu ela como se não houvesse nada mais óbvio no mundo.


 


Draco soltou um riso fraco não acreditando que ela havia dado aquela resposta.


 


-       Granger, acaso a Ordem da Fênix julga inocentes os comensais que capturam? – ela não respondeu e o silêncio dela bastou. – É o mesmo princípio. – piscou calmamente e voltou a encarar Voldemort em seu discurso. – É melhor se acostumar rápido porque temos um número significativo de prisioneiros que possa conhecer e eu a quero bem quieta se algum deles for trazido para cá.


 


Ela ficou tão quieta que ele até pensou que ela pudesse ter prendido a respiração, mas não foi o suficiente para que o fizesse se desconectar novamente daquela tediosa audiência. Voldemort parecia ter um bom plano de discurso e logo todo o público que ele tinha começou a interagir em concordância ao que ele dizia quando as ironias do mestre provocaram risadas de deboche dos ocupantes das galerias e camarotes. Mais prisioneiros foram trazidos e o interrogatório começou.


 


Draco não voltou a olhar Hermione, mas sabia que ela estava quieta e em silêncio assim como deveria ficar. Entre os quatro novos prisioneiro ela conhecia um e ele sabia que ela conhecia porque ele havia sido um membro da Ordem antes de ter sido capturado numa de suas vigias no centro de Londres. O longo olhar que ele lançou a ela também o denunciou.


 


Foi um longo interrogatório onde Voldemort poupou por um bom tempo o uso de maldições imperdoáveis. Mas obviamente seu mestre não podia manter toda aquela paciência por um bom tempo e quando nenhum deles abriu a boca para dizer coisas úteis as torturas começaram. Os gritos e os moribundos se contorcendo no chão era algo tão normal para Draco que ele quase poderia palitar os dentes enquanto assistia a tudo aquilo.


 


A plateia se indignava junto com Voldemort quando as informações não conseguiam ser retiradas e incentivavam o mestre a aumentar toda a tortura. Mas por decência, Voldemort estava sendo manso. Ele sempre guardava rituais perigosos, estupro e sangue para as audiências fechadas. O que era um ponto a favor de Hermione.


 


Mas ela parecia não considerar isso já que não tinha idéia dos absurdos de uma audiência fechada. Draco a olhou e a viu estática com os olhos brilhando, cheios de dor e cheios de horror. Cada vez que um grito ecoava pelo átrio do salão ela se retraia como se a maldição pudesse atingi-la.


 


-       Granger, assim as pessoas irão te notar. – ele tentou alertar.


 


Ela sequer notou que ele havia dito algo. Seus olhos expressavam avidamente o choque de tudo aquilo e ela nem mesmo lutava para esconder. O prisioneiro da Ordem a olhava sempre que suas torturas acabavam e só desviava  quando outra começava.


 


Hermione apertava com força os braços da cadeira como se tentasse descontar ali qualquer poder de manifestação reprimido. Draco a viu começar a ofegar quando o prisioneiro começou a se movimentar na direção da escadaria do patamar que dividiam. Voldemort o deixou ir e apenas intensificou a tortura sobre ele fazendo com que Draco percebesse imediatamente a provocação.


 


O caminho foi difícil para o vigia capturado. Cada degrau que ele avançava era uma nova tortura, uma dor diferente, um grito mais sofrido, mas o olhar de determinação que ele tinha para chegar até Hermione era claro e mesmo que Voldemort o interrogasse cada vez mais alto, o capturado o ignorava. Para ele era como houvesse apena ela naquele salão.


 


Draco já havia se ajeitado em sua cadeira sabendo que seria surpreendido pelo que quer que fosse acontecer. Por que diabos Voldemort provocava Hermione na frente do seu público? Ela obviamente não se controlaria por muito tempo e ele tinha a pequena impressão que Voldemort desejava pelo momento que ela fosse cometer seu primeiro erro.


 


Ele quer castigá-la.


 


-       Ele não sabe! – Hermione exclamou abrindo finalmente a boca fazendo sua voz soar rouca e fraca porém audível o suficiente para que ecoasse por todo o salão. – Ele diz a verdade quando fala que não sabe! – reafirmou ela para as incessantes perguntas do interrogatório de Voldemort.


 


-       E de que maneira sabe disso, minha querida Hermione? – aquilo fez murmúrios correrem pelo salão.


 


-       Foi capturado antes de passarem qualquer informação a ele. – ela responder rapidamente como se aquilo tivesse o poder de fazer Voldemort parar com suas torturas e realmente tinha, mas havia sido um grande erro dela.


 


-       Então está me dizendo que ele é inútil para mim? – Voldemort perguntou pausadamente.


 


Hermione ficou calada por um segundo enquanto encarava o prisioneiro que estava a poucos degraus de finalmente chegar aos pés dela.


 


-       Estou dizendo que ele apenas não sabe. – ela disse.


 


-       Está me dizendo que ele é inútil. – concluiu Voldemort e girou a varinha entre os dedos. Draco sabia o que aquilo significava e temeu pela reação de Hermione. A varinha de seu mestre foi apontada para o moribundo tentando subir o último degrau. – Avada Kedavra!


 


-       NÃÃO! – Hermione se levantou no momento em que a maldição o atingiu e foi capaz de segurá-lo antes que ele desmoronasse contra o mármore.


 


-       Isso é o que eu faço com prisioneiros inúteis! – Voldemort exclamou avivado por ter matado um inimigo e o público pareceu tão vivificado quanto. – Gosto de ter vaga nas masmorras para prisioneiros que me servirão de algo! - Hermione havia se entregado ao choque. Olhava estática o antigo companheiro nos braços. – Tirem o corpo desse imundo daqui! – ordenou Voldemort e sua ordens foram atendidas com agilidade.


 


-       Granger. – Draco tentou chamar a atenção dela para que deixasse o corpo que tinha em mãos mas ela pareceu não escutar.


 


Os serviçais de Voldemort subiram todos os degraus e tomaram o corpo. Hermione não fez nenhuma objeção. Se levantou e Draco viu as lágrimas nos olhos dela junto com a raiva bem guardada que tinha. Por um segundo ele pensou que ela fosse avançar contra Voldemort quando passou a descer rapidamente a escadaria de seu patamar, mas ela desviou o caminho, escancarou a porta lateral e saiu do salão.


 


Draco viu os olhos de Voldemort o focarem como se estivessem lhe dando ordens. Bufou e se levantou. Seu mestre sabia que aquilo aconteceria e era aquilo que queria. Desceu e foi atrás de Hermione. Passou pela mesma porta que ela e a encontrou andando apressada pelo enorme corredor que saía da ala. Apressou-se par emparelhar seu passo com o dela.


 


-       Granger! – a chamou e ela não deu importância continuando seu caminho. Ele conseguiu alcançá-la facilmente e a segurou pelo braço com a força da raiva de ter sido ignorado mas quando viu o rosto dela banhado pelas lágrimas que escorriam dos olhos ele se viu a soltar quase que imediatamente. Não era acostumado com aquele tipo de emoção. – Que diabos foi aquilo? A ordem era...


 


-       Me manter calada? – ela o cortou. A raiva ainda estava em seus olhos juntos com a dor e as lágrimas. Ela era tão bonita daquele jeito como era de qualquer outro. – Fiquei calada por tempo demais! – a voz era rouca e carregada de sofrimento – Não sou nenhuma pedra como todos vocês! Acha que a Ordem usa qualquer tipo de tortura como essa para conseguir informações dos comensais que capturamos? Nós somos humanos! Não vemos alegria nenhuma em torturar alguém! Quem quer que ela seja! – ela soluçou e pareceu se odiar por isso – Eu o conhecia, Malfoy! Eu conhecia aquele homem que vocês mataram! Era uma boa pessoa! Tinha uma família! A mulher dele e a filha sofrem desde que ele sumiu! Você sabe o que é uma família, Malfoy? Uma família feliz? Uma família com amor? Um família onde um se importa com o outro, onde um toma conta do outro e um protege o outro? Me parece que não! – ele deixou que ela esvaziasse a raiva e ela o fez. Calou-se e o encarou como se esperasse que ele tivesse alguma reação as palavras dela mas ele não teve. O que ela esperava que ele fizesse afinal? – Não tem sentimento nenhum, Malfoy? – a voz dela foi como um sussurro agora.


 


-       Quer que eu chore por ele como você? – sabia que estava sério como uma pedra.


 


-       Não. Deveria apenas sentir muito pela perda de um marido e um pai! Aquele homem se arriscava para proteger a família! Ele só queria proteger a família! Agora a família não o tem mais.


 


-       Esse é o sentimento da família dele, não meu. – tornou a segurá-la pelo braço e passou a avançar pelo corredor.


 


-       Me solte!


 


-       Não.


 


-       Não tem coração! – ela cuspiu. – Ele te tirou o coração quando o transformou em comensal! Te transformou em um assassino! Te tirou a alma! Te arrancou o sentimento! Eu me lembro de alguém diferente em Hogwarts.


 


-       Eu era uma criança em Hogwarts. – respondeu calmamente.


 


-       Uma criança que não teria se transformado no que é se tivesse tido um destino diferente! – exclamou ela.


 


-       E graças a merlin não tive. – disse aquilo pareceu ser suficiente para um ponto final a ela e ele agradeceu.


 


Continuaram a seguir em silêncio pelo corredor. Soube para qual sala levá-la. Precisava de algum de seus homens e quando chegou a antecâmara do átrio lá estavam exatamente quem precisava. Ele quase riu por saber que Voldemort esperava tanto pelo erro de Hermione que já havia organizado tudo.


 


-       Ela já está aqui? – perguntou a um dos homens e soltou Hermione.


 


-       Sim. – respondeu ele.


 


-       Certo. Tragam-na. – ordenou Draco e o outro sumiu para dentro da segunda sala obedientemente.


 


-       O que pretende fazer? – Hermione perguntou confusa. Draco não quis respondê-la. Não quis porque por algum motivo dobrar o sofrimento dela parecia... desumano. – Draco. – ela o chamou pelo nome e ele não conseguiu evitar olhar para ela ao ser surpreendido. Ela era esperta. – O que pretende fazer? – tornou a perguntar mais pausadamente.


 


Ele não queria responder, mas ela fazia tanta questão que ele se sentiu sem alternativas para se manter mudo.


 


-       Diz que eu não tenho um coração. – desviou o olhar sentindo-se incomodado por alguma razão. – Vou te dar essa certeza.


 


E foi exatamente quando voltaram carregando Luna Lovegood amordaçada. Os olhos de Hermione abriram-se e ela imediatamente se colocou em movimento para alcançar a amiga, mas Draco ordenou que a segurassem e assim foi feito. Hermione se debateu contra o homem que a segurou e olhou para Draco em desespero.


 


-       Malfoy, por favor, não faça isso! – implorou ela.


 


Ele fingiu que não a escutou. A verdade era que ela deveria agradecer o que ele estava fazendo. Nunca gostou daquilo, nunca gostou de sofrimento, nunca gostou de ver ninguém sob tortura, gritos, dor, sangue. Nunca! Não via prazer nenhum naquilo como muito dos comensais viam. Mas o que ele poderia fazer se Voldemort jogara nas mãos dele a maldita da responsabilidade sobre ela.


 


Aproximou-se e parou bem a sua frente. Os olhos lindos e assustados dela o fitaram.


 


-       Por favor, não faça isso! – ela implorou chorosa novamente. – Não faça!


 


-       Espero que esteja consciente, Granger, que isso irá acontecer apenas por sua culpa. – ele foi frio, seco e objetivo. Como deveria ser. – Se erra , é punida. Já havia ficado bastante claro para você.


 


Ela soluçou.


 


-       Por favor. – sussurrou e as lágrimas escorreram novamente.


 


Draco a olhou por um longo segundo. Parecia tão errado fazer mal a ela. Ela era como um pequeno passarinho indefeso, mas Draco sabia que por trás daquela inocente face angelical havia a culpa das maiores perdas de seu exército. O cérebro fascinante de Hermione Granger.


 


Deu as costas, lançou um olhar ao homem que segurava Lovegood e aquilo bastou para que ele a jogasse no chão, apontasse sua varinha a ela e começasse a torturá-la.


 


Hermione gritou junto com a amiga e chorou. Draco cruzou os braços para aquela cena sentindo que não poderia se desligar daquilo até que acabasse. O incomodo se instalou em suas veias querendo deixa-lo inquieto e ele se concentrou.


 


Hermione começou a gritar que parassem. Pediu para que a torturassem ao invés de Luna e Draco questionou a sanidade da mulher. Ela queria trocar de lugar com Luna! Era louca? Talvez devesse jogar a maldição sobre ela por alguns segundos para ver se ela queria mesmo trocar de lugar.


 


O torturador de Luna era da divisão de armamento do seu Q.G. e ele era definitivamente um dos comensais que sentiam-se renovador ao torturar alguém. Draco já havia ministrado alguma das aulas para calouros dessa divisão e uma aula básica já ensinava a dominar cruelmente um inimigo a partir da maldição imperius. Hermione parecia sentir cada dor que aquele homem fazia Luna sentir e Draco começou a se incomodar demais com toda aquela gritaria, toda aquela dor, e toda aquela crueldade.


 


-       Basta! – ordenou audivelmente sobre toda a confusão e o torturador parou sem evitar esconder sua insatisfação. Hermione pendeu sem forças ofegante sendo segurada por um dos outros homens e Luna ainda gemia no chão pelos resquícios da maldição. O silêncio foi renovador e mandou embora toda a sensação de desconforto que o impediu de assistir aquela sessão como assistia as de Voldemort. Draco não podia ser alguém perfeitamente justo, mas sabia que o que Hermione havia feito não a fazia merecer ser castigada. Ela tinha sido bem obediente até então e claramente havia se rendido as provocações de Voldemort, nada mais. – Estão dispensados desse serviço. – disse aos seus homens


 


-       Mas senhor, ainda....


 


-       Conteste minhas ordens mais uma vez e deixará de prestar qualquer serviço para o meu exército. – Draco cortou o torturador. – E essa é uma segunda chance.


 


-       Sim, senhor. – o homem pareceu arrepender-se de imediato.


 


-       Então tire-a daqui e a leve de volta as masmorras. – disse Draco.


 


O homens pôs Luna novamente de pé e a arrastou pelo caminho de volta. Hermione foi solta e correu até a amiga, mas bateu contra a porta que se fechou a sua frente impedindo-a se conseguir chegar a ela em tempo. A frustração a levou ao chão e ali ela ficou até a sala ser esvaziada.


 


Draco a observou por um bom tempo. Ela não se moveu. Parecia a mais destruída das mulheres mesmo vestida com aquela fina roupa, com os cabelos bem penteados, perfumada. Olhá-la ali era como ver a Hermione que por trás da postura orgulhosa que ela mantinha todos os dias dentro daquela catedral.


 


Foi até ela e abaixou-se ao seu lado. Viu que as mãos frouxas dela tremiam. Ela não ergueu os olhos para ele. Ele quis afastar uma mexa do cabelo dela que havia saído do alinhamento do penteado, mas precisou abrir e fechar sua mão para não encostar nela.


 


-       Apreciou bem o que acabou de ver? – a voz dela foi baixa, fraca e rouca.


 


-       Não. – respondeu usando seu mesmo tom de voz contínuo.


 


-       Eu o odeio. – disse cheia de desgosto.


 


-       Fiz a você o favor de não ser Voldemort a lhe aplicar esse castigo. Tenha certeza de que ainda estaria gritando se fosse ele a torturar sua amiguinha lunática.


 


-       Não tenho palavras para agradecer. – ela foi irônica.


 


Havia tanta dor e tanto desprezo em cada palavra que ela dizia que Draco sentia que não seria capaz de tocá-la nem que Hermione fosse obrigada a aceitar. Se antes ele sabia que ela o odiava, agora ele tinha essa certeza. Quase a agradeceu por ela não estar o olhando. Certamente quando ela o fizesse enxergaria um monstro e ele não estava pronto para receber aquele olhar de uma mulher.


 


-       Tem dez minutos para tomar de volta o seu lugar no salão principal. – ele levantou-se. – Dessa vez estou certo de que ficará quieta e calada até o fim. – deu as costas e a deixou.







__

NA: Olá leitores,
Vai entender Draco Malfoy, né? Deu pra ver que ele já está começando a se confundir todo. hahaha!
Ok pessoal, alguns comentários demoraram a aparecer e isso me deixou um pouquinho triste, mas sobre falta de tempo eu compreendo bem, portanto não há qualquer tipo de ressentimento quanto a isso. Entendo perfeitamente. Bom, sei que demorei a postar o capítulo, mas summer, sweet summer! São muitas atividades esse verão e cada dia é melhor que o outro então abandonei muito as longas horas que passava em frente ao computador por causa da faculdade finalizando trabalho.
Ok, então vamos lá! Tenho mta dózinha da Pansy. Todo mundo já soube um dia na vida o que é gostar e não ser correspondido, pobrezinha. Mas Hermione rules, desculpa Pansy, mas ela é a rainha. O Draco ta naquela fase de não querer disperdiçar uma boa mulher, afinal ele é Draco Malfoy! Mas Hermione não, né! Ela é sangue-ruim! Cuidado gente, isso não é indícios de amor nem paixão! Ele só está desejando ela como deseja qualquer boa mulher! Só é diferente pq Hermione é proibida! Agora eu só quero ver se a Hermione vai deixar o Draco tocar nela de novo depois do que ele aprontou! Eles estavam até caminhando para um bom lado, o beijo fez com que eles começassem a pensar um no outro de uma forma estranha, mas depois dessa do Draco. Não sei não, hein!
haha.

Imploro comentários! Por favor! A parte que mais vale a pena pra mim de tudo isso são os comentários! Imploro!

Quem não votou, vote! Avalie! Também é muito importante!

Ajudem a divulgar a fic para termos mais leitores! Obrigada! :)


ATENÇÃO: Pessoal que queria ler Paradoxo Perfeito e não conseguia, aqui vai o link novo da fic:

http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=45603

Pra quem ainda não leu e quer dar uma conferida também vale a pena! Espero que gostem da leitura! Foi minha primeira Dramione e é minha xodózinha. :)


RiemiSam: Nossa, se vc gostou da parte em que o Draco se sentiu atraído pela Hermione capítulo passado, nesse aqui então! ahaha!

Nana-moraes Malfoy: Vc nem imagina quanto trabalho ele vai ter pra manter os olhos longe dela!haha! 

Ana Malfoy: Fazer a reviravolta está bem díficil, mas acredite! Ela vai vir! Só não sei bem se vai surpreender quando ela vir! haha! E a pegada do Draco na Hermione capítulo passado! Santo Deus! Meu sonho!

Caderzinho Azul: Achei o filme! Dentro de casa! Foi um custo (nem tanto assim, exagero) pq o meu google não dá prioridade pro português daí eu tentava traduzir pro inglês mas o nome é diferente daí eu largava pra lá por pura preguiça! haha! Mas no fim deu tudo certo! Só não assisti ainda pq summer, sweet summer! Ah, queria mesmo ir parar no Rio de Janeiro, mas não moro no Brasil mesmo que esteja nele agora. To de férias. Vou mudar de estado e provavelmente vou pra Georgia, mas to só especulando pq o custo de vida em Atlanta é mto alto e as aplicações pro semestre do outono já acabaram, daí vou ter que esperar a primavera agora, então provavelmente vou continuar em Illinois mesmo, só vou voltar a morar com meus tios pq minha prima ta indo pra faculdade e a faculdade que ela escolheu ir é no Texas e minha tia ta triste pq vai ficar só, daí ela me fez uma proposta irrecusável. Agora terei o dinheiro do aluguel e do meal só pra roupas e mais roupas! hahaha! Ficou um pouco ruim pq a casa dela é longe da minha faculdade MAS só de não ter mais que arcar com despesas pesadas ta valendo. Enfim, quanto a fic e a parte que o Draco resolveu não fazer a Hermione esquecer a briga, talvez pode ser pq uma hora ou outra ela ia acabar vivenciando aquilo cedo ou tarde, então pra q apagar a mente dela se talvez ela pudesse acabar vendo tudo de novo em outro momento? Não sei. Talvez não valesse a pena mesmo. Eu poderia ter justificado isso. hahaha. Bom, eu também não acredito que as pessoas vão engolir a baleia da mentira que estão contando a elas, depois desse capítulo então! Acho que as pessoas vão acabar sacando dos tramas, mas vai ser tudo especulação e "disse me disse". Ahhh, Hermione caindo nas graças de Narcisa! Estou adorando desenvolver a relação delas. Vai ser uma coisa muito próxima e ao mesmo tempo formal. Talvez no capítulo que vem dê pra ver melhor! haha! E uma dica para se organizar melhor nas postagem, bem, eu não tenho! haha! Eu tbm tenho sérios problemas em desenvolver o capítulo até o fim. É um parto mesmo! Mas meu tempo durante o período letivo é bem organizado, tipo, hora pra isso hora praquilo então todo dia eu abro o arquivo nem que seja uma horinha e faço alguma coisinha nele, mesmo que depois eu acabe apagando. É um modo divertido de não perder o português pq quando vc fica mto tempo sem falar, vc acaba que não consegue ser objetivo quando precisa acabar falando. Daí vc tem uma coisa na cabeça e não consegue encontrar as palavras certas pra conseguir se expressar, acaba sendo redundante e tal. Ler e escrever português tem que ser exercício diário. Menos nas férias! :) E eu tbm não sou lá essas coisas no inglês então pelo menos alguma língua eu tenho que saber dominar. Vc faz literatura?? *-* Lindo! Nossa, a responsabilidade de ter vc como leitora é uma pressão e tanto hein! hahaha! Vou me recolher a aqui ao meu humilde posto de amadora e ficar muito muito muito feliz pelos elogios que vc sempre faz!! Como funciona isso de beta aqui? hahaha! Aguardo seus excelentes comentários! Obrigada!

Liza Joker: Nem tem como não amar a glória de toda aquela cena do final do capítulo passado, né? Nossa, depois que eu acabei de escrever eu quis estar mto lá segurando uma taça e olhando pra eles naquela escada e pensando "É mentira pra não acabar mais, hein!" hahaha! E vc acertou em cheio! Querendo ou não foi na expressão winter is coming que eu pensei no "aqui é sempre inverno, primavera." Gosto demais dessas estações marcadas, pena que nos últimos dois anos aqui nos USA o inverno chegou tarde, não nevou quase nada e foi loooooongo! Tão longo que no spring break a gente ainda tava usando cachecol, luvas e derivados! Esse aquecimento global ta estragando tudo mesmo! Inverno que vem eu vou ter que ir pro alaska fazer anjinho na neve se continuar assim! hahaha Enfim, continue comentando assim! Alguém tem que difundir esse modo de comentar por aí! É maravilhosamente gratificante! Aguardo o próximo comentário ansiosamente! Obrigada :)

Nicole Ninfadora: Meu sonho era ser um Malfoy, viu! hahaah! E devo confirmar que ele não vai sair do pé dela tão fácil não! Espero que a Hermione acabe soltando pra alguém a perturbação que Lúcio vai ser antes que isso se torne um grande problema! =S

Taís Lila: Prometo que não vou decepcional no beijo beijão de verdade! Vai demorar, mas pelo menos na minha cabeça ta muito inesperado. Será que quem vai beijar quem primeiro hein?? hahah Suspense! Aguardo o próximo comentário!! Obrigada por sempre acompanhar!!

Landa MS: Heiii!!! Não pense vc que eu esqueci que apagou a prisioneira. Poxa, eu gostava daquela fic! :( Mas tudo bem, autores tem sempre justificativas bem plausíveis e eu te perdoo, mas vc vai ter que falar pra mim quais eram os seus planos com a alice! Ia matar ela, né?? hahaha brincadeirinha!! Pior que tenho sérias dúvidas se as pessoas quem leem a minha fic vão acabar querendo que eu mate a Pansy também. Talvez elas nutram o mesmo sentimento que eu nutria pela Alice. Mas só talvez... hahaah vamos ver... Ah, eu também adoro desenvolver essa relação da Hermione com a Narcisa. Sinto que elas são tão opostas vão acabar sendo tão conectadas, mas de um jeito bem formal pq ambas serão Malfoy e que sobrenomezinho, viu! :) Aguardo pelo próximo comentário!! Obrigada por acompanhar!

Dennis Luis: Quase achei que não fosse ter seu comentário no capítulo passado! hahah! Entendo bem o que estar bastante ocupado. Também tenho esses picos! Mas gosto dos seus comentários! Vc sempre comenta as partes que eu espero que sejam comentadas! hahaha Um comentário é sempre bom! Obrigada por acompanhar!! 

Paula Barbosa: Não sei, mas sinto que essa fic não terá um fim trágico. haha Ainda to trabalhando nisso embora tenha muitos fins bons rolando na minha cabeça aqui agora. Ainda tenho que ver melhor o desenvolver da fic! Quanto a fic que está com problemas, criei um outro link para ela: http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=45603   Muito obrigada por todos os elogios! Espero ver mais comentários seus! Obrigada e continue e acompanhar!

Déia Santos: Bom te ter de novo como leitora! Espero ter sempre seus comentários! Muito obrigada! :)



obs: Capítulo não revisado 

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Comentários (15)

  • Renata Di-Lua Lovegood

    Esta FIC está realmente excelente. Idéia original, muito bem escrita. Normalmente não leio FICs em andamento, mas a sua vale a pena. Já çi as outras. Também são perfeitas. Mal posso esperar pelo próximo cap. Beijos

    2013-05-29
  • Landa MS

    Estou realmente fissurada nessa fic. Vc tem o poder mulher. E quem lê um paragrafo sabe do que eu estou dizendo. A relação - ainda - impessoal que eles teem é definitivamente a melhor parte dessa reação em cadeia. Se ele admite que quer sentir a boca dela de novo e ir além disso já é o bastante para mim. Amo essas pequenas descobertas. A fic está maravilhosa e cada cap que termino de ler me deixa mais ansiosa para o próxiom.Quanto à Alice tinha um único objetivo maior naquela fic que era: fazer o Rony esquecer a Hermione, nada mais. 

    2013-05-29
  • Dark Moon

    hum fui a primeira a ler o capitulo eu acho o/ mas tive que sair pra faculdade e nao deu pra comentar, mass voltei pra marcar presença. Como disse no capitulo anterior espero que tenha mandado pro email certim as capinhas e q vc curta =D. hum esse capitulo foi um dos melhores que ja li, foii muitoooo legal ver o draco admitir que estava com a pansy desejando a mione hauhuahauhauha. Deve ser horrivel essa sensaçao. Amei cada parte desse capitulo. Ver que draco tem um pouco de coraçao memso sem saber me deixa um pouquinho felizz, afinal ele nao gosta de torturas e tudo mais, ele gosta de vitorias, ver suas estrategias bem sucedidas e da gloria q isso tras, acho que pra ele morte e tortura sao irrelevantes se ele conseguir o sucesso sempre. Gostei tanto da mione falando que ele era diferente na escola e que elel poderia ser diferente. E ele agradecendo por nao ter tido uma escolha diferente foi otimo hauhauahu ri bastante pq nos sabemos q se o malfoy nao tomasse as escolhas q tomou provavelmente ele nunca seria realmente o malfoy nao é? mais eu acredito em redimiçao e mudança apesar de cada dia essas coisas se provarem mais complicadas. Vou torcer pra q ele ache esse caminho. Gosto da sensaçao de posse q ele tem em relaçao a mione, hauahuaha acho tao legal, tao mesmo kkkkkkkk. AAAAAA tomara que vc nao demore muito pra atualizar pq hj em dia aqui da F&B eu so acho a sua fanfic mara pra acompanhar ja q quase nao leio outros generos. li numa fanfic a seguinte frase uma vez e achei genial  ''-Coração? – Mais uma risada - em breve você saberá o quao duro pode ser o coração de um Malfoy. Frio não é para você Granger.'' hauhauhuahuahuah eu queria ser uma malfoy e aprender a guardar pra si tudo ==D, mas sou tao mione, hauhauhauha uma mione emo e que nao consegui escrever uma linha mais sempre escreve um livro pra todo q quer falar hauhauha. ai ai espero q tenha atualizaçao logo logo *-* estou anciosa pelo proximo capituli qual a previsao pra eles darem O beijo? e pro casamento? e tenho que falar as vezes voldemort me deixa admirada pela forma como ele ter um prazer sadico em manipular as pessoas. Eu acho, tenho o palpite q ele quer q draco ame a mione e principalmente q a mione ame o draco pq se isso acontecer ela realmente estará presa a sua decisao por livre e espontanea vontade, talvez os valores dela sejam ate mais fortes, pq nao da pra competir qndo se tem q fazer a escolha certa entre ser feliz com seu amor e ver muitas pessoas felizes. Ou ele sabe q se ela tiver um bebe ela nao saira de perto dele? to com tantas perguntas, tantas e acho que vai demorar muito pra eles voltarem par um caminho melhor depois do que draco fez, se eu fosse a mione ia passar a vida desejando o figado dele cru hauhau. Tbm achei o maximo ele admitir mesmo que so pra si mesmo que ele achava ela linda  e principalmente que ele achava ela extremamente inteligente e q as vitorias dos rebeldes se deviam a ela. E tbm por ele ser perceptivo de o quanto seria dificil a audiencia pra ela. Love CdP!! o/

    2013-05-29
  • Taís Lila

    Aaah esse capítulo foi chocante! Foi maaraaaTo adorando o fato do Draco estar assumindo que ta caidinho pela Hermione. Ta doidinho nela. Isso é muito maaraaa tmbem. *-*Ah não. Pq vc foi falar esse negócio do beijo? Só pra judiar de mim e me deixar ainda mais ansiosa? Que maldade.Mas eu to ansiosa por esse beijo. E eu espero que o Draco tome a iniciativa. Pensa o Draco tomando a iniciativa com a HermioneAaiiin não posso pensar esse tipo de coisa. kkkkkkMas não demore pra atualizar, por favor. Vou acompanhar sua fic até o fim, pode ter certeza disso. :) 

    2013-05-29
  • RiemiSam

    Ah, como eu aguardo e amo cada capitulo! Da para sentir a tensao, desejos e frustraçoes dos personagens. A Pansy esta otima. Narcisa e Hermione  personagensfortes. Draco sem comentarios, o desafio que Hermione representa  esta deixando ele  sem seu precioso controle. 

    2013-05-29
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