Complicações



 Sim, aqueles últimos dias de férias foram os  melhores que Harry já tivera.Via os Weasley e a maioria de seus amigos todos os dias, tinha reuniões da Ordem à noite, e dormia todas as noites com Hermione. Nada podia ser melhor, a não ser o fato de os Dursley estarem se dando bem com praticamente os integrantes mais velhos da Ordem.


 Era sexta-feira à noite, Dumbledore convocara uma reunião da Ordem, e desta vez Harry, Hermione, Draco e Gina também participariam. Seria uma surpresa para todos, mas surpresa maior foi quando Rony permaneceu na sala a pedido de Dumbledore.


- Bom, primeiramente, boa noite. - disse o senhor, levantando-se de seu lugar. - Hoje oficializo a entrada de Harry Potter e Hermione Granger, embora já façam parte dela há um ano, e Ginevra Weasley e Draco Malfoy, que também atuam há uns seis meses, na Ordem da Fênix.


 - O QUÊ?!?!?!? - gritou Rony. - Como assim vocês não me contaram?


 - Eles não lhe contaram a pedido meu, porém hoje você tem a oportunidade de se juntar a seus amigos, sr. Weasley. O que me diz? - quem lhe respondeu foi Dumbledore.


 - Ahñ? - o ruivo estava confuso, Harry, Mione, Gina e o Malfoy mentiram para ele, nada mais entrava em sua cabeça. Ele olhava incrédulo para os amigos, ou o  que chamava de amigos.


 - Estou convidando-o a fazer parte da Ordem da Fênix, o sr. aceita? - Dumbledore perguntou novamente.


 - Sim, é claro.


 - Ótimo. Então vamos começar a reunião. - o diretor habilmente desviou as atenções de Rony para si, começando com os relatos dos espiões.


 Todos ouviam atentamente, sem interromper, dois dos espiões falarem, cada um tinha um ponto de vista, porém as informações foram extremamente úteis para começarem a pensar num lugar onde a última horcrux se encontrava, pensou Harry.


 Ao final da reunião Dumbledore pediu que Harry o encontrasse em seu escritório, então ao saírem da cozinha, o moreno se despediu de Hermione e disse um "até logo" para Draco e Gina, e seguiu para o costumeiro escritório.


 Para sua surpresa os Dursley também estavam lá. Harry não disse nada, apenas cumprimentou-os com a cabeça, conjurou uma cadeira para si, já que todas estavam ocupadas pelos Dursley e sentou-se.


 Alguns minutos depois Dumbledore entrou e fechou a porta atrás de si.


 - Ótimo. já estão todos aqui. - disse Dumbledore. - Chamei-os aqui para que se despedissem. Nosso pessoal vai levá-los para uma casa segura até que a guerra termine. - continuou o diretor, se dirigindo aos Dursleys.


 - Mas e a nossa casa, como fica? - questionou tio Válter, depois de dias vivendo ali, o homem aprendera a respeitar Dumbledore, e apenas a questioná-lo em vez de gritar.


 - O senhor acha que a sua casa vale mais do que a segurança de vocês? - Dumbledore o respondeu com outra pergunta, o que o fez se calar.


 Harry se despediu dos tios e do primo, porém o diretor ainda pediu que ele ficasse. Viu sua única família se retirar e voltou sua atenção ao senhor sentado à sua frente.


 - Então, Harry, acho que encontrei a última horcrux.


 - Sério, professor? Isso é ótimo, quando vamos pegá-la? - o moreno estava entusiasmado, mas ao ver a expressão séria do diretor calou-se instantaneamente. - O que tem de errado?


 - Fico feliz em perceber que pode se controlar rapidamente, Harry. Nós só temos um único problema para pegar esta horcrux. Ela está na mansão dos Malfoy.


 - Mas isso não é problema, Draco pode entrar lá facilmente e pegá-la para nós.


 - Não é tão simples assim, Harry. O que quero dizer é que ela está no quartel general dos comensais da morte, e onde Voldemort se esconde. Esta será a missão mais perigosa que você fará. - Dumbledore o encarava com seriedade por cima dos oclinhos de meia-lua, os olhos azuis brilhando pereciam ler sua alma. - Portanto iremos só nós dois, ninguém mais pode saber desta missão.


 Harry se espantou, Dumbledore nunca se sujeitara a uma missão, ainda mais com ele. Eles entrariam no lugar mais perigoso do mundo para eles, e o pior, sem poderem esperar por nenhuma ajuda externa.


 - E quando partimos? - perguntou Harry.


 - Amanhã cedo, se não houverem imprevistos. Me encontre às 5:30 da manhã na cozinha, e tome cuidado para que ninguém o veja saindo.


 - Sim, senhor. - disse Harry, já de pé. - Boa noite, senhor.


 - Boa noite, Harry. Ah, e não se esqueça da sua capa da invisibilidade.


 - Certo, até amanhã.


 - Até, Harry.


 O rapaz fechou cuidadosamente a porta e se dirigiu para o quarto. Chegando lá deparou-se com Draco e Gina sentados em sua cama, enquanto Hermione saía do banho com uma toalha enrolada no cabelo.


 - E então, Harry, o que Dumbledore queria? - perguntou Hermione, sentando-se na cama, e puxando Harry consigo.


 - Nada demais, só queria que eu me despedisse dos Dursley. - falou sem olhá-la nos olhos.


 - E isso demorou quase uma hora?


 - É que ficamos conversando sobre horcruxes, e onde poderíamos encontrar a última, mas não chegamos a nenhuma conclusão, então eu saí, não foi nada demais.


 Draco e Gina pareceram satisfeitos com a resposta do morena, mas Hermione sabia que ele não estava falando tudo, talvez por Draco e Gina estarem ali, mas sabia que não fora apenas aquilo.


Ainda conversaram um pouco com os amigos, porém logo eles foram dormir, deixando o casal a sós.


 - Ok, Harry, pode falar. - começou Hermione. - Eu sei que não foi só isso.


 - Não tem o que falar, Mione.


 - Eu sei que você tá mentindo, só não sei porque.


 - Não tem nada com o que se preocupar minha garotinha. Agora vem cá. - chamou ele, abrindo os braços para ela, que rapidamente se afundou neles, inalando o cheiro incrível de Harry.


 Hermione adormeceu quase que instantaneamente em seus braços, deixando um Harry pensativo deitado ao seu lado. O moreno arquitetava um plano para sair do quarto sem que Hermione acordasse. Odiava mentir para ela, mas aquela era uma causa nobre, não queria que Hermione ficasse preocupada à toa, muito menos que seus amigos soubessem que estava em perigo.


 As horas pareciam não passar naquela noite. Hermione dormia tranquilamente em seu peito e o silêncio reinava pela antiga mansão dos Black. Olhou no relógio, ainda eram quatro da manhã, e a ansiedade não deixava que Harry pregasse o olho. Esperou até que dessem cinco da manhã e se levantou, lentamente para não acordar Hermione.


 Já na cozinha, Harry também não conseguia comer nada, o sentimento de culpa o dominava por dentro. Exatamente às cinco e meia Dumbledore aparatou na cozinha dos Black.


 - Bom dia, Harry. Está pronto? - perguntou o diretor. Vendo o rapaz assentir ele lhe estendeu o braço, para que pudessem aparatar.


  A manhã passou-se rapidamente, eles visitaram vários lugares em que a horcrux pudesse estar, mas nada, aquela busca parecia inútil. Perto da hora do almoço o estômago de Harry já começara a reclamar, já que não comera nada de manhã. Pararam num pequeno restaurante de uma vila próxima e almoçaram em silêncio.


 - Senhor, estive pensando, nós só passamos por lugares onde Voldemort esteve, mas nenhum desses lugares teve alguma importância para ele. Talvez devêssemos procurar em lugares mais importantes. - disse Harry, esperando uma ação de Dumbledore.


 - Tem razão, Harry. Tem alguma sugestão de onde deveria ser o nosso próximo destino? - o diretor lhe respondeu com outra pergunta, deixando Harry surpreso, nunca pensara em dar uma ideia para Dumbledore.


 - Bom, na verdade, sim. Tem aquela casa abandonada dos Gaunt, acho que pode ter alguma pista lá.


 - Tem razão outra vez, Harry. Eu só esperava que esta possibilidade não fosse nossa única saída, tudo será mais perigoso lá, creio que esteja ciente disto.


 - Eu estou, senhor. Acho que já podemos ir, não acha?


 - Claro, claro, ainda teremos muitas surpresas hoje. - dizendo isso o diretor se afastou, indo em direção ao caixa.


 Harry esperou que ele voltasse e caminhou ao seu lado até um beco escuro, seguro o bastante para aparatarem.


 A casa estava abandonada, parecia que ninguém aparecia ali há anos, porém Harry deixou que Dumbledore fosse na frente. A poeira se acumulava nos móveis, fazendo com que os passos de Harry e de Dumbledore parecessem pegadas.


 Separaram-se no que parecia ser a sala de estar, Harry foi para o único quarto da casa e Dumbledore para a cozinha.


 O quarto não estava muito mais organizado do que a sala, os móveis estavam virados e objetos estavam jogados pelo lugar. Um pequena faca chamou a atenção de Harry, o moreno lembrava-se de que uma vez Dumbledore lhe contara que Servolo Gaunt tinha uma faca que não largava por nada no mundo, e que esta faca era um dos únicos objetos que ligavam Voldemort ao descendente de Salazar Slytherin. Sim, aquela era a faca da história, e também a possível horcrux que eles procuravam.


 Harry pegou o objeto e sentiu uma eletricidade percorrer-lhe o corpo, encontrara a horcrux. Rapidamente saiu do quarto, guardando a faca no bolso por instinto.


 - Senhor, acho que... - Harry perdeu a fala ao ver o velho diretor amarrado no canto da sala, com Naguini espreitando à sua volta.


 - Lamento lhe informar, Potter, mas seu passeio acaba aqui. - disse Voldemort, com um sorriso sinistro no rosto.


 


 N/A: Genteee, demorei mas finalmente sai mais um capitulo, essa semana vou ter mais tempo pra escrever eu prometo. Espero que gostem, mts emoções ainda estão por vir,


Comentem, comentem, comentem...

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