O Reencontro



Harry estava em seu quarto, deitado, pensava em Hermione. Podia ouvir Draco e Duda conversando na sala no andar de baixo. Tia Petúnia tinha ido ao mercado e tio Válter estava no trabalho. O ambiente era de paz, até um patrono surgir na frente de Harry.


 Era uma fênix, que o garoto logo reconheceu por ser de Dumbledore. Ele ficou em silêncio esperando pela mensagem.


 - Voldemort tomou o ministério, eles estão vigiando sua casa, assim que você deixar de chamá-la de casa o meu feitiço e o de sua mão se desfarão, você tendo 17 anos ou não. Sei que Draco Malfoy está com você, peça para ele criar uma chave de portal para o Largo Grimmald, não faça nenhuma mágica, Voldemort não pode saber que você já vai deixar a casa. Seus tio e primo devem vir com vocês, assim que eles chegarem em casa faça-os arrumar as malas para nunca mais voltar, receio que terão de se mudar, mas por enquanto ficarão na sede até a guerra terminar. Estarei esperando por vocês às oito da noite no meu escritório na sede. Tenha um bom dia. - e o patrono se desfez, deixando Harry paralisado em seu lugar.


 Demorou um pouco para assimilar as coisas, mas assim que caiu a ficha o moreno se levantou.


 - Draco, Duda. Preciso falar com vocês. - gritou assim que abriu a porta do quarto. Em instantes os dois já estavam lá em cima.


 - Aconteceu alguma coisa? - perguntou Draco, percebendo a expressão de Harry.


 - Sim. Acabei de receber um patrono de Dumbledore. Os comensais estão vigiando a casa, teremos que ir para a sede ainda hoje, o mais cedo possível.


 - E onde eu entro nisso? - perguntou Duda, sem entender metade do que o garoto falara. O que seria um patrono? E o que era a sede? Fez cara de confuso e Harry pôs-se a explicar a situação.


 - Assim que eu sair desta casa, o feitiço de proteção cairá, assim o cara que matou meus pais vai vir atrás de vocês, portanto você, o tio Válter e a tia Petúnia vão com a gente para a sede.


 - Tá, mas o que é a sede?


 - Uma casa onde uma organização secreta de bruxos se reúne, no caso minha casa. Agora andem vamos arrumar as malas. E Draco, Dumbledore pediu pra você fazer a chave de portal, eu não posso fazer nenhum feitiço.


 - Tudo bem, mas primeiro vou arrumar minhas coisas. - concordou o loiro, saindo em direção ao quarto que dividia com Harry. Duda também foi arrumar sua mala. Harry faria o mesmo, porém ouviu tia Petúnia chegando, teria que explicar tudo pra ela antes de começar a arrumar qualquer coisa.


 Desceu as escadas e encontrou-a na cozinha, começando a fazer o almoço. Pigarreou, sabia que a tia levaria um susto de qualquer jeito.


 - Tia Petúnia. - chamou Harry.


 - Sim?


 - Nós temos um problema. - a senhora se virou para ele, abandonando o ar desinteressado. - Assim que o tio Válter chegar nós vamos embora, pra nunca mais voltar. - disse o moreno, esperando pela reação explosiva da tia que não veio.


 - E por quê vamos embora?


 - Estão vigiando a casa, podem atacar a qualquer momento. Não é mais seguro aqui. Todos vocês estarão seguros na sede. Draco e Duda já estão arrumando as malas, sairemos no fim da tarde, sugiro que arrume as suas. - já estava quase na escada quando ouviu a tia falar.


 - E quanto a nossa casa, a escola do Dudinha, e o emprego do Válter?


 - A escola e o emprego são mais importantes do que a vida de vocês? - questionou Harry, deixando-a sem palavras. - Quanto a casa, não é problema, depois da guerra eu compro outra para vocês. - sem mais subiu para arrumas suas coisas.


 Válter quase explodiu ao saber que teria que deixar a casa e o trabalho, mas ao ver que a esposa e o filho estavam decididos acabou cedendo. Às seis da tarde estavam todos na sala esperando por Draco, que trazia a chave de portal.


 Reuniram-se em volta do cabide, cada um com uma mala, seguraram o objeto e o costumeiro puxão no umbigo os levou para a sede da Ordem da Fênix. O grupo surgiu no meio do corredor, fazendo um estardalhaço, a mãe de Sirius começou a berrar xingamentos, porém foi logo calada por Tonks, e ao lado dela Lupin.


 Os Dursley se acomodaram na casa enquanto Harry organizava o quarto que novamente dividiria com Hermione. Durante este tempo vários amigos da Grifinória apareceram para cumprimentar Harry, pelo visto os únicos que não estavam na casa eram os Weasley e Hermione, justo os que mais queria ver.


 Jantou cedo e às oito em ponto bateu à porta do escritório de Dumbledore. Ouvi o costumeiro "Entre" do diretor, e adentrou a sala.


 - Boa noite, Harry. Como passou as férias? - disse o diretor.


 - Boa noite, senhor. E as férias foram muito bem. - respondeu o moreno.


 - Ótimo. Bom o chamei aqui para um aviso, assim que os Weasley chegarem irei anunciar a entrada de vocês na Ordem, a vocês me refiro a Hermione, Draco e Gina também.


 - Isso é bom, não gosto de mentir para os meus amigos.


 - Eu também não, Harry. Mas foi necessário. - o senhor fez uma pausa, estudando Harry por cima dos oclinhos de meia-lua. Os olhos azuis penetrantes não incomodavam mais o garoto, já acostumado à presença do diretor. - Agora preciso atualizá-lo sobre a Ordem. Nós temos feito missões de reconhecimento em lugares do passado de Voldemort à procura de Horcruxes, ainda faltam duas, mas tenho quase certeza de que achamos uma. Recentemente o ministério foi tomado silenciosamente, nada de alarmes e notícias no Profeta Diário, Voldemort ter poder sobre o Ministro da Magia, o que já era de se esperar.


 - E nós não podemos fazer nada? Vamos deixar que Voldemort governe o mundo bruxo até que as malditas horcruxes sejam destruídas? - interrompeu-o Harry, alterando a voz.


 - Não por enquanto, mas não pense que estamos parados. Temos espiões no ministério e no próprio círculo íntimo de Voldemort. No momento agiremos nas sombras.


 - E quanto à horcrux encontrada?


 - O plano é o seguinte: nossos espiões farão uma distração para Voldemort enquanto outros membros recuperem a horcrux numa missão silenciosa, poucos integrantes, os melhores.


 - E quem são? - perguntou o garoto


 - Você, Hermione, Fred, Jorge e eu. - respondeu simplesmente. - Os gêmeos ainda não sabem de nada, mas realizaremos uma reunião com apenas os integrantes da missão mais perto da data. - continuou Dumbledore. - Bom, por enquanto é tudo, tenha uma boa noite, Harry.


 - Só mais uma pergunta professor. - o senhor assentiu. - Por quê Fred e Jorge?


 - Sinceramente, Harry. Você conhece alguém melhor em passagens secretas e pegadinhas do que eles? - indagou o diretor, erguendo uma sobrancelha. O garoto sorriu, não é claro que não.


 - E quanto a Hermione, senhor. Quando ela chega?


 - Estamos esperando por ela a qualquer momento. - disse Dumbledore, para a felicidade de Harry. - Agora, tenha uma boa noite, Harry.


 - Certo, boa noite, senhor. - despediu-se o moreno, fechando a porta ao sair.


 Ainda no corredor encontrou Duda subindo para o seu quarto com os braços cheios de doces e guloseimas bruxas. Assim que viu o primo o loiro parou. Harry tinha uma sobrancelha erguida, olhando dos doces para o primo e vice-versa.


 - O quê? Isso é bom! - defendeu-se Duda.


 - Não falei nada. Só achei hilário ,para alguém que odiava o mundo bruxo você está se saindo um perfeito contraditório. - respondeu Harry, retomado seu caminho. - Ah, e cuidado com esses feijõezinhos, eles podem te dar uma tremenda dor de barriga. - aconselhou-o ao passar em direção ao quarto.


 Harry pegou uma muda de roupa e foi tomar banho. Ainda estava meio aéreo, ficara sabendo de muita coisa ao mesmo tempo. Eles iriam em busca de outra horcrux novamente. A lembrança da última tentativa o levara a pensar em Hermione, já faziam alguns dias que não se falavam, podia não expressar, mas chegara a um ponto que não suportava mais ficar longe da garota. Não via a hora de poder abraçá-la, beijá-la ou pelo menos vê-la.


 Saiu do banho, secou-se rapidamente e vestiu um shorts mais confortável para dormir, já estava tarde e o sono o estava derrubando. Ao sair do banheiro um vulto correu em sua direção e se jogou em seus braços. Harry retribuiu o abraço, afundando o rosto entre seu rosto e o ombro, reconhecendo ,pelo cheiro único, ser Hermione.


 - Mione. Não sabe como eu senti sua falta. - sussurrou em seu ouvido. Não queria mais soltá-la, demorara tanto para tê-la e agora que a tinha não sairia de perto nem por um segundo. Passou a beijar seu pescoço perfumado enquanto ela lhe acariciava os cabelos ainda úmidos.


 - Ah, Harry. Eu te amo tanto, também senti muito sua falta. - beijaram-se intensamente, por longos minutos. Hermione sorriu quando o namorado prendeu-a contra a parede, pressionando ainda mais seus corpos. Hermione tinha a necessidade de sentir seu corpo junto ao de Harry, acariciá-lo e ser acariciada por ele. Sentiu um frio na barriga quando o garoto infiltrou uma de suas mãos por baixo da blusa que usava, tocando sua pele quente.


 Continuaram naquela carícia por algum tempo, até que a sanidade voltasse a Hermione, e ela lentamente se desvencilhasse do beijo. O casal se olhava com paixão, o brilho nos olhos de Harry era refletido nos de Hermione. Apenas um olhar do garoto parecia ser capaz de tocar sua alma.


 Fechou os olhos quando o moreno acariciou seu rosto, aproveitando o momento.


 - Por quê demorou tanto meu anjo? - perguntou Harry, findando o carinho, Hermione abriu os olhos ante isso.


 - Estava tentando convencer meus pais a irem para a França por um tempo, você sabe, para protegê-los. - respondeu ela, encolhendo os ombros.


 - E tudo por culpa minha. - o moreno suspirou, jogando-se na cama.


 - Não, Harry. Por culpa de Voldemort. Você é apenas uma vítima, a única que pode fazer alguma coisa a respeito. - retrucou a garota sentando-se na beirada da cama, já que Harry estava estirado na mesma, passando a mão pelo cabelo bagunçado de Harry.


 - Mas...


 - Mas nada. - cortou-o Hermione. - Agora vamos dormir, eu estou cansada e pelo que vejo você também. - ela se levantou, pegou o pijama e trancou-se no banheiro.


 Exatamente dez minutos depois Hermione saiu do banheiro, apagou as luzes, e, para a surpresa de Harry, deitou-se ao seu lado e deixou-se abraçar por Harry, vendo o moreno enlaçar sua cintura. Adormeceu rapidamente, mas não antes de ouvir um baixo sussurro de Harry.


 - Boa noite, minha pequena.


 


N/A: ahhhhhhhhhhhhhh cena fofa do Harry e da Mione.


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