Indo a Hogwarts



Aquela quente manhã de verão era para muitos só mais um dia comum, mas para muitos jovens bruxos era um dia especial. A estação King’s Cross estava apinhada de gente. Homens engravatados esbarravam em jovens com malões e com pais afobados atras deles.


Ao passarem entre as plataformas nove e dez, havia uma passagem até a plataforma 9 3/4, onde uma reluzente locomotiva vermelha que levaria os jovens bruxos à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.


# Sirius Black #


O garoto de 11 anos ia para perto do Expresso Hogwarts, com uma mão nos bolsos e a outra empurrando o carrinho com o malão. Atras dele vinham o Sr. e a Sra. Black e seu irmão mais novo Régulo.


- Espero que eu vá para a Grifinoria! - o jovem Sirius vociferou para sua mãe.


- Se você for, vai ser uma vergonha para toda a família Black! - a mãe respondeu, mesmo já tendo discutido diversas vezes com o filho por esse motivo.


- Eu prefiro ser uma vergonha para os Black do que ficar ouvindo vocês reclamando dos nascidos trouxas e gabando o sangue puro da família! - gritou o garoto, jogando seus cabelos negros com cachos nas pontas para longe do rosto.


- Sirius, pare de gritar com a mamãe! - Regulo correu atras do irmão mais velho, que já estava quase entrando na locomotiva vermelha.


- Regulo, você não sabe o que está dizendo! - Sirius parou de andar e olhou para o irmão. - É só mais um Black esnobe que vai honrar o sangue puro da família indo pra Sonserina! - disse com desprezo e entrou no trem.


# James Potter #


O garoto de cabelos incrivelmente despenteados e olhos castanho-esverdeados andava animado até o trem, acompanhado dos pais.


- Mãe! Pai! Já disse que não precisam vir! Eu sei me virar! - ele insistia.


- Tudo bem querido, vamos embora assim que você entrar no trem! - a Sra. Potter segurou o rosto decidido do garoto e deu-lhe um beijo na testa.


- Mãe! - o garoto tentou se soltar.


- Mande cartas pra nós, ok? - Sr. Potter deu um abraço no filho.


- Está bem! Conto pra vocês como é bom ser da grifinoria! - Com isso, James entrou no vagão.


#Remo Lupin#


- Ainda acho que não foi uma boa ideia - um garoto magricela e pálido disse ao seu pai.


- Meu filho, você não pode se esconder do mundo para sempre. Me prometa que vai tentar fazer amigos. - disse o pai, pondo a mão em seu ombro.


- Não posso fazer amigos, e se eu me descontrolar e… - a voz de Remo falhou.


- O professor Dumbledore disse que não haverá problemas e que os professores vão te liberar quando chegar a lua cheia. - a mãe abraçou o filho, que não se mostrava confiante.


O menino pálido, que tinha um grande segredo suspirou e deu uma ultima olhada aos pais, depois entrou no expresso Hogwarts.


#James Potter#


Ao entrar no vagão cheio de bruxos se abraçando e conversando alto, a garota mais perfeita que ele já havia visto passou diante de seus olhos com um garoto estranho. Longos cabelos cor de acaju, olhos verdes brilhantes e únicos, pele clara e levemente corada. James se encantou com aquela menina, ela era completamente perfeita.


Já o menino que seguia ao lado daquela beleza rara, vestia uma roupa estranha, uma camisa que parecia ter sido de sua avó. Os cabelos pretos mais compridos que o normal caiam sobre o rosto e tinham aspecto sujo. O nariz não conseguia se esconder atras do cabelo nojento do garoto porque era incrivelmente grande. Aquele estranho garoto trombou com um menino que também tinha cabelos longos, mas que estavam cuidados e exibiam lindos cachos nas pontas.


- Ei cara, por que fez isso? - o menino empurrou o acompanhante da beldade que encantou James. A garota ajudou o menino a levantar e o puxou para longe. - Que isso não se repita, Ranhoso! - gritou para eles, quando os dois já cruzavam o vagão.


- Gostei do apelido! Aquele cara é nojento! - James disse ao garoto que ria do ocorrido.


- Também podemos chamar ele de Seboso… Sou Sirius. Sirius Black! - o tal Sirius cumprimentou James.


- Sou James Potter! - ele retribuiu o cumprimento.


#Remo Lupin#


Remo prometeu a ele mesmo que faria de tudo para não fazer amigos, mas logo essa promessa seria desfeita.


- Podemos sentar aqui? - antes de ouvirem uma resposta, dois garotos entraram no vagão ocupado só pelo próprio Remo.


- Sou Sirius Black- o menino de cabelos longos e ondulados falou ao sentar-se em frente ao Remo.


- E eu sou James Potter! - o garoto de olhos castanho-esverdeados e cabelos bagunçados sentou ao seu lado.


Remo se encolheu. Mesmo querendo muito ter amigos, não podia arriscar machucar alguém quando se transformasse num monstro na lua cheia.


- Tem algo errado? - James perguntou.


Remo deu de ombros.


- Qual seu nome? - Sirius indagou, vendo que o garoto não ia responder à James.


Não podendo mais resistir a tentação de finalmente ter amigos, depois de tanto tempo se isolando, o garoto respondeu.


- Sou Remo Lupin. - Deu um sorriso torto e voltou a ficar quieto.


- Pra que casa vocês querem ir? Gostam de quadribol? - James quebrou o breve silencio, aparentemente animado.


O trem já estava em movimento.


- Tem um lugar aqui? - disse um garotinho aparentemente pequeno demais para estar indo pra Hogwarts. Tinha cabelos desgrenhados como um ninho de ratos e olhinhos pequenos e juntos demais.


- Entra aí! - Sirius deu espaço para o gordinho.


- Eu sou Pedro Pettigrew! - sentou-se.


- Sirius. - Ele deu um sorriso meio misterioso.


- Eu sou James e este é Remo, ele é meio quieto… - disse, olhando para o pálido Lupin que olhava a paisagem passando rápido pela janela do vagão.


- Como eu ia dizendo antes de Pedro chegar, vocês querem ir pra qual casa?


- Qualquer uma menos Sonserina, eles são muito metidos! - Pedro disse, com sua fina voz de ratinho.


- Minha mãe quer que eu vá para Sonserina - Sirius suspirou e deu um sorriso torto - então espero que eu vá para a Grifinoria!


Todos riram, até mesmo Remo.


- Eu quero ir pra Grifinória também! - James sorriu. - Eu estou com o Pedro, qualquer uma menos a Sonserina… Eles não iriam gostar de um mestiço entre eles… - Remo suspirou triste. Ele era filho de mãe trouxa e ainda tinha sido mordido por um lobisomem, os sonserinos não iam gostar nem um pouco de ter alguém com um sangue tão ruim em sua casa.


- E quadribol? - Sirius perguntou.


- Artilheiro, mas também me dou muito bem como apanhador! - James se gabou. 


- Eu sou batedor, mas me dou bem como artilheiro também… - Sirius jogou seus cabelos bonitos e sedosos para longe do rosto.


- Eu gosto de assistir, mas sou muito baixinho pra jogar… - Pedro deu uma risadinha sem graça.


- E você, Rem… - James começou a pergunta, mas foi interrompido pela bruxa que passeava com o carrinho de doces pelo trem.


- Quem doces garotos? - A senhora sorriu e James, Sirius e Pedro foram correndo para o carrinho. - E você, querido? - Ela dirigiu-se a Remo.


-Ahn, quero um sapo de chocolate. 


Enquanto todos comiam os doces, Lupin sentiu-se melhor. Chocolate sempre o fazia ficar melhor.


#


Os quatro continuaram conversando enquanto o Expresso Hogwarts seguia para o norte. Aquele era o inicio de uma grande amizade.

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Comentários (2)

  • Lana Silva

    Eu amei o nome, e me apaixonei pelo capitulo. Ri aqui com a rebeldia do Sirius... Confesso que antes não lia muito para os marotos, mas depois de um tempo fiquei apaixonada por esses 4...Quer dizer, não pelo Pedro. Tipo, nessa época ele ainda não era traidor, mas a partir do momento em que ele trai os amigos, na minha opinião, deixa de ser maroto ... Bem amei o capitulo, você escreve muito bem \objoos! 

    2013-02-07
  • Van Vet

      Oie!  Apaixonados pelos marotos ou não, sempre tentamos recriar esses momentos iniciais, onde tudo começou para essa 'quadrilha'...kkkk   Gostei da sua narrativa fácil e fluída e do ponto de vista ir mudando. Acho, inclusive, que esse começo podia ser o dobro do tamanho, não se acanhe em criar, criar e criar. :)    Obviamente, Pedro causa tanta revolta em nós que não é digno de uma perspectiva exclusiva :3      Indo pro próximo >>>>>>

    2013-01-18
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