ENQUANTO ISSO, NO COVIL DE VOC



    O churrasco anual dos comensais da morte estava realmente um tédio... sentado em seu trono, o Lord das Trevas observava displicentemente o habitual bando de puxa sacos que o rodeava conversar animadamente. Ele deu um grande bocejo com sua boca sem lábios e fez carinho na cabeça de sua cobra (isso pegou mal, hein?), enquanto com a outra mão, alisava sua varinha (ops, pegou mal de novo). Rabicho veio correndo:
-    Mestrezinho querido... entediado? Chateado? Quer mais um filezinho de dragão? Mais um coraçãozinho de Hipogrifo na chapa? O senhor nem comeu um pedacinho de unicórnio mal passado...
-    Cala a boca, sua mula anêmica! Já não basta a chatice desse churrasco e você ainda vem me encher o saco? Vai ver se eu estou lá na Transilvânia, Rabicho.
-    Mas adorado mestrezinho... o senhor não está se divertindo – Rabicho se atirou no chão – quer pisar em cima do seu servo mais fiel? Pode pisar. Chefinho, o seu Rabicho não vai se importar... pode me dar de comida pra sua cobra...(gente, isso tá virando slash...) Rabichinho não se importa...
-    Quieto, sua anta masoquista! Será que um lord das trevas não pode ter um minuto de sossego? E onde está o panaca do Lúcio Malfoy? Ele me prometeu uma surpresa e está furando comigo...- repentinamente todas as luzes se apagaram (mas não estava de dia? Como as luzes se apagaram? Ô idiota, eles são bruxos, lembra?) Um grande palco apareceu do nada e ouviu-se uma voz que anunciou:
-    Senhoras e senhores, adeptos do mal em geral... com vocês, LÚCIO E OS DEATH EATERS!
O palco se iluminou, exibindo cinco bruxos vestidos com capas sobre calças largas coloridas e decididamente horrorosas, à frente, Lucio Malfoy, microfone na mão e um boné virado para trás. Um dos bruxos conjuroou um sampler e  começou a tocar um rap, os outros quatro bruxos começaram a dançar (mal, é verdade) street dance. Lúcio adiantou-se e começou a cantar um rap:
Essa é uma história de terror
Mas todo mundo sabe o vencedor
Mc Lúcio malfoy traz pra vocês
A história deste bruxo outra vez...
LORD VOLDEMORT
(coro) Yeah, yeah!
LORD VOLDEMORT
Yeah yeah
V-O-L-D-E-M-O-R-T
Yeah!
Ele sofreu muito na infância
O pai não lhe dava importância
Coitada de sua mãe morreu no parto
Nosso herói querido no orfanato
Mas ele não é bobo não senhor
Matou o pai e os avós ele é o terror
LORD VOLDEMORT
(coro) Yeah, yeah!
LORD VOLDEMORT
Yeah yeah
V-O-L-D-E-M-O-R-T
Yeah!
Os comensais da morte ele criou
Com um monte de trouxas ele acabou
Mas vejam só vocês que crueldade
Um dia nosso rei perdeu a majestade
O inimigo dele é um garotinho
Que sobreviveu só com um resquicio
Uma cicatriz na testa em forma de raio
Que de vez em quando tem um desmaio
Mas não há de ser nada Harry Potter
Sua hora tá chegando pode crer
E num cemitério você vai morrer!
ELE VAI MORRER
Yeah yeah
ELE VAI MORRER
Yeah Yeah
H-A-R-R-Y-P-O-T-T-E-R
Vai morrer!
Quem é o mais bonito?
VOLDEMORT
Quem é o mais esperto?
VOLDEMORT
Quem é o mais maneiro?
V-O-L-D-E-M-O-R-T
YEAH!!
A música acabou, e Lúcio e os Death Eaters terminaram sua coreografia com uma pose de rappers. Rabicho começou a aplaudir freneticamente:
-    Lord Voldemort! Yeah! Yeah! – Voldemort olhou-o com seus imensos olhos vermelhos com pupilas fendidas como as de um gato e ele foi parando de bater palmas – er... yeah...v-o-l...esquece.
-    Era isso que você queria me mostrar, Lúcio? – Voldemort tinha uma faísca vermelha no fundo dos olhos...uma nuvenzinha negra estava começando a se formar sobre sua cabeça, e os comensais engoliram em seco no palco .
-    Err...uma pequena...homenagem... mestre. – Lúcio tinha um grande sorriso amarelo na cara comprida. – Voldemort levantou-se de seu trono e foi deslizando com um sorriso até a beira do palco.
-    Uma homenagem... que singelo... um rap... V-O-L-D-E-M-O-R-T.. que simpático...  – Lúcio deu um sorriso aliviado quando Voldemort parou na sua frente com um sorriso insincero nos lábios sem boca.... ou seria na boca sem lábios? Não importa. O que interessa é que Voldemort apontou a varinha para a nuvenzinha negra que estava sobre sua cabeça e fez cair um raio... em cima do pobre comensal bem atrás de Lúcio Malfoy, que caiu fulminado.
-    Ah, droga... errei. Não importa... Avada...
-    Espere, mestre, piedade, piedade... eu não sabia que o senhor não gostava de rap!
-    Não gostar? EU ODEIO RAP, SEU IMBECIL! Ainda se fosse uma polca...
-    O senhor gosta de polca, mestre? – Lúcio parecia ligeiramente espantado com o mau gosto de você - sabe - quem...
-    ISTO NÃO IMPORTA, EU ESPERAVA ALGO DIFERENTE, ENTENDE?
-    Er... – Lúcio coçou a cabeça – Hum, quem sabe uma rumba ou um merengue?
-    Não sua besta! Eu não estou falando de música... estou falando... dele.
-    Ele? Ele quem?
-    O garoto...
-    Harry Potter?
-    Não, sua besta, minha mãe... claro que eu achei que você tivesse pego Harry Potter.
-    Mas mestrezinho querido – Rabicho deu um delicado puxão na veste de Voldemort – ele está de férias, lembra? Na casa dos trouxas... proteção, feitiços de decapitação em volta da casa....
-    Calada, sua lesma manca! Eu sei... mas comensais da morte que se prezem...que amem seu mestre.... DEVERIAM DAR UM JEITO DE TRAZÊ-LO PARA MIM! QUE BANDO DE BESTAS INCOMPETENTES VOCÊS SÃO! Avada Kedavra, avada kedavra, avada kedavra! – Voldemort matou os outros comensais sem nome que cantavam com Lúcio e que estavam nessa fic só para fazer figuração e morrer porque pretendemos bater todos os records de mortes desnecessárias em uma fic.
-    Calma mestre! Não me mate – Lúcio Malfoy atirou-se aos pés de Voldemort – Piedade, Piedade! – Voldemort parou com uma sobrancelha erguida...parecia estar pensando.
-    Está bem... eu não vou matar você...agora. Vou te dar um prazo, entendeu? E para os outros imbecis que estão aqui – os outros Comensais tremeram ligeiramente. – Eu quero Harry Potter na minha frente até o anoitecer de amanhã... ou matarei todos!
-    Er... mestre – Rabicho deu mais um cutucãozinho em Voldemort – se o senhor matar todos ficamos sem ninguém para fazer maldades com a gente...
-    É mesmo... eu matarei alguns de vocês se não me trouxerem o garoto....por sorteio, aleatoriamente.... – ele deu uma olhada maligna no recinto e alguns comensais fizeram xixi nas calças.
-    Mas mestre... isso vai ser difícil.
-    Problema seu, Lúcio, ninguém mandou fazer um rap tão ruim... agora vão, já, já... desaparatem, desinfetem!
-    Eu também, mestre? – Rabicho ia andando com passinhos miúdos atrás dele.
-    Hum... você não, preciso que fique alguém aqui para limpar esta bagunça... e fazer uma massagem nos meus pés porque eu tive um dia muito estressante.
-    Ah, mestre, eu sou o ser desprezível mais feliz da face da terra...
-    Cale a boca, sua ratazana tuberculosa!

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