Curando Harry, de novo.



Capítulo 14 – Curando Harry, de novo.


 


Molly ficou horrorizada com o que poderia na casa dos Lovegood. Ainda mais com crianças por perto. Até o momento que percebeu que ela tinha mandado os seus filhos para lá.


Ela entrou em choque.


Harry imediatamente correu para fazer um chá para ela. Pensou em procurar um pouco de conhaque, como ele via sua tia fazer para seu tio. Ele desistiu. Nada que era bom pra os Dursley seria bom para Molly.


- Aqui, Molly. – disse ele entregando o chá para a ruiva que mal notou que ele estava ali.


Somente quando terminou a xícara que lembrou que não tinha feito chá naquele dia.


Ela abraçou cada um dos meninos e conferiu se todos estavam bem. Isso incluindo Julia e Luna.


Não faltou nem para os grifos. Lah apreciou a investigação no seu corpo, mas Tiago parecia não ligar. Ficou parado enquanto Molly olhava por entre suas penas.


Harry era o único que parecia estar um pouco cansado. Afinal um escudo como aquele era difícil mesmo para um adulto treinado.


- O que você estava tentando fazer, Julia? – era possível ver um pouco de raiva na voz de Molly, além da preocupação.


- Eu estava tentando fazer um feitiço para proteger alguém da Cruciatus. – disse Julia. Mas aparentemente teve algum erro nos meus cálculos ou nas runas que usei.


- Você precisar ter mais cuidado. – disse Molly na sua versão superprotetora, mesmo estando impressionada com o nível do feitiço.


- Aprendi a lição. – disse Julia. – Não usarei tanta magia em um feitiço experimental. Se algo der errado não causará danos.


- Assim espero, mocinha. – disse Molly com as mãos na cintura.


Rony e Gina deram um passo para trás com essa pose.


- Não deixarei minha filha sozinha. – disse Julia.


 


No dia seguinte, todos foram para o Beco Diagonal.


O único problema foi que os grifos queriam ir também. Gina teve explicar para eles com calma para onde estavam indo e porquê. Mesmo assim eles não estavam satisfeitos.


Harry não estava nada feliz que teria usar o flu novamente. Aquela não era a melhor sensação do mundo.


Desta vez ele conseguiu sair em pé. Mesmo tendo que dar alguns passos para recuperar o equilíbrio.


Ao olhar em volta do Beco, ele notou que estava tudo enfeitado.


- Dia das bruxas. – disse Gina. – Irônico. Mas também comemoramos.


- Sem contar que ainda comemoram a derrota de Você-Sabe-Quem. – disse Molly com pesar.


Harry só suspirou. Ele não gostava do dia das Bruxas. Duda fez questão disso. Não era permitido que ele saísse fantasiado, e o seu primo comia todos os doces na sua frente.


Agora ele tinha outro motivo para não gostar.


Seguiram para as compras, com Harry novamente com seu boné.


Percebeu que havia menos pessoas jovens. Efeito das aulas terem começado. Mas mesmo assim muitas pessoas podiam ser encontradas ali.


Quando passavam pelo boticário, um homem trombou no Harry, sujando com terra.


- Me desculpe por isso. – disse o dono da loja. – Ele é um dos meus fornecedores. E se da melhor com suas plantas que com pessoas.


- Sem problema. – disse Molly limpando Harry com a escova que usa para limpar a fuligem da lareira. – Mas podia pedir para ele ter mais cuidado. Ele pode ferir alguém assim.


- O alertarei todas as vezes que vier. – disse o homem com medo de Molly.


- Acho bom.


Continuaram as compras sem mais incidentes.


Quando voltaram, Harry parecia muito cansado.


- Vai dormir um pouco. – disse Molly. – Você fez algo assombroso ontem. Ainda mais para alguém da sua idade.


Harry nem pensou em fazer outra coisa. Arrastou-se até a sua cama e apagou quase que instantaneamente. Só teve tempo de registrar que Lah pulou na cama e se enroscou entre seus braços.


Edwiges ficou na cabeceira da cama, velando pelo sono deles.


No jantar, Harry não parecia melhor. Mesmo tendo torta de melaço.


- Mãe, mãe. – chamou Gina durante a noite. – Harry está tremendo. E não consigo acorda-lo.


- Vamos ver o que houve. – disse a matriarca preocupada.


Harry realmente estava tremendo, e cheio de manchas alaranjadas pelo corpo.


- Pegue a poção apimentada pra mim.  – disse Molly. – ele vai precisar.


Gina fez o que sua mãe pediu.


Molly cuidadosamente deu a poção para Harry, que parou de tremer em poucos minutos.


- O que ele tem? – perguntou Gina com lagrimas nos olhos.


- Ele pegou uma doença de um fungo mágico. – disse Molly. – Provavelmente quando aquele homem esbarrou nele no Beco.


- Oh. – disse Gina.


- Mas ele logo se recuperará. – disse Molly. – Só tem tomar um poção. O problema é que um dos ingredientes tem que ser fresco. E não tem perto da Toca. E não vou poder procurar, tenho que ficar aqui com ele.


- Eu vou. – disse Gina.


- Não é na parte da floresta que você conhece. – disse Molly.


- Eu vou com a Luna e com o Tiago. – disse ela confiante. – Harry precisa de mim.


- Tudo bem, então. Mas vai ter que esperar até o dia nascer, e tem que ir com Julia.


Gina não conseguiu voltar a dormir, mesmo com o conselho de sua mãe.


Ela já estava pronta antes mesmo de seu pai levantar.


- Pode comer. – disse Molly. – Você não vai sair de estomago vazio. Ainda vou ter conversar com Julia.


Relutante, Gina sentou-se à mesa e puxou uma torrada que a mãe colocou na sua frente.


- Elas estarão aqui em alguns minutos. – disse Molly aparecendo na cozinha com um livro. – Olhe bem para a planta que preciso. Sei que Julia sabe qual é, mas você precisa saber para poder procurar também.


Gina pegou o livro e nem viu Tiago pulando no banco ao seu lado e olhando para o livro com ela.


Assim que ouviu o som de aparatação, a ruiva saiu correndo com o grifo atrás.


- Vamos, vamos. – disse ela apresando as duas.


- Bom dia, Gina.  – disse Julia. – Fungo Mágico não é tão perigoso assim.


- Bom dia. – disse ela. – Podemos ir agora.


- A ligação pode estar fazendo isso com ela mãe. – disse Luna.


- Você tem razão. – disse Julia. – Vamos. Voltamos antes do almoço, Molly.


- Vou esperar. – disse Molly.


As três e o grifo saíram pela floresta. Gina parou um instante no ponto mais longe que ela tinha ido antes de prosseguir.


As três olhavam cada planta para encontrar a certa. E Gina já estava ficando impaciente, mais do que estava antes.


Ela passou a se afastar de Julia. Que sempre reclamava disso com ela. Mas a menina parecia não ouvir.


Foi quando ela viu a planta que precisava. Tinha um nome engraçado, mas ela não tinha prestado atenção, preferiu olhar direito para a figura.


- Aqui. – gritou ela. – Aqui.


Mas ao invés de ouvir as vozes da sua amiga e de sua mãe, ela escutou um rosnado. E não era o de Tiago.


Ela se virou trás e encontrou um lobo adulto olhando para ela.


- Lobinho bonitinho. – disse ela. – Só preciso desta plantinha.


O lobo rosnou de novo e se aproximou. E logo pronto para morder.


E foi isso que aconteceu. Gina podia sentir os dentes rasgando sua pele. Mas escutou um baque e um choro.


Tiago tinha atacado o lobo, mesmo ele tendo mais que o dobro de seu tamanho. Nem parecia intimidado, ainda mais que ao abrir as asas ele parecia mais ameaçador.


O lobo não desistiu e tentou atacar Tiago.


A luta foi brutal. Mas Tiago era mais ágil e conseguir escapar dos dentes do lobo. Mas o lobo não escapava das garras e bico de Tiago.


Julia e Luna finalmente chegaram perto de Gina. Julia pegou sua varinha e fez um som de estouro, para ver se podia afastar o lobo.


A ideia deu certo. O lobo ferido saiu em disparada. Havia mais adversários e ele já estava perdendo a luta.


Em poucos minutos, todos já estavam de volta à Toca. Liderados por Tiago e orgulhosamente mancava um pouco.


Ele não estava sangrando, mas deu algum mau jeito na pata dianteira.


- Mãe. A planta está aqui. – disse Gina entregando a planta para mãe, e correndo para o quarto.


- Tudo foi bem? – perguntou Molly para Julia.


- Até que foi fácil encontrar a planta. – disse ela. – O único problema foi um lobo que apareceu. Mas nosso herói deu um jeito nele.


Tiago aceito a caricia de Julia. E estava contente, ele havia salvado Gina.


- O que? – o berro de Molly foi escutado no quarto.


- Logo você estará bom. Harry. – disse Gina para o marido. – mamãe já vai fazer a poção para você.


 


A poção não era complicada, mas precisava de muito tempo para cozinhar. Gina passou o tempo todo do lado de Harry. Assim como os grifos e a coruja nevada.


Luna apareceu com Rony no quarto, mas logo voltou para casa.


O ruivo não gostava de doentes. Então passou muito tempo no quarto.


- Tá pronta. – disse Molly entrando no quarto com uma caneca fumegante.


Gina ajudou Molly a fazer Harry beber, já que ele ainda estava dormindo.


Ele engoliu tudo, deu um suspiro e...


 


 


 


 


 

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Comentários (3)

  • Carolzynha LF

    Pobre Harry, ele não tem sorte mesmo. Espero que ele fique bem ^^

    2013-05-28
  • marcelinks

    Ficou ótima, parabéns Mas não acaba assim não velho, que matar a gente de curiosidade?? 

    2013-05-27
  • Natascha

    ficou ótimo! isso lá é jeito de acabar?

    2013-05-25
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