Visita ao Beco



Capítulo 7 – Visita ao Beco


 


Molly foi acordar os seus filhos, precisava de outra conversa séria com eles.


- Rony, acorde. – disse ele no quarto do mais novo, já tinha passado pelo quarto de Percy e dos gêmeos.


- Hum.


- AGORA. – disse ela.


- Mais cinco minutos, mammm. – disse Rony abafado pelo travesseiro.


- Se não levantar agora, vai ficar sem café da manhã. – disse ela, vendo Rony se levantar na hora, mas se embolar nas colchas e cair de volta na cama.


Ela não sabia como podia ter filhos tão diferentes. Não que ela reclamasse, mas eram 6 personalidades diferentes, o que não deixava as coisas paradas por ali.


- Fred, Jorge. – disse ela na porta dos dois. – Se não descerem agora, só vão pra o Beco para comprar a varinha e voltam no outro instante.


Os dois meninos saíram logo atrás dela.


Percy já estava na cozinha. O que não foi surpresa.


- Mãe, cadê o Harry? Ele não estava no quarto. – disse Rony.


- E sobre isso que quero conversar. – disse Molly. – Mas vocês tem que começar a comer.


Eles começaram o café, mas olhando para a mãe e se perguntando onde estavam Harry e Gina. 


- Meninos, eu vou falar, vocês ouvir. – disse ela, sabendo que teria muitos protestos.


- Tudo bem, mãe. – disse Percy com o peito estufado.


- Certo. – disseram os gêmeos.


Rony só balançou a cabeça, mais preocupado no momento com seu bacon.


- Harry está neste momento dormindo na cama de Gina.


A confusão se instalou na cozinha. Todos reclamando e brigando, pensando em ir separar os dois.


Molly pega sua varinha e solta dois estalos com ela.


- O que eu falei antes. Eu falo, vocês escutam. – disse Molly. – Bom, assim que eu gosto. A ligação entre os dois faz isso por eles, então vamos ajudar. A partir de hoje, Harry vai dormir no quarto de Gina. Não quero piadinhas, brincadeiras com os dois. A magia deles pode não gostar, e vocês sabem o que pode acontecer quando isso acontece.


Os gêmeos se lembravam muito bem do dia que disseram que Harry nunca ia gostar de Gina, por que ela era pequena e tinha sardas. As brotoejas que surgiram neles coçavam, doíam e estouravam. Isso por duas semanas.


- E ninguém pode saber disso, nem que Harry está nesta casa. Isso inclui vizinhos, exceto a Luna, e qualquer um em Hogwarts. Entenderam?


- Sim, mamãe. – disse todos os quatro.


- Sábado, vamos para o Beco Diagonal. Seu pai conversou com Gui do Ministério e ele conseguiu uma folga e vai com a gente. Ele vai cuidar de vocês enquanto seu pai, Gina, Harry e eu vamos ao Grigontes.


Rony concordou, Gui ia deixa-lo olhar a loja de artigos de quadribol mesmo, a única coisa que ele queria fazer. Os gêmeos trocaram olhares, poderiam se divertir. Percy não viu problemas, só precisava de alguns livros e material para poções.


- Só compraremos tudo quando voltarmos. – disse Molly ao ver o sorriso dos gêmeos.


O que fez eles emburrarem.


 


HGHGHGHGHGHGHGHG


 


Molly seguiu com uma bandeja para o quarto de sua filha. Teria que conversar com os dois.


Encontrou-os abraçadinhos como na noite anterior, e ainda pensou como poderia ter imaginado algo diferente.


- Harry, Gina acordem. – disse ela gentilmente.


- Mãe. – disse Gina se levantando assustada.


Harry só bocejou, mas abriu os olhos.


- Calma, só quero conversar. – disse a matriarca. – Eu vi o que aconteceu. Essa ligação fez isso.


- Oh. – disse Gina corando e escondendo o rosto no peito de Harry.


-Não precisa ficar assim. – disse Harry. – Nós não temos culpa.


- Ele tem razão, Gina. – disse Molly. – Por isso, seu pai e eu discutimos e chegamos à conclusão que o melhor é manter vocês juntos. Harry vai dormir aqui com você. Por enquanto, vocês podem ficar com essa cama, vocês são pequenos, depois compramos uma maior. Mas teremos que ter um armário pra você Harry.


- Eu posso comprar. – disse ele. – Não precisa ser grande, nem novo.


- Querido, isso é gentil de sua parte. Mas temos que ver quanto dinheiro você tem. – disse ela. – Outra coisa que quero conversar com vocês. No Sábado vamos ao Banco e vemos como estão as coisas pra você.


- Sim, Molly. – disse ele.


- Obrigado, Mamãe.


- Agora quero que vocês comam. – disse Molly. – depois quero ver seus machucados, Harry.


Ele acenou, não muito contente. Não queria que ninguém mais visse, mesmo que ela já tivesse visto.


 


HGHGHGHGHGHGHGHG


 


Gui não tava entendendo o que estava acontecendo. Seu pai havia entrado em contato com ele para ele antecipar sua visita a eles. E que havia um hóspede na casa.


Como tinham duas horas de diferença entre o Egito e a Inglaterra, ele esperava que não tivesse ninguém na cozinha. Mas Molly já estava começando a preparar o café.


- Oi querido. – disse ela ao ver o quebrador de maldiçoes sair da lareira. – Tudo bem?


- Tudo, mamãe. – disse ele. – O que está acontecendo?


- Aconteceram algumas coisas nos últimos dias que requerem atenção maior.


- Tem algo relacionado com o hóspede misterioso?


- Mais do que você imagina. – disse Molly. – Você mais que muitos sabem como a magia é viva e tem suas regras e vontades.


- Claro, mãe. – Gui sabia bem que não poderia subestimar a imagem de dona da casa da sua mãe. Ela poderia ter seguido a carreira que quisesse, mas preferiu ser mãe. Sem contar que já tinha a visto fazer coisas com uma varinha que nenhum de seus colegas tinha conseguido.


Molly respirou fundo, para dar a notícia.


- Esse hóspede agora é um membro da família. – disse ela. – Ele se casou com a sua irmã.


- O que? Como? Quando? Vocês deixaram?


- Sua irmã está casada. Eu disse magia fez isso, através de um ritual que alguém tolo colocou em um livro de historia infantil. E foi algo que ninguém poderia ter controle, e mesmo assim não quero ninguém tentando atrapalhar os dois, tentando separar, ou coisa assim.


Gui encolheu com o olhar da mãe.


- Foi por isso que os duendes me parabenizavam. – resmungou ele.


- Eu estou muito contente com isso, foi muito cedo, mas não poderia ter escolhido alguém melhor que ele.


- Quem é? – perguntou ele, agora curioso, quem poderia ter conquistado a mãe deles assim facilmente.


- Molly. – disse alguém descendo as escadas. – Gina foi tomar banho, disse que logo desce.


- Ela deve estar ansiosa pra ir. – disse a ruiva.


Gui se virou para a voz e viu um garoto magro, descabelado, coçando os olhos com óculos na mão.


Harry colocou os óculos, e se espantou ao ver que não era Arthur que estava ali.


Molly teve que rir ao ver a cara dos dois, olhos arregalados, boca aberta. O moreno foi o primeiro a sair do choque.


- Bom dia. – disse ele. – Você deve ser Gui. Gina fala muito bem de você.


- Bom dia. Sou eu mesmo. – disse ele.


- Precisa de minha ajuda, Molly? – perguntou ele.


- Você pode fazer as torradas, querido.


Gui mexeu os lábios para a mãe formando a pergunta: “Harry Potter, jura?”, Molly confirmou com um sorriso.


“Nunca mais duvido de Gina.” – pensou ele.


Mas ficou de olho no menino. Ele parecia acostumado com a cozinha. Percebeu que ele separava algumas torradas em um prato.


- GUI. – gritou Gina ao aparecer na cozinha e correndo para o irmão mais velho.


- Rouge. – disse ele pegando menina no colo.


- O que você está fazendo aqui? – perguntou ela.


- Pai pediu pra cuidar dos meninos hoje.


- Você ta de castigo?


- Não tinha pensado nisso. Mas parece que sim.


Gina riu. E se sentou para comer. Harry colocou o prato separado na frente da menina.


Gui percebeu que as torradas de Gina tinham geleia de framboesa. Desde quando eles tinham geleia de framboesa na Toca? Sua mãe não fazia essa.


 


HGHGHGHGHGHGHGHG


 


Depois do café eles se prepararam para ir para o beco.


Harry vestia uma roupa de Rony, que era melhor que a que ele tinha, e um boné. Acharam melhor que ninguém percebesse quem ele era.


Harry ainda estava tentando entender como poderia viajar através de uma lareira. Não era mais fácil desaparecer e aparecer em outro lugar como ele tinha feito pra chegar ali?


- Pai, o Harry não conhece a rede de flu. – disse Gina vendo a cara dele.


- É mesmo. – disse ele. – Trouxas não viajam com isso.


- Harry, querido. – disse Molly. – A rede de flu é usada para viagens entre lugares no mundo mágico.


- Por que não podemos sumir e aparecer no local que queremos? – perguntou ele. – Eu fiz isso, não fiz?


- Harry, o que você fez foi uma magia muito poderosa, e que pode ter influenciado ou sido influenciado pelo que aconteceu depois. Mas menores não podem fazer isso, tem que treinar muito pra chegar ao lugar correto, e precisa de autorização. Por enquanto, vocês têm que usar o flu.


- Como funciona? – perguntou o moreno intrigado, magia o fascinava e o assustava.


- Você pega um pouco de pó de flu, joga na lareira acesa, quando o fogo tiver verde, você entra joga mais pó e diz o lugar que quer ir de forma alta e clara.


- Ok. - Disse ele imaginando o que seria tudo isso.


- Uma demonstração deve ajudar. – disse Gui, pegando o flu e partindo. – Beco Diagonal.


Num instante, ele tinha sumido em um redemoinho de fogo verde.


Harry abriu a boca para aquilo.


- Não queima? - Perguntou ele.


- Não ,querido. – disse Molly.


Harry foi depois de Rony, e acabou sentindo enjoado ao ver muitas lareiras passando por ele. Quando tudo parou, ele não conseguiu ficar de pé caiu de cara no chão, quebrando os óculos.


- Cuidado Harry. – disse Rony o ajudando a se levantar e ajeitando o boné dele.


- Não gostei disso. – disse Harry.


- O que aconteceu? – perguntou Gina chegando logo depois dele.


- Harry caiu. – disse Rony. – Logo você se acostuma.


- Machucou? – perguntou a ruiva, quando os gêmeos surgiram da lareira depois de Arthur.


- Não, só quebrei meus óculos. – disse ele, vou a vez de Percy aparecer.


-Eles são de má qualidade. – disse Gina.


Molly apareceu e começou a tirar a poeira deles.


- Era o que meus tios podiam fazer, a professora disse que eu precisava de óculos, se não...


Harry e Gina acabaram se dando a mão. Os óculos acabaram se concertando e ganhando qualidade. Agora era novo e muito melhor que antes.


Todos se assustaram, e Molly olhava para os filhos como quem dizia “Viu o que eu quis dizer”.


- Gui, você pode passear com seus irmãos pelo Beco. Se possível de uma olhada nos preços. – disse Molly. – Nada de ir pro Olivaras, só quando voltarmos.


Os gêmeos murcharam um pouco. Mas ela não falou não que não poderiam ir à Gambol & Japes.


Os grupos se separaram.


Harry estava fascinado por tudo o que via. Desejou ter mais olhos para poder ver tudo, mas tentava não ficar movimentando muito a cabeça. Queria dar a impressão que já conhecia tudo, para não chamar atenção para ele.


Mas ele não conseguiu manter sua boca fechada quando chegou perto do prédio branco. Parecia completamente diferente de tudo ali, mesmo os prédios trouxas que ele tinha visto na televisão.


As belas portas eram de cobre e ao lado tinha uma criatura que Harry não pode identificar.


- Duende. – disse Gina para ele.


Quando passou pelo guarda. Harry disse para ele com um sorriso sincero.


- Bom dia.


Harry não esperava por nenhuma reação. Sabia que guardas tinha que ficar vigilantes. Mas houve uma reação do guarda. Ele piscou. Era a primeira vez que um bruxo havia se dirigido a ele.


No interior do banco, havia uma série de mesas como normalmente em bancos, mas atrás de cada uma havia um duende.


Eles ficaram alguns minutos esperando em uma fila. Mas foram atendidos.


- O que posso fazer por vocês? – perguntou o duende.


- Precisamos ir para o cofre número 9341. – disse Arthur passando uma chave para o duende. – E depois queremos, se possível, conversar com o gerente das contas dos Potter.


O duende avaliou Arthur, e depois Harry, que não se sentiu muito seguro se o duende o aprovaria.


- Grampo. – disse o duende. – Acompanhe-os para o cofre.


Um duende que Harry suspeitou que fosse mais novo apareceu e indicou uma porta por onde seguiram. Ao contrario do resto do banco, que era de mármore, ali era pedra escavada.


Pararam perto de um trilho e com um assovio de Grampo um carrinho apareceu. Harry teve uma impressão dos carrinhos de montanha russa.


Quando começaram a se mexer, Harry teve certeza, era igual. Não que tivesse ido em um, mas tinha visto na tv, muita coisa ele só tinha visto na tv.


Logo na primeira descida ele quis jogar as mãos para cima e gritar de prazer. Mas não sabia se iria ofender o duende. Virou-se para Gina e viu que ela também estava com a mesma vontade.


Então se seguraram mais. Logo estavam com os braços erguidos e gritando.


Assim que pararam, antes mesmo de desembarcarem, Molly começou o sermão.


- Meninos, isso são modos? – perguntou ela brava.


- Senhora, não precisa. – disse Grampo. – Esperávamos por reações assim, melhor que vômitos. Esses dois meninos foram os dois melhores passageiros que já tive.


- Certo. – disse Molly para Grampo, e depois se virou para o casal. – Perguntem da próxima vez.


Eles foram para o cofre. Harry viu algumas moedas douradas, prateadas e avermelhadas. E pelo que ele se lembrava, ele devia ter muita mais que isso, e se sentiu mal.


Arthur percebeu que ali havia mais dinheiro que devia. Mais precisamente o valor do arrendamento das terras da Toca. A casa é deles, mas os terrenos em volta não eram.


Logo eles voltaram para o carrinho e desta vez os meninos perguntaram se podiam se divertir.


Molly mesmo esqueceu onde estava e ficou com um sorriso ao ver os dois assim.


- Ragnarok já vai atendê-los. – disse Grampo quando eles voltaram para o salão de mármore.


- Ragnarok não é o gerente do banco? – perguntou Molly para Arthur.


- Se me lembro do Gui falando, sim. – disse Arthur. – O que é equivalente ao ser o chefe da nação.


- O que ele quer com a gente?


 

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Comentários (5)

  • Leo Potter

    Mal posso esperar pelo proximo. Nos presentei nesse carnaval com o proximo cap meu amigo mago. Abç

    2013-02-04
  • Lu Ranhosa

    To amando,tao fofos essa ligacao deles e forte meso ein,capitulo maravilhoso,posta logo o proximo viu

    2013-02-03
  • Carolzynha LF

    Eles são tão fofinhos, adorei eles no banco. Quero ver o que o Ragnarok vai falar das contas deles.

    2013-02-03
  • ROC

    gostei muito, ficou otimo...

    2013-02-02
  • Natascha

    ficou ótimo! criança não ve problema em nada mesmo......a cara do gui foi a mais engraçada......

    2013-02-02
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