Meu novo amigo



POV Draco



Fui melhor do que eu imaginava. Bem melhor... Uau. Eu realmente não sabia o que esperar dessa noite, mas tudo ocorreu perfeitamente bem. E eu mal posso esperar para o dia seguinte... É claro, eu realmente preciso de ajuda em algumas matérias, mas só de passar um tempo com minha pessoa preferida no meu lugar preferido fazendo coisas legais... será ótimo! Eu finalmente não me sinto mais tão sozinho em Hogwarts.
Hoje acordei muito bem de manhã, depois de uma longa e tranquila noite de sono. Fui até o grande salão para tomar café quando quatro corujas entraram voando, e uma delas pousou bem na minha frente. Peguei a carta.
–Obrigado! -eu disse, fazendo um carinho na ave. Abri a carta e comecei a ler, curioso:

“Prezado Sr. Malfoy. Queira por favor me encontrar em minha sala hoje às 7h para a realização da primeira reunião dos monitores. Não se atrase. Atenciosamente, Profª McGonagall.”

Olhei na outras mesas e todos os outros monitores também tinham recebido essa carta, inclusive Hermione que estava lendo-a agora mesmo. Sobre o que será que discutiremos nessa reunião? O ano mal começou. Continuei comendo até a hora das aulas. A primeira aula seria Poções, com a Grifinória. É claro que eu não poderia conversar com a Granger, pois ninguém sabe que agora somos “amigos”, mas eu queria poder me sentar ao lado dela. Talvez a aula seria menos entediante...
Chegando na sala, Slughorn já estava lá, e como seria uma aula dupla, ele estava planejando dar algum trabalho chato. Argh, eu realmente preferia quando Snape era nosso professor. Me sentei na última carteira esperando todos chegarem...
Vi quando Hermione entrou na sala, ela me olhou e depois disfarçou e foi se sentar numa mesa vazia também. Nenhum de nós dois tinha amigos em Hogwarts... Eu achei que Granger estaria com a Weasley, mas parece que a garota não liga mais para ela. Estava sentada do outro lado da sala e não parava de conversar com outra menina da Grifinória. Nosso único amigo era o Jonh.
–Teste suspresa! -disse Slughorn, berrando e me dando um susto. -Vocês terão essas duas aulas para realizar a poção Felix Felicis... sem usar o livro! Quero ver se ainda se lembra como fazê-la. E preciso que todos sentem em dupla. -ele disse, olhando para mim e Hermione, os únicos sozinhos. Toda a sala olhou para nós e começou a cochichar. Peguei meu material lentamente e coloquei na mesa ao lado dela, sem nem olhá-la.
–No final da aula eu avaliarei a poção de vocês. Nada de colas, heim? Usem seus conhecimentos. Tudo que precisam tem naquele armário. E podem começar agora! -ele disse, todo animado. Eu me levantei e fui buscar os ingredientes, ainda sem olhar para ela. Isso seria fácil... Eu sei fazer essa poção, e ainda tenho Hermione Granger como parceira. Voltei para a mesa com a quantidade e os ingredientes certos e percebi que nem todas as duplas realmente se lembravam de como fazer a poção. Voltei para a mesa ainda sem olhar para ela. Eu precisava fingir que nos odiávamos, como sempre foi em Hogwarts...
–Com licença, Drac-Malfoy, eu... ahn... você se lembra como fazer a poção? -ela disse, corando. Parecia nervosa em estar falando comigo em público, e quase me chamou de Draco. Eu segurei a vontade de rir.
–Sim. E sei que você também sabe, Granger. Pode começar já, se quiser... -eu disse, assumindo um tom frio, e ainda segurando o riso. Eu deveria ser ator! Ela engoliu em seco e começou a trabalhar cortando os ingredientes, exatamente como deveria. Espero que ela não fique triste comigo... Deveria entender que não podemos agir normalmente em público. Olhei a minha volta e todos pareciam meio confusos, e não sabiam o que fazer. Patéticos. A poção não é tão difícil depois que você aprende a fazê-la... Pelo menos o Longbottom e o Weasley não estavam aqui para explodir os caldeirões.
–Continue agora, Malfoy. Já fiz a minha parte! -disse Hermione. Assumi a poção a partir de onde ela tinha parado e devo admitir, ela fez um bom trabalho. E eu realmente sabia como terminá-la... Em poucos minutos, ela já tinha uma aparência dourada. Perfeita.
–Hum, vejo que vocês dois já terminaram! -disse o professor, sorrindo. -Vamos checar isso aqui! -ele pegou uma colher e mexeu um pouco a poção, percebendo que estava tudo certo.
–Bem, parece que vocês recebem a nota máxima! Essa poção está perfeita! -eu e Hermione sorrimos e a toda a turma ficou nos encarando.
–Agora todos vocês, voltem ao trabalho! Ainda temos uma aula para finalizar a poção... E vocês dois, eu sugiro que virem uma dupla definitiva. São os meus melhores alunos e parecem fazer coisas incríveis juntos! -ele disse, piscando para nós. Parecia que novamente fazíamos parte do “clube do Slugue”.
–E então, quer ser minha dupla nas aulas de Poções? -sussurrei para ela. Eu sabia que ninguém estaria ouvindo, estavam todos ocupados. Ela só assentiu, sorrindo um pouco e voltou a ler seu grande livro. A aula acabou e dessa vez nos separamos. Eu tinha aula de Trato das Criaturas Mágicas com os Lufanos. Eu costumava tirar sarro da cara dos Lufanos, mas eu nunca entendi o porque. A única coisa engraçada é o nome Lufa-lufa! E chegando lá Hagrid começou a tagarelar sobre o que os Barretes Vermelhos e eu fiquei com tédio.

[...]

Depois de um longo dia de aulas e sem conversar com ninguém, fui almoçar morrendo de fome. Tirando a aula de Poções, o resto do dia foi um inferno. Além de me ignorarem, as pessoas ficam me olhando estranho, como se eu fosse capaz de pegar minha varinha e lançar uma maldição imperdoável em qualquer um. Só por causa daquela estúpida marca negra no meu braço... Acontece que em dias de calor, é simplesmente impossível usar camisas compridas. Eu me pergunto se um dia isso vai sair do meu braço... Eu realmente espero que sim, ou nunca vão parar de me lançar olhares estranhos. Eu estava distraído comendo, quando de repente alguém se senta ao meu lado e quando eu vou ver era John.
–Hey, bom dia amigo! Como está indo na escola? -eu perguntei, sorrindo.
–Bom dia. Muito bem, obrigado! -ele disse sorrindo.
–Bom saber. Então, o que te traz aqui?
–Hermione me pediu para te entregar esse papel... -ele disse me passando o papel. -Afinal, o que está acontecendo entre vocês dois, Draco? Porque não podem simplesmente conversar um com outro? -ele perguntou, e depois deu um sorrido debochado. -E porque nunca podem me contar o que está escrito nesses bilhetes?
–Mas como esse garoto é intrometido! -eu disse, rindo com ele. Era um bom menino... Ele riu também.
–Entenda, eu e Hermione nunca fomos amigos. Eu custumava odiar ela. Ela já me deu um soco uma vez, e eu usava nomes não muito legais quando me referia a ela. Enfim, depois de muitos insultos e a grande batalha do ano passado... -parei para saber se ele conhecia toda a história e ele assentiu. -Bem, eu fazia parte do lado “do mal”, digamos assim. Mas eu mudei, eu realmente mudei... E Hermione é uma grande amiga do famoso Harry Potter. E esse ano estamos sozinhos, sem nossos amigos... E resolvemos, ahn, deixas as diferenças de lado e... ser amigos. -eu expliquei do jeito que eu pude, e ele pareceu entender.
–Meus pais são trouxas e sempre tive problemas na escola. Entrei aqui sabendo que não faria nenhum amigo, e que provavelmente eu fracassaria em todas as matérias. Mas fico muito feliz em saber que tenho vocês dois para conversar... -ele sorriu.
–Também fico feliz de poder conversar com você, John. Você é um cara bem legal e tenho certeza que vai se dar bem nas matérias! E pode pedir ajuda a nós se precisar, sabia? Principalmente para a Granger, ela sempre foi a melhor e mais inteligente em tudo! -eu disse, sorrindo. Continuamos conversando felizes e eu tinha até me esquecido do bilhete de Hermione. Peguei para ler e estava escrito numa fina caligrafia:

“Draco. Hoje à noite temos a reunião com a McGonagall. Ainda vai querer estudar História da Magia depois? Me mande uma resposta pelo John ou por uma coruja. Até a noite, Hermione.”

Eu sorria enquanto lia seu bilhete. John ficava me olhando, esperando que eu contasse o que estava acontecendo de verdade.
–É que tínhamos planejado estudar História da Magia hoje à noite, mas temos reunião com a diretora. Ela quer saber se ainda quero me encontrar com ela. -eu disse.
–E o que você vai responder? Se me contar, eu levo sua resposta à ela. -ele disse, sorrindo.
–Bem. Eu realmente ando precisando de ajuda nessa parte da matéria e...
–Sei. -ele disse, com um sorriso malicioso.
–O que está insinuando, garoto? -eu perguntei me fazendo de bravo, e corando e ele começou a gargalhar de mim.
–A propósito, obrigado por fingir tão bem que não tinha sido eu que entreguei o bilhete na primeira vez! Fiquei realmente impressionando, você devia ser ator, John. -eu disse sorrindo, e mudando de assunto. Ele concordou rindo e continuamos conversando e andando por aí como velhos amigos até a hora da reunião...

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