Prólogo.

Sentado na grande cadeira do meu escritório, com os pés sobre a mesa, as mãos sobre a barriga, olhei fixamente minha mesa. Relatórios prontos, canetas, lápis, um copo de café forte, laptop e... O telefone.

Aquele que me avisaria quando tornaria a apontar a arma no peito de um idiota qualquer, apertar o gatilho e ver o sangue escorrer do local, enquanto a pessoa caia, em seu último momento em vida.

O toque tão familiar me despertou de meus devaneios e atendi rapidamente.

-Alô?

-Sirius, tenho mais um trabalho pra você... –Disse a voz. Nunca o tinha visto pessoalmente, mas aquela voz era meu chefe. Se ele queria alguém morto, eu o faria; se ele queria alguém sendo torturado, eu o faria. –E vai levar mais tempo...

-Esta questionando meu potencial, Edgar?

-De maneira alguma, apenas... –Ele suspirou cansado. –Como é o mais difícil da sua carreira, depois dele, você poderá se aposentar! Já fez tudo ao seu alcance!

-Agradeço, mas não é minha intenção parar... –Ouvi ele rir.

-Sabia que diria isso, mas você ira se aposentar e sem reclamações! Voltando ao caso... Um filha da puta nunca me pagou, devolveu favor, ou o que quiser chamar... Mate a filha única dele!

-Matar a queridinha do papai... Entendi!

-Só uma coisa... Aconteça o que acontecer... Mate. A. Garota.

-Entendi, chefe!

-Estou te mandando à ficha dela... Você tem um mês! –Dito isso, ele desligou o telefone. Entrei em meu e-mail e abri o arquivo da ficha da garota.

Teria que matar... Ela?

Mas, não importava o que ela foi! Era meu trabalho e não falharia... Ou tentaria não falhar...

‘...’

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