Consertando os problemas



Os ombros estavam caídos e as mãos pendiam ao lado do corpo. Tinha de ser uma brincadeira... Uma brincadeira de muito mau gosto.


- Joanne. – A voz de Dumbledore não interrompeu a garota que continuava ali, ao lado do corpo paralisado dela.


- Saia Dumbledore. – Pediu Joanne com os olhos presos nos castanhos. Ela queria tanto matar aquele Slytherin maldito! Ele ousara abrir a câmara de novo! Agora só restava saber como.


Seus dedos se estenderam até o rosto de Hermione, acariciando-lhe o rosto.


- Minha irmã... Minha protegida... Atacada por aquele sanguinário maldito! – Rosnou em voz baixa enquanto arrumava o cabelo de Hermione. Olhou para a garota novamente.


Ela soubera o que era o monstro da câmara... Fora avisada duas semanas antes, por Joanne através de uma carta, por isso estava com o espelho, mas não foi o suficiente.


- Por que... Por que eu não fiquei aqui para te proteger, como deveria? – Perguntou a garota, seu rosto uma máscara de pura culpa. – Por que eu decidi justo hoje para conversar com Aragogue? Eu... Eu deveria estar te protegendo, droga! – Disse a garota irritada. – Eu não posso matá-lo, mas deveria te proteger, mas... Nem isso. – Joanne fechou os punhos enquanto se afastava da cama. – Eu vou cuidar disso! Eu vou arranjar um jeito, você vera! – Disse ela, os olhos marejados enquanto ela corria para fora da ala hospitalar, passando por corredores e entrando na biblioteca, ela arranjaria um jeito.


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Suas mãos agitavam contra o papel, escrevia rapidamente com uma caligrafia perfeita. Ao terminar amarrou o pergaminho na perna do falcão e se virou para o quarto atrás de si.


- Terminou? – Perguntou uma garota loira saindo do banheiro, recebeu apenas um assentir como resposta. – Então, acho que pode sair daqui. – Disse a loira com acidez. – A hora de recolher já passou e logo esse quarto vai estar lotado e as garotas vão se perguntar como entrou aqui.


- Não se preocupe Raven. Eu não sou retardada, eu sei por que preciso ir. – Disse. – Eu só... Estou pensando se ele vira imediatamente, assim eu espero ao menos. – Completou se levantando.


- Saia logo! É contra as normas deixarmos Grifinórios entrarem no dormitório da Corvinal, então... Vaza. – Disse, os olhos azuis cintilando maldosamente contra a grifinória.


- Certo. Estou indo. – Disse se levantando. – Obrigada por permitir que eu usasse seu falcão. – E fez uma breve reverência enquanto caminhava até a estante de livros e empurrava-a, revelando uma passagem secreta. – Ah... – Ela se virou para a loira, os olhos dourados ainda mais melancólicos que o normal. – Cuide dos Corvinais... Mesmo que eu tenha chamado Dumbledore, não é certeza que pegaremos o Slytherin. – Disse ela.


- Tanto faz. – Foi a resposta que recebeu enquanto a outra saia pela passagem e a estante voltava para o lugar ruidosamente. – Tome cuidado. – Sussurrou para o vento antes de soltar um sorriso triste.


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Os dias passaram lentamente e Joanne trabalhava cada vez mais rápido para o que seria, possivelmente, a sua única chance de pegar o culpado.


Parou ao lado de Hermione pela centésima vez desde que ela fora petrificada pelo monstro de Slytherin.


- Eu acho que você vai gostar disso. – E dando um sorriso ela puxou uma folha do bolso e coloco-a de maneira que parecesse que Hermione carregava-a quando fora paralisada. – Eu tenho pressentimento que uma dupla grifinória vai encontrar isso daqui. – Disse com um sorriso debochado e brincalhão, mas o sorriso morreu antes que pudesse esperar por isso e um suspiro escapou por seus lábios e sem dizer mais nada deu meia volta e partiu em direção à sala do diretor. Teria um longo caminho pela frente.

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Comentários (1)

  • Manoela Tempting

    um pouco confuso...mas...interessante.....um escritor nada seria se nao causasse momentos de tensao e duvidas nos seus leitores

    2012-08-14
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