Capitulo quartoze - x - ( Outr

Capitulo Quartoze –x – ( Outro Ponto de Vista )

Ponto de vista: Draco.

Mais uma noite de sábado que tem tudo para ser monótona. Sai do banheiro e já mudei minha roupa.

- Draco, querido! Desça para o café – Ouvi a voz da cozinha.

“Molly...”

Flashback On

- Aqueles imbecis! Vocês vão ver! Eu vou dar a volta por cima – Gritava para ninguém, já que estava em uma parte afastada do Ministério. – Droga! Sem dinheiro, sem magia... Eu nem sabia que isso era possível... ISSO É PRA PRISIONEIROS DE AZKABAN!... – Gritava para ninguém - O que eu vou fazer, Merlin? – Fui escorregando pela parede até sentar no chão.

- Vou morar onde? No beco diagonal? – Sibilei – SEUS IDIOTAS! Como querem que eu seja uma “pessoa melhor” se tiraram até minha casa? Vou ser beeem melhor na rua – Disse com sarcasmo exagerado, escutei um barulho, mas não avistei ninguém.

Afundei meu rosto em minhas mãos.

- Merlin! – Comecei bem baixinho – Eu sei que não sou muito bom... Está bem, sou um pouco mal, mas... Ajude-me.

Outra vez ouvi um ruído, só que mais próximo. No entanto, dessa vez eu vi uma mulher, já com certa idade, com cabelos ruivos e até acima do peso.

- Quem é você? – Perguntei com arrogância.

- Sou Molly – Estendeu a mão na minha direção, mas apenas ignorei.

“Molly? Já ouvi esse nome onde? ... Espera, é a coelha mãe dos Weasley’s?

- Você é uma Weasley? = Perguntei com certo nojo e a vi confirmar com a cabeça – Por acaso sabe quem EU sou? – O tom superior era evidente.

- Um garoto. – Ela falou primeiro e fiquei um pouco surpreso.

- Sou um Malfoy! Conversando com uma Weasley, imagina! – Virei o rosto – E eu já sou maior de idade – Sussurrei por fim.

- Ainda é um garoto para mim.- A encarei aturdido - E está com medo – Ela olhou em meus olhos – E triste... Como está triste... Imagino os motivos – Ela sorriu gentilmente e tocou meu rosto – Você precisa de ajuda... E eu quero ajudar.

- Eu não preciso de ajuda... Principalmente de uma Weasley.

- E com certeza vai virar uma pessoa melhor na rua. Eu te darei abrigo – Voltei a me virar – Bem, se quiser... É só me seguir. – Ela saiu andando a passos lentos.

“Ela ainda quer me ajudar, mesmo eu a desprezando, ela ainda me oferece abrigo”

Visualizei a silhueta se afastando.

“Ninguém mais quis me ajudar... E não vou mendigar para sobreviver! Aff, vou ter que aceitar. Nada mais que sobrevivencia”

Suspirei e levantei-me, andando a passos largos a alcancei, ficando um pouco mais atrás. Ela não disse nada, só deu um sorriso amável e continuamos andando.

Flashback Off

Quem diria que eu ia afeiçoar-me tanto a Molly, e a todos os outros... Outra em especial.

Comi, calmamente, já que não ia ter que trabalhar hoje. Durante o desjejum, lembrei-me que havia marcado um compromisso com Crabble e Zabini a noite.

“Porque fiz isso mesmo?”

Esses dois continuam a mesma droga, que eram na escola. E isso porque já são casados.

O dia passou normal, bem o normal dos Weasleys – gritos, pequenas explosões, feitiços, por ai vai. Informei a Molly que iria sair para ela não se preocupar.

Peguei meu casaco e fui em direção ao bar onde marcaram, sem o pó de flur, o jeito foi pegar o carro de Arthur, que parecia que estava emprestando a um dos gêmeos com tantas perguntas que me fez.

Cheguei em pouco tempo lá, no entanto ambos já me esperavam.

- Crabble, Olha! O Malfoy finalmente chegou.

- Qual é, Malfoy? Parece até que veio andando. – Crabble ironizou, sabendo da minha ausência de magia.

- Eu vim de carro e graças a Arthur, se não ainda estariam esperando.

- Ah sim,  aquela coisa voadora dos pobres-ricos Weasley’s – Zombou Zabini.

- É – Cerrei os dentes, com a ofensa – Uma cerveja amanteigada, por favor

- Não sabe mais beber não, Draco?

Não liguei para seus comentários, afinal não poderia acontecer nada com o carro do chefe Weasley.

-x-

O tempo foi passando e mesmo não podendo comecei a tomar bebidas mais fortes, para aguentar as piadinhas sobre os Weasley’s.

“E pensar que eu era do mesmo jeito...”

- Mas fala, Draco. – A embriaguez fez a fala de Crabble ficar enrolada e as vezes ele soluçava – Deve ser um saco não se aproveitar do dinheiro daqueles imbecis.

 - Cala a boca, idiota – Sibilei baixo.

A bebida já estava, com certeza, fazendo seus efeitos.

- Vai me dizer que nunca pensou em se aproveitar da gentil Coelha Mãe Weasley? – Zabini comentou.

- Não ouse falar de Molly – Meu tom tornou-se sombrio.

- Não, não, melhor! Dar uma amassos com a Weasley femea, até que ela ficou bem gostosinha... – Ele fazia gestos indecentes

FILHO DA PUTA!

Não o deixei nem terminar, pulei em cima de Crabble, em uma fúria descomunal. Junto comigo veio a mesa, e os utensílios que estavam em cima, quebrando-os.

- NUNCA MAIS FALE MAL DA GINA... – Dei-lhe um soco bem dado em seu rosto e seu supercilio abriu, começando a sangrar.

Zabini agarrou-me por trás, tirando-me de cima de Crabble, tentando acertar-me, porem eu consegui lhe dar um murro nas costelas deixando-o sem ar.

Via flashes sendo disparados, mas não parava. Acertei a cabeça de Zabini fazendo-o cair.

-... Não cite o nome de Molly, nem ninguém daquela família.

- VOCÊ FALAVA DELES ASSIM! – Crabble falou.

E lembrei-me, mais uma vez, que eu era como aqueles dois, eu até mandava neles, sempre atormentei Gina, Roni, qualquer um com sobrenome Weasley para mim já era sinônimo de perdedor.

Senti-me imensamente culpado.

Enquanto pensava nisso, Crabble pegou-me e acertou minhas pernas, fazendo-me cair. Zabini levantou e chutou meu estomago, logo após Crabble fez o mesmo com meu rosto, fazendo meu lábio e nariz sangrarem.

- São todos um bando de idiotas, e você está ficando do mesmo jeito – Zabini grunhiu, abaixando para dar-me um soco no rosto.

Minha visão estava turva devido as pancadas.

- Não sabia que estava apaixonado pela Mais nova Weasley... Escolheu bem, Malfoy – Zabini riu maliciosa – Ah se eu já não fosse casado, pegaria ela de jeito. – Voltou a repetir os gestos indecentes de Crabble.

O ódio voltou a arder em meu corpo, muito mais forte e quando deu por mim, Crabble e Zabini já estavam no chão.

Minha respiração estava descompassada e varias pessoas me encaravam ainda em choque. Pequei a chave do carro e pensava em algum jeito de voltar para casa vivo.

Durante o caminho fui lembrando-me de meus momentos com Ginna.

“Essa garota me pegou de jeito.”

Logo as lembranças da noite que nos beijamos pela primeira vez veio a minha mente.

FlashBack On –

- Boa noite, Gina – Virei-me e fui em direção a casa, procurando controlar minhas expressões faciais.

Fui direto ao banheiro, fechei a porta e olhei para cima tentando refletir sobre o que fazer.

Gina era diferente do que pensei, na verdade todos eram, até mesmo o Santo Potter.

Descobri a beleza dos cabelos ruivos, o coração da moça e percebi o que já  lhe tinha feito.

Eu não tinha jeito mesmo, Molly foi minha salvação.

Será que estaria eu me apaixonando pela Weasley que eu tanto desprezei na adolescência?

Não poderia ser.

Não posso gostar de alguém agora.

Percebi que ainda encarava o teto deixando os pensamentos me levarem. Fui até a pia e lavei meu rosto, deixando a agua escorrer, enquanto fechava meus olhos e lembrava o acontecido a pouco.

Sentou no vaso e voltou a olhar para cima como se o teto pitado de branco, lhe falasse a resposta para todas suas perguntas.

Demorou uns 15 minutos ali, depois voltei ao meu quarto e encontrei Roni roncando como nunca, pensei novamente na dona de cabelos ruivos, e depois adormeci.

Flashback Off

De alguma forma conseguia controlar o carro, mesmo não estando totalmente sóbrio.

Lembrei-me do aniversario de Ginna.

FlashBack On

Eu sabia que era o aniversario de Ginevra, mas não fazia ideia do que dar a ela, pensava já fazia alguns dias do que poderia dar a ela, já que com a grana que eu tinha nem uma manteiga amanteigada poderia ceder a moça.

“Já disse o quanto AMO o ministério da Magia? ¬¬”

Sabia que eles iriam fazer uma confraternização “intima” e que cada um lhe daria um presente, Roni provavelmente lhe daria algo sem noção e ela agradeceria gentilmente

“O pingente”

- Obvio, como não tinha pensado nisso antes.

Lembrei-me que ele estava na minha antiga casa de campo, soube que interditaram ela, mas ainda não apareceu ninguém disposto a comprar. Eu me lembro de não gostar daquela casa na infância, mas não lembro o por que.

Lembrei-me então o quanto era distante da Toca.

Ainda era o começo da tarde, então creio que dará tempo, se Arthur me emprestar o carro.

Fui até seu pequeno escritório, bati na porta levemente e ele falou um “Entre”.

- Han, Arthur, eu... Eu – Confesso que estava com um pouco de receio de pedir o carro de Arthur, ele não me aceitou de imediato na casa, mas depois de um tempo me tratava educadamente, talvez até goste um pouco, minimamente, de mim.

- O que foi, Draco? Quer algo?

- É que bem, hoje é o... É o aniversário da Ginevra.

- Sim, e daí? – Ele me olhou estranhamente

- Eu queria muito dar... Dar um presente à ela, mas preciso de um jeito de chegar no lugar onde vou encontrar, se é que o senhor me entende – Respirei fundo.

Primeiro ele me olhou como se eu fosse algum tipo de assassino em interrogatório, depois encarou-me de cima a baixo, pareceu pensar um pouco e depois sorriu minimamente.

- Okay, Draco – Ele entregou-me as chaves do carro e suspirei aliviado – Estou de olho em você. – Eu acho que ele falou em relação ao carro.

-x-x-x-

Dirigi até chegar a grandiosa casa dos Malfoy’s... Minha casa.

Era claro que a porta estaria fechada, então eu recorri a janela –em meio as tantas outras -  que eu sabia que tinha uma das trancas estava quebrada, então não é necessário feitiço nenhum para abri-la.

Forcei um pouco e logo cedeu, entrei no que um dia já foi a sala

Logo lembrei todas as razoes por odiar aquele lugar na infância.

Eram os dias que meu pai estava conosco, sempre eram dias... Que deveriam ser esquecidos.

Fechei os olhos, balançando a cabeça para esquecer as lembranças que queriam se apoderar de mim.

Caminhei até o meu quarto, minha mãe costumava guardar suas coisas em meu quarto, dizia ser mais seguro do que em seu quarto – onde preferi não entrar.

As coisas continuavam as mesmas, o tom branco nas paredes, o piso de madeira, a cama de solteiro encostada na parede, uma pequena escrivaninha no canto, uma janela que dava para o jardim. Fui até a janela e também me lembrei que adorava aquela casa, quando estava somente eu e minha mãe, encarando o jardim minhas lembranças de nossas tardes juntos, surgiram e fizeram um sorriso brotar em meu rosto.

Permiti-me passar um pequeno espaço de tempo lembrando dos momentos bons, mas logo me lembrei de minha missão ali.

Arrastei a escrivaninha, e contei a quarta fileira e empurrei a quarta madeira, logo após surgiu um pequeno teclado na parede do quarto bem no canto inferior a minha frente, digitei rapidamente um “PequenoPrincipe” que era a senha que Narcisa havia me dado, pois me chamava assim na infância. Coloquei minha digital para reconhecerem e depois houve a confirmação.

“Sim, minha mãe era louca pelas suas joias!”

Em meio a algumas peças de ouro que havia ali, peguei em especial a que tinha ido procurar.

“Okay, é melhor ir agora”

Fechei o cofre, bloqueando-o novamente, arrastei a escrivaninha e voltei para a sala, por onde sairia.

Somente ao passar pela sala novamente, percebi um pequeno porta-retrato em meio de tantos outros, no qual estava Narcisa e eu. Na foto, eu estava mexendo em seus cabelos e ela começava a rir. Uma das raras fotos que estávamos nos divertindo. Tirei de onde estava e peguei somente a foto, dobrando-a gentilmente e colocando em meu bolso.

Somente ao pular a janela novamente, percebi o quanto já era tarde, e provavelmente me atrasaria para a confraternização de Gina, então pisei fundo no acelerador.

Flashback Off

Percebi que finalmente, estava na frente da casa dos Weasleys.

“Nota mental: Lembrar de agradecer a Merlin o milagre de chegar vivo e sem arranhões no Cory.”

Sim, eu estava bêbado o suficiente para dar um nome para o Carro.

A dor dos ferimentos, que eu sabia que estava, começou a aparecer e percebi meus sentidos esvaindo-se, também pelo excesso de bebida alcoólica ingerida.

Todas as luzes estavam apagadas, logo todos estavam dormindo. Subi as escadas, praticamente me arrastando, com tantos tropeços, nem sei como é possível.

Bati levemente na porta e alguns segundo depois, uma figura ruiva apareceu.

“Nota mental: Agradecer a Merlin, o Sono Leve de Ginny”

- Draco, o que...? – Pus meu dedo indicador para ela parar de falar, e ela logo percebeu que estava bêbado.

“Tenho certeza que brigara comigo amanha”

- Ginny... – Sorri um pouco e selei levemente meus lábios nos dela.

No entanto, não estava mais aguentando as dores, acabei caindo na inconsciência.

 
-x-x-x-x-x-x-x-
 Mariana... Eu tinha que fazer esse capitulo logo
E entao gostou?
Ixi a fic ta proxima do fim MUAHMUAHMUAH 

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