Guerra com hora Marcada



Finalmente as coisas estavam tomando jeito! Rony, Harry e Hermione passaram as três noites seguintes em claro, mas chegaram à uma estratégia que todos acharam muito boa. Mesmo assim, Hermione obrigou os garotos a elaborarem um plano B, caso algo desse errado.
Agora estavam no salão principal, treinando os alunos! Hermione ensinava feitiços de defesa, Harry de ataque, e Rony explicava à pequenos grupos as últimas modificações no plano. De tempos em tempos ouviam uma explosão em uma das salas próximas ao grande salão, e um dos gêmeos Weasley sair de dentro, piscando para Harry. Em pouco chegaria a hora do almoço e os alunos estavam cansados. Harry estava cada vez mais exigente, não queria que uma falha causasse a morte de alguém.
Ao meio dia ouviram a sineta para o almoço, mas antes que todos se retirassem, um enorme corvo negro adentrou no salão e jogou uma carta sobre Potter. Dumbledore surgiu do nada e se colocou ao lado de Harry!
-- Vamos, abra! Estávamos esperando por isso. – o diretor disse calmamente.
Harry abriu a carta que parecia um berrador e dentro dela uma voz baixa e aguda começou a tomar forma.
-- Olá, Potter! Acredito que já esteja se preparando para me enfrentar... Não sei quanto tempo meu bichinho vai demorar para encontrá-lo, mas espero que seja à tempo... Imagino que você esteja em Hogwarts, embora eu tenha vigiado atentamente as entradas e o castelo e ele parece estar deserto. De qualquer forma, não acha que eu iria atacar seu castelinho, não é? Não me julgue tão tolo assim. No dia 03 de Setembro irei lançar-lhe um sinal, para que nos encontremos. Se você não aparecer... Não precisará se preocupar com o mundo mágico nunca mais, pois ele não existirá mais. Começarei matando sua amiguinha sangue-ruim, depois cada um dos Weasleys, para então chegar no resto dos seus amigos. Esteja lá, Potter!!!!
E a carta explodiu sobre a mão de Harry. Hermione foi rápida e levitou a carta antes que a explosão atingisse as mãos de Harry, e todos puderam ver ela se esvaecer em uma fumaça verde que tomara a forma da marca negra.
Todos se mantiveram em silêncio. Ninguém se mexeu. Todos pareceram ter esquecido do almoço e finalmente terem percebido a gravidade da situação. Todos tomaram consciência que em breve haveria uma guerra e que possivelmente nem todos voltariam com vida.
Harry não olhou para ninguém, nem disse uma palavra. Guardou a varinha no bolso e saiu do salão. Hermione e Rony fizeram menção de segui-lo, mas os gêmeos os impediram. Eles acreditavam que Harry gostaria de ficar sozinho e eles estavam certos.

Três horas se passaram enquanto Harry observava o lago inerte brilhando cada vez menos à medida que a tarde avançava.
-- Um milhão de galeões por seus pensamentos. -- Uma voz meiga e levemente preocupada falou às costas do garoto.
-- Pra você é de graça! – ele sorriu sem se virar.
-- E então? – Mione se sentou ao lado dele.
-- Estive pensando nas mudanças. Tá vendo aquela parte da floresta proibida perto da Cabana do Hagrid? Foi lá que o senhor Crunch me disse que Voldemort estava mais forte. E naquele mesmo ano ele usou o meu sangue para voltar à vida!
-- Ah, Harry...
-- Mas eu nem penso nisso quando olho pra lá! Penso no Krum!
-- No Vítor?!!!
-- Foi lá que ele me perguntou se eu gostava de você e eu disse categoricamente que não. Não menti, você sabe? Nunca tinha pensado em você daquela forma, nem nunca pensei em pensar... Entende! Mesmo porquê, Rony gostava de você! Sabia?
-- Sabia! – Harry parou de falar e Mione continuou um pouco ruborizada. – Eu também gostava dele. Sabe, achei que poderia dar certo, aquele tipo de paixão de ocasião. No final do quinto ano, no entanto comecei a discordar de mim mesma e no sexto ano eu tinha desencanado. Luna entrou na jogada, vi que ela gostava dele e só então reparei que a minha preocupação com sua felicidade e a confiança que eu tinha em você era mais que amizade. Eu sempre dei mais valor pra sua opinião do que para qualquer outra pessoa, sempre te entendi mais e sempre me senti melhor ao seu lado.
-- Eu demorei mais! Vi que te amava quando você quase levou o beijo da morte no cemitério! – Hermione ficou em silêncio. Harry disse que a amava tão naturalmente que quase passou despercebido. Será que ele notara?
-- Esse é o problema! Te amar, sabe? Se ele notar, Voldemort eu digo, se é que não notou, você sabe o que vai acontecer.
-- Por que acha que ele já notou?
-- Por que você é a primeira da lista que ele matará se eu não aparecer.
-- Mas você vai aparecer, Harry! Todos vamos! O plano é muito bom, até Dumbledore o aprovou. Não ache que só você está distraído. A própria Luna está perdida e olha que Rony nem falou com ela ainda. Nossos pais e professores estão preocupados e eu, mais do que ninguém estou desesperada por que a pessoa mais importante para mim na face da Terra terá que enfrentar Voldemort sozinho! – A voz da garota falhou – Harry... não se preocupe. Daqui à dois dias estaremos todos no lugar marcado, e venceremos. Venceremos por quê você está cercado de amigos e não há força maior que essa.
Harry olhou para ela pela primeira vez. Ele estava chorando. Hermione foi para perto dele e estendeu os braços! Enlaçou-o com ternura e afastou sua franja para beijá-lo na testa.
-- Não quero te perder, Mione! – o rapaz suspirou já sem forças.
-- Não vai! Eu prometo... – Ela disse baixinho..

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