Decepção
7. Decepção
Por mais que ele fosse um Malfoy, Draco estava pronto para falar tudo o que havia sentido desde aquele beijo. Estava pronto para falar como aquilo tudo era novo para ele e como ele tinha medo dos próprios sentimentos. Mas não saiu tudo como o esperado; Hermione ficou estática e depois de longos segundos, ainda sem acreditar no que tinha ouvido, respondeu:
- Não, Malfoy, acho que não temos nada sobre o que conversar. E como você deixou bem claro, aquilo não vai se repetir - ela não sabia porque, mas não queria saber o porquê dele querer conversar e continuou: – Foi um erro, um impulso. Não precisa jogar, mais uma vez, na minha cara que aquilo foi caridade. Não precisa falar mais nada, ok?! - pôde sentir as lágrimas vindo, a voz ficando embargada, mas foi forte. - Foi a pior coisa que eu podia ter feito. Uma completa idiotice.
Draco ficou algum tempo sem saber o que responder, abriu e fechou a boca várias vezes, não saiu nada. Algumas palavras do que ela disse ainda ecoavam em sua cabeça. Caridade... um erro... pior coisa... completa idiotice. Não era a reação que ele esperava.
Depois de se recuperar do choque que foi ouvir aquelas coisas, ele viu uma única lágrima escorrer pelos olhos da garota, mas não se importou, agora ele só conseguia sentir ódio dela. Com sua habitual arrogância, falou:
- Nossa, Granger, nem eu conseguiria definir tão bem o que aconteceu semana passada. Parabéns, você me poupou muita saliva. E tenha uma ótima noite - virou-se e seguiu para as masmorras.
xx
Hermione não conseguiu sair do lugar. Apenas encostou-se na parede e se sentou afundando o rosto nas mãos, chorando compulsivamente. Ela não sabia porque havia agido daquela maneira, nem se estava mais arrependida de tê-lo beijado, ou do que tinha acabado de dizer. Minutos depois, ainda se perguntando se era aquilo mesmo que ele pretendia falar, a monitora de levantou, chorando um pouco. Antes de ir para a Torre da Grifinória, passou no banheiro para lavar o rosto, não queria correr o risco de que a vissem com aquela cara. Quase implorou para que nenhum dos amigos estivesse no Salão Comunal.
Para infelicidade da morena, estavam todos lá e parecia que esperavam por ela. Quando a viram entrar, Harry gritou:
- Mione, você demorou! Eu descobri uma coisa, vem logo pra eu... - ao ver o rosto vermelho e inchado da amiga, parou o que ia falar e perguntou: – O que aquele desgraçado fez? Por que você está chorando?
- Não foi nada, Harry. Eu só preciso descansar. Amanhã a gente conversa - sem ao menos olhar para Rony e Gina, subiu as escadas e foi para o dormitório.
Os três amigos ficaram sem fala até que Rony resolveu mandar a irmã ir atrás de Hermione.
- Eu conheço a Mione, se ela quisesse conversar teria me chamado, amanhã eu falo com ela.
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Nas masmorras, Draco não sabia o que pensar. Ele nunca havia se apaixonado por ninguém e agora, que parecia que isso tinha acontecido, era por uma garota que ele sempre odiou, que sua família nunca aceitaria e que disse que tê-lo beijado foi seu pior erro.
Então por que aquela vadia da Granger foi me beijar? E eu ainda me preocupando com ela, querendo conversar. Rá, rá! Eu fui um tolo mesmo em acreditar que ela poderia ser legal. E ela beija bem, só isso... Eu não me apaixonei por quela sangue ruim nojenta coisa nenhuma. Um Malfoy nunca se envolveria com gente da laia dela. Mas não adiantou nada ficar repetindo aquilo mentalmente, a garota não saia da cabeça dele, que só conseguiu pegar no sono quase de manhã.
Com Hermione não foi muito diferente. Ela não conseguia se perdoar por ter sido tão estúpida a ponto de não querer ouvir o que Draco tinha para falar e por ter dito aquelas coisas, que ela, mais do que ninguém, sabia que eram mentira. Se eu tinha alguma, mesmo que remota, chance, ela com certeza não existe mais... deu pra ver muito bem o ódio que ele estava sentindo... como eu pude ter sido tão burra?
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Na manhã seguinte a grifinória agradeceu por ser sábado e não ter nenhuma aula com que se preocupar. Levantou-se, tomou um bom banho e seguiu para o Salão Principal, onde os amigos já estavam tomando café-da-manhã. Ela agradeceu mentalmente por eles terem agido com se não tivesse acontecido nada na noite anterior e ao fazer isso lembrou que Harry tinha descoberto alguma coisa.
- Harry, o que você tinha pra me falar ontem? O que você descobriu?
- Ah, é mesmo. Eu tinha até me esquecido, depois que você... - Gina lhe lançou um olhar de reprovação. – Mas enfim, finalmente descobri onde o Malfoy se "esconde". Eu percebi que vocês não estavam juntos ontem e que você estava parada, aí ele surgiu, do nada, em um corredor do sétimo andar - ele parou, esperando que a amiga chegasse a mesma conclusão que ele, mas percebendo que ela não havia entendido, Rony perguntou:
- Qual o único lugar do castelo que a gente nunca viu no Mapa, Mione? - entendendo, respondeu
- A Sala Precisa, claro... Mas o que ele pode estar fazendo tanto tempo trancado lá dentro? Vocês já pensaram em algo?
- A única coisa que eu consegui pensar foi que ele deve estar consertando o que ele tinha falado lá na Borgins & Burkes. Agora a gente só precisa saber o que é.
- Acho que você tem coisas mais importantes com que se preocupar, Harry. Não vamos ficar perdendo mais tempo com ele - Hermione se levantou. – Posso falar com você, Gina?
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Hermione fez Gina jurar que não contaria nada do que tinha acontecido para os amigos, já que ela sabia que Harry estava desconfiado de alguma coisa e com certeza perguntaria para a namorada o que as duas tanto conversaram. A ruiva passou o dia todo com a amiga, distraindo-a para que não pensasse em Draco.
Hermine decidiu, que daquele dia em diante, iria fingir que nada tinha acontecido e iria fazer o possível para esquecer aquele garoto.
Oi genteee!! Tomara que estejam gostando!!! Agora já deu uma "animadinha"... rs Obrigada pelos comentarios!!! E continuem lendo!! Bjss!! ^-^
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