Perseguição e fuga



Meu dia estava pedindo pra ser um desastre.


E sabe por quê?


Nem queira saber. Pra começar o dia bem, estava chovendo. De novo. Antes mesmo de eu acordar, uma coruja ficou batendo na janela do meu dormitório. Fui até ela, e ela trazia um bilhete amarrado na perna. Eu peguei o bilhete e ela saiu voando. Voltei até a minha cama e abri o bilhete.


“Espero que mesmo com a chuva você não desista de ir ao passeio a Hogsmeade. Se quiser companhia, me encontre no pátio daqui a quinze minutos.


P.S: Pra facilitar o plano maléfico da sua amiga.


“D.M”


Eu apertei o bilhete contra o peito e me deitei de costas olhando pra cima na minha cama. Depois eu me levantei imediatamente. Coloquei um casaco azul com um capuz, uma calça jeans, uma blusa cinza e um All Star. Fui ao banheiro, tentando dar um jeito na minha bola de pelos, digo, meu cabelo. Quando vi, já tinha me atrasado cinco minutos.


“Droga” pensei. Desci correndo as escadas, e atravessei o quadro da passagem com tanta pressa que esbarrei em alguém que estava andando. Seja-lá-quem-for me segurou pelos ombros para que eu não caísse, e acabou quase caindo também.


- Desculpe... – eu disse, mas quando eu vi, era Malfoy, quem me segurava pelos ombros. – Ah, oi.


- Oi. Está com pressa? – ele perguntou tirando uma com a minha cara.


- Ou, você que me forçou a me vestir em quinze minutos! Nem Merlin pode fazer isso. – eu disse empurrando ele levemente com o ombro, enquanto começávamos a andar.


- Nós íamos perder o passeio de qualquer jeito. – ele disse – Se você não se incomoda com a minha amável presença... – ele disse com um sorriso de lado


- Ah claro que não! – disse eu entrando no joguinho dele – Mesmo que há uns dias atrás eu queira ter queimado você vivo...


- Ok.


-... Te jogado em uma panela de óleo quente...


- Aham sei...


- Te jogado da torre de astronomia...


- Ok! Ok! – disse ele ficando na minha frente e colocando um dedo na minha boca. – Já sei. Mas pelo que eu sei você não quer me matar, não é? – ele disse ficando perigosamente perto, já pegando na minha cintura.


- Hm... Não sei... Talvez eu ainda possa te matar... – eu disse chegando mais perto ainda.


- A é? – ele disse chegando tão perto que ele desafiava as leis da física em não encostar nossos lábios.


- É. É sim. – eu disse e ele finalmente me beijou. Apertou minha cintura e me rodou no ar. Eu coloquei meus braços em volta do seu pescoço tentando não cair enquanto ele me rodava no ar. Nós paramos o beijo e ele mesmo assim continuou me rodando.


- Ei! Eu vou cair super-man! – eu disse afundando meu rosto no pescoço dele em busca de segurança. Ele parou e me colocou no chão. Nós dois cambaleamos e eu me apoiei nele procurando não cair. Parecíamos dois bêbados rindo de si mesmos.


- Eu não vou te deixar cair. O que? Você não acredita em mim, senhorita Weasley? – ele perguntou andando de costas, de meio que ficasse de frente pra mim.


- E por que eu teria que confiar? – eu perguntei com um sorriso maroto. Ele me pegou no colo como quem carrega um saco de batatas.


- Por que se não eu vou te torturar até a morte! – ele disse em uma voz zombadeira, numa falsa imitação de um vilão. Eu tentei dar uns socos nas costas dele, mas era impossível fazer ele me soltar.


- O que? Vai me carregar pela escola inteira agora? – eu disse tentando olhar para ele.


- Já ouviu falar de uma tal sala precisa? – ele perguntou. Lá vem coisa.


- Mil perdões seqüestrador, mas no meu estado, eu não posso declarar nada. – eu disse sentindo tontura de tanto tempo de cabeça pra baixo. Ele riu e me colocou no chão.


- Agora você pode falar. – ele disse alongando os braços.


- Já ouvi falar sim. – eu disse começando a andar de costas para ele. Ele correu até mim e me agarrou pela cintura, deixando quase impossível a minha capacidade de andar.


- Ei, ei, ei. Onde você pensa que vai? – ele disse. Ele afundou o rosto no meu pescoço, e uma porta apareceu diante de nós dois. Era uma porta simples de madeira. Eu coloquei uma mão na cabeça dele, e disse:


- Ei coisa, acorda. – eu disse. Ele sorriu e abriu a porta para mim. Era uma sala pequena, com alguns pufes e uma estante com livros. Típico lugar que deixaria Hermione se sentindo no paraíso.


- Livros? Pra que livros? – eu perguntei, entrando na sala.


- Eu sei lá. Livros combinam com você. – ele disse me seguindo e fechando a porta atrás de mim.


- Então é assim que você pretende me ocupar a manha inteira? Livros? – eu disse me jogando nos pufes, e me enterrando debaixo deles.


- Não... Eu pretendo me ocupar com outra coisa. – ele disse, começando a me desenterrar nos pufes, até que me achou. Ele olhou pra mim e tirou a minha franja que cobria a minha cara devido os pufes. Ele olhou pra mim e me beijou. Um beijo calmo, e profundo. É. Eu definitivamente preferiria passar a manhã assim.


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- Onde você acha que a Ginny se meteu? Não a vi nem vindo pra cá. – disse Colin, enquanto tomava uma cerveja amanteigada.


- É... Eu também não vi o Malfoy vindo pra cá. – disse Luna. De repente como se sua mente tivesse clareado, ela olhou para Colin, e soube que ele pensava a mesma coisa.


- Ah! Ela não fez isso! – disse Luna e saiu correndo em direção ao castelo.


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Eu estava escorada em Draco, que estava escorado nos pufes. Eu lia um livro enquanto ele mexia no meu cabelo. Estava tudo tão bem naquele momento que nem me toquei de uma coisa. E se Luna perceber que eu não fui ao passeio? Pior. Se ela perceber que eu e ele, não fomos ao passeio? Endireitei meu corpo para frente imediatamente, assustando ele.


- Ei, o que foi? – perguntou ele.


- Vem cá, como você ficou sabendo do plano da Luna? – perguntei me virando para ele ainda sentada.


- Aqui entre nós, ela não fala muito baixo. – ele disse passando uma mão no meu cabelo.


- E se ela perceber que nem eu e você fomos ao passeio? – perguntei enquanto chegava mais perto dele colocando meus braços no pescoço dele, fazendo com que eu colocasse uma perna de cada lado da cintura dele.


- Relaxa. Ela não vai dizer nada. – ele disse. Ele colocou as suas duas mãos no meu rosto, e chegou mais perto de mim como se fosse me beijar, mas ao invés disso, ele foi até a minha orelha e disse:


- Foge comigo Gin. – disse ele no pé da minha orelha.


- Enlouqueceu? – eu disse rindo. Eu parei e olhei naqueles olhos cinza. – Eu vou até o centro da Terra se precisar. – e continuei olhando para ele.


- Sério? – ele perguntou, pegando na minha cintura, e me trazendo para mais perto dele.


- É uma promessa. – eu disse.


- Eu te amo ruiva. – disse ele me abraçando e afagando meus cabelos.


- Também te amo doninha. – eu disse o abraçando ainda mais forte.


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N/a: Então! Está decidido! Ginny vai-se embora com a doninha albina!  


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