POV Severo

Hoje era sábado e era dia de passeio a Hogsmeade. Eu nunca fora fã de ir a Hogsmeade sempre fui arrastado pela Lily até lá. Mas acredito que agora que eu estou sendo frio toda vez que ela se aproxima de mim ela não vai querer me arrastar junto dela.

Eu na verdade não estou bravo com ela ou tenho nojo dela pelo fato dela ser sangue ruim. Muito pelo contrário, eu acho que ficar bravo com ela é a última coisa que eu vou conseguir nesse mundo e, eu também sou mestiço.

Eu estava caminhado na direção de Filch o zelador pra entregar a minha autorização. É mesmo eu odiando ir a Hogsmeade e mesmo sem poder ir com a Lily eu vou até lá. Mas eu estou indo na verdade por ordens do Malfoy. Ele disse que muitos sonserinos iriam ficar na escola para treinar a maldição Cruciatus e o restante teria que vir para não levantar suapeitas.

Então agora eu estou andando na neve até Hogsmeade. Eu já comentei que por aqui o clima é maluco? Até alguns dias atrás estava calor e já agora está nevando.

Quando cheguei nos portões eu vi uma Lily com uma expressão triste sendo puxada por suas amigas a uma loja. Ela não reclamava mas como eu conheço ela perfeitamente sei que ela está infeliz. A minha vontade era correr até lá e consola-lá por seja lá qual fosse o motivo, mas eu não posso.

Quando cheguei no centro de Hogsmeade me deparei com o horror. Pessoas rindo, casais se beijando, crianças correndo alegres e tudo colorido cheio de vida.

Na loja Zonko's era uma bagunça infernal. Barulho de explosões, bombas de bosta por toda a loja e alunos saindo de lá com a cara queimada.

Na Dedos de Mel até que não me irritava tanto não tinha motivos para isso. Mas ainda assim era uma loja na qual eu evitava entrar.

Já estava desistindo de ficar naquela cidadezinha chata quando eu vi uma coisa que me chamou a atenção. O professor Dumbledore entrando no bar Cabeça de Javali com uma mulher que eu nunca vira em Hogwarts antes.

Sai disfarçadamente atrás deles, quando entrei no bar me deparei com a solidão. O bar estava completamente vazio, os copos estavam todos empoeirados e local estava cheio de teias de aranha. Me perguntava por qual razão o Dumbledore entrou naquele "pub" com aquela mulher. Aproveitei que o dono não estava lá e segui pelo caminho em que Dumbledore foi.

Passei por um corredor estreito quase tão sujo quanto o lugar que eu estava antes.

Passei em frente de uma porta onde se encontrava o professor Dumbledore com aquela mulher esquisita.

– Então Sibila, você nunca trabalhou em uma escola antes?

– Não Alvo jamais.

Pelo que eu podia perceber aquela mulher estava fazendo uma entrevista para ser professora de Adivinhção. Estava quase saindo de lá quando o professor Dumbledore disse uma coisa que me chamou a atenção.

– Sibila você pode me fazer uma profecia?

De repente a voz da mulher se tornou sombria e ela estava falando a profecia:

"Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima… nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês…"

Eu só consegui ouvir isso da profecia pois logo depois senti uma mão puxar a minha gola e me arrastar para fora do bar. Olhei para trás, aparentemente fora o dono quem me fez isso.

Não terminei de ouvir a profecia mas aquilo foi o suficiente para eu sair correndo atrás do Malfoy para marcarmos uma reunião.