Sem respostas



As decorações de Natal demoraram chegar ao interior do castelo de Hogwarts. Embora lá fora os montes de neve já indicassem o início das festas, as paredes de pedra ainda estavam nuas, sem qualquer sinal das guirlandas de azevinho tão comuns àquela época.


Antes que qualquer aluno se indagasse do porque da ausência dos enfeites, numa tarde mais agradável de dezembro, quando não se fazia tanto frio, os doze gigantes pinheiros foram erguidos dentro do grande salão, fazendo a atmosfera tornar-se um pouco mais feliz. Os professores circundavam as árvores levitando os enfeites até os pontos mais altos, acendendo pequenas luzezinhas coloridas da base até o topo, ou, como era a principal função de Alvo Dumbledore, fazendo que uma leve nevasca caísse sobre as folhas, num ciclo harmonioso e quase imperceptível sobre as folhas.


Dumbledore sempre gostara desta época do ano. Fazia lembrar-lhe a infância, quando a mãe preparava deliciosos quitutes e colocava-os sobre a mesa, onde ele, os irmãos e os pais poderiam se deliciar com um maravilhoso banquete em família. Em Hogwarts o clima era parecido: uma comida maravilhosa, sorrisos verdadeiros, bons amigos... Mas faltava alguma coisa, algo especial que só era traduzido pelo sentido único da palavra que, havia muito, estava perdida em seu passado.


Embora encontrasse em seu peito remorsos e desilusões, Alvo, como em todas as situações, mantinha-se calmo, sereno, sempre disposto a ajudar qualquer um que dele precisasse.


As aulas haviam sido canceladas para que a decoração do castelo se realizasse. A maioria dos alunos se encontrava entre as almofadas macias de suas salas comunais ou deitava-se nos finos lençóis da escola, encobertos por longas mantas. Mesmo assim alguns estudantes preferiam se juntar no grande salão para uma boa partida de xadrez ou, e não pensem pela simples intenção de agradar, para ajudar seus mestres.


As árvores estavam praticamente todas arrumadas à medida que o jantar se aproximava. Pendiam guirlandas nas paredes que encimavam as lareiras do salão.  A neve que circulava entre os pinheiros acumulava-se a seus pés, mas sem espalhar-se drasticamente pelo piso. Havia fadas entre os ramos confundindo-se com as luzezinhas a piscar. Talvez essas graciosas criaturas fossem as responsáveis pelo titilar dos sinos pequeninos.


O salão esvaziou-se mais ou menos às cinco horas, quando todas as pessoas partiram para seus aposentos. Voltaram dentro de uma hora com o resto da escola, presenciando a mais bela ornamentação, que se estenderia até o final das férias.


O correio chegou cedo na manhã seguinte e à medida que as corujas pousavam ao lado de seus respectivos destinatários nas mesas pelo salão Dumbledore se lembrou da respostas que há muito esperava: Gerardo ainda não respondera à sua pequena mensagem.


E assim os dias foram se arrastando e esfriando. As noites eram mais longas e as nevascas começavam a se tornar mais e mais comum. Os horários de trato às criaturas mágicas haviam sido alterados da manhã para exatamente ao meio dia, único momento onde frígidos raios de sol rompiam a imensidão cinzenta. A sala de poções tornava-se insuportavelmente gelada, e as aulas de astronomia tornavam-se inviáveis com o céu daquele jeito. Deste modo, excluindo a morbidez das aulas de história da magia, o único local onde os alunos desejavam estar além de debaixo dos cobertores era a ampla sala de transfiguração na companhia do simpático professor Dumbledore.


O mestre havia ampliado o campo de calor das tochas acesas por todo ambiente, provocando uma elevação da temperatura ali dentro. Somente ali os estudantes podiam evitar as longas capas de inverno e os incontáveis suéteres que vestiam, embora não pudessem escapar das intensas atividades do professor.


Na tarde em que lecionava para a extensa turma do primeiro ano, Dumbledore havia dado a eles uma pequena taça com água, pedindo que a transformassem em um límpido vinho que acabara de conjurar na frente de todos. A tarefa tornara-se árdua para alguns, embora vários garotos da primeira fila (principalmente pertencentes às casas de Grifinória e Corvinal) tivessem não só transformado o copo de água em vinho, mas também produziam uma deliciosa cerveja amanteigada (que, diga-se, não era nada comparada a do Três Vassouras) para aumentar a sensação gostosa de calor. 


Mesmo com um clima agradável entre as paredes da sala de aula o professor liberou os alunos alguns minutos mais cedo, pedindo que aproveitassem o tempo livre para praticar os feitiços. Despediu-se com o habitual sorriso e, imediatamente, partiu para seus aposentos.


Restava apenas mais uma semana para que a maioria dos estudantes partisse para passar o Natal em casa. Nesta época o castelo ficava vazio e ainda mais quieto do que o normal. Mas antes que todos arrumassem suas malas, mais uma visita ao povoado de Hogsmeade foi preparada: era um ótimo presente, diga-se.


O pequeno povoado, tal como a escola, estava ricamente ornamentado. Várias luzes invadiam todas as vitrines, misturadas com os costumeiros ramos de azevinhos. A loja de logros anunciava suas novidades: as incríveis bolas decorativas explosivas, embrulhos que se desmanchavam ao toque e, a mais incrível, pequenos Papais Noel dançarinos que metiam uma mordida em qualquer um que lhe tentasse acariciar (custavam uma fortuna, evidentemente, mas ainda eram itens altamente requisitados).


Ainda que todas as lojas se enchessem de estudantes e professores não havia nenhuma que se comparasse ao bar Três Vassouras. Seu letreiro de madeira não era tão atraente para os apaixonados, que preferiam uma casa de chá próxima para realizar suas juras de amor, mas parecia agradar mais da metade dos visitantes.


Logo que Alvo entrou no bar acompanhado pelo professor Horácio um homem gordinho do outro lado do balcão gritou para ele.


- Pelas barbas de Merlin! Se não é meu velho amigo Alvo Dumbledore...!


Ninguém no ambiente notou o grito do barman em meio à confusão das conversas animadas dos estudantes. Mas Dumbledore corou levemente. Sempre fora discreto. Mesmo assim sorriu alegremente para o velho conhecido.


- Oh, meu grande amigo! Como vai?


- Muito bem, muito bem! Estava meio sumido, não? Às vezes nem parece que mora tão próximo!


- É o trabalho, Haroldo! O trabalho...


Eles se riram do breve diálogo antes que Haroldo retornasse para trás do balcão, de onde saíra brevemente para abraçar o amigo.


- O velho hidromel de sempre, imagino?


- Você nunca se esquece!


O dono do bar se curvou para uma bela adolescente a seu lado, falando bem alto.


- Rosmerta, filha, pegue aquela garrafa de hidromel no estoque, por favor.


- Claro, papai!


A jovem saiu desfilando suas belezas pelo corredor que levava à parte de trás do bar. Era uma jovem estudante da escola e não tinha mais do que treze anos. Apenas nas visitas ao povoado ajudava o pai. Fora isso permanecia na escola. Era um encanto a tal Rosmerta. Todos os garotos da escola davam-lhe encima. Sua beleza era realmente estimulante.


- E o velho Slugue? – Haroldo voltara a falar rapidamente após uma curta pausa.


- Acompanho o Alvo, como sempre. Não há hidromel como este, Haroldo. – ria-se, bonachão, o professor de poções.


Dentro de instantes Rosmerta voltou do estoque rebolando suas belezas. Nas mesas do bar os estudantes se cutucavam, chamando atenção para a jovem, alguns engolindo a cerveja amanteigada rapidamente e outros a deixando escorrer pelos cantos da boca. A garota divertia-se com aquilo, ou simplesmente não dava atenção. Somente ergueu os olhos quando parou na frente do balcão, tirando duas taças da prateleira inferior e depositando-as junto à garrafa na frente de Dumbledore.


- Aqui está a bebida, professor Dumbledore – Slughorn, a esta altura, gesticulava e falava alto com um bruxo baixinho no canto oposto do salão.


- Obrigado.


Horácio voltou em seguida quando avistou a garrafa posta e as taças a seu lado. Junto a ele veio o bruxo baixinho.


- Alvo, quero que conheça um grande amigo: Tobias Spencer. Ele chegou hoje do exterior. Veio visitar os parentes aqui na vila. Tobias, este é Alvo Dumbledore.


Os homens se cumprimentaram falando as frases habituais como “Que prazer em conhecê-lo” ou “O prazer é todo meu”. E engataram, os três, numa conversa longa mas interessante sobre assuntos gerais: os trabalhos de Dumbledore sobre a transfiguração na atualidade, as bestas encontradas durante a viagem de Tobias ao mundo (e nesta hora, Dumbledore lembrou-se que não pudera concluir tão grandiosa passagem), o próximo campeão da copa mundial de quadribol, as mudanças repentinas do clima, os alunos mais brilhantes da escola...


Foram ao todo três garrafas do mais puro hidromel tomadas quase totalmente por Slughorn e pelo velho estrangeiro. O bar esvaziava aos poucos e os últimos alunos que restavam apreciavam as baboseiras que os homens completamente embriagados diziam.


Quase anoitecendo a porta do Três Vassouras se escancarou mais uma vez, facilitando a entrada de um vento frio e desestimulante. Horácio, que já ia alto a esta hora, berrou, sem mesmo tirar os olhos da taça que acabava de abastecer


- Qualquer que seja o idiota que abriu a porta, será que pode fazer o obséquio de fechá-la?


- Mas é claro Horácio. – a voz espalhafatosa de Armando Dippet falava agora.


Slughorn encarou o estrangeiro, mais branco do que a neve que havia lá fora.


- Oh, me perdoe diretor! Não quis de modo algum ofende-lo! Mil desculpas...


- Não tem de que se desculpar, Horácio. Somente um idiota incomodaria o calor de um bar ao manter sua porta aberta num dia como esse. Aliás, aqui não sou o diretor, e sim um grande amigo – seus olhos bateram no dono do bar, que havia surgido de trás do balcão – Haroldo, meu velho! – o abraçava agora, parecendo mais bêbado que qualquer um, embora estivesse inteiramente sóbrio – Traga mais duas taças. Beba conosco.


Junto às duas taças vieram mais duas garrafas e mais dois bancos, nos quais o diretor e o barman se sentaram. Feitas as devidas apresentações ressurgiu a conversa anterior sobre os assuntos mais diversos que podiam lembrar. Iam desde a qualidade do hidromel na Ilha de Malta às profundas indagações sobre a invasão de pocotós nas florestas da Albânia. Tudo ia bem até que um assunto específico surgiu...


- Mas então Tobias, conte-me como anda o exterior com todas as investidas de Grindelwald contra os nascidos trouxa e até mesmo os trouxas de verdade – Dippet virava um gole enquanto acabava de formular a pergunta.


O grupo silenciou, Dumbledore passando os dedos finos pela borda da taça, fingindo estar distante.


- Um merda! É isso que ele é, aquele Grindelwald! – Tobias falava embolado – Os ministros acham que terão alguma chance contra ele, mas como? Eles não têm pessoal! Apesar de tudo, Grindelwald é um grande bruxo e só um outro feiticeiro de poder pode detê-lo.


O silêncio acometeu todos novamente, antes que, surpreendentemente, Slughorn dissesse alguma coisa:


- Pelas barbas de Merlin, já é tão tarde assim? Precisamos ir. Os alunos já devem estar todos no castelo. Alvo, diretor, acha que já está na hora, não?


- Céus! É claro, Horácio, vamos indo! Haroldo, por favor, feche a conta!


De pena em punho, o pai de Rosmerta entregou um papel aos homens, que lhe devolveram algumas moedas de ouro.


- Até a vista, Haroldo!


- Até, senhores.


Todos se despediram antes de vestir os casacos e partir para a rua congelante. O dono do bar acenava enquanto Tobias subia a rua escorregadia e os demais professores desciam em direção à escola. A lama manchava a neve à medida que se aproximavam da estrada de chão. Os professores tiveram que acender as varinhas para prosseguir, Slugue e Dippet na frente, cantando alto uma música desconhecida. Dumbledore seguia-os a certa distância, observando as luzes do castelo acendendo-se à medida que a noite caía, ainda mais negra.


No final da rua principal a iluminação dos postes raleava até desaparecer. Ali as casas iam perdendo o glamour ainda que simples das construções do centro. Por toda parte havia casas com tijolos a mostra e janelas descasando, cada vez mais espaçada. Ainda se localizavam algumas ruelas que partiam da principal como afluentes de um rio, a maioria delas sem saída ou terminada com incontáveis grades. A cantoria de Armando e Horácio seguia e os fachos de luz das varinhas inundavam seus rostos que se contorciam em sorrisos dolorosos quando as notas mais altas eram alcançadas e, em seguida, rompiam-se em gargalhadas dessas que se encontram em botequins no meio da noite.


O comércio do fim da rua não era o que se diga muito popular. Havia ali apenas um pub local muito mal freqüentado e aparentemente desabitado. A placa frontal presa por correntes oxidadas anunciava as medíocres instalações do Cabeça de Javali. Não se notava nenhum sinal de vida no interior do bar através das janelas embaçadas e encobertas pela neve. Era impossível prever alguma presença ali se não fosse pelas baforadas de fumaça que saíam pela chaminé. Fora isso nada havia: nenhuma luz acesa, nenhuma música, nenhum ruído...


Um estalo ecoou pela noite. A porta da frente da habitação estava escancarada no mesmo lugar onde antes esteve fechada. Um homem surgiu à passagem. Seu corpo ainda demonstrava algum resquício da juventude recém roubada, seus cabelos castanhos desgrenhados contrastando com o azul dos olhos que ligava Aberforth ao irmão Alvo Dumbledore.


- Quem está aí? Estou pronto para atacar! Não duvide! – Aberforth berrava com a varinha em punho na direção das vozes que se perdiam pela estrada na cantoria dramática.


Alvo, então, ergueu a varinha na direção do próprio rosto, deixando-se à vista do irmão, que o encarou por alguns instantes antes de bradar, baixando a varinha:


- Ah, é você! Por que não tenta calar a boca de uma vez? Sabia que tem gente por aqui tentando dormir, grande mestre?


Ele se virou e começou a caminhar na direção do bar, balançando o corpanzil como um homem velho demais para sua idade. Já ia bater a porta quando Alvo, ainda imóvel, falou.


- Feliz Natal, Ab. – seus lábios estavam secos de apreensão e suas mãos tremiam de nervosismo.


Aberforth parou, girando nos calcanhares. Olhava fixamente para Dumbledore quando, sem qualquer palavra, bateu a porta de madeira velha. Um pouco de neve caiu do telhado enquanto a chave virava na maçaneta. Alvo esperou os passos rápidos do irmão no corredor, mas eles se demoraram mais do que o habitual. Aberforth estava parado onde acabara de demonstrar seu ressentimento para com o irmão e só voltou a andar minutos mais tarde, enquanto o Alvo também se afastava do local.


Já longe, caminhando pela subida que levava à escola, Dumbledore olhou para trás. Uma luz se acendera no segundo andar da nova residência de Aberforth (nova, pois acabara de se mudar havia um ou dois meses) e a sombra do irmão passeava por trás das cortinas. A tristeza do silêncio se cortou por um breve instante, o bastante para que chegasse ao saguão de Hogwarts.


Nos primeiros degraus da escadaria de mármore o mestre de poções divertia-se junto ao diretor com uma piada embaraçada sobre um bruxo que, certa vez, encontrara-se com um cava-charco numa estrada da Finlândia. Só perceberam a presença do colega quando este passou os pés bem próximos às suas capas.


- Alvo! Onde esteve até esta hora rapaz? O diretor poderá se zangar – Dippet gargalhava ao terminar sua brincadeira. Educado como sempre, Alvo retribuiu.


- Não deixe que isso chegue aos ouvidos dele.


- Não chegará!


- Alvo, o diretor me convidou para mais algumas doses de hidromel no gabinete dele. Vem conosco?


- Acho melhor não, Horácio. Tenho alguns exercícios para resolver.


- Ora, o que é isso? É praticamente Natal, Alvo. Não é tempo de exercícios! Quer que eu suspenda suas aulas? Você poderia pegar uma varíola de dragão passageira... Que tal? – este era o senso de humor de Armando Dippet.


- Agradeço muito o convite, diretor, mas preciso mesmo me recolher. Além disso, já extrapolei minhas doses diárias de bebida. Se me dão licença, vou para meus aposentos. Boa noite, Armado. Boa noite, Horácio.


Os dois recomeçaram a cantoria, só que desta vez numa saudação rítmica começando com algo como “boa noite, boa noite, ele vai se deitar, lá lá lá...”


Segurando as vestes, Dumbledore subiu as escadas que levavam ao primeiro andar. Debruçados no corrimão estavam alguns estudantes do sexto ano que se assustaram à passagem do professor.


- Boa noite, crianças. Não deveriam estar deitados? – Dumbledore piscara para os alunos, que se aliviaram rapidamente e voltaram a olhar para o local onde Dippet, completamente tonto, tentava por o professor Slughorn de pé, enquanto Alvo seguia seu caminho. Talvez ficassem ali até a cena acabar. Talvez aproveitassem o resto da noite para coisas a mais. Talvez voltassem imediatamente para os dormitórios. Mas que importa, eram jovens. Mereciam se divertir.


Se há alguma coisa melhor que o passeio a Hogsmeade esta é o fim de noite após Hogsmeade. Já no corredor que levava ao seu escritório Dumbledore encontrou alguns estudantes aproveitando o resto da energia do dia, alguns agarrados em algum nicho da parede, calados, apenas trocando beijos e juras, outros fazendo um grande estardalhaço com as novidades da loja de logros. Perto de sua porta, atrás de uma rica armadura, estavam agarrados a garota do pub local, Rosmerta, e um rapaz de cabelos de fogo. Dumbledore notou a presença deles e os dois também avistaram o professor. Eles se separaram rapidamente quando o mestre se aproximou e ajeitaram as roupas, desajeitados.


- Formam um belo casal, Weasley. De verdade.


Com as palavras do professor o jovem casal corou muito. Ficaram quase da cor do cabelo do rapaz.


- Vou entrar agora. Não os atrapalharei mais. Não vi nem ouvi nada. Fiquem tranqüilos. Boa noite.


Eles murmuraram um “boa noite” extremamente assustados enquanto Alvo fechava a porta e recomeçaram o que haviam interrompido logo em seguida.


No interior da sala, Dumbledore se recusou a atiçar as chamas da lareira. Depois de pendurar a capa num cabide próximo o professor deu de mão numa caixa de delícias gasosas e partiu para o quarto, onde se jogou sobre a cama com a mesma roupa que chegara. Exausto demais para se trocar Alvo puxou as cobertas e ficou a apreciar o sabor delicioso dos doces que trouxera consigo. Aos poucos foi adormecendo, saboreando as delícias e mirando a lua gigantesca que acabara de romper das nuvens, lançando sobre os vitrais sua intrigante luz pálida que lhe abrilhantava os olhos até estes, por definitivo, se fecharem.


 


 

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