O suborno



Malfoy, agora o temido professor de Defesa contra a arte das trevas, metia medo nos alunos que via pela frente. Sua maneira habilidosa e rígida de explicar sua disciplina era extremamente única e distante dos outros professores. O professora usava a magia Crusius nos alunos punidos. As aulas do novo professor, na perspectiva dos alunos, era um inferno.
O diretor Neville a cada dia ficava mais dependente dos licores e estava visivelmente enfraquecido. Malfoy se aperfiçoava em fazer essas poções e a cada dia caprichava nas doses. Muitas desses doses eram estritamente perigosas.

Lily tornava-se cada dia mais próxima de Draco e a cada dia se distanciara de suas amigas Mary e Selma. As duas sentiam que a amiga também se auto-excluia delas e decidiram não mais vê-la. Lily estava incondicionamente encantada com Malfoy e queria seguir seus passos onde quer que o garoto fosse.

Num dia qualquer, Malfoy lhe propôs para ela ajudar em mais um de seus planos com o diretor.

O plano é o seguinte - disse Malfoy - você vai até a caverna de Hagrid e o suborna para lhe dar a planta otrovan. É uma planta bastante rara e que com certeza Hagrid têm conhecimento. Mas primeiro pedirei que lhe dê essa poção - indicou o garoto um pequeno frasco com um líquido vermelho-azulado em seu interior - faça-o beber o quanto quiser. Quanto mais melhor. Persista, suborne e me venha com a planta em mãos. Em troca lhe retriburei da melhor maneira possível. Sei o quanto você me ama e o quanto gostaria que eu me envolvesse com você. - finalizou Malfoy astuto.

Lily simplesmente ouviu cada palavra e seguiu para a Floresta. Hagrid já se aposentara de Trato das criaturas mágicas e vivia quase o tempo todo isolado em sua caverna.  




A menina tocou três vezes na porta até que o gigante desengonçado atendeu-a com simplicidade - Olá Lily, o que a traz aqui? Quanto tempo não te vejo! você tem olhos igualzinhos do seu... - Pai, eu sei. - a menina completou. 
Hagrid estranhou a delicadeza da menina, mas convidou-a a entrar de qualquer forma. 

 O casebre estava sujo e desarrumado. Lily o pôs sentado a sua frente numa mesa de madeira rústica e ofereceu o frasco que Malfoy preparara. - É um presente de meu pai para o Senhor. Ele têm muita saudades de você. - afirmou. - Oh, Harry... Harry... quanto tempo não o vejo! Enfim, fico muito grato por esse humilde presente. Mas o que é? - perguntou. - Trata-se de uma bebida que eu e minha mãe fizemos especialmente para o senhor. Têm um gosto doce e curioso e espero que você experimente e goste. Tome tudo se for possível - sorriu a menina.
Hagrid tomou num só gole o frasco inteiro e o efeito da poção fizera efeito rapidamente. Ele parecia abobado e disposto a fazer o que Lily mandasse. A menina logo ordenou-o: - Vá à floresta e pegue a planta... otrovan. Preciso dela.
Hagrid nem sequer olhou por onde andava e saiu correndo pela floresta até sumir. Depois de um tempo voltou com uma muda em mãos e deu a Lily. A menina assentiu e, satisfeita, saiu da caverna sem se despedir.

Imediatamente entregou-a para Draco. - Lily, muito obrigado! Você receberá já o que é seu. Fico muito grato, minha linda. - E lily sentiu-se pela primeira vez amada.

O que Malfoy pretendia fazer com a muda - indagou a mente conturbada de Lily naquela noite. Mas nem ousou perguntar pro próprio. Só sabia que no dia seguinte não o vira a horas e presumiu que ele estivesse preparando alguma poção extraida daquela muda. Só não sabia qual era e apenas aguardara o momento para perguntar.



 

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