Reações



Luke sentou-se numa mesa e puxou um livro qualquer de Herbologia e começou a folheá-lo.


“Estas plantas são bem parecidas com Lírios, porém suas pétalas têm um incrível poder curativo, se misturado com uma poção do morto-vivo.”


Lírio... Lírio...


Aquela ficou vagando em sua cabeça, então a verdade veio à tona: Lílian.


“Preciso fazer algo para ela voltar a falar comigo, se ela olhar na minha cara já vai ser algo... Mas ainda assim, não consigo entender por que ela me bateu... Será que eu beijo mal?”


— Sr. Burgage, venha comigo – Luke ouviu a voz de Minerva. Olhou para trás e viu a expressão severa de sua professora.


— Ala hospitalar, certo?


— Correto. Acompanhe-me.


Luke se levantou e seguiu a professora.


— O Sr. Costumava seguir as regras.


— Se me permite, professora, apenas me vinguei e creio que a senhora saiba porque.


— Vingança?! Sr. Burgage, o senhor é da Grifinória, vingança não faz parte de alunos da...


— Mas sangue-frio faz.


Ficaram sem falar até chegarem ao destino.


A porta da Ala hospitalar foi aberta, Luke viu que Pedro com uma vontade imensa de gritar, mas não conseguia. Sirius estava com uma pasta verde em seus cabelos e estava com seus olhos fixos em seus pés. Tiago estava desmaiado. E Remo estava com curativos pelo corpo e estava deitado.


Vuci, ai gou matá vuci! – Gritou Sirius.


— Silêncio, Sr Black! – ordenou Minerva – Explique-se, Sr Burgage.


— Perdoe-me, professora, mas está óbvio, não está?


— O Sr realmente atacou-os?


— Sem dúvida.


— Como pôde? Luke... quer dizer, Sr Burgage, você nunca fez isso, por que agora?


— É óbvio, também. Disse para o Profº Dumbledore que não aguentaria mais, eles vieram tirar uma com a minha cara, se me permite falar assim, e eu fui que tirei uma com a deles – Luke segurou-se para não rir.


— Não deveria rir! Detenção!


— Nada pode piorar minha vida.


— Pelo resto do ano. – Luke viu Sirius rir.


— Mas, não existe uma detenção que me ocupe até o fim do ano e ainda temos cinco meses de aula.


— Pois bem, então o Sr terá detenção com todos os professores com que tem aula.


— Fantástico! Quando começo? – pergunto entusiasmado.


— O senhor está feliz?


— É claro, ora, quero ver a cara deles e quero ver qual é a criatividade deles para tantas detenções. Vão ser quantas por semana?


— Todos os dias exceto finais de semana. Sem idas para Hogsmead.


— Nunca fui mesmo. Posso ir agora, professora?


— É claro que não! Onde estão os pés de Sirius? O que fez com Pedro? Que bicho mordeu Remo? O que o senhor lançou em Tiago?


— Os pés de Sirius não devem ter saído do terreno. Pedro, bem foi um feitiço do Corpo-preso. Remo foram só uns besou... – Lupin gritou, Luke olhou para ele e viu-o verde e parecia estar sentindo uma dor terrível.


Luke sacou a varinha e quase foi impedido por Minerva.


— Diffindo – todos os curativos de Lupin foram cortados, Luke chegou mais perto da maior ferimento – Tergeu! – um líquido espesso e transparente saiu pelo ferimento.


Luke pegou um copo que estava em cima da mesa e jogou o remédio pela janela e despejo o veneno.


— Sr Burgage! O que o senhor está fazendo?


— É muito mais fácil brigar com meu nome do que com meu sobrenome, professora. – Luke cheirou o líquido que despejou no copo – veneno de cobra, mas...


— O que o senhor pensa que está fazendo? – Madame Pomfrey chegara.


— Estou salvando seus pacientes, ora.


— Está dizendo que...


— Não estou dizendo nada, Madame Pomfrey, estou apenas me defendendo de qualquer acusação. Ataquei-os, já admiti, mas transfigurei besouros e isso é veneno de cobra. A senhora fez torniquetes depois de estouras as bolhas, o que é um erro, vindo de veneno de cobra, não sei se a senhora sabe, mas não se pode fazer isso. Enfim, o que deu a ele?


— Antídoto de artrópodes - tipo um.


— Funcionaria, exceto se... Confundus! O feitiço de confusão modificou a composição do veneno, fantástico! Um antídoto de invertebrados – nível três talvez funcione, tente isso. Posso ir, professora?


— Não, ainda faltam Tiago e Pedro.


—  No Pedro lancei um feitiço adesivo, após o feitiço do corpo preso. Bem, e no Tiago... Foi um Feitiço Redutor...


— Um feitiço redutor? O Sr tem noção do que pode acontecer a ele? Sabe que se os ossos dele foram reduzidos a pó talvez demore meses para fazê-los crescer de novo? Se o feitiço passou dos ossos para os órgãos, tem noção do que pode ter ocorrido?


— É claro que sim professora. Antes que a senhora comece a dizer, também sei como as raízes podem ter afetado o cérebro de Sirius, o pé dele está perto da árvore, subindo o Lago. Agora, posso ir?


— Pode. O senhor irá limpar todos os banheiros do colégio a cada quinze dias, nos finais de semana durante três meses. Sr Burgage, estou decepcionada com o senhor.


— Só falta tirar pontos da Grifinória, não vai fazer isso? Receio que pelo número de detenções que levei, Grifinória ficaria sem pontos, correto?


— Você mudou muito, muito mesmo Sr Burgage.


— Mas ainda sou um dos melhores alunos, não é? Não é isso que importa? Tirar boas notas para provar que um é melhor que o outro? No fundo, se é bom aluno, receber detenções não é ruim, é apenas ser diferente do normal. Por que a senhora acha que esses quatro são tão populares? Mas, tenho que ir professora, tenho que terminar meu dever de Astronomia.


Luke começou a andar em direção à porta, mas parou um pouco antes:


— A senhora avisará os outros professores, certo? A primeira detenção será com senhora, presumo, onde será?


— Na minha sala, às seis e meia.


— Estarei lá.


Luke saiu de volta à biblioteca, precisava falar com Jay.


“Pelo menos deixei-a pensativa” concluiu Luke.

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