O encontro parte I



Bem, boa leitura!


E, claro, não deem bola para os erros de português, concordância e o que mais tiver aí. E provavelmente são muitos. Sorriam e cruzem por eles.


xxxXxxx


Suspiro frustrada quando os lábios de Harry se afastam dos meus.


Eu estou completamente entorpecida. Se Harry não estivesse me segurando, eu estaria mole, no chão. Ou flutuando. Ainda não tenho certeza.


E acho que agora, posso finalmente entender porque as pessoas se viciam em poções alucinógenas. Se a sensação for minimamente semelhante...


Alias, desde quando os meus pés são tão sensíveis? Parece que fui posta sob um feitiço das pernas bambas. Lançado por Dumbledore.


Suspiro contra o peito de Harry, confortável demais para realizar qualquer outra ação que envolvesse pensamentos muito complexos. Ou que me retirassem daquelas sensações maravilhosas. Inspiro, me deliciando com a nossa proximidade.


Então, ouço o barulho.


A princípio, não mais do que um farfalhar leve, de respirações cortadas e suaves engasgos, para ir gradativamente crescendo, avolumando, no que pareciam principalmente risos e cochichos nervosos e divertidos.


Uma pequena pausa aqui, para eu refletir seriamente sobre o quanto este menino pode me tirar do rumo. Hmm. Muito mais do que seria bom admitir, é certo. Porque eu perdi completamente a noção da realidade.


Endureço no peito de Harry, ao me dar conta da nossa situação.


Santo Merlin, nós estamos na frente de toda população grifinória.


Eu e Harry acabamos de nos beijar na frente de toda torre. 


E em um beijo que, se demonstrou todos os meus sentimentos e necessidades...


Céus, eu devo estar parecendo uma vadia louca.


Completamente puta e louca.


Uma verdadeira necessitada.


Coro incontrolavelmente contra a camisa de Harry, apesar de saber que não fizemos nada de errado.


Mas acontece que há simplesmente ­algo sobre ter dezenas de rostos especulativos focados em você- entre os quais seu irmão e ex-namorado- que me fez sentir extremamente envergonhada.


Até o olhar de Harry encontrar o meu.


Os olhos dele estão tão brilhantes que o meu estômago e coração, já em estado lastimável, se contorcem e dançam loucamente.


Esqueça as borboletas. Há um enxame de abelhas furiosas dentro de mim. Abelhas, vespas, hipogrifos...


Ele sorri, e é um sorriso tão íntimo, tão pessoal, tão malditamente devastador, que o máximo que posso fazer é sorrir de volta como uma completa idiota.


E quer saber? Foda-se essa situação – me dou conta com um sorriso. Eu realmente não ligo para o que todos pensam.  


Não importa. Nada importa.


Aliás, que as pessoas tenham aprendido alguma coisa, então, observando a completamente devassa Gina Weasley em ação. 


Tudo o me interessa está aqui, nos meus braços. E está sorrindo para mim.


Observo Harry afastar os olhos dos meus, e olhar em direção à sala. Ele parece estar procurando alguém. Me viro levemente, para acompanhar o seu olhar.


Sorrio levemente. É claro. Ele estava procurando o meu irmão. Eles são melhores amigos, afinal de contas. Rony e Hermione são os irmãos que Harry foi privado de ter.


Rony está olhando embasbacado para nós, como se ainda não pudesse ter sido capaz de entender o que havia acontecido. Suspiro carinhosamente. Isso é tão Rony. 


Então ele assente suavemente, e me surpreendo sobre como aquele gesto me alegra. Até aquele momento, eu ainda não havia percebido o quanto desejava que Rony nos aceitasse, ficasse feliz por nós. Para Harry, sempre foi óbvio o desejo de aprovação do meu irmão, porque eles são tão sangrentamente próximos, mas eu não esperava me sentir tão aliviada com aquele gesto também.


Hermione sorri loucamente ao lado de Rony, e de um modo tão completamente convencido, que sou obrigada a bufar de leve. Tão Hermione... Penso carinhosamente.


Não desejo encontrar o olhar de Dino, mas o sinto sobre nós, assim como sua irritação. Mas não posso fazer nada – penso triste. Nunca quis machucá-lo, até porque passamos bons momentos juntos, e ele é um grande amigo, mas também não posso sacrificar minha felicidade por uma birra infantil. Nós sabemos perfeitamente que não daríamos certos juntos, não importa o quanto ele tentasse mudar. E não posso fazer nada se ele ainda deseja uma relação que nunca mais existirá, ou é orgulhoso demais para ver sua ex-namorada com seu colega de quarto. Ele terá que aprender a lidar com a verdade.


Romilda me encara, parecendo perfeitamente pronta para realizar um crime. Aliás, noto resignada, grande quantidade de garotas faz o mesmo. Ganhar a inimizade de boa parte das garotas; acho que é o preço a se pagar por estar com Harry.


Não que eu me importe – penso- e sorrio loucamente.


Harry se afasta levemente de mim, apenas para me oferecer a mão e fazer um gesto com a cabeça, apontando o retrato. Nem sequer penso antes de aceitá-la, sorrindo. E então saímos silenciosamente da sala, nos afastando dos olhos da multidão curiosa.


Meu coração retumba tão alto que o sinto vibrar.


xxxXxxx


Quando o retrato se fecha atrás de nós, me viro para Harry. Ele está me olhando como se não acreditasse na coragem que teve. No momento em que eu ia falar algo, porém, a Mulher Gorda nos interrompe.


-O que foi que aconteceu lá dentro? – se intromete, curiosa- De repente tudo ficou silencioso.


Olho para Harry, que está corando tanto quanto um Weasley. Sorrio, antes de virar para ela.


-Algo absolutamente brilhante – respondo, antes de puxar Harry o quanto antes para longe dali, ao som das perguntas indignadas do retrato.


Assim que viramos o corredor, porém, Harry estanca, me puxando para ele.


-Algo absolutamente brilhante? – pergunta com um sorriso enorme, e um toque de malícia.


Sinto meu rosto esquentar, mas não perco a dignidade.


-Sim, absoluta e sangrentamente brilhante. Por quê? – devolvo.


É a vez dele corar.


-Nada – responde, brincando com o meu cabelo- Na verdade, tenho a mesma opinião – completa sorrindo.


Santo Merlin, dê forças ao meu pobre coração.


-É que, bem, - continua- eu achei que você iria me dar um tapa ou algo assim.


-É sério? –pergunto espantada. Meu Deus, alguém precisa urgentemente abrir os olhos desse garoto. Eu iria agarrá-lo de qualquer maneira.


Ele acena positivamente, parecendo um pouco envergonhado.


-Só que eu não pensei na hora – continua tímido- Quando eu te segurei, tudo perdeu o sentido. Esqueci que todos estavam lá – explica. Então eu não fui a única... – e simplesmente te beijei. Desculpa – completa acanhado.


Eu o encaro furiosamente.


-É bom você não estar querendo pedir desculpas por me beijar – sussurro com os olhos apertados- Ou eu vou te azarar até amanhã.


Ele me encara assustado.


-Mas você não ficou brava? – pergunta, ainda em dúvida- Quero dizer, eu simplesmente te agarrei lá dentro, Gina.


Eu rio.


-Meu Deus, Harry!- exclamo divertida- Se eu não quisesse beijá-lo, você estaria na enfermaria agora, e não aqui, conversando comigo. Eu queria te beijar, Harry James Potter – declaro, espetando o dedo no peito dele- E eu o teria feito, se você não tivesse se adiantado – completo sorrindo.


Um sorriso radiante vai se espalhando pelo seu rosto. Ele se aproxima mais, praticamente fechando o espaço entre nós, e põe as mãos na minha cintura. Eu estremeço visivelmente, e vejo que ele sorri ao notar.


-Isso é ótimo – declara, e sua voz está mais baixa, mais íntima. Sinto minhas pernas perdendo as forças- Porque eu odiaria não poder mais fazer aquilo.


Santo Merlin. Desde quando Harry Potter pode ser conscientemente tão sexy? Sinto minha racionalidade lentamente se esvaindo.


-Eu também – digo suavemente, encarando os seus lábios – Realmente odiaria – completo, voltando a encarar os seus olhos. Estão malditamente quentes. Minha racionalidade escorrega ainda mais.


-Gina? – chama, aproximando seu rosto do meu a ponto de sua respiração se misturar a minha.


-O quê? – pergunto, quase sem voz.


-Eu posso te beijar? – pergunta suavemente, todo o corpo se encaixando lentamente com o meu.


-Achei que não precisasse perguntar – respondo sem ar, a mente oca.


-Eu quero fazer tudo certo, dessa vez – diz suavemente, e então esfrega os lábios levemente contra os meus, os olhos fechando brevemente, para se abrirem e me encararem, duas esmeraldas líquidas.


Não sei como ainda consigo reunir forças para responder.


-Céus – respondo, usando toda força de vontade e praticamente acabando com a pequena distância, os braços indo para trás do seu pescoço - É claro que você pode.


E então ele tranca os lábios com os meus, e eu esqueço meu nome, minha vida, e qualquer outra coisa, que não sejam as sensações que desabam sobre mim.


xxxXxxx


E aí, e aí?


Digam o que quiserem aí, estou aqui para ouvir.

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Comentários (1)

  • Larissa W. Potter

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH DEEEEEEEUS ! QUE PERFEITOOOO ! SENHOOOR, MENINA PARABÉNS, VOCÊ FOI BRILHANTE !

    2012-08-07
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