Ataques. Mas não dos que você

Ataques. Mas não dos que você



Entrei tendo uma crise de risos no salão principal. Uma séria crise de risos. E eu não estava sozinha nessa. Ao meu lado, Harry também estava quase chorando de tanto rir. Bastava nos olhar para começar a rir de novo.


Tudo começou enquanto estávamos indo jantar. Conversa vai, conversa vem, eu toco no assunto Rony, e logo em seguida, Hermione entra na história. Imagine só o meu estado lamentável (provocado por tanto rir), enquanto eu e Harry listamos as óbvias “indiretas”, atitudes, ataques de ciúmes, Lilá Brown, Vitor Krum e mais tantas outras coisas que os fazem parecer tão óbvios que até a Lula gigante já deve ter notado como se sentem em relação um ao outro.


Mas o pior mesmo (ou melhor? Eu ri tanto! Apesar de também haver ficado séria e permanentemente traumatizada. A imagem mental da cena irá me acompanhar para sempre, eu sei) veio quando Harry (após finalmente conseguir falar entre o riso) me contou que recentemente havia acordado no meio da noite ouvindo alguns barulhos um tanto quanto “peculiares” no quarto.  Quando foi ver o que era, deu de cara com um Rony dormindo, abraçado no travesseiro e o beijando apaixonadamente, enquanto murmurava: “Mionee”, “como você é macia” e “viu como eu sou melhor que aquele búlgaro?”. 


Eu realmente fiquei sem ar de tanto rir. Era simplesmente engraçado demais. Demais. E ficou tudo ainda mais engraçado com as imitações de Harry (porque segundo ele, não bastava beijar, Rony estava realmente empenhado em tentar engolir o travesseiro) para a intensa atuação de Rony. Pobre travesseiro. Pobre travesseiro (só para enfatizar). Pobre da minha barriga, também. Acho que eu nunca ri tanto. E eu não consigo parar. Talvez, porque cada vez que eu tento, a imagem mental de Rony tentando engolir um travesseiro e o chamando de Mione venha na minha cabeça. Ah meu Deus! Deixe Fred e Jorge saberem disso e Roniquinho nunca mais terá paz.  Mas acho que eu não sou assim tão ruim a ponto de fazer isso. Mas seria tão engraçado...  Que talvez eu faça proveito desse conhecimento qualquer hora. Seria realmente um desperdício deixar que esse ele se perca.


Agora que você já sabe o motivo, talvez já consiga entender porque eu e Harry chegamos praticamente chorando de rir ao Salão. E eu estava tão ocupada em conseguir respirar em meio aos risos que não notei que imediatamente nos tornamos o centro das atenções. Quando Harry e eu nos damos conta (tardiamente) de que já estávamos em pleno salão principal (esse que, pelo menos, já não estava completamente lotado), imediatamente paramos de rir. Todos estavam nos encarando, inclusive os professores. E então, simplesmente cometemos o erro, o enorme erro, de nos olhar.


Uma pequena pausa aqui, para uma dica que você com certeza deve lembrar (e seguir): Nunca, em nenhuma hipótese, absolutamente nenhuma, olhe para o seu amigo, namorado, primo, colega,ou quem quer que seja que esteja com você, caso você esteja  no meio de uma séria  crise de risos e tentando parar. Não faça isso. Não faça. Respire fundo, conte até 10, olhe para o teto, lembre de uma música que te deixe triste, lembre de uma coisa deprimente, ou faça qualquer outra coisa. Qualquer. Mas não olhe para quem estava rindo com você. Porque,se você o fizer, é comprovada, averiguada e absolutamente certa uma coisa. Vai dar merda. Depois não diga que eu não avisei.


Nos encaramos por um segundo, antes de recomeçarmos a rir com força total. Era simplesmente tão engraçado nos estarmos ali, naquela situação, com todos nos observando, que simplesmente não aguentamos.


E eu não sei se as pessoas estavam mais surpresas por nós estarmos dando um “pequeno showzinho”, ou pelo fato de Harry estar dando um pequeno showzinho. Era óbvia a surpresa das pessoas em relação a logo ele, que sempre foi uma pessoa discreta (quer dizer, quando não estava envolvido com resgates, missões, grupos ilegais, etc) estar sendo assim, tão deliberadamente chamativo (mesmo que não intencionalmente). Harry não é uma pessoa que goste de se mostrar, não é daqueles garotos que gostam de chamar a atenção, até porque a atenção simplesmente já vem a ele naturalmente. E ele faz de tudo para evitá-la. Então, eu entendo a surpresa das pessoas. Mas ah, por favor! O garoto não nem mostrar que também é um adolescente normal, e não só o Harry Potter, O Eleito e eu sei lá mais o quê, que todos agem como se estivessem vendo o Snape distribuindo flores por aí.


Outra coisa que eu decidamente não gostei foi ver um grande numero de meninas praticamente salivando descaradamente por Harry. Quero dizer, eu sei que ele fica simplesmente lindo rindo, e que as bochechas levemente vermelhas, junto com o sorriso estonteante o fazem realmente difícil de resistir, mas decididamente não precisa babar assim, tão descaradamente. Não é legal. Eu não acho nada legal.


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Quando nos sentamos, ainda rindo levemente, notei o olhar, bem, não há outro modo de colocar, um tanto quanto “desconfiado” das pessoas em volta. Se pelo menos elas estivessem certas... Eu consegui praticamente sentir o olhar de Dino me fuzilando, e quando olhei em sua direção, bem, estava praticamente estampado em sua testa o seu desagrado. Logo em seguida vi que ele olhou, nem para mim e nem diretamente para Harry, e sim para a minha mochila que ele ainda estava carregando. É, apesar de eu saber o que realmente havia acontecido, seria obrigada a admitir que realmente tudo parecia muito suspeito.


Quando desviei o olhar para a mesa da Corvinal, vi que Cho também estava nos olhando. Eu realmente não saberia descrever a sua expressão e seu olhar. Ela parecia um pouco confusa, ou foi o que me pareceu. Poderia ser um pouco de ciúmes, e talvez curiosidade. Ou talvez ela só estivesse pensando que Harry nunca havia rido assim com ela. Quando Harry (que não a havia visto nos olhando) se inclinou para mim e sussurrou que depois me contava mais algumas histórias de Rony, o que me fez rir, vi que Snape também nos observava, e o olhar dele foi sem dúvidas o que mais me, bem, surpreendeu. Era de um desagrado, de um ressentimento, surpreendentes. Parecia que a qualquer momento ele nos azararia. Eu sei que Snape nunca gostou de Harry, mas realmente não entendi porque nós parecemos tê-lo desagradado tanto assim. Quero dizer, graças a Deus que olhar não mata, porque senão Harry já estaria esticado e duro no chão. E provavelmente eu também.


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- Bem, agora que você já se distraíram bastante conosco, que tal voltarem a comer? – A minha frase pareceu despertar a todos, que imediatamente voltaram as suas conversas. As quais eu tinha a desagradável sensação de que nós seriamos o tema.


Hermione nos observava com um sorriso estampado no rosto, e eu sorri em agradecimento ao seu sumiço de mais cedo. Ela pareceu compreender, porque assentiu levemente sorrindo para mim, antes de perguntar a um Rony muito desconfiado, se ele já havia terminado seu dever de poções.


- Então, Harry. O que você me contou condiz muito bem com as atitudes demonstradas pelo individuo citado. – Despistar: aprenda comigo como fazer boiarem os espertinhos que estão fingindo comer enquanto escutam cada palavra que você pronuncia.


- Oh sim. Sem dúvidas, claro. Eu diria, inclusive, que esse tipo de situação que lhe foi relatada, não é tão rara quanto se pensa. O elemento em questão já foi citado muitas vezes em situações semelhantes, embora eu admita, nenhuma tão memorável.  –Esqueça o que eu disse, aprenda com Harry.


- Claro, claro. Mas o elemento citado também apresenta comportamento levemente semelhante. Embora, como disseste, nenhum tão memorável.


- Não me diga... Então o caso é mais grave do que pensamos. Parece que lidamos com um sério caso de ignorância proposital, com acentuadas doses de possessão, devidamente comprovadas pelo envolvimento de dois elementos distintos, sem importância justificáveis.


Nos olhamos após essa indireta muito bem maquiada de Harry, e rimos.


- Ei, ei, porque vocês estão rindo? E será que dá pra falar língua de gente? –Rony estava nos encarando, obviamente irritado com a nossa conversa aparentemente sem pé nem cabeça.


- Não é nada. – respondeu Harry.


- Será que nós não podemos rir Roniquinho? E estávamos falando sobre coisas completamente obvias. – respondi olhando de esguelha para Hermione.


- Oh sim, coisas óbvias. Sim, sem dúvidas, há coisas completamente óbvias aqui. – Rony comentou, olhando de mim para Harry. E certamente ele não estava falando dele e de Hermione.


Continua...


Bem, como iria ficar enorme, eu preferi dividir o cap. novamente, embora a próx. Parte não citar mais o jantar, por questões de ritmo.


N/a:  Olá gente ! Pela primeira vez, saiu rápido! /autora orgulhosa de si mesma.


Então, aí está. Como eu já havia dito, eu escrevo quando vem a inspiração, e dessa vez ela veio rápido heim! E é até mesmo para compensar o fato de eu não ter certeza de quando poderei postar de novo... as próximas três semanas viram recheadas de trabalhos e provas para mim, então, não sei exatamente quando poderei escrever de novo, apesar de ter certeza de que não vou abandonar a fic.


Então, o meu obrigada de sempre a todos que lêem, e um especial aos que comentam. 


Então, se você quiser me ver muito feliz,  é só clicar o botãozinho aí em baixo. Não custa nada (exceto um minutinho seu), mas é muito importante para mim. Pode crer.  E bem, se quiser me incentivar, xingar, elogiar, aconselhar, aí já é com você.


Então, beijos e até logo ! Stephanie.  


 


 


 


 

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Comentários (2)

  • Gemeas Potter

    BRILHANTE! Amei, amei... amo muito a sua fic. O modo como Gina descreve as reaçôes de Harry é.. bem, GINA! kkk Amo mesmo... ansiosa para o próximo capítulo. Louca pra que chegue o tão esperado beijo! Não demore a postar, por favor! é pelo bem das minhas unhas! kkk =*

    2011-11-14
  • Tah Snape

    AAAAAAAAAAAH, esse capítulo sim é empolgante \o\ UHSDAUHSDAHUDASAUHDS RIMUITOTB SDUHHUAS

    2011-11-13
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