Capítulo VIII



Ao chegar na biblioteca, estavam dois garotos, ainda brigando. Eram Gilbert Parkinson e Thomas Crabbe.

- Não acredito que você interrompeu minha conversa pra separar esses dois babuínos! Por mim eles se matam! – Alvo falou, irritado.

- Não faz isso! Separa os dois, Alvo, por favor!

- Falou, mas só porque você tá pedindo!

Alvo apontou a varinha para os dois, e bem entre eles, lançou um estupefaça, o que fez cada um virar para um lado e desmaiar.

- POR QUE EU NÃO PENSEI NISSO? – Rose quase gritou, completamente
decepcionada consigo mesma.

- É assim mesmo. – Ele guardou a varinha no bolso. – Bom, minha parte eu já fiz.

Deixem eles dois aí, daqui a um tempo alguém usa o contra-feitiço. Eu vou ver se a Lysander ainda não saiu de lá. – Ele falou.
Rose foi fazer o trabalho, mas antes reparou que a gravata de Gilbert estava rasgada, e Thomas tinha um arranhão enorme no rosto. Ela percebeu que demoraria um bom tempo para cicatrizar.

Hugo agora estava saindo da sala comunal. Estava decidido, iria falar com Danielle. Ele não podia mais esperar. Tomou rumo à sala da Corvinal, e chegando lá se escondeu perto de uma sala e viu um garoto pronunciar como senha “Ave sábia”. Chegou perto e pronunciou a mesma senha, fazendo a porta abrir.


A sala comunal da Corvinal tinha a estrutura idêntica a da Grifinória, mas só a estrutura. Os móveis eram de carvalho, com detalhes em dourado, tinham alguns sofás de madeira com o estufado azul, a lareira parecia estar acesa a muito tempo, pois a sala estava quentinha, e o tapete de veludo junto com o lustre dourado davam um charme ao lugar. Na sala, duas meninas da Corvinal, aparentemente do primeiro ou segundo ano, estavam conversando e ao mesmo tempo analisando um livro com figuras sobre o Canadá, enquanto um menino de aparentemente dezessete anos estava no outro sofá fitando os pés, provavelmente pensando, e um garoto alto, loiro e com um distintivo de monitor estava observando o livro das duas garotas sem que elas percebessem, ele provavelmente era sexto ano. Assim que perceberam a presença de Hugo na sala, as duas garotinhas pareceram assustada, por isso foram correndo até o dormitório. O garoto distraído sentou corretamente no sofá, mas não parecia surpreso, e o monitor demonstrou estar muito zangado.

- Você é da Grifinória! – O monitor falou. Hugo colocou as mãos na cintura.

- Ah vá! – Ele falou, com sarcasmo na voz. – Jura? Pensava que eu era da Lufa-lufa!

- O que está fazendo aqui? Essa sala é só para alunos da Corvinal.

- Eu sei, oras! – Hugo falou, irritado. – Por isso mesmo que vim aqui.

- Não tire a paciência que ainda me resta! – Disse o monitor.

- Ah, não, briguinha de crianças. Ninguém merece. – O garoto que estava sentado no sofá levantou e rumou ao dormitório.

- A questão é que vim aqui pra falar com uma pessoa. – Falou Hugo.


- Poderá falar com essa tal pessoa em outra hora, ok? Isso aqui, disse e repito, é só para alunos da casa Corvinal.

- É sério, é muito urgente, cara. Quero falar com a Danielle, do terceiro ano.

- A Danielle? – O monitor falou, transparecendo raiva.

- Sim, ela. O que é que tem?

- Pra quê você quer falar com a Danielle?

- Pra falar com ela! Que droga, é pessoal!

- Mas você vai ter que me falar primeiro pra eu poder chamá-la!

- E o que você tem haver com a minha vida ou com a vida dela?

- Eu sou irmão dela, Weasley. – O garoto revirou os olhos. – Então é meio óbvio que
eu tenha tudo haver com a vida dela.

- A Dani nunca me disse que tinha irmão. – Falou Hugo, pensativo.

- Dani? DANI? Por que você a chama pelo apelido? E ela lhe fala da vida dela pra você?


- Eu posso decidirr muito bén prra quen falarr da minha vida. – Falou uma voz atrás dos dois, era Danielle.

- Dani! – Hugo falou. – Quero falar com você...

- Eu sei, Hugo. É óbvio, prra quê mais você virria até aqui a uma horra dessas?

- Vocês não vão se falar agora! – Falou o irmão de Danielle.

- Você nón manda em min, nón sou mais uma crriança, entendeu, John?

- Eu vou falar pro papai, Danielle! Vamos ver o que ele vai falar sobre você conversar a altas horas da noite com um garoto da Grifinória.

- Sua crriancinha, eu nón tenho medo.
John corou e fechou os punhos.

- Eu te impeço nem que... nem que...

- Estupefaça. – Falou Hugo, fazendo John cair no chão.

- Ficou louco? – Perguntou Danielle.

- Desculpa, mas eu não viria até aqui se não precisasse realmente falar com você.

- Entón fale!

- É sobre a gente, Dani, não dá pra ficar assim...

- Eu sei, já parrei parra pensar nisso...

- Então, o que você decidiu?


Dani respirou fundo.

- Nós só temos trreze anos... – Ela começou.

- Isso é uma bobagem! Se estivéssemos com oitenta você diria que estamos velhos demais! – Ele bufou.

- Esperre eu terrminar! – Ela falou irritada. – Eu penso nisso o tempo inteirro, e acho
que não dá prra esperrar.

Hugo ficou imóvel, assim como Danielle, que agora estava um pouco corada.

- Você quer dizer que então podemos namorar?

- Prrimeirro você terrá de falarr com meus pais... Se eles permitirrem, o que é prrovável, sim.

Hugo se aproximou de Danielle.

- Nón, nón. Nada de beijo.

Ele revirou os olhos. Estava feliz, por saber que a garota ainda gostava dele, e com um pouco de medo da reação dos pais dela. Pelo menos Fleur, a filha mais velha do casal, já tinha envolvimento com os Weasley, isso podia ajudar.


Hugo se despediu formalmente da garota, em seguida deu-lhe um beijo no rosto. Saiu, indo direto à sala comunal da Grifinória, se perguntando se alguém já teria voltado.

Assim que chegou ao local, encontrou Rose, Scorpius e Tiago.

- Então, o que acham de um ensaio?

- Falta a Lily e o Alvo. – Lembrou Tiago, sem se mover.

- Qual é? Se a Lily tiver se agarrando pelos corredores com o Lorcan, eu juro que...

- Ei, não fala assim de mim, eu tô bem aqui. – A garota entrou na sala. – E eu, pra sua informação, ainda não vi o Lorcan hoje, e mesmo se visse, eu não saio me
agarrando com ele.

- Que seja! – Hugo parecia animadíssimo. – Vamos ensaiar! Alguém tem uma letra
nova?

- Tenho duas, querido. – Falou Lílian.

- Ah, não. Se vier com aquelas baboseiras de flores, amor, melosidades...

- Definitivamente não. Ambas não falam de amor, nem de nada disso.

Scorpius ergueu as sobrancelhas.

- Agora, uma música foi feita pra eu cantar, e a outra pra Rose, apesar de que na
minha, vocês – Ela indicou os garotos. – vão ter uma participação de menos de dez segundos.

- E como vamos chamar o Alvo?

- Ah, isso é fácil. – Rose deu uma risada. – Ele deve estar na biblioteca, ou no
corredor.

- Como tem certeza? – Scorpius falou.

- Ah, eu o vi.

- E se tiver na sala comunal dele? – Tiago perguntou.

- Eu já disse que não está. – Repetiu Rose.


- Se tem certeza. – Scorpius se levantou. – Hogwarts tem vários corredores, e...

- É perto do jardim. Ah, que teimosos! Deixa comigo. Lily vai na biblioteca, não vai?

- Eu tô morta de preguiça!

- Deixa de corpo mole, Lílian. Você tem que ir na sala precisa, no sétimo andar, e não
quer ir na biblioteca? Os garotos podem ir pra abrir a porta, eu e Lily chegaremos logo.
– Ela lançou um olhar subestimo à Lílian.

- Ok. – A garota se deu por vencida, e saiu junto com Rose da sala, enquanto os meninos tomaram um caminho diferente.

Minutos depois, Lílian o achou na biblioteca conversando com alguns garotos da sua casa.

- Alvo, quero falar com você. – Ela falou.

- Alguém tá tampando sua boca? – Perguntou um garoto de cabelo castanho, ao lado, com a voz cheia de ironia.

- Ei, não fala assim com ela, é minha irmã.


Ele puxou Lílian para um canto da biblioteca.

- Fala.

- Ensaio. – Ela falou rapidamente, em seguida saiu.

- SÉRIO ISSO? – Ele gritou.

- Se não fosse eu não viria até aqui te chamar, né? Adianta, o povo tá esperando.

- Vamos. – Ele correu para acompanhar Lílian. – Ah, não liga pra aqueles caras, eles só...

- São seus amigos? Seus companheiros de casa?

- Não são meus amigos! – Alvo corou. – Eles só estavam no meu pé porque eu tirei nota máxima no teste de Defesa contra as artes das trevas. Estavam querendo que eu desse reforço.

- E dará?

- Óbvio que não! Vamos logo, Lily.

Eles rumaram ao sétimo andar. Ao chegar na sala, Scorpius tentava tocar um baixo.

- Quê? – Alvo perguntou, ao ver a tentativa do amigo.

- É bem fácil, ó. – Ele fez um solo com algumas notas. Todos ficaram boquiabertos.

- Como assim, você pega um baixo e toca? – Rose perguntou.

- Não é bem assim, Rô. Se você sabe violão, fica mais fácil baixo e guitarra, e fora que a banda tava precisando de alguém pra isso. Acho que não cai bem alguém tocando violão numa banda de rock. Então, Lily, onde estão as letras?

- She lives in a fairy tale
Somewhere too far for us to find
Forgotten the taste and smell
Of the world that she's left behind
It's all about the exposure the lens I told her
The angles were all wrong now
She's ripping wings off of butterflies


- E…? – Rose perguntou.

- You were my conscience
So solid now you're like water
And we started drowning
Not like we'd sink any further
But I let my heart go
It's somewhere down at the bottom
But I'll get a new one
And come back from the hope that you've stolen


- Qual dessas é a minha? – Perguntou a garota.

- A segunda. – Falou Lílian.

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Comentários (1)

  • Luana de Ameida.

    Queroooooooooooooooooooooooo  mais... please...!!!! Bjss*** to literalmente amando muitoooooo

    2012-04-10
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