Ventos sussurrantes no jardim



Conseqüências daquela noite

Autora: Christine Waters

N/A1: ( com voz sussurrante e letal, tipo a do Snape)

Vocês acham que se Harry Potter pertencesse a mim ele teria beijado a Xó Galinha?

Façam-me o favor...

N/A2: ( olhando envergonhada para o tamanho do capítulo)

People, sorry... mas eu não consegui fazer um capítulo maior... que vergonha... mas pelo menos eu não demorei tanto, né?

N/A2: Obrigada para Stella Black Ghost, Samantha R.S., mione03, Alcia Spinet, Shining Light, Dana Norram, Mel Deep Dark, Srta.Kinomoto, gmvalentim, Mystic Dani, missaloha, Ka, Bárbara G.,Daniela, Miss. Leandra Friendship Black e Bru Black pelos reviews fofos!

Capítulo 9:

Alguém havia chegado.

Draco sentiu um vento gelado percorrer-lhe todo, como se alguém tivesse acabado de virar um balde de água gelada na boca do seu estômago. Pegou a varinha no bolso rapidamente, preparando-se para jogar o feitiço de disfarce na barriga, antes que a tal pessoa chegasse até ele.

“---Draco? Draco?”

Foi como se o gelo dentro dele derretesse. Tentando passar pelos arbustos ermanhados e congelados, com os cabelos cheios de orvalho, estava Harry James Potter.

Ele.

Draco relaxou e voltou a ocupar sua posição anterior, apoiado na pilastra. Havia escolhido um local realmente difícil para encontrar a entrada. Não era à toa que Harry estava tão enrolado. Mas antes que pudesse pensar em ajudá-lo, Harry arrebentou os arbustos e passou para dentro, meio que tropeçando no banco onde Draco estivera sentado. Seus músculos faciais se contraiam numa careta de dor por ter batido o dedão no banco. Sentou-se e começou a massagear o dedo. Draco reparou que ele estava corado de frio. Ou de nervosismo, já que o pé esquerdo do sonserino havia se esgueirado para cima da coxa do grifinório.

“ Uh, nada sutil, Draco...”

Depois de uns minutos nessa situação, Harry finalmente parou de tentar remediar o dedo e levantou a cabeça, olhando para o outro. Olhos verde-vivos nos cinzentos. Abriu a boca para falar algo, mas Draco foi mais rápido:

“--- Você arranjou uma forma muito difícil de entrar” – comentou, aproveitando a brecha aberta para esticar a perna em cima de Harry. O grifinório ficou visivelmente mais rosado.

“--- Eu não vi nenhuma entrada ... “ – começou a defender-se – “ ... aí tive que forçar a barra.”- e erguendo os olhos da perna de Draco para o rosto do sonserino – “ Estava preocupado com você. Parkinson me disse que...”

“ --- Pansy?”

“ --- È, ela. Trombou comigo no corredor e disse que você tinha sumido.” – Harry se aproximou uns centímetros de Draco. O pé dele escorregou para o banco. – “ Porque você fez isso. Fiquei preocupado.”

Draco desviou o olhar dele e olhou para a paisagem por alguns instantes, rindo internamente de Pansy. “ Boa, mas tão neurótica...” Virou-se para Harry:

“--- Eu saí para um passeio. Queria ficar um pouco sozinho, só.” – e após uma pausa – “ Você não tinha necessidade de arrebentar o coitado do arbusto. Ele não tinha culpa nenhuma.”

Harry deu os ombros, rindo:

“--- Eu já falei que...”

“--- Eu sei. Mas tinha uma passagem ali no canto. Se você não estivesse tão nervoso, teria visto.”

Harry virou-se para ver, e, de fato, a pouca distância do buraco feito pela sua força, tinha um sutil espaço, que permitia tranqüilamente a passagem de Draco e ... dele. Virou-se de volta para o sonserino, um sorriso encabulado se desenhando nos lábios:

“ --- Bem, é... sabe...”

“--- Tudo bem, Harry, o arbusto te perdoa.”

“--- Eu fiquei nervoso” – começou o grifinório, ignorando o último comentário de Draco – “ Ás vezes minha imaginação me prega peças... comecei a ficar pensando que alguma coisa tinha acontecido à você. Sabe...” – Harry aproximou-se mais do outro, os rostos separados por centímetros. A respiração de Draco acelerou-se. – “... eu realmente gosto de você e de Clarice” – Clarice era o nome da menina, decidida após muita discussão; era um dos poucos que combinava com Malfoy e Potter. Depois de ficar em silêncio alguns segundos, Harry disse as três pequenas palavras que Draco queria ouvir há muito tempo:

“--- Eu amo você”

Convenhamos, o impacto dessas palavras era enorme para qualquer um. Então, não seria diferente para Draco Malfoy. O coração do sonserino começou a bater muito depressa, desejando que Harry fizesse qualquer coisa, menos ficar parado ali, com o nariz encostando no dele, suas bocas roçando, mas não... bem, não o beijando de fato, como o loiro desejava ser beijado.

“ Bem, se ele, não vai, eu vou.”

E foi.

E daquela vez, não houve Filch, Madame Norra ou ruivo sarnento que atrapalhasse. Apenas uma coisa os atrapalhou em suas acrobacias: Clarice. No início, quando a coisa ainda estava inocente, nem foi tanto problema assim. Mas depois que as coisas se tornaram mais, ahn, adultas, a barriga de sete meses começou a atrapalhar.

Mas em tudo se dá um jeito, não é mesmo?

Ppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppppp

“ A parte mais complicada da gravidez masculina, é, sem dúvida, o primeiro mês. Poucos são os casos que...”

“ Não, não é isso.” Uma garota com cabelos castanhos cheios virou a página de “ Medicina Bruxa no século XXI” impacientemente, rasgando uma parte da folha. Que bom que Madame Pince não estava por perto. A grifinória começou a ler a outra folha:

“ O parto é realizado por cesariana. As contrações costumam ser mais violentas do que em partos femininos, pois...”

“ Droga! Onde será que está?”, pensou ela, virando várias páginas.

“ Diferentemente do que se pensa, muitos homens trouxas já engravidaram. Mas como não tem unidade mágica para segurar a criança, muitas vezes...”

“ DROGA!”, berrou Hermione Granger, jogando o livro para longe, atraindo os olhares curiosos de muitos estudantes e até de Madame Pince, que lhe mandou um olhar de censura. Muxoxando, Hermione pegou o próximo livro na pilha, “ Gravidez fora do comum”.

Hermione já havia consultado exatamente 87 livros de medicina bruxa desde que soubera da situação de Draco. Sua grande curiosidade não era saber nem da gravidez nem do parto, tudo o quê os livros insistiam em comentar. Havia lido 82 livros inteiros, atravessando noites e provocando perguntas de colegas espantadas. De cinco livros para lá, perdera a paciência e começara a folhear, procurando pela questão que a fascinava...

Sabia tudo sobre a gravidez e o parto. A questão que a fascinava era a concepção. No sexto ano, Hermione se surpreendeu pela revelação de que homens podiam ter filhos, na aula de Medicina Bruxa, Vampírica e Élfica. Entendeu tudo do que a professora Samantha Simon explicou, mas quando fez a pergunta “ Mas como pode?”, o sinal do almoço tocou e todos debandaram em busca de comida.

E a questão ficou sem resposta. Provavelmente seria uma das poucas perguntas sem resposta na mente de Hermione Granger, escondidas no fundo de sua mente. Mas por causa de uma noite entre Harry Potter e Draco Malfoy, sete meses atrás, a questão voltara à tona, com toda a força.

Os olhos de Hermione se prenderam num título. “ Finalmente!”, pensou, começando a ler, sedenta por conhecimento:

A concepção – Porque homens engravidam?

Uma questão que intrigou a brunxandade por séculos foi uma simples e singela questão: a mulher tem um ciclo certo para engravidar, mas e os homens? Porque isso acontecia?

A questão foi alvo inclusive de um debate do Parlamento Bruxo em 1867, sendo discutida por nove dias e terminando sem consenso. Milhares de casos naturais foram estudados, e nenhum deles apresentava muitas semelhanças. A questão, então, permaneceu em aberta.

Apenas em 1896 o grande medi-bruxo Marck Louis Edward Colbert Evans apresentou uma teoria plausível. Fazia tanto sentido que foi aceita como verdade por vários anos, sendo confirmada pelo Centro Dilys Derwent em 1902. A teoria defendida por Evans, concluída após pesquisas meticulosas, era simples e perfeita:

Homens engravidavam por causa de amor. A teoria dizia que no momento da união, o amor estaria tão forte (mesmo que subconscientemente) que ocorreria uma espécie de fusão de almas dentro do corpo de um dos parceiros, formando uma nova vida.

O principal argumento de Evans era que, pesquisando-se os arquivos de prostíbulos, nunca havia se achado uma gravidez desse tipo. Explica-se: os garotos que habitavam esses locais se vendiam por dinheiro, ou até forçados por alguém mais forte. Não se entregavam por amor.

A explicação, mistério por vários séculos, finalmente era conhecida.


A cabeça de Hermione rodava. Pedaços de texto voltavam a sua cabeça, mesmo após ela ter deixado o livro de lado. Mas um trecho se destacava:

“... mesmo que subconscientemente...”

Hermione sorriu ao perceber. Tudo havia sido predestinado.

Naquele dia, apesar de toda a tempestade, o amor nunca pareceu mais lindo para ela.

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