Depois daquela noite, por Drac



Conseqüências daquela noite



By Sibyl Hannah







Capítulo 2:







Draco Malfoy acordou sentindo enjôo.



MUITO enjôo.



Tentando pôr a cabeça em ordem e não vomitar ao mesmo tempo, tentou sentar-se no grande sofá da Sonserina, onde pelo visto havia adormecido. Não havia sido o único. Muitos garotos e garotas, não conseguindo sequer andar até seus dormitórios, haviam dormido, ou melhor, desmaiado ali mesmo. Se Draco não estivesse de porre, apreciaria a situação... Muito estavam seminus, alguns chegando a indecência.



Alguém se mexeu à direita do sonserino loiro e descabelado . Dormindo com uma cara de quem acabara de ter a melhor noite de toda a sua vida, estava Blaise Zabini, abraçado com uma Pansy Parkiston, esta sem a parte de cima das roupas. Draco sentiu seu enjôo se intensificar só de pensar o que devia ter acontecido ao seu lado enquanto ele dormia. “Argh. Melhor nem começar”, pensou o loiro, levantando-se para ver se melhorava o visual lamentável: estava descabelado, suado e com as roupas amassadas. Lamentável para um Malfoy ficar naquelas condições. E era tudo culpa daquele desgraçado do Blaise e sua “cerveja batizada”. Enquanto descia as escadas rumo a um banho quente no seu dormitório, fez uma anotação mental para matar o desgraçado assim que tivesse condições. Por culpa do filho de uma elfa, estava ridículo, enjoado, com dor de cabeça e com as partes de baixo doloridas.



“ Espera aí”. Já sem metade da roupa, a mente deu um estalo. “ Partes de baixo doloridas?”



Isso só podia significar que...





--- POR MIL MALDIÇÕES!!!!!!!!!



O seu berro furioso devia ter acordado metade da escola, mas ele não se importava. Agora ele não só iria matar Blaise Zabini, como submete-lo a tortura intensa antes da morte. Fez os cálculos do estrago debaixo do chuveiro: além de estar de porre, ainda havia transado com alguém, que provavelmente ele nem conhecia. Que maravilha.” Mas quem seria?”, pensou, tentando lembrar-se de algo da noite passada, qualquer coisa, que o ajudasse a saber a identidade do infeliz, para então lhe jogar um feitiço de memória ou até coisa pior. Esforçando-se para lembrar algo da noite anterior, subiu para o Salão Comunal.



Ali estava uma atmosfera de puro e simples constrangimento. Se Draco não estivesse preocupado demais em saber a identidade do imbecil que conhecera a única parte de seu corpo que continuava virgem, teria realmente rido muito com a situação. Emília Bulstrode vestia as roupas rapidamente, pulando em um pé só para colocar a saia, murmurando coisas imcomprensíveis para Ísis Meiouh, uma quintanista, que por sua vez, estava da cor dos cabelos dos Weasley. Julie Oddonn, uma irlandesa metida do sexto ano, xingava impropérios para Goyle, que continuava com sua usual cara de retardado, enquanto vestia a blusa. E Blaise olhava para Pansy extremamente constrangido, enquanto a garota procurava seu sutiã em meio a um grupo de garotos meio embolados no chão. O olhar de Zabini levantou-se e cruzou com o mortífero de Malfoy, que claramente dizia o quanto estava emputecido com ele. Mas do que depressa Blaise começou a andar para longe do outro, esbarrando nas pessoas, chutando outras, enfim, quase correndo para que Draco não o fulminasse com o Cruciatus ali no meio da sala.



Embora seus instintos o dissessem para matar Blaise Zabini ali no mesmo instante, Draco tentou se controlar o melhor que pode e virou-se para sair das masmorras e ir comer alguma coisa no Salão Principal. “Definitivamente, a moral dos meus instintos não está com nada”, pensou o garoto, enquanto andava depressa para o Salão. Afinal, havia sido aqueles mesmos hormônios que noite passada o haviam feito....



Draco deu um suspiro pesado que deve ter abaixado o nível de oxigênio no corredor. O que diabos teria acontecido? Coçou a cabeça, num gesto involuntário para que as células cinzentas se lembrassem de alguma coisa. Será que alguém havia abusado dele? “ Não”, pensou o garoto. “ Estaria doendo muito mais.”. Mas o que diabos teria sido então? Quem havia sido? Draco tentava se lembrar...mas tudo de que se lembrava era de um cheiro provocante, um cheiro muito bom...quase palpável. Mais um pouco e poderia senti-lo.



Quando deu por si, suas pernas o haviam levado direto para o Salão. Entrou e foi direto sentar-se na sua mesa na Sonserina, para ver se conseguia comer alguma coisa. Não conseguia. O cheiro daquele mingau o enjoava...maldito porre. Enterrando o rosto nas mãos, tentou se concentrar e lembrar-se de algo. Mas não adiantava... Tudo o que se lembrava era aquele cheiro intoxicante... “ É melhor desistir”, pensou o garoto, finalmente entregando os pontos.



Foi quando Draco Malfoy levantou a cabeça e viu Harry Potter na mesa da Grifinória. Olhos verdes nos cinzentos.



Foi quando ele se lembrou de tudo.



O corredor...



O banheiro...



Aquela pergunta...



“ Potter, você sabe que vai se arrepender disso amanhã, não vai?”



E depois... E depois eles haviam...



Agora ele se lembrava muito bem.



“Oh, Merlin.”



Foi quando Draco Malfoy desmaiou.







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