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Capítulo 4


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Aprendendo com uma mulher




– Satisfeita? – perguntou ele, com os cabelos pingando de suor.


O sol escaldante que estava no lugar e que estava sobre Rony tinha se misturado com agonia e pressa de terminar aquela pequena pista que demorou em torno de duas horas. A pista tinha se tornado cada vez mais intrigante, e Rony havia se ligado de puxar o freio de mão nas curvas quase uma hora depois.


Ele estava a frente de Hermione, ela conversava e ria com Luna entre olhares para ele.


– Descansa ai lindinho – disse Hermione.


– Você está explorando ele – disse Luna, em meio a risos.


Hermione jogou a cabeça para trás e riu.


O garoto estava com muito calor, então, se livrou da camisa. As garotas que trabalhavam para Hermione começaram a assoviar e cochichar. O garoto passou a mão nos cabelos alaranjados e pegou uma garrafinha de água que estava em cima da mesinha que estavam as garrafas de cerveja de Hermione. Foi aonde Hermione resolveu olhar para ele.


Levando os óculos até metade do nariz, ela o encarou.


Ele tinha um corpo lindo, com músculos definidos e braços delineados com um tom claro quase branco que deixou Hermione com um fervor ao completar aquele corpo com aqueles olhos claros e os cabelos cor de fogo.


Ela tirou os óculos e levou os óculos aos lábios como um charme, e ele riu.


– Vamos baixinho – disse ele, se referindo a Neville. – Preciso aprender Drift.


O garoto riu. Rony estava indo na direção do velho carro que dirigiu por aquelas horas. Hermione se levantou, ele se virou para observar. Ela tirou o sobretudo preto que ia até seus joelhos. Por baixo do sobretudo ela escondia um shorts jeans e uma regata branca, que dava a qualquer um o prazer de ver o sutiã que a castanha usava, e naquele dia era um belo sutiã fluorescente rosa, que Rony pode deduzir que ela usava quando estava longe de holofortes.


Ela caminhou em direção ao galpão, enquanto caminhava, o barulho do salto ficava no lugar e ela amarrava seus cabelos enquanto caminhava.


– Se ferrou – disse Luna, rindo.


– Porque? – perguntou Rony, observando a forma como Hermione caminhava que insistia em o deixar com o olhar fixo nela.


Luna colocou os pés na cadeira que Hermione havia sentado e observou começou a comer os salgadinhos que amiga e ela estavam comendo. O garoto bebeu a garrafinha de água que estava em suas mão. Olhando para a garrafinha, ele se distraiu ao sentir a água fria passando por sua garganta, mas logo sua distração parou com o ronco do motor de um carro.


Ele deixou um pouco de água escapar da sua boca quando viu o possante Chevelle SS na porta do velho galpão, com a castanha na direção, com um braço para fora o chamando para uma corrida.


Ela o chamava com dois dedos juntos.


– Ta maluca? – disse ele, abrindo os braços – Você tem uma máquina e eu um Uno caindo aos pedaços.


Ela olhou para o lado e riu.


– Detona a sua belezinha ali – disse ela, apontando com a cabeça para o Mazda RX-7 preto e laranja que Rony havia ganhado mais cedo.


Eu vou detonar a pintura dele! – disse Rony.


Idiota – disse ela, pisando no acelerador.


Luna riu, e Neville que parecia molenga também.


A garota entrou na pista que Rony tinha feito em duas horas. Ela pisou no freio e no acelerador ao mesmo tempo, esperou alguns segundos e soltou o freio, deixando o carro ir para a frente com velocidade e nenhuma precisão. O carro foi sem nenhum dificuldade até a primeira curva, a que Rony tinha lutado tanto para passar.


Ela puxou o freio de mão e girou o volante.


O carro fez a primeira curva, e logo ela virou o volante para o outro lado para dar estabilidade e direção ao carro. E as outras curvas foram seqüenciadas assim, com o freio de mão puxado e o controle total do carro apenas com o volante e a troca de pedal, marchas e olhares para a pista.


Ela saiu a pista triunfante, com o carro intacto.


Ela desceu do carro e as suas meninas foram abraçar ela. Ela sorriu para as amigas e foi em direção a Rony, passou a mão no queixo dele, fingindo tirar alguma baba que poderia cair a qualquer momento.


Ela o olhou com um olhar sedutor.


– Aprendeu algo de drift?


– Ta me falando que puxar o freio de mão é drift? – perguntou ele, incrédulo.


– Quase isso – disse Hermione, indo para dentro do galpão. Luna e Neville fechavam o sombreiro e as cadeiras.


Rony levou as mãos a cintura e observou  Hermione ir em direção ao galpão.


 


Rony estava sentado em um sofá que tinha no galpão, ele tinha em mãos um jornal. Passava do meio dia e Hermione estava em um longo e demorado banho. Ela desceu as escadas, as mecânicas estavam mexendo em carros e Luna comandava tudo.


Ele levantou os olhos para ver  castanha, como podia ser tão bonita? Ela trajava um vestido colado em seu corpo, da cor rosa claro. Sapatos tom ferrugem e os cabelos soltos.


– Luna, você prepara tudo para hoje a noite – disse Hermione, examinando o conteúdo de sua bolsa. – Neville, não esquece de colocar as balas certas das armas, não queremos acidentes. E você... – disse Hermione, observando o aspecto desleixado de Rony. – Vamos as compras! Você precisa mudar esse seu modo de vestir.


 


Fazer compras com uma mulher não era o programa preferido de nenhum homem. Rony sempre escutava as reclamações vindas de Harry, mas nunca entendia o porque de tanta reclamação. Hoje, Rony vestiu muitos ternos, camisas, calças, tênis... E cada vez mais paparazzis apareciam nas vitrines das lojas que eles estavam.


Indo de volta para o “esconderijo” de Hermione, o celular de Rony tocou. Ele procurou nos bolsos e atendeu, colocando no viva voz antes de dizer alguma coisa.


– Alô?


Rony? Aonde você está?


Gina, estou trabalhando.


Você começa a trabalhar para Emma Watson e não conta a ninguém?


Comecei hoje pela manhã.


Ok, ok. Rony, você está em todos os sites de fofocas! – disse Gina, excitada – Você está nos programas sobre famosos.. Rony, você foi fazer compras com a Emma?


Sim... – respondeu ele, tímido. – Olha Gina, eu preciso trabalhar!


– Ok mano. Beijos e bom trabalho.


Rony desligou o celular.


– Não se atende o celular enquanto está dirigindo – comentou Emma, com um pouco de censura na voz.


Rony riu.


– Está com fome? – perguntou ela.


Ele ficou em silencio, e continuou a dirigir. Os dedos ágeis da garota foram até o GPS e marcaram um local.


– Vá até esse local, tem um café ótimo – comentou ela.


Rony deu meia volta com o carro e continuou o trajeto que o GPS mandava.


Rony não podia evitar alguns olhares para a sua patroa. Além de atraente ela era completamente misteriosa e irônica. O ar de superioridade dela incomodava Rony, e o deixava um tanto irritado.


Ela também, não poupou olhares para aquele garoto simpático e prestativo que tinha encontrado. Ele a deixava sempre sair por cima, mas mesmo assim ela não se satisfazia, ela sempre queria mais dele.


Rony chegou ao lugar exigido por ela. O relógio marcava seis horas da tarde.


Eles desceram, Rony estava incomodo por ver ela pagar tudo o que faziam. As roupas que ele havia “ganhado” dela já estavam de bom tamanho, e ele não ia querer a deixar pagar o café.


O lugar era todo decorado de marrom escuro e branco, deixando um clima “cacau” no lugar. Os dois se sentaram e Hermione começou a observar o cardápio.


O garçom se aproximou, e Rony fez seu pedido:


– Quero um cappuccino, uma rosquinha com cobertura de chocolate misto. – Enquanto o homem anotava o pedido, ele jogou um olhar para Hermione, que retribuiu. – Não me diga que você vai pedir um café com leite sem açúcar e uma salada de frutas pequena. – disse ele, rindo.


Ela levantou a sobrancelha para ele.


– Ué, é assim que modelo sempre é – disse ele, se acomodando na cadeira.


Ela olhou para o garçom e sorriu.


– Quero um chocolate quente com chantilly, um pedaço de torta de morango e um Milk Shake de ovomaltine.


Rony tossiu, e o garçom partiu em direção a cozinha.


Hermione uniu suas mãos em cima da mesa, como forma de puxar um assunto. E Rony iniciou um assunto que ele queria começar a algumas horas atrás:


– Porque eu?


– Como assim? – perguntou ela.


– Você podia ter escolhido qualquer outra pessoa para dirigir para você!


– Mas escolhi você.


– Quero saber porque – perguntou ele, novamente.


– Confio em você. Apenas isso.


Seus pedidos chegaram, o mais rápido atendimento que Rony pode ver.


– Rápido – comentou ele, olhando o garçom colocar os pedidos na mesa.


– Um lugar requintado tem seus méritos! – comentou ela, pela primeira vez dando uma gargalhada que dois amigos dariam enquanto conversavam.


 

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