Part VII



Love, love, love


 


Amor – era definitivamente o que ela sentia por Draco Malfoy. Discussões são normais em amizades, principalmente quando seu amigo é esse louro arrogante. Tudo voltaria ao normal, uma hora ou outra e a única coisa que Pansy precisava agora era paciência. Ainda sim...


 


Amor – uma droga de sentimento que apenas trouxe dor. Veio, deixou seu coração em pedaços e ainda insistia em ficar por ali. Uma verdadeira droga de sentimento! Que ainda sim ela adorava sentir.


 


Amor – sentimento que anda colado ao ódio. A menina perdera a conta de quantas vezes ouvira isso. E talvez não houvesse verdade maior.


Dopamina. Substância que acompanha o amor nos trazendo alegria. Substância também responsável pelo ódio.


Todas aquelas palavras ditas... Pansy sabia delas há muito tempo, mas ouvi-las passou longe de ser fácil e a medida que elas eram registradas em seu cérebro, uma quantidade de sentimentos negativos a invadiam tão depressa que ela poderia não ter conseguido lidar com eles, ela poderia ter virado uma doente psicótica, se isso já não tivesse acontecido.


Merlin, ela realmente estava perdendo a cabeça...


 


“Assim como o amor, só odiamos aquilo que nos for muito importante.” - Pansy havia lido isso em algum lugar.


 


Ela chegara ali esperando tantas coisas e tivera uma grande droga de recepção que só deixou confusão em seu caminho. O que realmente acontecera com Draco nesses seis meses? O que havia feito ele se tornar... aquilo? Ele sempre fora distante e rude, mas ele nunca a tratava daquele jeito. Aquele comportamento era exclusivo aos pertencentes de outras casas senão a Sonserina ou então à alguns calouros desta.


 Seria efeito daquela tatuagem? Provavelmente. A impressão que ela tinha é que através daquela marca Voldemort ainda existia, espalhando ódio e maldade em seu possuidor. Ele tinha que removê-la o quanto antes.


Mas de uma coisa ela pôde ter certeza:


Não importava quantas coisas influenciavam na relação dos dois, eles não viviam num inverno, afinal. Draco Malfoy era o inverno.


Cabelos louros quase brancos, pele branca... Pálido como a neve.


Distante, aproveitador, oportunista... frio como o inverno.


 


Isso é o que qualquer pessoa em sã consciência perceberia sem muito esforço. Mas não uma pessoa apaixonada. Ela veria tudo, com certeza, mas a sensação era logo a contrária. O que a bruxa sentia perto do rapaz era calor. O calor do amor em seu coração, calor da raiva em seu corpo, calor da vergonha em seu rosto... calor da frustração em seus planos, que na verdade haviam acabado de ser incendiados e a única coisa que lhe restava agora eram cinzas.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.