Jogos entre...



Tonks avisou Quim e o resto dos aurores a tempo de se prevenirem do possível ataque do bando de lobisomens liderado por Greyback. Quim apareceu mais cedo em sua lareira para dizer que ninguém corria perigo e que graças a Lupin todos foram salvos.


 Logo depois da desastrosa entrega de pizza, Lupin foi embora deixando Tonks com saudades do tempo em que tudo tinha solução. Duas batidas na porta fizeram Tonks pular da poltrona e ir imediatamente atender a porta na esperança de ver Lupin.


–O que? O que você está fazendo aqui?– perguntou Tonks fazendo careta ao ver Severo na porta ao invés do lobisomem.


–Posso entrar?– perguntou Snape em tom seco e gélido.


Tonks saiu do caminho e quando Severo entrou ela fechou a porta e ficou encarando-o.


Severo foi até a poltrona lilás da moça e se sentou conjurando outra poltrona Severo ofereceu para a auror.


–Não obrigada. – falou a moça olhando-o com ódio. – O que você tem para dizer vai ser bem rápido, eu espero.


Por um minuto Snape encarou as mãos, mais logo depois fitou os olhos negros da garota a sua frente e disse.


–Tonks, desculpa.


–Hum, por o que?– perguntou dificultando.


–Você sabe.– falou Snape secamente.


Tonks se ajoelhou na frente de Snape e fitou os olhos negros do homem. Por um momento ela se perdeu naquele negrume, mais logo depois suspirou e falou.


–Severo você não me deve desculpas. – ela olhou para a porta.– Desculpe eu comecei tudo errado.


 Snape não soube por que fez isso, mais de repente sua mão já estava tocando o rosto de Tonks fazendo seus olhares se encontrarem. Tonks não desviou o olhar e continuou falando.


–Você não me deve desculpas mesmo. Mais o que você fez não foi legal,eu...


–Você gostou?– perguntou Snape, com a expressão indecifrável.


–Droga! – gritou Tonks levantando-se e começando a andar em círculos nervosamente. –Eu preciso responder?


–Olha eu não sei! Eu...


–Gostou ou não gostou Ninfadora?


 –Gostei, e esse foi o meu maior erro. – falou a moça não contendo as lágrimas. – de repente você aparece na minha vida novamente e mexe com os meus sentimentos desse jeito. Você...


–Não...


–Me deixe falar, por favor?


Severo assentiu.


–Se você me beijou por diversão ou brincadeira você errou. E mais, você brincou com a pessoa errada. Eu não vou admitir que você estrague a minha vida por não saber controlar os seus impulsos.


–Eu não brinquei com você Ninfadora.


–Ah então você vai fingir que não me beijou?


–Eu tenho mais o que fazer garota. Você não quer minhas desculpas, então eu não tenho mais nada o que fazer aqui. – falou Snape levantando-se da poltrona e saindo deixando Tonks ainda em lágrimas.


 Por um momento Tonks teve vontade de correr atrás de Snape e o confrontar, mais ela não teve forças. Seu coração já estava machucado demais, para simplesmente ouvir que tinha sido feita de boba. De repente tinha se tornado fraca, simplesmente não sabia aonde tinha parado aquela garota alegre, divertida e que enfrentava tudo sem medo de nada. Não se reconhecia mais.


 


  O céu estava negro, mais as estrelas disfarçavam qualquer vestígio de medo. Remo Lupin aparatou alguns metros longe de Hogwarts, e estava andando em direção ao castelo. A capa farfalhando atrás e a varinha na mão. Naquela noite ele era um homem para tudo.


 Sem moradia fixa, por causa do bando de Greyback, Remo estava vivendo em florestas que via como um meio seguro. Mais agora ele tinha deixado a moradia e tinha ido até a Hogwarts. O motivo? Ele sabia que não tinha o direito de se meter na vida de Tonks, mais também sabia que tinha o direito de tentar faze-la feliz. E nessa noite de um jeito ou de outro ele ia tentar. Ou melhor, conseguir.


Filch veio com um lampião na mão e uma cara de desgosto até os portões.


–O que faz aqui lobisomem?


–Preciso falar com o professor Snape, Sr. Filch.– falou Lupin com um sorriso no rosto ignorando o nojo na voz de Filch.– ele me chamou aqui.


Remo achou melhor mentir, o que tinha para falar era muito importante para ser adiado. Antes que Filch pudesse interceder em alguma coisa, Minerva apareceu atrás do homem e falou.


–Remo, veio falar com o professor Dumbledore?


–Não, Minerva, vim falar com Severo mesmo.


 Minerva pegou a varinha e com um toque as correntes dos portões soltaram e os portões se abriram.


Os dois entraram no castelo e começaram a subir escadas. Minerva na frente. Chegaram até as masmorras onde Snape dava aula. Minerva bateu na porta.


–Entre. – falou uma voz secamente.


–Bem Remo, eu tenho que ir.


–Obrigado Minerva. – falou Remo com um sorriso.


Assim que Minerva foi embora, Remo abriu a porta e viu Snape sentado em uma cadeira com uma pilha de redações em cima da mesa. A principio o professor de poções não tirou o olho das redações, mais assim que Remo foi para a frente da mesa o homem olhou para cima.


–O que faz aqui?– perguntou rispidamente levantando-se.


–Eu vim falara com você.


–Lupin, você não tem nada para fazer aqui. E se você ainda não percebeu eu estou trabalhando, ao contrário de você. – terminou Snape com um sorriso zombeteiro no rosto.


–Por que você beijou Tonks?


–Você virou o pai dela e eu não sabia? Por que, que eu saiba Ninfadora é uma mulher livre e dona de seus atos.


–Seu canalha!– gritou Remo e pegou Snape pela gola das vestes.


–Tire as mãos imundas de mim, lobisomem!– falou Snape baixinho, mais com o rosto transbordando cólera.


 Remo saiu de perto de Snape e começou a nadar pela sala, até que voltou no mesmo ponto e disse.


–Se você machucar Tonks...


–Vai fazer o que, me morder?– perguntou Snape sarcástico.


–Não, mais pode deixar que eu vou encontra-lo aonde você estiver.– falou Remo saindo da masmorra e deixando Snape furioso.


 


 


 

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