Ignorância em Pessoa



Ignorância em Pessoa


 Rita Skeeter. A rainha da fofoca e da confusão acabou de entrar no pub. Severo deve ter percebido a direção dos meus olhos por que fez uma cara de espanto bem engraçada.


– Ferrou. – essa foi à única palavra que consegui dizer. A danada da mulher estava sozinha, com uma capa azul-marinho bem espalhafatosa e botas amarelo-canário. Tinha que admitir, aquela mulher não sabia nada sobre moda.


– Vamos sair daqui. – falou Severo mexendo os lábios.


Só fiz assentir. Graças a Merlin a nossa mesa era bem afastada e tinha um arbusto na nossa frente. Mais não impedia completamente a visão. Apontei minha varinha para o arbusto e sussurrei ‘’engorgio’’, o arbusto rapidamente cresceu um pouco mais.


– Fiz isso para ganharmos tempo. – falei– a qualquer momento ela pode vir bisbilhotar esse canto. Temos que pensar em algum feitiço para sairmos daqui.


– Não se pode aparatar nesse pub.– Severo foi logo falando.


– Aha!– exclamei feliz


– O que foi?– perguntou Severo ligeiramente incomodado com a nossa situação.


Encaminhei-me meio abaixada na direção de Severo, assim que cheguei atrás de sua cabeça rapidamente dei uma leve pancadinha em sua cabeça e sussurrei perto do seu ouvido.


– Feitiço da Desilusão.


 E logo senti que ele tremeu. Rapidamente fui em direção a porta do pub e abri a porta, rapidamente fui invadida por uma rajada de vento. Uma mão tocou o meu ombro me fazendoeu tropeçar, essa mesma mão agarrou minha cintura.


– Bom trabalho Ninfadora. – Severo falou bem perto do meu ouvido, fazendo percorrer um certo arrepio em minha pele. Logo dei outra pancadinha em sua cabeça e o Feitiço de Desilusão se desfez. Tratei logo de manter certa distancia de Severo.  Só de olhar para esse homem meu corpo começava a arrepiar, imagina se eu ficar muito perto? Não, melhor prevenir.


– Eu sou auror, esqueceu Severo?


 Severo só fez erguer ligeiramente as sobrancelhas em um gesto cético. Oh Merlin como aquele homem era cheio de surpresa. Fiquei olhando para ele e não pude deixar de compará-lo ao Remo. Enquanto Remo fazia de tudo para fazer as pessoas ao seu redor se sentirem bem, Severo não se importava com isso. Remo não usava da ironia, enquanto Snape usava e abusava. O que eu estou fazendo? Perguntei a mim mesma, comparando Severo ao Remo? Só podia ser efeito da bebida, só pode.


– Antes que você comece a babar, eu sugiro que devemos sair do meio do caminho...


Foi quando eu percebi que estava no meio da porta, olhando com cara de boba para Severo Snape, provavelmente de boca aberta.


– Ah, é. – me encaminhei para um banco que ficava em frente ao Três Vassouras, peguei a varinha e apontei para o banco murmurando.


– Tergeo!


Automaticamente a varinha sugou a sujeira do banco. Me sentei, e logo percebi que Severo continuava em pé, dei uma batidinha ao meu lado.


– Pode se sentar Severo, sua ‘’limpa’’ capinha não ficará suja. - falei a palavra limpa enfatizando as aspas com os dedos.


Ele só fez me olhar, dando um sorriso zombeteiro.


– Ao contrário de você Ninfadora, eu tenho muito trabalho a fazer. – ele falou– Então boa noite.


– Eu já falei para você não me chamar assim!– falei batendo o pé.


– Boa noite... – falou novamente, indo embora.


– Boa noite para você também Severo... – deixei a frase se perder no ar.


 Fiquei sentada pensando nessa nova ‘’amizade’’. Claro que Severo não falou nada sobre sermos amigos, mais depois de hoje.


 


 


 Faltavam apenas um dia para Remo voltar da ‘’viagem’’. Sei que não devia estar contando os dias, mais era inevitável. Faltavam muito pouco para eu ver Remo, cuidar de seus ferimentos e ter os seus lábios nos meus. Como eu sonhava com esse dia.


Continuava no meu posto em Hogsmeade. Isso facilitava um pouco as coisas. Parte dos meus problemas estava sendo a capacidade de me metamorfomaga. Meus cabelos antes castanhos sem vida passaram para um castanho um pouco mais estonteante. Meus cabelos estavam refletindo o meu humor. Sei que não devia estará muito feliz, mais pelo menos eu ia ver Remo, mesmo ele me afastando dele mesmo. Homens, pensei. Todos são uma caixinha de surpresa.


– Ninfadora!– ouvi aquela voz familiar.


– Oi Severo eu...


– Me poupe dos seus assuntos- falou de maneira brusca. – Dumbledore marcou uma nova reunião da Ordem, vai ser na casa dos Weasley, vá nesse exato momento.


– Mais o Remo ainda não chegou.


– Ninguém precisa do lobisomem. – falou me dando as costas.


Ignorante, pensei com raiva. Chama o meu nome, me interrompe e depois me vira às costas.


Segurei bem firme a minha varinha e aparatei no terreno da Toca. Chegando lá vi Gui e Carlinhos, provavelmente me esperando.


– Tonks!– falou Carlinhos correndo, me abraçou e logo depois se afastou.


– Oi Tonks– disse Gui.


Fui entrando na sala da Toca junto com Gui e Carlinhos, a sala tinha pouca gente por sinal. Quim, Molly, Dumbledore e Severo. Todos me cumprimentaram calorosamente, com exceção de Severo. A reunião de forma pouco tensa. A tensão mesmo estava nos olhares trocados entre mim e Severo. Mais também eram só olhares.


A reunião terminou e as ‘’crianças’’ desceram. Hermione estava mais alta, Rony já passara do rosto de menino para o rosto de homem, Harry já apresentava pouca barba e Gina estava menos tímida. Logo depois Molly fez um jantar daqueles, que fez todo mundo repetir, nesse meio tempo Dumbledore me chamou.


– Ninfadora, tenho uma pequena missão para você– falou me dando tempo para assentir. – Quero que você volte ao Largo Grimmauld e faça uma vistoria atrás de produtos ou feitiços das trevas. Quero montar novamente o quartel-general lá, mais não podemos correr o rico de Belatriz Lestrange ter colocado alguma coisa perigosa lá.


Quando eu já fui me afastando para me despedir de Molly, Dumbledore falou.


– Esqueci de dizer: sua missão será feita juntamente com Severo.


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