O Testamendo de Gambondore



 



Lissa e Carol estavam tomando champanhe na piscina da nova sede do Fanlipwa, um castelo no sul da França, quando uma coruja parda deixou cair a edição do Profeta Matutino no gramado, duas notícias estapavam a capa. Uma sobre o roubo de Gringotes.
- Ainda Bem que pusemos nosso dinheiro no Banco do Brasil, o maior banco brasileiro e que agora está com tarifas mais baixas para quem deposita acima de mil galeões na conta ouro. - Lissa deu um sorriso ao fim do merchandising e voltou a atenção para o jornal.
A segunda noticia dava conta de que naquele dia seria aberto o testamento de Gambondore.
- É melhor avisar o pessoal Lissa!
As duas adentraram ao luxuosissimo castelo, comprado com o dinheiro convenientemente ganho no final de SdRE, e encontraram com o retante dos membros que estavam jogando squash enquanto elfos domésticos, livres que fique bem claro, lhes serviam chocolates da Knipschildt.
As garotas lhes contaram o que estava acontecendo e foi convocada uma pequena reunião que demorou um pouco para começar pois Pedro estava em Londres, cortando o cabelo no salão de Lee Stafford. Depois de ponderar a situção chegaram a decisão de que dessa vez não deveriam interferir muito, observariam tudo de longe e, se necessário, entrariam em campo para ajudar os três desgraçados.

Longe dali Hemmaione, Harrycliffe e Runpert chegavam ao escritório do advogado de Gambondore. Estavam utilizando um serviço de aluguéis de Carruagem, Harrycliffe precisou vender sua Limusine e a alma de Dobby para pagar suas divídas contraídas com maquiagem e ternos de veludo de alta costura.
- Que decadência! Olha lá Harrycliffe tem um monte de repórteres em frente ao prédio, não podemos chegar lá nessa carruagem alugada!        


- Não podemos mesmo Maione! Olha senhor pode nos deixar aqui nesta esquina, obrigado. Harrycliffe indicou um canto da rua onde os repórteres não os veriam descer.
Runpert desceu a contragosto, pois achava uma besteira descer de uma tra, mas seguiu os outros dois. Os jornalistas não lhes deram folga:


"Hemmaione vocês vieram a pé?" "Harrycliffe é verdade que você teve que vender sua coleção de ternos de veludo do século XVIII para pagar as contas?" "Ruivinho quem é você?"


Os três ignoraram as indagações humilhantes e adentraram ao imóvel.
- Então senhor advogado, só viemos nós? - Perguntou Runpert.
- Não senhor, estamos esperando mais uma pessoa... Ah, acabou de chegar!
Um travesti anão fazendo cosplay de Beyoncé entrou na sala perante os olhares estupefados do trio.
- Mas quem é esse, essa, isso?
- Esta, senhorita Gratson, é a companheira do senhor Gambondore, Samantha Zenayde. Eles se conheceram no cruseiro Arco-íris pela costa brasileira.
CATAPLOFT
Hemmaione desequilibrou e caiu no chão.
- Pela amor de Merlin Hemmaione! Pare com isso!
- Desculpa Runpert, mas você tem que admitir que isso é demais pra qualquer um. A dois dias descobri que o velho decrépito era gay e hoje eu fico sabendo que ele namorava um anão transformista.
- Algum problema raxa? Olha que eu puxo a gilete de baixo da língua e te corto toda, sua uó! - A travesti tinha um forte sotaque de nordestino das novelas da Rede Globo.
Runpert e o advogado colocaram panos quentes na conversa e foi dado ínicio a leitura do testamento do bruxo.

"Se estão lendo isso quer dizer que eu morri ou não. Talvez este seja apenas um plano de gênio bolado para que todos pensem que morri, para que no final eu apareça e salve todo mundo. Mentira eu morri mesmo, não tenho saco pra essa coisa de planos de salvação, a não ser que seja para salvar a mim mesmo. Continuando, espero que tenha sido uma boa morte. Se me mataram espero ter levado o máximo possível de safados junto comigo, se morri naturalmente espero que tenha sido nos braços da minha amada Samantha Zenaide. Já que vocês não tem a minha presença podem pelo ficar com algo do que eu juntei durante minha longa vida.
Primeiramente eu deixo metade de meus bens valiosos para a Instituição de Apoio aos Orfão Felizes e Corados...











Mentira, deixo um peido pra eles isso sim, meu dinheiro vai todo para a minha amada Samantha Zenaide"


A travesti caiu no chão desmaiada.
- Você fala de mim não é Runpert?
- Deixe disso Maione, me ajude aqui a levantar ele, quer dizer ela, quer dizer... ah, sei lá!
Hemmaione fingiu segurar o anão só para derruba-lo no chão. Com o baque ele acordou.
- Olha aqui minha filha, não te retalho a cara porque agora eu sou fina tá? Senhor advogado precisa de mim para mais alguma coisa?
- Não Senhora.
- Ótimo, tô rica! Vou pra Tailândia agora fazer a operação! Adeus, beijo para quem é travesti!
Samantha rodou nos próprio pés e saiu dignissima.
- E nós doutor advogado? Viemos aqui para nada?
- Não, senhor Harrycliffe. Gambondore me deus ordens especificas quanto a vocês.
O advogado abriu uma pasta preta, retirou um papel de aparência desagradavel e começou a ler.

Hoje acordei e tive a inédita sensação de querer fazer algo bom por três dos meu alunos. Assisti ao programa da Bruxeana Gimenez e percebi que poderia ajudar em sua busca pela Warncruz. Caguei e andei para isso, mas uma luz saiu do desiluminador e entrou no meu peito dando a mim uma grande disponibilidade para fazer o que era correto,eu não era eu mesmo naquela noite.

- Usar uma referência ao flop da Christina Aguilera é bem a cara do velho mesmo, aff.
- Hemmaione fique quieta! Pode continuar senhor advogado!
- Obrigado Sr. Weasley! Continuando.                                                        


Agora deixemos de frescura, é o seguinte, A Warncruz é um feitiço de magia negra muito poderoso e apenas um contra feitiço muito forte de magia branca pode desfazer o encantamento. Para destruir esse tipo de poder vocês precisam utilizar as lendárias Relíquias de Inri, só elas tem o poder de destruir o mal existente na Warncruz. Há um problema, vocês precisam saber quel o objeto que foi enfeitiçado para poder destruir a influência maléfica. Dito isso deixo como herança para os Senhores Harrycliffe e Runpert e para senhorita Hemmaione uma das preciosas relíquias. A capa vermelha com que Inri costuma se cobrir quando está a dar seus sermões.

O advogado retirou da pasta uma capa de veludo vermelha muito antiga e entregou nas mãos de Harrycliffe.

"As outras relíquias se encontram no Brasil, a segunda será encontrada por vocês, é o taco de sinuca de Inri,e a última irá ao seu encontro, quando duas relíquias se encontram elas indicam o caminho para a terceira. Deixo dinheiro para que vocês consigam chegar ao Brasil, lá estarão por sua conta. Boa Sorte!


Hemmaione, Runpert e Harrycliffe estavam chocados, Gambondore os estava ajudando a perseguir as Warncruz.
- Harrycliffe jogue essa capa fora agora! - Gritou Hemmaione desesperada. - É uma armadilha do Voldemort, deve estar cheia de feitiços e maldições!
- Posso lhe garantir Senhorita Granger que não há nenhum feitiço, o próprio Gambondore me entregou a capa e o rolo de papel higiênico onde escreveu essas palavras, fez isso as vésperas de sua morte.
- Mas porque ele resolveu nos ajudar? Ele só nos batia e cuspia perdigotos enquanto berrava na nossa cara.
- Infelizmente não posso responder a essa pergunta sr. Potter e receio que nem o Professor Gambondore. É tudo o que tinha para dizer podem ir agora, tenho clientes para tratar e, ao contrário de vocês, eles ainda tem dinheiro.                                                                                               


Os três saíram pela porta dos fundos para evitar a imprensa e a vergonha de sere vistos a subir no noitibûs, já que não tinham dinheiro para a carruagem de aluguel, pararam em frentes aos portões da mansão Barbie Malibu de Hemmaione, mas havia uma estranha movimentação. Vários homens de uniforme pareciam estar levando objetos da casa para caminhões estacionados na entrada. Hemmaione se dirigiu a um dos trabalhadores para saber o que estava acontecendo.
- Ordem de despejo e liquidação de dividas.
- Meu Merlin Harrycliffe, eles estão levando minhas coisas, será que vão levar também...
Hemmaione nem terminou a frase e correu desesperadamente para o seu quarto, dois homens já lá estavam prestes a abria do seu closet de sapatos. A bruxinha pulou que nem uma onça e ficou em frente à porta.
- Ninguém vai levar nada daqui!
- Temos ordens para levar tudo, se a senhorita não cooperar teremos de chamar os aurores.
- Não vai sair nem um par de sapatos deste closet - As feições de Hemmaione se contorceram e sua voz parecia um rugido demôniaco.
A bruxa puxou a varinha da bolsa e enfeitiçou um dos homens.
- O que foi que você fez sua maluca? - O outro rapaz também puxou sua varinha.
- Expelliarmos!
- Protego!
Runpert e Harrycliffe entraram no quarto e se depararam com um homem caído no chão e Hemmaione duelando com um desconhecido.
- O que está acontecendo aqui Hemmaione?
- Ninguém vai levar os meus sapatos Runpert! Juro sobre o corpo de Marc Jacobs que nem um Louboutin sai daqui!
- É o que vamos ver - O homem levantou braço para atacar Hemmaione novamente e acabou por deixar a mostra sua marca negra. Runpert e Harrycliffe gritaram seus feitiços estuporantes ao mesmo tempo. Atingido de surpresa o comensal caiu.                                                                      


- Os outros devem ser comensais da Morte também, vamos embora daqui!
- Só depois que eu enfiar meus sapatos na minha bolsa Prada enfeitiçada onde cabe de tudo. - Hemmaione entrou no armário e começou a jogar vários pares de sapato e outros objetos dentro da bolsa.
- Hemmaione, não temos tempo!
- Não tem mesmo. - Três comensais da morte estavam à entrada com as varinhas já prontas para atacar. - Você vem conosco Potter, o lord das trevas vai ficar muito feliz em ver você.
Runpert e Harrycliffe não podiam atacar sem ser vistos, pensavam frenética e silenciosamente numa saída, mas foi a aparição surpresa de Hemaionne que os salvou.
- Bombarda Maxima! - Hemmaione apontou a varinha para o chão que cedeu.
Metade do piso do quarto caiu na piscina do andar de baixo. Os três comensais, Harrycliffe e Runpert desabaram na água, assim como os móveis do quarto, apenas Hemmaione continuou no local em que estava.
- Runpert! Harrycliffe! Cadê vocês? - A bruxa berrava desesperada sem conseguir enxegar o que acontecia sob seus pés devido a poeira que dominava o ambiente.
- Lumus! - A ponta da varinha iluminou Harrycliffe saindo da Piscina segurando a capa de Inri e dois comensais desacordados boiando ao lado do que sobrou de de uma cômoda, mas ela não conseguia ver Runpert.
- Runpert, Runpert! Cadê Você?
- Aqui Hemmaione... Expelliarmus! Ajudem!
Runpert ainda estava na piscina, cercado de destroços e lutando com o único comensal da morte que ainda estava de pé.
- Calma Runpert, estamos indo!
Hemmaione se esgueirou pelos cantos do quarto e correu escada abaixo para poder chegar à piscina no nível inferior. Harrycliffe tentava enxergar alguma coisa na poeira, mas só conseguia ver os clarões dos feitiços lançados durante o duelo que seu amigo protagonizava.
- Runpert, Runpert!
- Aqui Harrycliffe! Não consigo ver onde ele está, cuidado!


Tudo ficou silencioso, Runpert saiu da piscina e encontrou Harrycliffe, Hemmaione juntou-se a eles.
- Vamos embora daqui!
Um feitiço lançado por trás dos amigos atingiu uma das colunas e fez o que restava do quarto vir abaixo. O trio correu em direção ao hall das escadas com feitiços explodindo atrás deles.
- Eles estão na entrada! - Dois comensais surgiram de entre a fumaça e atacaram, em alguns segundos estava sendo travado um duelo mortal entre eles. Em meio à luta um dos feitiços atingiu Hemmaione que emborcou no chão. A varinha de Runpert cortou o ar com um brilho vermelho e os dois comensais desmontaram no chão. O garoto correu em direção a Hemmaione com Harrycliffe a suas costas. A bruxa já estava a levantar-se.
- Você está bem Hemmaione?
- Estou Harrycliffe, o feitiço bateu no meu colar, eu cai devido ao impacto.
- É melhor sairmos logo daqui, temos de pegar o navio para o Brasil, daqui a pouco isso estará cheio de capangas do Voldemort.
Os três deram as mãos e desaparataram para o cais do Porto em Liverpool que estava lotado de pessoas embarcando em luxuosos transatlânticos.
- Harrycliffe, em que transatlântico nós vamos viajar? Espero que tenha um SPA, esses dias estão acabando com a minha pele e esse úlimo estresse me deixou toda suja, ainda bem que tive tempo de colocar a maior parte das minhas coisas na bolsa da Prada.
- Nós não vamos em nenhum deles Hemmaionne!
- Como assim Runpert? Estamos no porto errado?
- Não Hemmaione, o porto é mesmo esse. O navio que nós temos que pegar é o "Morena tropicana", um navio que transporta carga.
Runpert apontou para uma grande embarcação cheia de conteiners no convés, era demasiada suja e velha. O camarote de Hemmaione era um cúbiculo com beliche e um minúsculo banheiro. A garota teria que dividir o aposento com Macedão, uma lésbica masculina que estava sempre cheirando o cabelo da loira.                                                            


Harrycliffe e Runpert ficaram numa parte ainda pior da embarcação, havia apenas um banheiro para 15 pessoas e só era permitido gastar um rolo de papel higiênico a cada dois dias. Harrycliffe ficou arrasado quando percebeu que não havia espelhos em parte alguma do barco.
- Runpert amigo, quanto tempo vai durar essa viagem?
- Uns 5 dias Harrycliffe.
- Ainda bem que eu trouxe aquele exemplar mágico do catálogo da Avon, é só escrever meu nome e o produto aparece.
- E como você vai pagar por isso?
- É mesmo, tinha esquecido. Ainda bem que sobrou um bastão de corretivo branco. Será que vai ser assim para sempre? Terei eu que poupar minha make por falta de dinheiro? Usando produtos safados da Contém 1g?
- Harrycliffe, nós temos coisas bem mais importantes para pensar.
- Só se for para você Runpert que sempre foi um capiau e se veste como um palhaço cego de um circo falido.
Runpert apenas ficou calado, achou melhor não tentar argumentar, não queria brigar com o amigo em uma situação como aquela. Ficaram um tempo em silêncio terminando de arrumar as coisas quando a porta do camarote abriu com um forte estrondo e Hemmaione invadiu o quarto dos rapazes, parecia em estado de choque.
- O que aconteceu?
- Foi ela Harrycliffe, eu estava fazendo a minha siesta da beleza e acordei com a sapatão pegando no meu peito e me chamando de princesa. Eu não volto para aquele quarto!
Ficou decidido que Hemmaione passaria a dormir com os rapazes. Runpert dormia no chão, Hemmaione na cama de baixo e Harrycliffe na parte de cima do beliche.
A Viagem correu sem maiores incidentes para o alívio de Runpert que receva o ataque de comensais da morte a qualquer momento. Os maiores problemas foram mesmo os causados por Hemmaione e Harrycliffe. A garota estava sempre a reclamar dos produtos de higiene.
- É um absurdo! Meu cabelo vai cair se eu pentear ele usando Kolene, não desci tanto assim, e o sabonete? Que sabonete é esse? "Iara" nome de transformista!                                                                                          Harrycliffe tinha entrado numa melancólia emo, pintava os olhos com carvão já que não tinha lápis de olho e conseguiu um pó compacto jequití com a Macedão em troca de um maço de cigarros. Ninguém no navio suportava os dois, mais de uma vez Runpert persuadiu os outros passageiros e tripulação para que não jogassem seus amigos ao mar. Bancar a babá já estava cansando o ruivo, parecia que apenas ele se preocupava realmente com a missão que tinham pela frente. A medida que o Brasil se aproximava o garoto ficava mais apreensivo e soturno, não tinha a menor ideia de como conseguir as relíquias que faltavam, nem como iriam se manter em um local desconhecido sem um centavo no bolso.


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