Capítulo II




Vou te dizer uma coisa, quando você pega um buquê em um casamento os homens fogem igual o diabo da cruz. Francamente... Só eu quem não acredita nisso?

E assim vocês ficam sabendo dos efeitos malditos do buquê. Sério, uma hora de festa depois da idéia de que eu peguei o buquê divulgada e ninguém mais
leia-se: população ativa do sexo masculino chega perto de mim.


Deprimente.


Apenas um, um representante do sexo masculino veio falar comigo sem medo da maldição do buquê, mas eu preferiria que nenhum tivesse nem sequer olhado pra mim.


- Vamos, Lene. Só uma dança – Sirius pediu, com aquelas olhos de cachorro-sem-dono. Assim, fica difícil resistir.


- Não, Sirius. Primeiro, eu não gosto de você. Segundo, meus saltos estão me matando. – o que era mentira, eu poderia agüentar três dias num salto sem resmungar. Mas essas informações não precisam ser divulgadas.


Depois de um tempo, James tirou Lily para dançar e Emmeline foi conversar – duvido – com o Diggory. Dorcas já tinha sumido há muito tempo, Héstia a apresentou para deus e o mundo como se fossem melhores amigas e depois foi mostrar os presentes para ela.


Eu acabei ficando na mesa, rindo amarelo para quem passava.


E Sirius não poderia perder a oportunidade, naturalmente.


- Você só está fazendo birra, Lene. – ele disse, puxando sua cadeira para mais perto de mim – Afinal, o que vai te custar?


- Minha dignidade? – cruzei os braços.


Na mesa em que estávamos estavam o sobretudo de James e as sandálias de Lílian, que dançava na pista de dança. Dado momento, Héstia passou, bêbada e fez questão de dizer: ‘Não precisamos de crianças com pais irresponsáveis’ e piscou.


E é por isso que não devemos ir a festas de casamento se você já falou que a noiva é uma vaca... para ela mesma.


Vou começar a refrear a minha língua, isso está ficando perigoso.


- O que você está olhando aí? – eu encarei Sirius, que me fitava. – Pode ir circulando, eu não vou tirar o meu traseiro daqui.


- Você sempre foi teimosa. – ele sorriu.


- E pode tirar esse sorriso do rosto, também.


- LEEEENE! – berrou Lily, pulando do meu lado. Ela segurava James pela gravata e estampava um sorriso enorme no rosto. Eu poderia dizer seguramente que ela estava com um nível preocupante de álcool no sangue. – VAMOS DANÇAR!


Entre uma bêbada doida que eu vou ter que segurar para vomitar e o Sirius, eu realmente prefiro a bêbada.


- Vamos – eu disse, me levantando e tirando o sapato dos pés. Dei uma última golada no meu uísque e saí da mesa, acompanhando a ruiva-bêbada-doida.


- O que aconteceu com o ‘meus pés estão me matando’ ? – Sirius perguntou, me censurando.


- Estou sem sapatos E não quero ficar perto de você, hasta la vista – eu pisquei, enquanto acompanhava Lily numa espécie de ‘conga’.




- Muito obrigado pela presença, me-ni-nas. – ela disse, apertando minha mão e sorrindo – Mandarei as fotos para vocês. 


- Felicidades, Héstia – eu sorri, dando um chute em Emmeline, que estava atrás de mim e resmungava algo como ‘fui obrigada a vir aqui porque...’.


Éramos os últimos da festa. Eu, Lílian, Emmeline, James e infelizmente, Sirius.


Além de Héstia e Edgar, é claro.


- Lene!!!! – cantarolou Lily – Não esqueça seu buquê – ela continuou cantando e eu revirei os olhos. Segurei o buquê e sorri amarelo. Não iam esquecer este buquê tão fácil.


Se eu tivesse sorte, o efeito do álcool ia apagar a memória da maioria dos convidados que, para o meu desespero, trabalhavam comigo.


Eles iam esquecer, eu tinha fé nisso.


- Eu quero fotografar o seu casamento, ok? – fotógrafo me entregou o seu cartão, e eu dei o máximo de mim para não fazê-lo engolir ali e agora.


- Fique tranqüilo – Sirius tomou o cartão da minha mão e me puxou pela cintura para perto dele. Tudo isso tão rápido que mal deu tempo de piscar os olhos – nós te ligamos – e piscou para o fotógrafo.


Ai.Meus.Deus.


- Seu doente! – eu resmunguei, tentando me livrar dele. Mas infelizmente ele saiu da França com o treinamento completo, porque eu não consegui nem mexer nesse ‘embalo’, uma vez que ele era forte demais. – Me solta, Sirius.


- EU SABIA! – Héstia gritou disse, dando pulinhos. - Sempre soube! Quero ser dama de honra também, Lene! Já posso até pensar nos vestidos verde-limão com a decoração amarelo berrante e...


- Nada de vestidos verde-limão e muito menos decoração amarela – eu a fuzilei com o olhar, ainda tentando sair de perto do Sirius. – Sirius, me solta, é sério. – fitei seus olhos.


O que não era uma coisa muito inteligente. Eu sempre me afundava naqueles grandes olhos azuis, e sempre me lembrava das deliciosas lembranças de quando seu rosto estava colado no meu e seus olhos me fitavam como se sorrissem por si só.


- Eu adoro quando você fica tão perto, - ele sorriu. Continuei afundando em seus olhões azuis, sem coragem de chegar para trás e desviar meu rosto dele.


- Se você não sabe, só estou tão perto porque você não quer me soltar – consegui falar, desviando o olhar para Emmeline, e revirei os olhos.


- Sirius, solta ela, vai. Eu quem vou ter que agüentar o mau humor depois. – Emmeline pediu, pendurando em um dos braços dele.


Por fim, ele soltou.


- Você ainda me ama, certo? – ele piscou, sua mão livre segurando meu queixo para que eu o encarasse nos olhos.


- Não entendi, porque eu virei sua caça de um dia para o outro, Black? – cachorro, cachorro, cachorro.


- Só não quero que você case com mais ninguém – ele riu, me soltando e se afastando.


E essa agora! Sirius Black pensando em casamento. Faz-me-rir.


- Não me abandone, Lene. Eu não quero ficar nas Single Ladies sozinha, ouviu? – ela disse, olhando para os lados – O Remus e a Dorcas não demoram a casar e sou eu quem vai ter que ficar cuidando das crianças depois – ela fez uma careta.


- Não vou te abandonar, Emmy – pisquei. – Agora vamos lá pra casa logo, eu preciso da minha cama.




Estavam todos ‘em clima de festa’ no jornal onde eu trabalhava. Depois da minha noite de sono – de quatro horas, mas tudo bem - eu fiquei com um humor mais tolerável, segundo Emmeline.


- Eles esquecem rápido, sabe? – ela disse, depois que comprarmos nosso café matinal e caminhar para o jornal – vão falar mesmo é da roupa rosa que nós usamos, aquilo foi impagável.


Ri com ela. Eu ficara tão fixada naquele buquê que nem lembrei que estava desfilando com um vestido rosa shock o tempo inteiro.


Passamos pelo porteiro mostrando os passes que nos cumprimentou alegremente. Subimos as escadas e Emmeline desceu no setor de RH. Dorcas já devia estar na divisão da moda, e eu fui para a redação.


Infelizmente, o meu andar era o mesmo que a do caderno de finanças, e ninguém menos que Héstia trabalhava lá. O que era incrível, uma vez que eu sempre a achei uma bela ‘filhinha de papai’ que devia estar trabalhando em desfiles ou coisa assim.


O que foi uma visão preconceituosa demais, já que ela realmente sabe o que faz. É realmente engraçado ver ela com terninhos laranja, verde, rosa, roxo no meio de tanto homem com roupa social de cores sóbrias.


Eu tenho certeza que Héstia não tem idéia do que a expressão ‘cor sóbria’ significa.


- Já podemos marcar as datas? – ouvi sua voz bem perto da minha nuca e quase pulei de susto. Eu sempre esqueço que ele trabalha aqui também.


- Então esse é outro efeito do buquê? Um Sirius Black correndo atrás de mim? – arqueei a sobrancelha. Eu não podia negar, adorava ser bajulada. Mas francamente, Sirius Black?


Ele só repetia a figurinha quando estava bem desesperado.


- Pensava que figurinha repetida não completa álbum.


- Quando ela é brilhante, a gente cola por cima. – ok, eu não ouvi isso.


- Tchau, Sirius – revirei os olhos. Os artifícios do Sirius para conseguir mulheres realmente não são muito bons. Quer dizer, quando ele está de boca fechada ele conquista muito mais.


Ok, parei.


Eu tenho que me concentrar no trabalho. Foco, foco. Uma coluna falando dos jovens que fizeram um protesto contra a brutalidade com animais.


Sentei no meu chiqueirinho – nome dado carinhosamente ao quadrado onde eu trabalho – e que eu amo, by the way.


Essa área do jornal era cheia de ‘chiqueirinhos’ uns colados nos outros, dos redatores. Não que fossem pequenos, eles eram bem espaçosos.


O que não me impedia de chamá-los de chiqueiros.




Um apelo à sociedade
Jovens fazem um apelo frente à torre do Big Ben com intuito de conscientizar os passantes


Na última manhã de sábado, quem passasse pelo famoso relógio iria presenciar um grupo de aproximadamente trinta jovens com cartazes e blusas com um objetivo de conscientizar as pessoas contra a brutalidade com os animais. Um dos alvos desses jovens foi o recente vídeo que pode ser acessado pela internet de uma senhora que jogou um gato em um lixo, uma atitude que provocou nada menos que revolta por parte...


 


- TOC TOC – disse Remus, dependurando na parede do meu chiqueirinho com um copo de café na mão. – Qual é a data, hein, Lene? Você sabe, eu tenho que marcar de uma vez, tenho uma agenda lotada – ele piscou.


Revirei os olhos.


- Não te contei, vou casar com Sirius – ironizei – Semana que vem. Ainda dá para alugar alguma coisa Black-tie – pisquei para ele, que riu.


- Boba, almoço hoje? – ele perguntou e eu concordei com a cabeça. Ele já ia andando para a sua sala.


Sim, Remus é chique, ele tem uma sala. Ele é uma espécie de Redator-chefe, tudo passa por ele antes. Ele é alguma coisa do estilo ‘O poderoso chefão’.


Ou nem tanto, hahahaha.


Foco, foco, foco.




Estávamos no restaurante charmosinho duas ruas depois da do jornal. Ele tinha as mesas do lado de fora, onde era mais confortável e batia um sol gostoso de meio dia, naquela época do ano.


Remus era como um irmão para mim, desde que foi meu visinho quando eu estava no ensino fundamental. Ele era dois anos mais velho que eu, e quando conseguiu virar o redator-chefe ele convenceu os editores de que eu era uma ótima opção para trabalhar no jornal.


A maioria das meninas foram para lá, esse jornal virou a casa da mãe Joana para todo mundo. Alice que seguiu outro ramo se encontra dando aula de biologia e Frank trabalha com computadores. Peter tinha se tornado produtor, e eu nunca tive notícias dele, também.


- Sabe, o Sirius veio conversar comigo hoje... – Remus começou e eu revirei os olhos.


Eu tinha acabado de almoçar e ele me vem com essa? Nem preciso falar que vai me dar indigestão, né?


- Lá vem... – eu me peguei dizendo, e foi a vez dele revirar os olhos.


- Vai ouvir? – acenei positivamente com a cabeça, estimulando-o a prosseguir. – Acho que esta história do buquê e o casamento da Héstia fizeram alguma coisa com ele, sabe.


- Até ele acredita nisso? – eu ri. – Não, Remus, pare, é sério – tomei um gole do suco de laranja que já estava na minha mesa. – Só eu quem não acredita nesse buquê?


Ele riu comigo e suspirou.


- Se eu não for padrinho, você é uma menina morta – ele piscou, chamando a garçonete e pedindo para fechar a conta.


- Pode deixar, senhor padrinho. E pode adiantar o seu presente de casamento pagando essa conta, você recebe mais do que eu – ri.


- Você só abusa de mim, sabia?


- Padrinho bom é padrinho calado – eu dei-lhe um beijo no rosto, enquanto ele tirava a nota de vinte para pagar a moça, gesticulando para que ela ficasse com o troco.




n/beta/vanessa: Eu ri com o lance da figurinha, ta legal? Sirius podia vir aqui, ainda não peguei ele. UAHSUAHS parei. Achei digno, capítulo perfeito da minha fic perfeita. Adoro falar ‘minha fic’, tão chique q. Parei de fazer inveja. To sem criatividade pra n/b como sempre e especialmente hoje, sabe-se lá por que. É bom que todo mundo leia e comente nessa fic linda, viu? Chel merece tudo isso.


Beijos, Vanessa.


n/autora: uh, capítulo dois, *-*. O capítulo três está mais legal[?], mas eu só vou postar com mais comentários,D: Tem gente que passou aqui na fic de início e que não leu o primeiro, ainda, então eu vou esperar um pouco. Espero que gostem do dois, *-* (também estou sem criatividade pra n/a's. Acho que tem alguma coisa neste dia que nos impede de fazer notas boas, hm. Algo a se investigar, uhsuahshaus.
Beijos,
Chel Prongs 

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