Minha Familia
P.o.v. Vitor
Olhei em volta procurando o causador daquele barulho. Ao pé da minha cama vi um homem que parecia uma versão mais velha de mim mesmo.
- Pai? – era mesmo ele?
- Ora, Vitor. Claro que sou eu! Levanta seu preguiçoso! – fiquei em pé de prontidão e o abracei.
- Oi.
- Lazar me contou que faltou a um treino. O que houve em Vitor? – ele parou um minuto – Não me diga... Há uma garota na jogada? – corei.
- Não. Sim. Karkaroff queria me treinar para o Torneio. – disse.
- Sei. E a garota? – ele continuou. Olhei em volta só tinha nos dois. Fechei a porta e as janelas.
- Não sei.
- Como assim? Você é Vitor Krum! Toda garota é louca por você.
- Não essa. É isso que a torna única. Eu nunca a vi. Eu sonho com ela.
- Vitor... – ele sorriu – Deixe-me adivinhar... Alvo Dumbledore?
- Isso.
- Aquele velho cupido... Ela é bonita?
- Lindíssima! Ela tem uns olhos que... E o cabelo... E o sorriso... – disse sorrindo.
- Parece que tem alguém apaixonado... – ele cantarolou
- Ei! – ele gargalhou
- Tudo bem. Vamos sua mãe deve estar querendo te ver. E adivinhe quem está com ela?
- O primo Vladimir? – perguntei ansioso. Ele era quase um irmão.
- Isso mesmo. Se troque antes. Vamos ao Mundo Trouxa. – ele disse saindo. Peguei uma calça moletom preta. Uma camisa social preto. Minha casaca vermelha. E minha capa.
Desci pulando os degraus e parei na frente do espelho. Passei a mão no meu cabelo os bagunçando. Escovei os dentes correndo. E passei uma colônia. Por fim peguei um broche que era um “K” em cima de uma vassoura e cruzando uma varinha. A marca dos Krum.
- Mãe! – gritei assim que vi uma mulher alta e bem vestida no pé da escada.
- Vitinho! – ela disse rindo.
- Viu o último jogo?
- Sim. Afinal porque seu pai ria tanto? – o velho queria me entregar.
- Sei não.
Vi que ela não acreditava em mim.
- Vitor Krum... Pode me contar. – eu corei.
- Na na ni na não. – disse fazendo um zíper na boca.
- E posso saber quem isso envolve.
- Eu, meu pai, Alvo Dumbledore e ela.
- Dumbledore? Aquele velho cupido? – assenti. – Então é uma garota? Quem é ela?
- Informação confidencial.
- Vitor Krum! – eu gargalhei e tasquei um beijo molhado na bochecha dela.
- Senhora Nikola Petroff Krum! Eu já disse que não! – fingi uma cara emburrada.
- Mas eu sou sua mãe! – ela protestou.
- Não. Minha boca é um tumulo!
- Por favor.
- Não.
- Vitor...
- Mãe...
- Eu estou mandando!
- E eu desobedecendo!
- Eu desisto. Vladimir está no carro. – ela disse por fim. Corri pra lá. E nossa que carro lindo! Era simplesmente incrível (http://foreverdriven.files.wordpress.com/2009/07/embolado.jpg).
- Posso dirigir?
- Não. Eu vou. – me virei esperando encontrar o velho Vlad. Baixinho, com o cabelo de feno, os olhos castanhos escuros escondidos por trás de óculos redondo e grossos, com o nariz escorrendo e magrelo. Usando aquelas roupas de nerd e aparelho. Mas, quando me virei vi um jovem um pouco mais baixo que eu, o cabelo bem arrumado. Os olhos escuros e sem óculos. Um ar de confiança e músculos destacados pelas exclusivas roupas de marca.
- Vladimirzinho?
- Ei! Como você não é Vitinho, eu não sou Vladimirzinho. Pode ser Vladimir, ou Vlad. – ele disse sorrindo, mostrando os brilhantes e sem aparelhos dentes.
- E você?
- Mudei né?
- Muito! – ele me abraçou.
- Você também. Vamos fazer as contas. Conhecemos-nos com 2 anos.
- Isso.
- Eu não te vejo a um ou dois anos.
- Exato.
- Você tem 17 anos.
- E 5 meses.
- E eu também tenho 17 anos.
- Na verdade 16 anos e 9 meses.
- Ou seja, nos conhecemos a mais ou menos 15 anos.
- É.
- Você devia saber que eu não seria um nerdzinho.
- Que precisava de proteção 24 horas...
- Para sempre. Quer dizer, tudo bem, você não passo pela fase desajeitada.
- Verdade. – vi que ele estava segurando a chave. – Pode passar a chave.
- Eu vou dirigir. – eu ri.
- Garoto, - eu frisei a palavra. – você pode ter mudado. Mas, ainda é, por dentro, o Vladimirzinho. E estamos na Bulgária. Você sabe que só se pode dirigir com 17 anos. E você só tem 16. – disse roubando a chave e entrando no carro. Minha mãe e meu pai já estavam atrás. E o Vlad entrou no meu lado.
- Isso foi uma puta falta de sacanagem, Krum. – eu gargalhei
- Eu estava brincando Vlad. – ele sorriu e ligou o rádio.
- Você é um bobão. – ele falou rindo.
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