Eu sou assim



P.o.v. Vitor


No meu sonho eu estava em uma sala. Tinha várias bandeiras vermelhas e douradas. Estava sentado em um sofá vermelho diante a lareira e em meus braços estava a minha dama.


- Oi. – disse.


- Vitor! Parece exausto... – ela disse passando a mão em meu rosto.


- Estou. Karkaroff... Bem, você pode imaginar.


- Pobrezinho... E Ryan ainda implicou com você...


- É. Perdoe-me, mas, não sei seu nome. – disse envergonhado.


- É Hermione. Hermione Jane Granger. – ela me disse sorrindo.


- É lindo.


- Obrigado.


- Eu sei o que significa. Seu nome vem de uma personagem de Conto de Inverno, peça de William Shakespeare, que é transformada em pedra


- O que aconteceu quando vi o reflexo do basilisco.


- Esse nome também é a forma feminina do nome do Deus grego da eloquência, Hermes. Além disso, é o nome da filha de Helena de Tróia.


- Impressionante. E o seu?


- Vem do latim. Signfica vitória certa. – ela riu.


- E Krum e Granger?


- Krum significa simplicidade, simpátia, cooperação, diplomacia.


- Granger?


- Não sei. – disse enrugando a testa. Ela colocou o dedo na minha sombrancelha.


- Vem do grego. Significa inteligencia. – ela riu.


- Não é justo. Você sabia. – disse rindo.


- É claro! – ela riu de novo


- Vai torcer por mim?


- Sim. Vai Búlgaria!!! – ela disse se fingindo animada. Eu ri.


- Sabe, se você pudesse sonhar comigo... Eu pediria que você fosse na área V.I.P. daria seu nome e eu ia te colocar em um camarote. Com seus amigos e claro. Assim poderiamos nos conhecer.


- Acho que não. Vai ser mais divertido assim!


- Assim como?


- Ora, você vai saber quem eu sou. Mas, eu não. Então você vai ter que me conquistar. Vai ser hilário. – Ela riu de novo.


- Você é má.


- Um pouquinho. Mas... Eu posso te dar umas dicas.


- Pode começar. Quero saber tudo sobre você.


- Tudo?


- Tudo.


- Ok... Vamos ver... Nasci no dia 19 de Setembro de 1979. Os meus pais são "trouxas" e ambos são dentistas. Sou muito estudiosa. Sou a  melhor aluna do meu ano e acredito que tudo o que é necessário saber está nos livros. A maioria dos professores me considera uma estudante modelo, sendo Severo Snape a exceção, por considerá-la uma "sabe-tudo insuportável". O meu interesse pelos estudos, inclusive, fez com que eu chegasse a assistir várias aulas ao mesmo tempo, durante o terceiro ano, precisando para isso usar um Vira-Tempo dado pela professora Mcgonagall (com autorização do Ministério da Magia , é claro) no início do ano escolar. Meu medo é me dar mal nas matérias.


- Parece que eu estou diante de um gênio... Isso pode me prejudicar? – perguntei sorrindo.


- Deixa eu pensar... Não. Acho que não.


- Muito bem. O que devo fazer para te conquistar?


- Ei! Ok. Adora a flor de inverno, jasmines, rosas, tulipas e orquideas. Você sempre pode me achar na biblioteca.


- Descobri muita coisa.


- Sua vez.


- Eu? Sou um famoso jogador de Quadribol, jogando na posição de apanhador da equipe nacional da Bulgária. Estudo em Durmstrang.


- Ha ha ha. – ela fingiu rir. – Ok. E me diga quais coisas você gosta?


- Simples. Quadribol, música, magia, dança, e obvio você.


- Música?


- Sim. Toca violão e piano. E também componho algumas músicas.


- E dança?


- Todo tipo. Mas, principalmente Street Dance, Flamenco, Ballet, Jazz, Freestyle e Dança de Salão.


- E você é muito bom em Quadribol?


- Ei assim você me magoa. Sou. Eu tenho várias vassouras. Tenho a Comet 290, a Cleansweep 11, a Nimbus 2000 e 2001, e a Firebolt.


- Você me impressiona. E muito bom em magia?


- Claro! Feitiços, Transfigurações, Azarações, Maldições, Poções. Sou o melhor de Durmstrang.


- Olha, temos um homem versátil.


- E modéstia a parte, mas, me visto muito bem.


- Verdade. O que gosta de esportes?


- Além do Quadribol? – ela assentiu. – Natação. Esgrima. Tênis. E bem...


- Pode falar! – ela disse rindo.


- Poesia.


- Jura?


- Juro.


- Eu não acredito! Faz uma pra mim?


- Claro.


- Um haicai?


- Sim. Deixa-me pensar... Já sei!


Creme e seda: um


Provar, tocar, mui quero


A lua nos vê


- E lindo... Conte mais...


- Orvalho e sereno


Lua, estrelas e saudade


À noite e mim.


- Vitor... Que lindo!


- Obrigado.


- Pode me fazer um poema?


- Sem problema... Numa mão uma rosa para você


Na outra toda a agonia em te conhecer


No peito não há mais lugar


para tanta saudade...


Uma brisa vinda do mar toca meu rosto


Prevendo momentos de expectativas


e alegrias


Te vejo ao longe, descalça,


correndo para mim


Era a mesma menina que sempre desejei...


A areia branca se espalha para os lados


Sem pressa,


assiste a mais um momento de paixão


O nosso momento, aqui e agora, só nosso!


Eu corro para você...


Neste momento o tempo pára


Espera, intrépido,


o desenrolar de nossa história


Teu corpo, coberto de tecido de cetim,


Deixa meus olhos verem tuas curvas...


Curvas insinuantes e provocantes


Atiçam meus instintos mais profundos


Teu poeta se transforma em teu lobo


Agora sedento de você.


Toco tua boca com minhas mãos


Extravaso toda saudade e angústia do peito


Poucas palavras são pronunciadas


Nossas bocas, agora mudas,


falam o idioma do amor...


Não importa agora mais nada


Nem o tempo de espera,


nem os momentos em que


perdia a esperança


Em apenas um momento tudo se apagou...


Somente eu e você é o que importa


A natureza sorria, somente para nós.


Falávamos através de gestos espontâneos...


Toques suaves substituíam nossas energias


Eu me renovava em você e você em mim


Lágrimas corriam ao léu...


Pronunciando uma felicidade jamais sentida


Dois corpos sedentos, um amor bandido


A vida perdia todo sentido...


Somente a areia branca como cúmplice


Uma luz entrou em meu quarto


Acordou-me deste lindo sonho


Era o sol que me acordava


Mais um dia em minha vida...


Longe de você...


- Lindo Vitor... – ela me disse com lágrimas nos olhos. – Eu queria que você soubesse... Essa noite eu sonhei junto com você... Mas, está na hora de acordar...


- Veremos logo. Nos sonhos, não é?


- Enquanto você quiser... E no jogo...


- E em Hogwarts... – fomos aproximando devagar. Eu ia tocar aqueles lábios...


- VITOR KRUM!!! – eu pulei da minha cama caindo no chão.

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